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AVALIAÇÃO DO
PACIENTE / EXAME
MENTAL
PROFª. Daiana Moreira
ESTRUTURA DO EXAME PSIQUIÁTRICO
• eixo longitudinal – linha de vida do paciente.
• eixo transversal – verificação do estado
mental.
ENTREVISTA PSICOLÓGICA
Objetivos: formulação de diagnóstico
planejamento terapêutico
Anamneses + exame psíquico (exame do estado mental)
Avalição física: doenças cardiovasculares, HIV/AIDS, obesidade, uso de álcool e drogas, menopausa, efeitos colaterais dos
medicamentos, disfunções na tireoide, deficiência de vitaminas...
Condução da entrevista vai depender:
• da personalidade, estado mental e emocional, capacidade cognitiva do paciente;
• Contexto e local da entrevista
• Objetivos da entrevista (diagnóstico, orientação, pesquisa, psicoterapia, etc)
• Personalidade do entrevistador
EVITAR: postura rígida, fria; falsa intimidade, comentários valorativos ou de julgamentos, entrevistas prolixas..
Não é a quantidade de tempo com o paciente que mais conta, mas a qualidade da atenção
Pré-
natal
História
Pregressa
HTA
EEM
DIAGNÓSTICO
SINDRÔMICO
(sinais e sintomas)
DIAGNÓSTICO
NOSOLÓGICO
(classificação)
+
HISTÓRIA
FAMILIAR
SOCIAL
PLANO
TERAPÊUTICO
Estrutura do Exame Psicológico
ROTEIRO DE ANAMNESE
1 - Identificação: nome, sexo, idade, estado civil,
grupo étnico, naturalidade, procedência, profissão,
religião, telefone para contato. Registrar local de
encaminhamento, nome dos acompanhantes e grau
de parentesco.
2 - Queixa principal ou motivo do encaminhamento
(História da moléstia atual):
• Quando e como se iniciou a doença.
• Fatores precipitantes.
• O impacto da doença sobre o paciente.
• Sono, peso, apetite, funcionamento sexual.
• Drogas ou álcool.
3 - História pessoal e familiar
Pré-natal; nascimento; infância; adolescência; idade adulta;onde e
com quem vive.
Relacionamento (amigos, familiares, vizinhança, conjugal, etc)
Trabalho; situação sócio-econômica; lazer
Doenças anteriores, hospitalizações; história de crises
convulsivas, comportamento explosivo imotivado.
Medicamentos que esteja usando e que já utilizou.
Consumo de substâncias tóxicas.
Personalidade pré-mórbida.
Informações sobre pais, irmãos, esposa, filhos.
História de transtorno mental na família.
EXAME DO ESTADO MENTAL
Somatório das observações e das impressões no momento do
exame.
Avaliação do estado atual do paciente.
Finalidade: diagnóstico e evolução face à terapêutica instituída.
Informações obtidas durante exame do estado mental
usadas com:
história do paciente.
descrição do problema apresentado.
informações obtidas com a família e/ou outros profissionais.
AS FUNÇÕES PSÍQUICAS
• 1 - APARÊNCIA GERAL
• 2 – ESTADO DE CONSCIÊNCIA (NEUROLÓGICO)
• 3 – ATENÇÃO
• 4 – ORIENTAÇÃO
• 5 – SENSOPERCEPÇÃO
• 6 – MEMÓRIA
• 7 – AFETO E HUMOR
• 8 – PENSAMENTO
• 9 – LINGUAGEM
• 10 – CONAÇÃO (COMPORTAMENTO MOTOR)
• 11 - CAPACIDADE INTELECTUAL
• 12 - INSIGHT
1 - APARÊNCIA GERAL - observar o paciente globalmente
a) Idade aparente.
b) Modo de vestir-se.
c) Asseio.
d) Postura.
e) Expressões faciais.
f) Contato visual.
g) Estado geral de saúde e nutrição.
h) Defeitos e peculiaridades físicas (hereditários, congênitos e
adquiridos).
Obs: Avaliação já se inicia antes da entrevista.
2 – ESTADO DE CONSCIÊNCIA (NEUROLÓGICO)
“O todo psíquico momentâneo” a realidade naquele momento.
Determina e facilita as demais.
- LUCIDEZ: acordado – consciência plena – capacidade de entender as
informações.
- OBNUBILAÇÃO: acordado, porém, sonolento e não atento – não entende bem
(alterna excitação e irritabilidade).
- TORPOR: em sono, exceto quando estimulado (resposta leve).
- COMA: não pode ser acordado – Inconsciente.
Não tem estímulo.
- ESTADO CREPUSCULAR: estados confusionais
pós-ictais.
nos pacientes epiléticos – funções da memória,
atenção e orientação prejudicadas.
- CONFUSÃO: (álcool, drogas, AVC, demência, etc.).
3 – ATENÇÃO
Capacidade de concentração da atividade psíquica sobre os
estímulos que a solicitam, sejam estes internos ou externos.
Hiperprosexia – atenção aumentada.
Hipoprosexia - atenção diminuída.
Aprosexia – ausência de atenção.
- Tenacidade: capacidade de persistência num mesmo tópico.
- Atenção espontânea: é passiva, involuntária, automática,
instintiva ou reflexa.
- Atenção voluntária: é ativa.
- Distraibilidade: facilmente desviável - estímulos insignificantes.
NÍVEL DE CONCENTRAÇÃO
Observar o nível de distração do paciente.
 Cálculos simples – 2x3 ou 21 + 7.
 Subtrair séries de 3 a partir de 20.
 Contar de 1 a 20 rapidamente.
 Dizer meses do ano e dias da semana em ordem inversa.
4 - ORIENTAÇÃO
- Indicador sensível de patologia mental, geralmente de
natureza orgânica.
Deve-se pesquisá-la em relação a:
Tempo – alopsíquica (dia; mês; ano).
Espaço – alopsíquica (lugar; cidade; estado).
Pessoa – autopsíquica.
Orientação autopsíquica
-Saber o próprio nome; reconhecer as pessoas; saber
com quem está falando.
-Despersonalização: alteração na percepção de si próprio
(sensação de que o corpo ou algumas de suas partes não
formam uma unidade).
-Desrealização: alteração na percepção do meio ambiente
(alteração insólita no tamanho ou forma dos objetos).
-Perda do sentimento de existência: partes do corpo não
existem: “não tenho mais estômago”; “retiraram o meu
cérebro”; “estou completamente vazio”; “eu estou morto”.
-Perda do controle da atividade do “eu” e do limite
entre o “eu” e o mundo externo (impressão de não
controlar suas funções psíquicas).
-Seus pensamentos, fala e movimentos, são feitos,
controlados ou influenciados por pessoas ou aparelhos.
-Sentem que lhe roubaram o pensamento,
introduzindo-lhes idéias que não são suas.
- Impressão de “pensar alto”.
5 – SENSOPERCEPÇÃO
Alterações perceptivas nos sistemas sensórios.
-Ilusões: percepções deformadas do objeto. Os estímulos são
erroneamente interpretados.
-Alucinações: percepções sensoriais enganosas, que não estão
associadas com estímulos reais. O estímulo provém do interior
do indivíduo.
MODALIDADE AFETADA
ALUCINAÇÕES VISUAIS
ALUCINAÇÕES AUDITIVAS
ALUCINAÇÕES TÁTEIS
ALUCINAÇÕES GUSTATIVAS
ALUCINAÇÕES OLFATIVAS
6 – MEMÓRIA
Capacidade em registrar, reter,
relembrar (arquivar) e reconhecer “informações”.
Neste processo entram em função: sensopercepção, atenção e
afetividade.
Memória remota: (onde e como nasceu, nome das escolas que
freqüentou, data do casamento, idade dos membros da família ...).
Problema na avaliação: confabulação.
Memória recente: (recordar eventos das últimas 24h, pedir para que
recorde 3 palavras – objeto, cor, endereço).
Memória imediata: (-5 minutos - repetir uma série de números em
ordem crescente ou decrescente em um intervalo de 10 segundos).
7 – AFETO E HUMOR
AFETO – manifestação externa da resposta emocional do paciente a eventos –
sinal observável. É a maneira como aparece para os outros.
HUMOR – estado emocional de longa duração, interno, não dependente de
estímulos externos – sintoma relatado. É como está se sentindo.
Quanto a modulação do afeto:
-Hipermodulação: varia demais – ri fácil, chora fácil.
-Hipomodulação: rigidez da afetividade.
- Distimia – forma leve do transtorno depressivo maior.
- Ciclotimia – forma leve do transtorno bipolar II (depressão
leve e hipomania).
- Euforia: alegria exagerada; exaltação.
- Depressão: tristeza exagerada; culpa; desvalia.
- Dissociação ideoafetiva: (discrepância entre o conteúdo do
pensamento e o afeto exteriorizado).
- Ambivalência afetiva: presença simultânea de dois
sentimentos opostos.
- Embotamento afetivo: que não demonstra, é para dentro.
- Estabilidade: afetividade normal – eutimia (grego -
eu=normal; timo=humor) - estabilidade afetiva. Variações
súbitas de um estado para outro - labilidade.
• Fase pé-linguística do pensamento
- Utilização de instrumento
- Inteligência prática
Fase pré-intelectual da linguagem
- Alívio emocional
- Função socila
• Pensamento verbal e linguagem racional
- Transformação do biológico em sócio-histórico
Linguagem
Pensamento
Definições ´básicas:
1.Conceitos: se formam através das representações Ex: cadeira - objeto de 4 pés utilizado para sentar).
B.Generalização: é a síntese de diversos fenômenos (cadeira de criança, trabalho e restaurante: são todas
cadeiras).
2.Juízos: relação entre 2 conceitos (“cadeira” + “utilidade” = cadeira é útil para sentar.
*conceito é a palavra, juízo é a frase.
3 Raciocínio: processo de formar juízos. E tal situação gera outros juízos.
Processo de pensar:
1.Curso: velocidade e ritmo do pensamento.
2.Forma: arquitetura básica - como se desenvolvem os pensamentos.
3.Conteúdo: temas predominantes, assuntos de interesse.
PENSAMENTO
Capacidade de organizar ideias de forma, curso e conteúdo
harmônico com as necessidades individuais e circunstanciais.
Pensamento normal: apresenta constância, organização e
continuidade.
É sinal de conteúdo mental.
Só é possível conhecer a produção do pensamento através da
linguagem.
Em geral o pensamento determina a fala.
Alterações:
Forma - Se tem nexo; e se há relação de coisas ou ideias entre si.
- Lógico
- Ilógico
- Coerente
- Incoerente
Processo – maneira como realiza, executa, se comporta.
Perseveração: persistência de uma resposta a um estímulo prévio, após um novo
estímulo ter sido apresentado.
Salada de palavras: mistura de palavras, ininteligível a comunicação.
Verbigeração: repetição indefinida de termos e de frases carentes de sentidos entre
elas.
Intelectualização: utilização de conceitos e termos intelectuais e afetivamente
neutros.
Neologismo: criação de palavras novas geralmente por meio da condensação de outras,
que apresentam significados especiais e particulares para um determinado paciente.
Fluxo - relativo ao curso do pensamento
-Circunstancialidade: “divaga” sobre detalhes desnecessários e pensamento
inapropriados antes de atingir a idéia central.
-Tangencialidade: o fim nunca é alcançado – fica próximo do que seria sua meta.
-Bloqueio: o pensamento (idéia) em desenvolvimento repentinamente para (esqueci o que
eu ia dizer).
-Velocidade: lento, acelerado.
-Fuga de idéias: muda rapidamente (ambiente).
-Prolixidade: incapaz de sintetizar um relato (é necessário interromper).
Neologismo
https://www.youtube.com/watch?v=ro8rjszYLXI
Ecolalia https://www.youtube.com/watch?v=rLIOgcLifuw
Delírio https://www.youtube.com/watch?v=c7RgsHXk2DA
Delírio https://www.youtube.com/watch?v=f_HxO4CMx-Q
Delírio de grandeza https://www.youtube.com/watch?v=52YU8pMjUyY
NÃO REPITA A NOVELA RUBI OUVIU SILVIO SANTOS - YouTube
CONTEÚDO
Sobre o que a pessoa fala, mensagem que o indivíduo quer passar, é importante identificar o
tema predominante.
Tema predominante:
-Perseguição (querem me envenenar)
-Grandeza (rei de todos os seres humanos)
-Místico (forte base religiosa)
-Somáticos (emitir odor fétido, abrigar parasitas)
-Referência (alguém na TV está falando de mim)
-Ruína (crença que vive na miséria)
Delírio – Crença falsa que surge sem qualquer estímulo externo
apropriado e que se mantém inflexível frente a razão. Não é
compartilhada pelos outros membros do grupo sóciocultural e
educacional do paciente e não facilmente modificáveis.
Os delírios são descritos em função de seu grau de
organização:
-Delírio sistematizado: bem construído, numa lógica interna.
Relacionado a um único tema.
-Delírio não sistematizado: Envolve vários temas, é mais
desorganizado e pouco convincente, conteúdos variam de
momento para momento.
Delírio de ideação paranóide
(perseguição, traição, espionagem)
Delírio de referência
(todos o observam e falam sobre ele)
Delírio de grandeza ou megalomania
(ser rico, poderoso, possuir habilidades
e talentos especiais)
Delírio religioso
(se acha uma divindade; tem contato com
Deus)
Delírio somático
(infestado por insetos, parte do corpo mal formada)
Irradiação do pensamento
(pensamento está sendo irradiado para o exterior, subtraído ou "chupado"
por algo do exterior)
Inserção de pensamentos
(pessoas inserem pensamentos na sua mente)
9 - LINGUAGEM
Conjunto de sinais utilizados para expressar sentimentos e
pensamentos.
-Bradilalia:  da velocidade da fala
-Taquilalia ou verborréia:  velocidade da fala
-Mutismo: inibição da fala
-Verbigeração: repete a sílaba ou a palavra
10 – CONAÇÃO (COMPORTAMENTO MOTOR)
Maneira como o paciente se mostra, atua, se apresenta - sintomas
freqüentemente associados à síndromes psicóticas: desorganização do
comportamento; agitação psicomotora; maneirismos; estereotipias; ecopraxia
(imitação patológica dos movimentos de uma pessoa por outra); negativismos;
obediência automática; flexibilidade cérea (pessoa moldada em uma posição e
se mantém); comportamento bizarro (esquisito); atos perseverativos
(persistentes); catatonia.
11 - CAPACIDADE INTELECTUAL
Observar vocabulário, sua propriedade e nível de complexidade, e
a capacidade de articular conceitos, de abstrair e generalizar.
Capacidade de abstração (separação): explicação de provérbios
(do que já se sabe, do que é popular)
 Melhor um pássaro na mão do que dois voando
 De grão em grão a galinha enche o papo
 Quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras.
Nível de educação abaixo da 8ª série
 bicicleta e ônibus (meios de transporte)
 maçã e pera (frutas)
 televisão e jornal (notícias/informações)
12 - INSIGHT
Capacidade do paciente de compreender a natureza de seu problema ou
doença.
 O que o paciente pensa sobre sua situação atual?
 O que o paciente quer que os outros, incluindo o próprio profissional, façam
a respeito?
REFERÊNCIAS
• KAPLAN, H.I.; SADOCK, B.J.; GREEB, J.A.
Compêndio de psiquiatria. Porto Alegre,
Artes Médicas, 2003.
• SADOCK, B.J.; SADOCK, V.A. Compêndio de
psiquiatria: ciência do comportamento e
psiquiatria clínica. 9ªed. Porto Alegre (RS):
Artemd; 2007.
• STUART, G.W.; LARAIA, M.T. Enfermagem
Psiquiátrica – princípios e práticas. Porto
Alegre, Artemed Editora, 2001.
• TAYLOR CM. Fundamentos de enfermagem
psiquiátrica de Mereness. Porto Alegre,
Artes Médicas, 1992.
• ZUARDI, A.W.; LOUREIRO, S.R. Semiologia
psiquiátrica. Medicina, v.29, p.44-53, 1996.

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  • 1. AVALIAÇÃO DO PACIENTE / EXAME MENTAL PROFª. Daiana Moreira
  • 2. ESTRUTURA DO EXAME PSIQUIÁTRICO • eixo longitudinal – linha de vida do paciente. • eixo transversal – verificação do estado mental.
  • 3. ENTREVISTA PSICOLÓGICA Objetivos: formulação de diagnóstico planejamento terapêutico Anamneses + exame psíquico (exame do estado mental) Avalição física: doenças cardiovasculares, HIV/AIDS, obesidade, uso de álcool e drogas, menopausa, efeitos colaterais dos medicamentos, disfunções na tireoide, deficiência de vitaminas... Condução da entrevista vai depender: • da personalidade, estado mental e emocional, capacidade cognitiva do paciente; • Contexto e local da entrevista • Objetivos da entrevista (diagnóstico, orientação, pesquisa, psicoterapia, etc) • Personalidade do entrevistador EVITAR: postura rígida, fria; falsa intimidade, comentários valorativos ou de julgamentos, entrevistas prolixas.. Não é a quantidade de tempo com o paciente que mais conta, mas a qualidade da atenção
  • 5. ROTEIRO DE ANAMNESE 1 - Identificação: nome, sexo, idade, estado civil, grupo étnico, naturalidade, procedência, profissão, religião, telefone para contato. Registrar local de encaminhamento, nome dos acompanhantes e grau de parentesco. 2 - Queixa principal ou motivo do encaminhamento (História da moléstia atual): • Quando e como se iniciou a doença. • Fatores precipitantes. • O impacto da doença sobre o paciente. • Sono, peso, apetite, funcionamento sexual. • Drogas ou álcool.
  • 6. 3 - História pessoal e familiar Pré-natal; nascimento; infância; adolescência; idade adulta;onde e com quem vive. Relacionamento (amigos, familiares, vizinhança, conjugal, etc) Trabalho; situação sócio-econômica; lazer Doenças anteriores, hospitalizações; história de crises convulsivas, comportamento explosivo imotivado. Medicamentos que esteja usando e que já utilizou. Consumo de substâncias tóxicas. Personalidade pré-mórbida. Informações sobre pais, irmãos, esposa, filhos. História de transtorno mental na família.
  • 7. EXAME DO ESTADO MENTAL Somatório das observações e das impressões no momento do exame. Avaliação do estado atual do paciente. Finalidade: diagnóstico e evolução face à terapêutica instituída. Informações obtidas durante exame do estado mental usadas com: história do paciente. descrição do problema apresentado. informações obtidas com a família e/ou outros profissionais.
  • 8. AS FUNÇÕES PSÍQUICAS • 1 - APARÊNCIA GERAL • 2 – ESTADO DE CONSCIÊNCIA (NEUROLÓGICO) • 3 – ATENÇÃO • 4 – ORIENTAÇÃO • 5 – SENSOPERCEPÇÃO • 6 – MEMÓRIA • 7 – AFETO E HUMOR • 8 – PENSAMENTO • 9 – LINGUAGEM • 10 – CONAÇÃO (COMPORTAMENTO MOTOR) • 11 - CAPACIDADE INTELECTUAL • 12 - INSIGHT
  • 9. 1 - APARÊNCIA GERAL - observar o paciente globalmente a) Idade aparente. b) Modo de vestir-se. c) Asseio. d) Postura. e) Expressões faciais. f) Contato visual. g) Estado geral de saúde e nutrição. h) Defeitos e peculiaridades físicas (hereditários, congênitos e adquiridos). Obs: Avaliação já se inicia antes da entrevista.
  • 10. 2 – ESTADO DE CONSCIÊNCIA (NEUROLÓGICO) “O todo psíquico momentâneo” a realidade naquele momento. Determina e facilita as demais. - LUCIDEZ: acordado – consciência plena – capacidade de entender as informações. - OBNUBILAÇÃO: acordado, porém, sonolento e não atento – não entende bem (alterna excitação e irritabilidade). - TORPOR: em sono, exceto quando estimulado (resposta leve). - COMA: não pode ser acordado – Inconsciente. Não tem estímulo. - ESTADO CREPUSCULAR: estados confusionais pós-ictais. nos pacientes epiléticos – funções da memória, atenção e orientação prejudicadas. - CONFUSÃO: (álcool, drogas, AVC, demência, etc.).
  • 11. 3 – ATENÇÃO Capacidade de concentração da atividade psíquica sobre os estímulos que a solicitam, sejam estes internos ou externos. Hiperprosexia – atenção aumentada. Hipoprosexia - atenção diminuída. Aprosexia – ausência de atenção. - Tenacidade: capacidade de persistência num mesmo tópico. - Atenção espontânea: é passiva, involuntária, automática, instintiva ou reflexa. - Atenção voluntária: é ativa. - Distraibilidade: facilmente desviável - estímulos insignificantes.
  • 12. NÍVEL DE CONCENTRAÇÃO Observar o nível de distração do paciente.  Cálculos simples – 2x3 ou 21 + 7.  Subtrair séries de 3 a partir de 20.  Contar de 1 a 20 rapidamente.  Dizer meses do ano e dias da semana em ordem inversa.
  • 13. 4 - ORIENTAÇÃO - Indicador sensível de patologia mental, geralmente de natureza orgânica. Deve-se pesquisá-la em relação a: Tempo – alopsíquica (dia; mês; ano). Espaço – alopsíquica (lugar; cidade; estado). Pessoa – autopsíquica.
  • 14. Orientação autopsíquica -Saber o próprio nome; reconhecer as pessoas; saber com quem está falando. -Despersonalização: alteração na percepção de si próprio (sensação de que o corpo ou algumas de suas partes não formam uma unidade). -Desrealização: alteração na percepção do meio ambiente (alteração insólita no tamanho ou forma dos objetos). -Perda do sentimento de existência: partes do corpo não existem: “não tenho mais estômago”; “retiraram o meu cérebro”; “estou completamente vazio”; “eu estou morto”.
  • 15. -Perda do controle da atividade do “eu” e do limite entre o “eu” e o mundo externo (impressão de não controlar suas funções psíquicas). -Seus pensamentos, fala e movimentos, são feitos, controlados ou influenciados por pessoas ou aparelhos. -Sentem que lhe roubaram o pensamento, introduzindo-lhes idéias que não são suas. - Impressão de “pensar alto”.
  • 16. 5 – SENSOPERCEPÇÃO Alterações perceptivas nos sistemas sensórios. -Ilusões: percepções deformadas do objeto. Os estímulos são erroneamente interpretados. -Alucinações: percepções sensoriais enganosas, que não estão associadas com estímulos reais. O estímulo provém do interior do indivíduo.
  • 17. MODALIDADE AFETADA ALUCINAÇÕES VISUAIS ALUCINAÇÕES AUDITIVAS ALUCINAÇÕES TÁTEIS ALUCINAÇÕES GUSTATIVAS ALUCINAÇÕES OLFATIVAS
  • 18. 6 – MEMÓRIA Capacidade em registrar, reter, relembrar (arquivar) e reconhecer “informações”. Neste processo entram em função: sensopercepção, atenção e afetividade. Memória remota: (onde e como nasceu, nome das escolas que freqüentou, data do casamento, idade dos membros da família ...). Problema na avaliação: confabulação. Memória recente: (recordar eventos das últimas 24h, pedir para que recorde 3 palavras – objeto, cor, endereço). Memória imediata: (-5 minutos - repetir uma série de números em ordem crescente ou decrescente em um intervalo de 10 segundos).
  • 19. 7 – AFETO E HUMOR AFETO – manifestação externa da resposta emocional do paciente a eventos – sinal observável. É a maneira como aparece para os outros. HUMOR – estado emocional de longa duração, interno, não dependente de estímulos externos – sintoma relatado. É como está se sentindo. Quanto a modulação do afeto: -Hipermodulação: varia demais – ri fácil, chora fácil. -Hipomodulação: rigidez da afetividade.
  • 20. - Distimia – forma leve do transtorno depressivo maior. - Ciclotimia – forma leve do transtorno bipolar II (depressão leve e hipomania). - Euforia: alegria exagerada; exaltação. - Depressão: tristeza exagerada; culpa; desvalia. - Dissociação ideoafetiva: (discrepância entre o conteúdo do pensamento e o afeto exteriorizado). - Ambivalência afetiva: presença simultânea de dois sentimentos opostos. - Embotamento afetivo: que não demonstra, é para dentro. - Estabilidade: afetividade normal – eutimia (grego - eu=normal; timo=humor) - estabilidade afetiva. Variações súbitas de um estado para outro - labilidade.
  • 21.
  • 22.
  • 23. • Fase pé-linguística do pensamento - Utilização de instrumento - Inteligência prática Fase pré-intelectual da linguagem - Alívio emocional - Função socila • Pensamento verbal e linguagem racional - Transformação do biológico em sócio-histórico Linguagem Pensamento
  • 24.
  • 25. Definições ´básicas: 1.Conceitos: se formam através das representações Ex: cadeira - objeto de 4 pés utilizado para sentar). B.Generalização: é a síntese de diversos fenômenos (cadeira de criança, trabalho e restaurante: são todas cadeiras). 2.Juízos: relação entre 2 conceitos (“cadeira” + “utilidade” = cadeira é útil para sentar. *conceito é a palavra, juízo é a frase. 3 Raciocínio: processo de formar juízos. E tal situação gera outros juízos. Processo de pensar: 1.Curso: velocidade e ritmo do pensamento. 2.Forma: arquitetura básica - como se desenvolvem os pensamentos. 3.Conteúdo: temas predominantes, assuntos de interesse.
  • 26. PENSAMENTO Capacidade de organizar ideias de forma, curso e conteúdo harmônico com as necessidades individuais e circunstanciais. Pensamento normal: apresenta constância, organização e continuidade. É sinal de conteúdo mental. Só é possível conhecer a produção do pensamento através da linguagem. Em geral o pensamento determina a fala.
  • 27. Alterações: Forma - Se tem nexo; e se há relação de coisas ou ideias entre si. - Lógico - Ilógico - Coerente - Incoerente
  • 28. Processo – maneira como realiza, executa, se comporta. Perseveração: persistência de uma resposta a um estímulo prévio, após um novo estímulo ter sido apresentado. Salada de palavras: mistura de palavras, ininteligível a comunicação. Verbigeração: repetição indefinida de termos e de frases carentes de sentidos entre elas. Intelectualização: utilização de conceitos e termos intelectuais e afetivamente neutros. Neologismo: criação de palavras novas geralmente por meio da condensação de outras, que apresentam significados especiais e particulares para um determinado paciente.
  • 29. Fluxo - relativo ao curso do pensamento -Circunstancialidade: “divaga” sobre detalhes desnecessários e pensamento inapropriados antes de atingir a idéia central. -Tangencialidade: o fim nunca é alcançado – fica próximo do que seria sua meta. -Bloqueio: o pensamento (idéia) em desenvolvimento repentinamente para (esqueci o que eu ia dizer). -Velocidade: lento, acelerado. -Fuga de idéias: muda rapidamente (ambiente). -Prolixidade: incapaz de sintetizar um relato (é necessário interromper).
  • 30.
  • 31. Neologismo https://www.youtube.com/watch?v=ro8rjszYLXI Ecolalia https://www.youtube.com/watch?v=rLIOgcLifuw Delírio https://www.youtube.com/watch?v=c7RgsHXk2DA Delírio https://www.youtube.com/watch?v=f_HxO4CMx-Q Delírio de grandeza https://www.youtube.com/watch?v=52YU8pMjUyY NÃO REPITA A NOVELA RUBI OUVIU SILVIO SANTOS - YouTube
  • 32. CONTEÚDO Sobre o que a pessoa fala, mensagem que o indivíduo quer passar, é importante identificar o tema predominante. Tema predominante: -Perseguição (querem me envenenar) -Grandeza (rei de todos os seres humanos) -Místico (forte base religiosa) -Somáticos (emitir odor fétido, abrigar parasitas) -Referência (alguém na TV está falando de mim) -Ruína (crença que vive na miséria)
  • 33. Delírio – Crença falsa que surge sem qualquer estímulo externo apropriado e que se mantém inflexível frente a razão. Não é compartilhada pelos outros membros do grupo sóciocultural e educacional do paciente e não facilmente modificáveis. Os delírios são descritos em função de seu grau de organização: -Delírio sistematizado: bem construído, numa lógica interna. Relacionado a um único tema. -Delírio não sistematizado: Envolve vários temas, é mais desorganizado e pouco convincente, conteúdos variam de momento para momento.
  • 34. Delírio de ideação paranóide (perseguição, traição, espionagem) Delírio de referência (todos o observam e falam sobre ele) Delírio de grandeza ou megalomania (ser rico, poderoso, possuir habilidades e talentos especiais) Delírio religioso (se acha uma divindade; tem contato com Deus)
  • 35. Delírio somático (infestado por insetos, parte do corpo mal formada) Irradiação do pensamento (pensamento está sendo irradiado para o exterior, subtraído ou "chupado" por algo do exterior) Inserção de pensamentos (pessoas inserem pensamentos na sua mente)
  • 36. 9 - LINGUAGEM Conjunto de sinais utilizados para expressar sentimentos e pensamentos. -Bradilalia:  da velocidade da fala -Taquilalia ou verborréia:  velocidade da fala -Mutismo: inibição da fala -Verbigeração: repete a sílaba ou a palavra
  • 37. 10 – CONAÇÃO (COMPORTAMENTO MOTOR) Maneira como o paciente se mostra, atua, se apresenta - sintomas freqüentemente associados à síndromes psicóticas: desorganização do comportamento; agitação psicomotora; maneirismos; estereotipias; ecopraxia (imitação patológica dos movimentos de uma pessoa por outra); negativismos; obediência automática; flexibilidade cérea (pessoa moldada em uma posição e se mantém); comportamento bizarro (esquisito); atos perseverativos (persistentes); catatonia.
  • 38. 11 - CAPACIDADE INTELECTUAL Observar vocabulário, sua propriedade e nível de complexidade, e a capacidade de articular conceitos, de abstrair e generalizar. Capacidade de abstração (separação): explicação de provérbios (do que já se sabe, do que é popular)  Melhor um pássaro na mão do que dois voando  De grão em grão a galinha enche o papo  Quem tem telhado de vidro não deve atirar pedras. Nível de educação abaixo da 8ª série  bicicleta e ônibus (meios de transporte)  maçã e pera (frutas)  televisão e jornal (notícias/informações)
  • 39. 12 - INSIGHT Capacidade do paciente de compreender a natureza de seu problema ou doença.  O que o paciente pensa sobre sua situação atual?  O que o paciente quer que os outros, incluindo o próprio profissional, façam a respeito?
  • 40. REFERÊNCIAS • KAPLAN, H.I.; SADOCK, B.J.; GREEB, J.A. Compêndio de psiquiatria. Porto Alegre, Artes Médicas, 2003. • SADOCK, B.J.; SADOCK, V.A. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 9ªed. Porto Alegre (RS): Artemd; 2007. • STUART, G.W.; LARAIA, M.T. Enfermagem Psiquiátrica – princípios e práticas. Porto Alegre, Artemed Editora, 2001. • TAYLOR CM. Fundamentos de enfermagem psiquiátrica de Mereness. Porto Alegre, Artes Médicas, 1992. • ZUARDI, A.W.; LOUREIRO, S.R. Semiologia psiquiátrica. Medicina, v.29, p.44-53, 1996.