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A atenção primária nas redes de
atenção à saúde: contextualização
Eugenio Vilaça Mendes (*)
(*) Consultor técnico do CONASS
Seminário “A gestão estadual do SUS”
Brasília, 28 de abril de 2015
Modelos de organização dos sistemas
de atenção à saúde
Sistema fragmentado Rede de atenção à saúde
APS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
Sistema de Acesso
Regulado
Registro Eletrônico em
Saúde
Sistema de Transporte em
Saúde
Sistema de Apoio Diagnóstico e
Terapêutico
Sistema de Assistência
Farmacêutica
Teleassistência
Sistema de Informação em
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SISTEMAS
DEAPOIO
SISTEMAS
LOGÍSTICOS
A estrutura operacional das redes de
atenção à saúde
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RT 2
PONTOSDEATENÇÃOSECUNDÁRIOSETERCIÁRIOS
RT 3
PONTOSDEATENÇÃOSECUNDÁRIOSETERCIÁRIOS
RT 4
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
POPULAÇÃO
Fonte: Mendes EV. As redes de
atenção à saúde. Brasília,
Organização Pan-Americana da
Saúde, 2011
A APS funciona?
• As evidências internacionais sobre a APS
• As evidências nacionais sobre a APS
As evidências sobre a APS no plano
internacional:
os sistemas de atenção à saúde com forte orientação para
a APS em relação aos sistemas de atenção à saúde com
fraca orientação apresentam:
• Diminuição da mortalidade
• Redução do fluxo de pessoas usuárias para os serviços
secundários e para os serviços de urgência e emergência
• Redução dos custos da atenção à saúde
• Maior acesso aos serviços preventivos
• Redução das internações por condições sensíveis à atenção
ambulatorial e das complicações potencialmente evitáveis da
atenção à saúde
• Melhoria da equidade
Fontes: STARFIELD (1994); SHI (1994); INSTITUTE OF MEDICINE (1994); BINDMAN et al (1995); STARFIELD (1996); REYES et al (1997);
SALTMAN & FIGUERAS (1997); BOJALIL et al (1998); RAJMIL et al (1998); ROBINSON & STEINER (1998); BILLINGS et al (2000); COLIN-
THOME (2001); ENGSTRON et al (2001); GRUMBACK (2002); STARFIELD (2002); ANSARY et al (2003); MACINKO, STARFIELD & SHI
(2003); ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (2003); ATUN (2004); CAMINAL et al (2004); DOCTEUR & OXLEY (2004); GREB et al
(2004);GWATKIN et al (2004); HEALTH COUNCIL OF NETHERLANS (2004); HEALTH EVIDENCE NETWORK (2004); JONES et al
(2004);PALMER et al (2004); ROSERO (2004); SILVA & VALENTINE (2004); PANAMERICAN HEALTH ORGANIZATION (2005);
STARFIELD, SHI & MACINKO (2005); MACINKO, GUANAIS & SOUZA (2006); WORLD HEALTH ORGANIZATION (2008)
In: Mendes EV. Revisão bibliográfica sobre a atenção primária à saúde. Belo Horizonte, mimeo, 2008.
As evidências sobre a APS no SUS
A APS tem sido uma política pública bem
sucedida:
Reduziu a mortalidade infantil e em crianças menores de 5
anos
Teve impacto na morbidade
Promoveu a melhoria do acesso e da utilização dos
cuidados primários
Melhorou a equidade nos cuidados primários
Reduziu as internações hospitalares
Teve impactos indiretos nos setores de trabalho e educação
Fontes:
Aquino R et al. Impact on infant mortality in Brazilian municipalities. American Journal of Public Health, 99: 87-93, 2009
Giovanella L et al. Saúde da família: limites e possibilidades para uma abordagem integral de atenção primária à saúde. Ciência & Saúde
Coletiva, 14: 783-794, 2009
Guanais FC. Health equity in Brazil. British Medical Journal, 341: c6542, 2010
Macinko J et al. Major expansion of primary care in Brazil linked to decline in unnecessary hospitalization. Health Affairs, 12: 2149-2160,
2010
Rasella D et al. Reducing childhood mortality from diarrhea and lower respiratory tract infections in Brazil. Pediatrics, 126: e000, 2010
Reis MC. Public primary care and child health in Brazil: evidence from sibblings. Foz de Iguaçu, 31º Congresso Brasileiro de econometria,
2009
Rocha R. Três ensaios de intervenções sociais com foco comunitário e familiar. 2009. Disponível em: www.econ.puc-rio.br.
Silva CHMC et al. Uma avaliação econômica do programa saúde da família sobre a taxa de mortalidade infantil no Ceará. Fortaleza,
Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, 2010
Que APS?
Os modelos da APS no SUS
• O modelo tradicional
• O modelo de Semachko
• O modelo da medicina de família e comunidade
• O modelo da estratégia da saúde da família
• Os modelos mistos
Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da
consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
Que modelo de APS é melhor?
Comparações entre a ESF e os modelos
convencionais de APS no SUS
Utilizando-se o instrumento de avaliação da atenção primária
(PCATool) verificou-se a superioridade da ESF na maior parte
dos atributos da APS:
No município de Porto Alegre
Harzheim E. Evaluación de la atención a la salud infantil del Programa de Salud de la Familia en la region Sur de Porto Alegre, Alicante,
Universidad de Alicante, 2004
No município de Petrópolis
Macinko J et al.Organization and delivery of primary haelth care services in Petropolis, Brazil. Intern J Health Planning Manag, 19: 303-
317, 2004
No município de São Paulo
Elias PE et al. Atenção básica em saúde: comparação entre PSF e UBS por estrato de exclusão social no município de São Paulo.
Cadernos de Saúde Pública 11: 633-641, 2006
Em 41 municípios do Nordeste e Sul do Brasil
Facchini LA et al. Desempenho do PSF no Sul e no Nordeste do Brasil: avaliação institucional e epidemiológica da atenção básica à
saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 11: 669-681, 2006
Em 62 municípios de São Paulo
Ibañez et al. Avaliação do desempenho da atenção básica no estado de São Paulo. Ciências e& Saúde Coletiva, 11: 683-704, 2006
Em 9 municípios de Goiás e Mato Grosso
Stralen CV et al., Percepção de usuários e profissionais de saúde sobre atenção básica: comparação entre unidades com e sem saúde
da família na região Centro-Oeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 24: s148-s158, 2008
No município de Curitiba
Chomatas EV. Avaliação da presença e extensão dos atributos da atenção primária na rede básica de saúde no município de Curitiba,
no ano de 2008. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em epidemiologia da UFRGS, 2009)
Quais são os papéis da APS nas
redes de atenção à saúde?
• O estabelecimento e a manutenção da base
populacional das redes de atenção à saúde:
Cadastrar e vincular, às equipes da APS, as pessoas e as
famílias residentes no território de abrangência
Promover a mudança da gestão da oferta para a gestão da saúde da
população
• A resolutividade:
Solucionar 90% das demandas que se apresentam na APS
Estabilizar as condições crônicas
Fazer o atendimento dos eventos agudos menores e o primeiro
atendimento dos eventos agudos maiores
• A coordenação das redes de atenção à saúde:
Elaborar e executar o planejamento e o monitoramento de base
populacional para toda a rede de atenção à saúde
Operar instrumentos de coordenação efetivos para garantir a
organização racional dos fluxos de pessoas para a atenção
ambulatorial especializada e para a atenção hospitalar
Operar diretamente a regulação das condições crônicas
Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação
da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
Quem chega à APS?
A ecologia dos sistemas de atenção
à saúde
1.000 pessoas em um
mês
800 apresentam sintomas
217 procuram um médico de APS
9 vão aos especialistas
1 é internada em hospital de ensino
Fonte: Green LA et al. The ecology of medical care revisited. New Engl.J.Med, 344: 2021-2025, 2001
A APS é resolutiva?
• A APS é capaz de atender em torno de 90% dos
problemas que demandam cuidados primários
Em Florianópolis, 87,5%
Em Porto Alegre, 91%
Em determinados países europeus, 95%
• Os problemas que chegam à APS não são
necessariamente os problemas mais simples
• Os problemas que chegam à APS estruturam-se em
diferentes perfis de demanda que convocam diversos
perfis de oferta
Fontes:
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasil,
UNESCO/Ministério da Saúde, 2002
Gusso GDF. Diagnóstico de demanda em Florianópolis utilizando a Classificação Internacional de Atenção Primária:
2ª. Edição (CIAP). São Paulo, Tese apresentada à Faculdade de Medicina da USP para obtenção do título de
Doutor em Ciências, 2009
Takeda S. A organização de serviços de atenção primária à saúde. In: Duncan BB et al. Medicina ambulatorial:
condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre, Artmed, 4ª. Ed., 2013
DEMANDA POR CONDIÇÕES AGUDAS
DEMANDA POR CONDIÇÕES
CRÔNICAS AGUDIZADAS
DEMANDA POR CONDIÇÕES GERAIS E
INESPECÍFICAS
ATENÇÃO AOS EVENTOS AGUDOS
DEMANDA POR CONDIÇÕES
CRÔNICAS NÃO AGUDIZADAS
DEMANDA POR ENFERMIDADES
DEMANDA POR PESSOAS
HIPERTILIZADORAS
ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
NÃO AGUDIZADAS, ÀS ENFERMIDADES E
ÀS PESSOAS HIPERUTILIZADORAS
DEMANDAS ADMINISTRATIVAS
ATENÇÃO ÀS DEMANDAS
ADMINISTRATIVAS
DEMANDA POR ATENÇÃO PREVENTIVAATENÇÃO PREVENTIVA
DEMANDA POR ATENÇÃO DOMICILIARATENÇÃO DOMICILIAR
DEMANDA POR AUTOCUIDADO
APOIADO
ATENÇÃO PARA O AUTOCUIDADO
APOIADO
A APS é simples?
Fonte: Mendes EV. A construção social da APS. Brasília, CONASS, 2014
A APS é importante no manejo dos
eventos agudos?
• No Reino Unido 70% dos eventos agudos são decorrentes de
agudizações de condições crônicas
• A APS deve desempenhar os seguintes papeis nos eventos agudos:
Fazer a classificação de riscos, estruturando uma linguagem comum nas
redes de atenção à saúde
Atender aos eventos agudos de menor gravidade
Fazer o primeiro atendimento de eventos agudos de maior gravidade que
se apresentam nas unidades de cuidados primários
• Em Santo Antônio do Monte, Minas Gerais, a classificação de riscos, o
correto atendimento às urgências azuis e verdes e a estabilização das
condições crônicas na APS, reduziram em 70% a demanda à unidade
de pronto atendimento
Fontes:
Singh D. Transforming chronic care: evidence about improving care for people with long-term conditions. Birmingham, Health Services
Management Centre, 2005
Secretaria Municipal de Saúde de Pirapora. A atenção à urgência hospitalar. Pirapora, SMS de Pirapora, 2011
Secretaria Municipal de Saúde de Santo Antônio do Monte. Estruturação da rede de urgência. Santo Antônio do Monte, SMS, 2014
HbA1c
(%)
custo médio
(em us $)
aumento %
6 8.576 -
7 8.954 5%
8 9.555 11%
9 10.424 21%
10 11.629 36%
A APS é importante no manejo das
condições crônicas?
Fontes:
Skyler JS. Diabetes control and complications trial. Endocrinol. Metab. Clin. North Am., 25: 243-254,1996
Gilmer TP et al. The cost to health plans of poor glycemic control. Diabetes Care. 20: 1847-1853, 1997
Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998
As evidências produzidas pelo modelo de atenção às condições crônicas
demonstraram que só se estabilizam estas condições quando se tem uma APS
bem estruturada
A APS é importante na coordenação
das redes de atenção à saúde? O caso
dos Estados Unidos
“OS ESTADOS UNIDOS GASTAM
COM INTERVENÇÕES MÉDICAS
DESNECESSÁRIAS 30% A 50% DO
GASTO TOTAL EM SAÚDE, O QUE
SIGNIFICA ENTRE 500 A 700
BILHÕES DE DÓLARES ANUAIS E
ESSES PROCEDIMENTOS
INJUSTIFICADOS SÃO
RESPONSÁVEIS POR 30 MIL
MORTES A CADA ANO” (Brownlee,
2008).
Fontes:
Brownlee S. Overtreated: why too much medicine is making us sicker and poorer. New York, Bloomsbury USA, 2007
Welch HG, Schwartz LM, Woloshin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston, Beacon Press, 2011
A APS é importante na organização
da atenção ambulatorial
especializada?
• É possível e desejável que todas as pessoas
portadoras de condições crônicas sejam
atendidas na atenção ambulatorial especializada?
• Quem se beneficia da atenção ambulatorial
especializada?
Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação
da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
É possível que todos as pessoas com
condição crônica sejam cuidadas na atenção
ambulatorial especializada? o caso da
hipertensão arterial na 20ª região do estado do
Paraná
• População da 20ª região de saúde: 358.000 habitantes
• População exclusiva SUS: 250.600 habitantes (70%)
• Subpopulação de portadores de hipertensão arterial (70% da
população adulta): 35.084 habitantes
• 1,5 consulta com cardiologista habitante/ano: 52.625
consultas/ano
• Produção de consulta médica por cardiologista por ano
considerando 1/3 da carga de trabalho somente para
hipertensão arterial: 1.160
• Número de cardiologistas para atenção à hipertensão arterial
no SUS na região: 45
Fonte: Estimativa feita pelo apresentador
É desejável que todos as pessoas com
condição crônica sejam cuidadas na atenção
ambulatorial especializada?
As diferenças entre as clínicas da APS e da
atenção especializada
CAMPO APS AAE
Ambiente do cuidado • foco na pessoa
• foco na saude
• foco em problemas pouco
definidos vistos no início
• ambiente pouco medicalizado
• foco no orgão ou sistema
• foco na doença
• foco em problemas bem
definidos vistos mais tarde
• ambiente muito medicalizado
Formas de atuação dos profissionais • aceitam-se falsos negativos que
podem ser minimizados pela
repetição de exames
• cuidado disperso em vários
problemas
• provas em série
• aceitam-se sobrediagnósticos
mas não se aceitam falsos
negativos
• concentração do cuidado num
único problema ou num número
mínimo de problemas
• provas em paralelo
Continuidade do cuidado • continuidade sustentada • continuidade relativa
Resultados • menores custos e iatrogenias • maiores custos e iatrogenias
Fontes:
Cunillera R. Arquitetura e modelo de atenção: níveis e gestão de processos assistenciais. Rio de Janeiro: ENSP/FIOCRUZ; 2012.
Lopes JMC. Princípios da medicina de família e comunidade. In: Gusso G, Lopes JMC. Tratado de medicina de família e comunidade:
princípios, formação e prática. Porto Alegre, Artmed, 2012
Quem se beneficia da atenção
ambulatorial especializada?
O modelo da pirâmide de riscos
Fontes:
Department of Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model to support local innovation and integration. Leeds,
Long Term Conditions Team Primary Care/Department of Health, 2005
Singh D., Transforming chronic care: evidence about care for people with long-term conditions. Birmingham, University of Birmingham, 2005
Porter M, Kellogg M. Kaiser Permanente: an integrated health care experience. Revista de Innovación Sanitaria y Atención Integrada. 1: 1, 2008
As evidências produzidas pelo modelo da pirâmide de riscos
demonstram que a organização racional da atenção ambulatorial
especializada depende da estratificação de risco da população
usuária das redes de atenção à saúde na APS
A APS é importante na
organização da atenção
hospitalar?
• As internações evitáveis: as internações por
condições sensíveis à APS
• As reinternações evitáveis pela ausência de
coordenação da APS
Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da
consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
Fonte: Macinko J, Dourado I, Aquino R, Bonolo PF, Lima-Costa MF, Medina MG et al. Major expansion of primary
care in Brazil linked to decline in unnecessary hospitalization. Health Affairs.12:2149-2160, 2010.
Taxas de internação por 10 mil
habitantes, por causas
Brasil, 1999 a 2006
As internações por condições sensíveis à APS vêm caindo mais que as
outras causas, mas representaram, em 2006, 25% do total
A atenção à pessoa idosa nos Estados
Unidos: o caso das reinternações
hospitalares
Fonte:
Medicare Payment Advisory Commissions. Reforming the delivery system. Washington, Medicare Payment Advisory
Commission, 2008.
Institute of Medicine. Best care at lower cost: the path to continuously learning health in America. Washington, The National
Academies Press, 2013
As reinternações hospitalares devidas à falta de coordenação da APS foram
responsáveis por gastos de 15 bilhões de dólares no Medicare, no ano de
2005
Os gastos na APS impactam
favoravelmente os sistemas de
atenção à saúde?
• Os gastos na APS são custo efetivos:
nos Estados Unidos, o incremento de 1 médico de APS
por 10.000 pessoas esteve associado com uma queda de
5,3% na mortalidade
• Os gastos na APS apresentam uma relação
custo-benefício muito favorável
Fontes:
Deyo RA. Cost-effectiveness of primary care. J Am Board Fam Med. J Am Board Fam Med, 13:1, 2000
Boenheimer T, Wagner EH, Grunbach K. Improving primary care for patients with chronic illness: JAMA, 288: 1909-
1914, 2002
Macinko J, Starfield B, Shi L. Quantifying the health benefits of primary care physician supplies in the United States.
International Journal of Health Services, 37: 111-126, 2007
É importante a participação das
Secretarias Estaduais de Saúde no
fortalecimento da APS no SUS?
• Participar solidariamente com o Ministério da Saúde
e com as Secretarias Municipais de Saúde da
normalização da APS no âmbito de seu estado
• Participar solidariamente com o Ministério da Saúde
e com as Secretarias Municipais de Saúde do
financiamento da APS no âmbito de seu estado
• Coordenar o processo de fortalecimento da APS
como centro de comunicação das redes de atenção
à saúde no âmbito das regiões de saúde de seu
estado
Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação
da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
Disponível para download gratuito em:
www.conass.org.br

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APS e redes de atenção à saúde

  • 1. A atenção primária nas redes de atenção à saúde: contextualização Eugenio Vilaça Mendes (*) (*) Consultor técnico do CONASS Seminário “A gestão estadual do SUS” Brasília, 28 de abril de 2015
  • 2. Modelos de organização dos sistemas de atenção à saúde Sistema fragmentado Rede de atenção à saúde APS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 3. Sistema de Acesso Regulado Registro Eletrônico em Saúde Sistema de Transporte em Saúde Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico Sistema de Assistência Farmacêutica Teleassistência Sistema de Informação em Saúde RT 1 PONTOSDEATENÇÃOSECUNDÁRIOSETERCIÁRIOS SISTEMAS DEAPOIO SISTEMAS LOGÍSTICOS A estrutura operacional das redes de atenção à saúde PONTOSDEATENÇÃOSECUNDÁRIOSETERCIÁRIOS RT 2 PONTOSDEATENÇÃOSECUNDÁRIOSETERCIÁRIOS RT 3 PONTOSDEATENÇÃOSECUNDÁRIOSETERCIÁRIOS RT 4 ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE POPULAÇÃO Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 4. A APS funciona? • As evidências internacionais sobre a APS • As evidências nacionais sobre a APS
  • 5. As evidências sobre a APS no plano internacional: os sistemas de atenção à saúde com forte orientação para a APS em relação aos sistemas de atenção à saúde com fraca orientação apresentam: • Diminuição da mortalidade • Redução do fluxo de pessoas usuárias para os serviços secundários e para os serviços de urgência e emergência • Redução dos custos da atenção à saúde • Maior acesso aos serviços preventivos • Redução das internações por condições sensíveis à atenção ambulatorial e das complicações potencialmente evitáveis da atenção à saúde • Melhoria da equidade Fontes: STARFIELD (1994); SHI (1994); INSTITUTE OF MEDICINE (1994); BINDMAN et al (1995); STARFIELD (1996); REYES et al (1997); SALTMAN & FIGUERAS (1997); BOJALIL et al (1998); RAJMIL et al (1998); ROBINSON & STEINER (1998); BILLINGS et al (2000); COLIN- THOME (2001); ENGSTRON et al (2001); GRUMBACK (2002); STARFIELD (2002); ANSARY et al (2003); MACINKO, STARFIELD & SHI (2003); ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (2003); ATUN (2004); CAMINAL et al (2004); DOCTEUR & OXLEY (2004); GREB et al (2004);GWATKIN et al (2004); HEALTH COUNCIL OF NETHERLANS (2004); HEALTH EVIDENCE NETWORK (2004); JONES et al (2004);PALMER et al (2004); ROSERO (2004); SILVA & VALENTINE (2004); PANAMERICAN HEALTH ORGANIZATION (2005); STARFIELD, SHI & MACINKO (2005); MACINKO, GUANAIS & SOUZA (2006); WORLD HEALTH ORGANIZATION (2008) In: Mendes EV. Revisão bibliográfica sobre a atenção primária à saúde. Belo Horizonte, mimeo, 2008.
  • 6. As evidências sobre a APS no SUS A APS tem sido uma política pública bem sucedida: Reduziu a mortalidade infantil e em crianças menores de 5 anos Teve impacto na morbidade Promoveu a melhoria do acesso e da utilização dos cuidados primários Melhorou a equidade nos cuidados primários Reduziu as internações hospitalares Teve impactos indiretos nos setores de trabalho e educação Fontes: Aquino R et al. Impact on infant mortality in Brazilian municipalities. American Journal of Public Health, 99: 87-93, 2009 Giovanella L et al. Saúde da família: limites e possibilidades para uma abordagem integral de atenção primária à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 14: 783-794, 2009 Guanais FC. Health equity in Brazil. British Medical Journal, 341: c6542, 2010 Macinko J et al. Major expansion of primary care in Brazil linked to decline in unnecessary hospitalization. Health Affairs, 12: 2149-2160, 2010 Rasella D et al. Reducing childhood mortality from diarrhea and lower respiratory tract infections in Brazil. Pediatrics, 126: e000, 2010 Reis MC. Public primary care and child health in Brazil: evidence from sibblings. Foz de Iguaçu, 31º Congresso Brasileiro de econometria, 2009 Rocha R. Três ensaios de intervenções sociais com foco comunitário e familiar. 2009. Disponível em: www.econ.puc-rio.br. Silva CHMC et al. Uma avaliação econômica do programa saúde da família sobre a taxa de mortalidade infantil no Ceará. Fortaleza, Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, 2010
  • 7. Que APS? Os modelos da APS no SUS • O modelo tradicional • O modelo de Semachko • O modelo da medicina de família e comunidade • O modelo da estratégia da saúde da família • Os modelos mistos Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
  • 8. Que modelo de APS é melhor? Comparações entre a ESF e os modelos convencionais de APS no SUS Utilizando-se o instrumento de avaliação da atenção primária (PCATool) verificou-se a superioridade da ESF na maior parte dos atributos da APS: No município de Porto Alegre Harzheim E. Evaluación de la atención a la salud infantil del Programa de Salud de la Familia en la region Sur de Porto Alegre, Alicante, Universidad de Alicante, 2004 No município de Petrópolis Macinko J et al.Organization and delivery of primary haelth care services in Petropolis, Brazil. Intern J Health Planning Manag, 19: 303- 317, 2004 No município de São Paulo Elias PE et al. Atenção básica em saúde: comparação entre PSF e UBS por estrato de exclusão social no município de São Paulo. Cadernos de Saúde Pública 11: 633-641, 2006 Em 41 municípios do Nordeste e Sul do Brasil Facchini LA et al. Desempenho do PSF no Sul e no Nordeste do Brasil: avaliação institucional e epidemiológica da atenção básica à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 11: 669-681, 2006 Em 62 municípios de São Paulo Ibañez et al. Avaliação do desempenho da atenção básica no estado de São Paulo. Ciências e& Saúde Coletiva, 11: 683-704, 2006 Em 9 municípios de Goiás e Mato Grosso Stralen CV et al., Percepção de usuários e profissionais de saúde sobre atenção básica: comparação entre unidades com e sem saúde da família na região Centro-Oeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 24: s148-s158, 2008 No município de Curitiba Chomatas EV. Avaliação da presença e extensão dos atributos da atenção primária na rede básica de saúde no município de Curitiba, no ano de 2008. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em epidemiologia da UFRGS, 2009)
  • 9. Quais são os papéis da APS nas redes de atenção à saúde? • O estabelecimento e a manutenção da base populacional das redes de atenção à saúde: Cadastrar e vincular, às equipes da APS, as pessoas e as famílias residentes no território de abrangência Promover a mudança da gestão da oferta para a gestão da saúde da população • A resolutividade: Solucionar 90% das demandas que se apresentam na APS Estabilizar as condições crônicas Fazer o atendimento dos eventos agudos menores e o primeiro atendimento dos eventos agudos maiores • A coordenação das redes de atenção à saúde: Elaborar e executar o planejamento e o monitoramento de base populacional para toda a rede de atenção à saúde Operar instrumentos de coordenação efetivos para garantir a organização racional dos fluxos de pessoas para a atenção ambulatorial especializada e para a atenção hospitalar Operar diretamente a regulação das condições crônicas Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
  • 10. Quem chega à APS? A ecologia dos sistemas de atenção à saúde 1.000 pessoas em um mês 800 apresentam sintomas 217 procuram um médico de APS 9 vão aos especialistas 1 é internada em hospital de ensino Fonte: Green LA et al. The ecology of medical care revisited. New Engl.J.Med, 344: 2021-2025, 2001
  • 11. A APS é resolutiva? • A APS é capaz de atender em torno de 90% dos problemas que demandam cuidados primários Em Florianópolis, 87,5% Em Porto Alegre, 91% Em determinados países europeus, 95% • Os problemas que chegam à APS não são necessariamente os problemas mais simples • Os problemas que chegam à APS estruturam-se em diferentes perfis de demanda que convocam diversos perfis de oferta Fontes: Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasil, UNESCO/Ministério da Saúde, 2002 Gusso GDF. Diagnóstico de demanda em Florianópolis utilizando a Classificação Internacional de Atenção Primária: 2ª. Edição (CIAP). São Paulo, Tese apresentada à Faculdade de Medicina da USP para obtenção do título de Doutor em Ciências, 2009 Takeda S. A organização de serviços de atenção primária à saúde. In: Duncan BB et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre, Artmed, 4ª. Ed., 2013
  • 12. DEMANDA POR CONDIÇÕES AGUDAS DEMANDA POR CONDIÇÕES CRÔNICAS AGUDIZADAS DEMANDA POR CONDIÇÕES GERAIS E INESPECÍFICAS ATENÇÃO AOS EVENTOS AGUDOS DEMANDA POR CONDIÇÕES CRÔNICAS NÃO AGUDIZADAS DEMANDA POR ENFERMIDADES DEMANDA POR PESSOAS HIPERTILIZADORAS ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NÃO AGUDIZADAS, ÀS ENFERMIDADES E ÀS PESSOAS HIPERUTILIZADORAS DEMANDAS ADMINISTRATIVAS ATENÇÃO ÀS DEMANDAS ADMINISTRATIVAS DEMANDA POR ATENÇÃO PREVENTIVAATENÇÃO PREVENTIVA DEMANDA POR ATENÇÃO DOMICILIARATENÇÃO DOMICILIAR DEMANDA POR AUTOCUIDADO APOIADO ATENÇÃO PARA O AUTOCUIDADO APOIADO A APS é simples? Fonte: Mendes EV. A construção social da APS. Brasília, CONASS, 2014
  • 13. A APS é importante no manejo dos eventos agudos? • No Reino Unido 70% dos eventos agudos são decorrentes de agudizações de condições crônicas • A APS deve desempenhar os seguintes papeis nos eventos agudos: Fazer a classificação de riscos, estruturando uma linguagem comum nas redes de atenção à saúde Atender aos eventos agudos de menor gravidade Fazer o primeiro atendimento de eventos agudos de maior gravidade que se apresentam nas unidades de cuidados primários • Em Santo Antônio do Monte, Minas Gerais, a classificação de riscos, o correto atendimento às urgências azuis e verdes e a estabilização das condições crônicas na APS, reduziram em 70% a demanda à unidade de pronto atendimento Fontes: Singh D. Transforming chronic care: evidence about improving care for people with long-term conditions. Birmingham, Health Services Management Centre, 2005 Secretaria Municipal de Saúde de Pirapora. A atenção à urgência hospitalar. Pirapora, SMS de Pirapora, 2011 Secretaria Municipal de Saúde de Santo Antônio do Monte. Estruturação da rede de urgência. Santo Antônio do Monte, SMS, 2014
  • 14. HbA1c (%) custo médio (em us $) aumento % 6 8.576 - 7 8.954 5% 8 9.555 11% 9 10.424 21% 10 11.629 36% A APS é importante no manejo das condições crônicas? Fontes: Skyler JS. Diabetes control and complications trial. Endocrinol. Metab. Clin. North Am., 25: 243-254,1996 Gilmer TP et al. The cost to health plans of poor glycemic control. Diabetes Care. 20: 1847-1853, 1997 Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998 As evidências produzidas pelo modelo de atenção às condições crônicas demonstraram que só se estabilizam estas condições quando se tem uma APS bem estruturada
  • 15. A APS é importante na coordenação das redes de atenção à saúde? O caso dos Estados Unidos “OS ESTADOS UNIDOS GASTAM COM INTERVENÇÕES MÉDICAS DESNECESSÁRIAS 30% A 50% DO GASTO TOTAL EM SAÚDE, O QUE SIGNIFICA ENTRE 500 A 700 BILHÕES DE DÓLARES ANUAIS E ESSES PROCEDIMENTOS INJUSTIFICADOS SÃO RESPONSÁVEIS POR 30 MIL MORTES A CADA ANO” (Brownlee, 2008). Fontes: Brownlee S. Overtreated: why too much medicine is making us sicker and poorer. New York, Bloomsbury USA, 2007 Welch HG, Schwartz LM, Woloshin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston, Beacon Press, 2011
  • 16. A APS é importante na organização da atenção ambulatorial especializada? • É possível e desejável que todas as pessoas portadoras de condições crônicas sejam atendidas na atenção ambulatorial especializada? • Quem se beneficia da atenção ambulatorial especializada? Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
  • 17. É possível que todos as pessoas com condição crônica sejam cuidadas na atenção ambulatorial especializada? o caso da hipertensão arterial na 20ª região do estado do Paraná • População da 20ª região de saúde: 358.000 habitantes • População exclusiva SUS: 250.600 habitantes (70%) • Subpopulação de portadores de hipertensão arterial (70% da população adulta): 35.084 habitantes • 1,5 consulta com cardiologista habitante/ano: 52.625 consultas/ano • Produção de consulta médica por cardiologista por ano considerando 1/3 da carga de trabalho somente para hipertensão arterial: 1.160 • Número de cardiologistas para atenção à hipertensão arterial no SUS na região: 45 Fonte: Estimativa feita pelo apresentador
  • 18. É desejável que todos as pessoas com condição crônica sejam cuidadas na atenção ambulatorial especializada? As diferenças entre as clínicas da APS e da atenção especializada CAMPO APS AAE Ambiente do cuidado • foco na pessoa • foco na saude • foco em problemas pouco definidos vistos no início • ambiente pouco medicalizado • foco no orgão ou sistema • foco na doença • foco em problemas bem definidos vistos mais tarde • ambiente muito medicalizado Formas de atuação dos profissionais • aceitam-se falsos negativos que podem ser minimizados pela repetição de exames • cuidado disperso em vários problemas • provas em série • aceitam-se sobrediagnósticos mas não se aceitam falsos negativos • concentração do cuidado num único problema ou num número mínimo de problemas • provas em paralelo Continuidade do cuidado • continuidade sustentada • continuidade relativa Resultados • menores custos e iatrogenias • maiores custos e iatrogenias Fontes: Cunillera R. Arquitetura e modelo de atenção: níveis e gestão de processos assistenciais. Rio de Janeiro: ENSP/FIOCRUZ; 2012. Lopes JMC. Princípios da medicina de família e comunidade. In: Gusso G, Lopes JMC. Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre, Artmed, 2012
  • 19. Quem se beneficia da atenção ambulatorial especializada? O modelo da pirâmide de riscos Fontes: Department of Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model to support local innovation and integration. Leeds, Long Term Conditions Team Primary Care/Department of Health, 2005 Singh D., Transforming chronic care: evidence about care for people with long-term conditions. Birmingham, University of Birmingham, 2005 Porter M, Kellogg M. Kaiser Permanente: an integrated health care experience. Revista de Innovación Sanitaria y Atención Integrada. 1: 1, 2008 As evidências produzidas pelo modelo da pirâmide de riscos demonstram que a organização racional da atenção ambulatorial especializada depende da estratificação de risco da população usuária das redes de atenção à saúde na APS
  • 20. A APS é importante na organização da atenção hospitalar? • As internações evitáveis: as internações por condições sensíveis à APS • As reinternações evitáveis pela ausência de coordenação da APS Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
  • 21. Fonte: Macinko J, Dourado I, Aquino R, Bonolo PF, Lima-Costa MF, Medina MG et al. Major expansion of primary care in Brazil linked to decline in unnecessary hospitalization. Health Affairs.12:2149-2160, 2010. Taxas de internação por 10 mil habitantes, por causas Brasil, 1999 a 2006 As internações por condições sensíveis à APS vêm caindo mais que as outras causas, mas representaram, em 2006, 25% do total
  • 22. A atenção à pessoa idosa nos Estados Unidos: o caso das reinternações hospitalares Fonte: Medicare Payment Advisory Commissions. Reforming the delivery system. Washington, Medicare Payment Advisory Commission, 2008. Institute of Medicine. Best care at lower cost: the path to continuously learning health in America. Washington, The National Academies Press, 2013 As reinternações hospitalares devidas à falta de coordenação da APS foram responsáveis por gastos de 15 bilhões de dólares no Medicare, no ano de 2005
  • 23. Os gastos na APS impactam favoravelmente os sistemas de atenção à saúde? • Os gastos na APS são custo efetivos: nos Estados Unidos, o incremento de 1 médico de APS por 10.000 pessoas esteve associado com uma queda de 5,3% na mortalidade • Os gastos na APS apresentam uma relação custo-benefício muito favorável Fontes: Deyo RA. Cost-effectiveness of primary care. J Am Board Fam Med. J Am Board Fam Med, 13:1, 2000 Boenheimer T, Wagner EH, Grunbach K. Improving primary care for patients with chronic illness: JAMA, 288: 1909- 1914, 2002 Macinko J, Starfield B, Shi L. Quantifying the health benefits of primary care physician supplies in the United States. International Journal of Health Services, 37: 111-126, 2007
  • 24. É importante a participação das Secretarias Estaduais de Saúde no fortalecimento da APS no SUS? • Participar solidariamente com o Ministério da Saúde e com as Secretarias Municipais de Saúde da normalização da APS no âmbito de seu estado • Participar solidariamente com o Ministério da Saúde e com as Secretarias Municipais de Saúde do financiamento da APS no âmbito de seu estado • Coordenar o processo de fortalecimento da APS como centro de comunicação das redes de atenção à saúde no âmbito das regiões de saúde de seu estado Fonte: Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2012
  • 25. Disponível para download gratuito em: www.conass.org.br