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Aula 6 Políticas Públicas de Saúde

  1.   Prof. Enf. Jesiele Spindler
  2. Na saúde, a passagem do século dezenove para o século vinte é marcada pelos interesses econômicos das elites em manter o trabalhador sadio para manutenção da produção, principalmente naquele contexto agrário explorador.
  3. Final séc. XIX começou um processo de urbanização e modernização das cidades, e neste período, o antigo e o moderno buscavam conviver na formação de um novo Brasil, agora republicano.
  4. A medicina teria de se empenhar na luta contra os males da nação, o que justificariam as medidas intervencionistas e autoritárias utilizadas na época.
  5. As medidas de reforma urbana e higienização da cidade do Rio de Janeiro, assim como as campanhas para a vacinação da população, marcaram este período. No entanto, o caráter severo das medidas governamentais teve como consequência a Revolta daVacina ocorrida em 1904.
  6. A sociedade ainda era rural, mas iniciava-se um período de transformações sociais que seria acelerado na primeira metade do século XX. EraVargas: Grandes obras, industrialização, posicionamento no mercado.
  7.  Prof. Enf. Jesiele Spindler
  8. O SUS pode ser entendido, em primeiro lugar, como uma “Política de Estado”, materialização de uma decisão adotada pelo Congresso Nacional, em 1988, na chamada Constituição cidadã, de considerar a Saúde como um “Direito de Cidadania e um dever do Estado”.
  9. Surge em contraposto à perspectiva liberal e neoliberal, que defende a redução do papel do Estado na garantia das condições de vida (e saúde) da população brasileira.
  10. O SUS é um projeto que assume e consagra os princípios da Universalidade, Equidade e Integralidade da atenção à saúde da população brasileira.
  11. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 – dispõe sobre as condições para a organização e o funcionamento dos serviços. Lei 8142 de 28 de dezembro de 1990 – dispõe sobre a participação da comunidade e das transferências
  12. 1953 – Ministério da Saúde 1986 - 8ª Conferência Nacional da Saúde 1987 - Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS)
  13. Em 19 DE SETEMBRO DE 1990 – É assinada a Lei 8080, que regulamenta o SUS em todo território nacional, a lei estabelece as diretrizes da ação do SUS em âmbito nacional. Art. 2º.: A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
  14. Principio fundamental do SUS está no artigo 196 da Constituição Federal (1988), que afirma: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
  15. A UNIVERSALIDADE, é um ideal a ser alcançado, indicando, portanto, uma das características do sistema que se pretende construir e um caminho para sua construção. É preciso eliminar barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais que se interpõem entre a população e os serviços.
  16. A EQUIDADE é um princípio de justiça social porque busca diminuir desigualdades. Isto significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
  17. A INTEGRALIDADE diz respeito ao conjunto de ações de promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos, assistência e recuperação.
  18. A DESCENTRALIZAÇÃO da gestão do sistema implica na transferência de poder de decisão sobre a política de saúde do nível federal (MS) para os estados (SES) e municípios (SMS).
  19.   Prof. Enf. Jesiele Spindler
  20.  O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional, sob a responsabilidade das três esferas autônomas de governo: federal, estadual e municipal.  Não é uma instituição ou serviço, é um conjunto de ambos, que oferece diferentes níveis de atenção à população.
  21. Para ofertar uma atenção em saúde mais específica e adequada à saúde foi descentralizada para melhor triar os casos e desafogar centros especializados de alta complexidade de casos de menor urgência ou de fácil resolução.
  22. Nível Primário: as Unidades Básicas de Saúde, ou Postos de Saúde, onde se configura a porta de entrada do Sistema Único de Saúde. Nesse nível de atenção são marcados exames e consultas além da realização de procedimentos básicos como troca de curativos.
  23. Nível Secundário: as Clínicas e Unidades de Pronto Atendimento, bem como Hospitais Escolas. Nesses são realizados procedimentos de intervenção bem como tratamentos a casos crônicos e agudos de doenças.
  24. NíveisTerciários: os Hospitais de Grande Porte, sejam mantidos pelo estado seja pela rede privada, são realizadas manobras mais invasivas e de maior risco à vida, bem como são realizadas condutas de manutenção dos sinais vitais, como suporte básico à vida. Nesses hospitais, também podem funcionar serviços.
  25. Nível Quaternários: os transplante de tecidos, como Pulmão, Coração, Fígado, Rins, dentre outros. Dessa maneira seccionada, pelo menos em tese, a garantia ao acesso em consonância com a gravidade e urgência ficam garantidos ao usuário.
  26. A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.
  27. Utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território.
  28. PSF PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Prof. Enf. Jesiele Spindler
  29. PSF – PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde
  30. PSF – PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Funciona como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
  31. O Brasil hoje é considerado um estado democrático de direitos. Em outras palavras um estado que não só guia as suas ações e responsabilidades com base na democracia, mas também pela igualdade de direitos. Somos todos iguais em direitos, responsabilidades e oportunidades.
  32. O Portanto podem haver diferenciações entre as pessoas sem que haja lesão ao princípio da igualdade, desde que tenha uma justificativa e uma finalidade. As pessoas são diferentes, possuem necessidades diferentes, precisam do Estado tratamentos diferentes, com o intuito não de aumentar as diferenças, mas sim de reduzi-las.
  33. Algumas etnias apresentam maior vulnerabilidade e maior déficit no acesso à saúde e nas condições de vida. Neste caso foram previstas legislações que preveem atenção especial a estes grupos.
  34. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (regulamentada pelo Decreto n.º: 3.156, de 27 de agosto de 1999), faz parte da nossa Política Nacional de Saúde que reconhece aos povos indígenas suas especificidades étnicas e culturais e seus direitos territoriais.
  35. Para sua efetivação, deverá ser criada uma rede de serviços nas terras indígenas, de forma a superar as deficiências de cobertura, acesso e aceitabilidade do Sistema Único de Saúde para essa população.
  36. Para que os princípios do SUS possam ser efetivados, é necessário que a atenção à saúde se dê de forma diferenciada, levando-se em consideração as especificidades culturais, epidemiológicas e operacionais desses povos.
  37. Com o propósito de garantir participação indígena em todas as etapas de formulação, implantação, avaliação e aperfeiçoamento da Política, a elaboração desta proposta contou com a participação de representante das organizações indígenas, com experiência de execução de projetos no campo da atenção à saúde junto a seu povo.
  38. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Prof Enf Jesiele Spindler
  39. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Com a preocupação com o esgotamento dos recursos naturais, e a consolidação da compreensão do papel central dos processos produtivos como fontes de risco para o ambiente e, consequentemente, para a saúde humana, a Epidemiologia vem contribuir para tornar evidente a relação entre ambiente e agravos à saúde.
  40. EDUCAÇÃO AMBIENTAL A partir de 1972, na primeira conferência da ONU sobre o meio ambiente, as questões ambientais foram alçadas as merecedoras de preocupação e intervenção dos estados e de articulação internacional. Desde então, assiste-se a um processo de tomada de consciência gradual e global – o uso predatório dos recursos naturais pode inviabilizar a vida no planeta.
  41. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Neste processo, ganham visibilidade questões relacionadas à pobreza, aos custos do uso racional dos recursos naturais, do desenvolvimento de novas tecnologias não poluentes e poupadoras desses recursos.
  42. EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, consolidou na “Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento” alguns pontos importantes já apontados em 1972 veremos a seguir:
  43. EDUCAÇÃO AMBIENTAL a) o da sobrevivência do planeta b) os seres humanos ocupam o centro das preocupações – o que coloca a saúde humana no centro das preocupações articulada ao ambiente e ao desenvolvimento c) o desenvolvimento sustentável almeja “garantir o direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza” para as gerações presentes e futuras
  44. EDUCAÇÃO AMBIENTAL A prática da saúde ambiental compreende uma ampla gama de disciplinas que estudam o impacto do ambiente sobre a saúde das populações e que executam ações de prevenção e controle para reduzir ou eliminar este impacto.
  45. cuidar do meio ambiente e de suma importância para a vida do cidadão, visto que saúde e meio ambiente anda ligados intimamente
  46. RELAÇÃO SANEAMENTO E SAÚDE PÚBLICA A Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, detalha que o dever do Estado consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução dos riscos de doenças e outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde para a sua promoção, proteção e recuperação.
  47. RELAÇÃO SANEAMENTO E SAÚDE PÚBLICA Além disso a Declaração defende a proibição de agrotóxicos já banidos em outros países e que apresentam graves riscos à saúde humana e ao meio ambiente assim como proibir a pulverização aérea de agrotóxicos.
  48. PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE Qualidade, segundo o dicionário Aurélio, é a “propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas que as distingue das outras e lhes determina a natureza. Dote, virtude”.
  49. Significa que os envolvidos nos atos de saúde estão constantemente preocupados quanto às propriedades, benefícios e malefícios dos serviços prestados, desenvolvem atividades de aferição e aperfeiçoamento, para uma maior satisfação dos que necessitam desses serviços. PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  50. A gestão da qualidade é a adoção de programas desenvolvidos internamente ou segundo padrões externos, capazes de comprovar um padrão de excelência assistencial, a partir da melhoria contínua da estrutura, dos processos e resultados. PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  51. Os especialistas em qualidade sugerem que a adequada procura da qualidade não é uma questão de inspeção, padrões, limiares; não é uma série de decisões para aceitar ou rejeitar um funcionário, ou um médico, mas, ao contrário, é uma busca contínua de pequenas oportunidades para valorização da mão de obra, redução da complexidade desnecessária, do desperdício e do trabalho em vão, que permitirão, com o uso de métodos de melhoria da qualidade, atingir novos níveis de eficiência, satisfação do paciente, segurança, efetividade clínica e lucratividade. PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  52. Para dirigir e operar uma organização com sucesso é necessário que sua gestão seja sistemática e transparente. As orientações para essa gestão são baseadas em oito princípios de gestão da qualidade. PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  53. Princípio 1 – Organização Focada no Cliente “As organizações dependem de seus clientes e, portanto, deveriam entender as necessidades atuais e futuras, atender os requisitos e se esforçarem para exceder as expectativas dos seus clientes. PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  54. Princípio 2 – Liderança “Líderes estabelecem a unidade de propósitos e a direção da organização. Eles deveriam criar e manter um ambiente interno no qual as pessoas possam se tornar plenamente envolvidas no alcance dos objetivos da organização.” PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  55. Princípio 3 – Envolvimento de Pessoas “Pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização e o pleno envolvimento delas permite que suas capacidades sejam usadas para o benefício da organização.” PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  56. Princípio 4 – Enfoque de Processo “Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e recursos relacionados são gerenciados como um processo.” PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  57. Princípio 5 – Enfoque Sistêmico para a Gestão “Identificar, compreender e gerenciar um sistema de processos inter-relacionados para um dado objetivo melhora a eficácia e a eficiência da organização.” PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  58. Princípio 6 – Melhoria Contínua “A melhoria contínua deveria ser um objetivo permanente na organização.” PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  59. Princípio 7 – Enfoque Factual para a Tomada de Decisão “Decisões eficazes são baseadas em análises de dados e informações.” PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
  60. Princípio 8 – Relacionamento Mutuamente Benéfico com o Fornecedor “Uma organização e seus fornecedores são interdependentes, e um relacionamento mutuamente benéfico aumenta a capacidade de ambos criarem valor.” PADRÕES DE QUALIDADE EM PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
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