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Sessão de raciocínio
      clínico
      Maíra Rocha Alves
      MR2 Clínica Médica
     Hospital Santo Antônio
Anamnese
   ID  JAGO, masculino, 55 anos, pardo,casado, natural e
    procedente de Cruz das Almas, engenheiro civil.
    Admissão no Hospital Santa Izabel= 05/04/2012

   QP Fadiga há 2 semanas.

   HMA  Paciente hipertenso prévio com relato de fadiga e mal-estar
    inespecífico (dificuldade para dormir, com sensação de leve
    dispnéia) há cerca de 2 semanas. Há 05 dias observou piora do
    quadro com prostração associada e dispnéia progressiva aos
    esforços. Refere 01 pico febril (T=38,5º C) no início do quadro.
    Nega dor, síncope, palpitação, edema de MMII ou outras queixas.
    Procurou atendimento médico, sendo encaminhado ao cardiologista
    para acompanhamento, sendo então internado.
Anamnese
   IS  Geral: refere discreta perda ponderal no período.
           Pele: sem alterações.
           Seg. cefálico: nega odinofagia, otorréia, cefaléia.
            AR: vide HMA.
           ACV: nega dor precordial ou palpitações.
           AGU: nega queixas urinárias ou lesões genitais.
           AGI: nega dor abdominal, náuseas, vômitos.
                   Osteoarticular: nega dor articular ou dificuldade de
    movimentação dos membros.
           EXT: nega edema ou lesões em membros.
Anamnese
   Antecedentes médicos  Hipertenso há 10 anos, em uso
    regular de Atenolol (25 mg/dia). Nega DM ou outras
    patologias. Nega internamentos prévios, transfusões
    sanguíneas ou cirurgias.

   Antecedentes familiares  Mãe hipertensa, diabética e com
    história de AVE aos 70 anos. Pai hipertenso e história de IAM
    aos 50 anos. Irmã hipertensa e diabética.
Anamnese
   HV  Tabagista 5 maços/ano, abstêmio há 25 anos. Etilista
    social há 30 anos. Nega uso de drogas ilícitas. Epidemiologia
    negativa para Chagas e Esquistossomose. Sedentário e
    alimentação sem restrições.



   HPS  Reside com esposa e 3 filhos em casa com bom
    saneamento básico, luz elétrica e água tratada.
    Companheira refere que paciente tem carga excessiva de
    trabalho e vive estressado e ansioso. Relata, também, que o
    companheiro sofre de síndrome do pânico.
Anamnese
   Exame físico
  Paciente em bom estado geral, lúcido e orientado em tempo e espaço,
    acianótico, anictérico, afebril ao toque, mucosas normocoradas.
FC= 90bpm (pulsos amplos, ritmicos e simétricos)          FR= 16ipm
    PA= 120X70mmHg
-   Pescoço: ausência de estase de jugular e linfonodos não palpáveis.
-   AR: expansibilidade e FTV preservados, som claro pulmonar e
    murmúrio vesicular bem distribuído, sem ruídos adventícios.
-   ACV: precórdio ativo ás custas de impulsão paraesternal esquerda,
    ictus invisível e palpável em 5º EICE na LMC ocupando 2 polpas
    digitais, com bulhas rítmicas, normofonéticas em 2T, com SS grau
    III/VI em FM com irradiação para todos os focos, carótidas e dorso.
-   ABD: plano, flácido, RHA presentes, indolor à palpação superficial
    ou profunda. Sem VMG. Ausência de sinais de irritação peritoneal.
-   EXT: sem edemas, lesões e bem perfundidas.
-   SN: força muscular grau V/V em membros superiores e inferiores.
    Romberg negativo.
Resumo do caso
Paciente masculino, 55 anos, hipertenso prévio com uso regular de
medicações com história de fadiga há 02 semanas que foi
evoluindo para dispnéia progressiva aos esforços, negando edema
de MMII, palpitações, síncope ou perda ponderal. Refere 01 pico
febril (T=38,5º C) no início do quadro. Procurou atendimento
médico,     sendo     encaminhado       ao    cardiologista  para
acompanhamento, sendo então internado.
 Durante exame admissional, paciente vigil, em bom estado geral,
mucosas normocoradas, escleras anictéricas, afebril, eupnéico.
PA=120X70 mmHg, FC=90bpm; FR=16ipm. ACV: Ausência de
estase de jugulares. Precórdio ativo ás custas de impulsão
paraesternal esquerda, ictus invisível e palpável em 5º EICE na
LMC ocupando 2 polpas digitais, com bulhas rítmicas,
normofonéticas em 2T, com SS grau III/VI em FM com irradiação
para todos os focos, carótidas e dorso. EXT: sem edema de MMII.
Exames laboratoriais
         02/04         05/04       11/04         16/04
Hb/Ht    12,5 / 38%                121 / 35,9%   11,8 / 35,4%

Leuco    12.400                    10.500        7.300
         78%S / 11%L               72%S / 13%L   72%S / 16%L

Plaq     189.000                   265.000       262.000

TP/RNI                 90 / 1,08

Ur/Cr                  37 / 1,1    44 / 1,3      43 / 1,1

K/Na                   4,2 / 144   4,5 / 143     4,7 / 143

TGO      18 / 21       23 / 33
/TGP

LDH                    513

VHS      47

PCR      99



Sumário de urina = sem alterações.
Parasitológico de fezes = sem alterações.
Exames complementares
   Raio-x de tórax (02/04): aumento da trama vascular pulmonar.
    Discreta cardiomegalia.

   ECG (03/04): sobrecarga átrio esquerdo. Sinais de hipertrofia
    ventricular esquerda. Extrassístoles ventriculares isoladas.

   CATE (10/04): sem anormalidades.

   ECO TT (02/04): AE com volume aumentado de tamanho de grau
    importante; hipertrofia excêntrica de VE de grau importante; VE
    com função sistólica global e segmentar preservada (FE=75%);
    prolapso de valva mitral com imagem sugestiva de ruptura
    cordoalha tendínea, levando a insuficiência de grau severo; HAP de
    grau importante.
Exames complementares
   ECO TE (09/04): prolapso de valva mitral com evidência de
    ruptura de cordoalha e refluxo de grau severo. Presença de
    2 imagens compatíveis com pequenas vegetações na
    cúspide posterior (0,15 cm2). Ausência de trombo
    intracavitário.

   Hemoculturas (03)  negativas.
Evolução
   Iniciado tratamento antibiótico empírico com Rocefin (2g/dia) e
    Gemtamicina (240mg/dia). Optado por equipe cirúrgica aguardar
    térmico do tratamento para realização de cirurgia de troca valvar.
    Paciente evolui estável durante todo o internamento, afebril e sem
    queixas. Concomitantemente realizou tratamento dentário.

   Realizada   cirurgia, sem   intercorrências, tendo  optado
    conjuntamente com o paciente por implante de válvula mitral
    metálica.

   Paciente recebe alta sem intercorrências.
ENDOCARDITE INFECCIOSA
Introdução
   Definição       infecção microbiana do endocárdio
    caracterizada por *vegetação, podendo acometer
    válvulas, local de defeito de septo, cordoalhas e
    endocárdio mural.

   * A vegetação é composta de plaquetas, fibrina,
    micro-organismo e células inflamatórias.
Epidemiologia
   Elevada incidência: 2 a 10 episódios   por
    100.000 pessoas/ano.
   Incidência: Homens > mulheres.
   Elevada morbidade e mortalidade.
   Prognóstico depende de rápido diagnóstico,
    tto efetivo e pronto reconhecimento das
    complicações.
Epidemiologia
   Condição cardíaca predisponente (75%),
    sendo no BRA a principal causa a FR.
   Aumento dos casos em pessoas idosas em
    países desenvolvidos:

    Aumento da expectativa de
    vida (doenças orovalvares       Redução da incidência
     degenerativas e próteses       de doenças reumáticas
            valvares)
                                x
Epidemiologia
   Geralmente     acomete        válvula  mitral
    isoladamente (40%)  válvula aórtica isolada
    (36%)  doença multivalvular.
   Lado direito é pouco afetado, exceto em
    usuários de drogas EV.
Classificação
   Aguda X subaguda
Etiologia




   Usuários de drogas EV e EI hospitalar = S. aureus.
Fatores de risco
   Usuários de drogas EV (EI à direita)
   Válvulas protéticas
   Doenças cardíacas estruturais (FR,            PVM, doenças
    congênitas, ...)
   Episódio prévio de EI
   EI hospitalar (uso de dispositivos   vasculares invasivos ou
    infecção de cateteres)
   Hemodiálise
Diagnóstico
   Critérios de Duke modificados
Diagnóstico




   Endocardite definitiva: 2 Maiores, 1 Maior e 3 menores ou 5
    menores

   Endocardite possível: 1 Maior e 1 menor ou 3 menores
Diagnóstico
Diagnóstico
   ECO TT X ECO TE

ECO TT primariamente para detectar vegetações valvulares. Em
  casos de forte suspeita e ECOTT não diagnóstico  ECO TE;

ECO TE diagnóstico de primeira linha para válvulas protéticas ou na
  suspeita de complicações (abscessos, perfurações, shunts);

Ambos tem elevada especificidade, porém o ECO TE tem melhor
  sensibilidade.
Tratamento
Tratamento
   Cirurgia
Prótese valvar
ICC (classe III ou IV da NYHA)
Extensão perivalvar da infecção
Embolizações recorrentes
Infeção persistente
Microorganismos de difícil tratamento (fungos, Brucella
  spp. ou S. lugdunensis).
Profilaxia
   Situações indicadas:




   Indicadas em alguns procedimentos
    invasivos dentários, oral e respiratório.
Bibliografia
   Up to date
   Circulation
   BMJ
   BARBOSA, Marcia M. Endocardite infecciosa: perfil clínico em
    evolução. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 83, n. 3, Sept. 2004.
   MC Donald, J. Acute infective endocarditis. Infect Dis Clin North
    Ann. 2009 September.
Obrigada!

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Sessão clinica 16 julho

  • 1. Sessão de raciocínio clínico Maíra Rocha Alves MR2 Clínica Médica Hospital Santo Antônio
  • 2. Anamnese  ID  JAGO, masculino, 55 anos, pardo,casado, natural e procedente de Cruz das Almas, engenheiro civil. Admissão no Hospital Santa Izabel= 05/04/2012  QP Fadiga há 2 semanas.  HMA  Paciente hipertenso prévio com relato de fadiga e mal-estar inespecífico (dificuldade para dormir, com sensação de leve dispnéia) há cerca de 2 semanas. Há 05 dias observou piora do quadro com prostração associada e dispnéia progressiva aos esforços. Refere 01 pico febril (T=38,5º C) no início do quadro. Nega dor, síncope, palpitação, edema de MMII ou outras queixas. Procurou atendimento médico, sendo encaminhado ao cardiologista para acompanhamento, sendo então internado.
  • 3. Anamnese  IS  Geral: refere discreta perda ponderal no período. Pele: sem alterações. Seg. cefálico: nega odinofagia, otorréia, cefaléia. AR: vide HMA. ACV: nega dor precordial ou palpitações. AGU: nega queixas urinárias ou lesões genitais. AGI: nega dor abdominal, náuseas, vômitos. Osteoarticular: nega dor articular ou dificuldade de movimentação dos membros. EXT: nega edema ou lesões em membros.
  • 4. Anamnese  Antecedentes médicos  Hipertenso há 10 anos, em uso regular de Atenolol (25 mg/dia). Nega DM ou outras patologias. Nega internamentos prévios, transfusões sanguíneas ou cirurgias.  Antecedentes familiares  Mãe hipertensa, diabética e com história de AVE aos 70 anos. Pai hipertenso e história de IAM aos 50 anos. Irmã hipertensa e diabética.
  • 5. Anamnese  HV  Tabagista 5 maços/ano, abstêmio há 25 anos. Etilista social há 30 anos. Nega uso de drogas ilícitas. Epidemiologia negativa para Chagas e Esquistossomose. Sedentário e alimentação sem restrições.  HPS  Reside com esposa e 3 filhos em casa com bom saneamento básico, luz elétrica e água tratada. Companheira refere que paciente tem carga excessiva de trabalho e vive estressado e ansioso. Relata, também, que o companheiro sofre de síndrome do pânico.
  • 6. Anamnese  Exame físico Paciente em bom estado geral, lúcido e orientado em tempo e espaço, acianótico, anictérico, afebril ao toque, mucosas normocoradas. FC= 90bpm (pulsos amplos, ritmicos e simétricos) FR= 16ipm PA= 120X70mmHg - Pescoço: ausência de estase de jugular e linfonodos não palpáveis. - AR: expansibilidade e FTV preservados, som claro pulmonar e murmúrio vesicular bem distribuído, sem ruídos adventícios. - ACV: precórdio ativo ás custas de impulsão paraesternal esquerda, ictus invisível e palpável em 5º EICE na LMC ocupando 2 polpas digitais, com bulhas rítmicas, normofonéticas em 2T, com SS grau III/VI em FM com irradiação para todos os focos, carótidas e dorso. - ABD: plano, flácido, RHA presentes, indolor à palpação superficial ou profunda. Sem VMG. Ausência de sinais de irritação peritoneal. - EXT: sem edemas, lesões e bem perfundidas. - SN: força muscular grau V/V em membros superiores e inferiores. Romberg negativo.
  • 7. Resumo do caso Paciente masculino, 55 anos, hipertenso prévio com uso regular de medicações com história de fadiga há 02 semanas que foi evoluindo para dispnéia progressiva aos esforços, negando edema de MMII, palpitações, síncope ou perda ponderal. Refere 01 pico febril (T=38,5º C) no início do quadro. Procurou atendimento médico, sendo encaminhado ao cardiologista para acompanhamento, sendo então internado. Durante exame admissional, paciente vigil, em bom estado geral, mucosas normocoradas, escleras anictéricas, afebril, eupnéico. PA=120X70 mmHg, FC=90bpm; FR=16ipm. ACV: Ausência de estase de jugulares. Precórdio ativo ás custas de impulsão paraesternal esquerda, ictus invisível e palpável em 5º EICE na LMC ocupando 2 polpas digitais, com bulhas rítmicas, normofonéticas em 2T, com SS grau III/VI em FM com irradiação para todos os focos, carótidas e dorso. EXT: sem edema de MMII.
  • 8. Exames laboratoriais 02/04 05/04 11/04 16/04 Hb/Ht 12,5 / 38% 121 / 35,9% 11,8 / 35,4% Leuco 12.400 10.500 7.300 78%S / 11%L 72%S / 13%L 72%S / 16%L Plaq 189.000 265.000 262.000 TP/RNI 90 / 1,08 Ur/Cr 37 / 1,1 44 / 1,3 43 / 1,1 K/Na 4,2 / 144 4,5 / 143 4,7 / 143 TGO 18 / 21 23 / 33 /TGP LDH 513 VHS 47 PCR 99 Sumário de urina = sem alterações. Parasitológico de fezes = sem alterações.
  • 9. Exames complementares  Raio-x de tórax (02/04): aumento da trama vascular pulmonar. Discreta cardiomegalia.  ECG (03/04): sobrecarga átrio esquerdo. Sinais de hipertrofia ventricular esquerda. Extrassístoles ventriculares isoladas.  CATE (10/04): sem anormalidades.  ECO TT (02/04): AE com volume aumentado de tamanho de grau importante; hipertrofia excêntrica de VE de grau importante; VE com função sistólica global e segmentar preservada (FE=75%); prolapso de valva mitral com imagem sugestiva de ruptura cordoalha tendínea, levando a insuficiência de grau severo; HAP de grau importante.
  • 10. Exames complementares  ECO TE (09/04): prolapso de valva mitral com evidência de ruptura de cordoalha e refluxo de grau severo. Presença de 2 imagens compatíveis com pequenas vegetações na cúspide posterior (0,15 cm2). Ausência de trombo intracavitário.  Hemoculturas (03)  negativas.
  • 11. Evolução  Iniciado tratamento antibiótico empírico com Rocefin (2g/dia) e Gemtamicina (240mg/dia). Optado por equipe cirúrgica aguardar térmico do tratamento para realização de cirurgia de troca valvar. Paciente evolui estável durante todo o internamento, afebril e sem queixas. Concomitantemente realizou tratamento dentário.  Realizada cirurgia, sem intercorrências, tendo optado conjuntamente com o paciente por implante de válvula mitral metálica.  Paciente recebe alta sem intercorrências.
  • 12.
  • 14. Introdução  Definição  infecção microbiana do endocárdio caracterizada por *vegetação, podendo acometer válvulas, local de defeito de septo, cordoalhas e endocárdio mural.  * A vegetação é composta de plaquetas, fibrina, micro-organismo e células inflamatórias.
  • 15. Epidemiologia  Elevada incidência: 2 a 10 episódios por 100.000 pessoas/ano.  Incidência: Homens > mulheres.  Elevada morbidade e mortalidade.  Prognóstico depende de rápido diagnóstico, tto efetivo e pronto reconhecimento das complicações.
  • 16. Epidemiologia  Condição cardíaca predisponente (75%), sendo no BRA a principal causa a FR.  Aumento dos casos em pessoas idosas em países desenvolvidos: Aumento da expectativa de vida (doenças orovalvares Redução da incidência degenerativas e próteses de doenças reumáticas valvares) x
  • 17. Epidemiologia  Geralmente acomete válvula mitral isoladamente (40%)  válvula aórtica isolada (36%)  doença multivalvular.  Lado direito é pouco afetado, exceto em usuários de drogas EV.
  • 18. Classificação  Aguda X subaguda
  • 19. Etiologia  Usuários de drogas EV e EI hospitalar = S. aureus.
  • 20. Fatores de risco  Usuários de drogas EV (EI à direita)  Válvulas protéticas  Doenças cardíacas estruturais (FR, PVM, doenças congênitas, ...)  Episódio prévio de EI  EI hospitalar (uso de dispositivos vasculares invasivos ou infecção de cateteres)  Hemodiálise
  • 21. Diagnóstico  Critérios de Duke modificados
  • 22. Diagnóstico  Endocardite definitiva: 2 Maiores, 1 Maior e 3 menores ou 5 menores  Endocardite possível: 1 Maior e 1 menor ou 3 menores
  • 24. Diagnóstico  ECO TT X ECO TE ECO TT primariamente para detectar vegetações valvulares. Em casos de forte suspeita e ECOTT não diagnóstico  ECO TE; ECO TE diagnóstico de primeira linha para válvulas protéticas ou na suspeita de complicações (abscessos, perfurações, shunts); Ambos tem elevada especificidade, porém o ECO TE tem melhor sensibilidade.
  • 26. Tratamento  Cirurgia Prótese valvar ICC (classe III ou IV da NYHA) Extensão perivalvar da infecção Embolizações recorrentes Infeção persistente Microorganismos de difícil tratamento (fungos, Brucella spp. ou S. lugdunensis).
  • 27. Profilaxia  Situações indicadas:  Indicadas em alguns procedimentos invasivos dentários, oral e respiratório.
  • 28. Bibliografia  Up to date  Circulation  BMJ  BARBOSA, Marcia M. Endocardite infecciosa: perfil clínico em evolução. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 83, n. 3, Sept. 2004.  MC Donald, J. Acute infective endocarditis. Infect Dis Clin North Ann. 2009 September.