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CASO CLÍNICO:
Insuficiência cardíaca
congestiva/Não compactação
do miocárdio ventricular
Internato – HRAS/SES/DF
Ilana Batista Resende
Jussara Soares Pereira
Coordenação: Sueli R. Falcão
www.paulomargotto.com.br
01/04/09
Escola Superior
De Ciências da
Saúde (ESCS)
1. IDENTIFICAÇÃO:
CGRS, 6 meses, sexo masculino, pardo.
Natural de Samambaia – DF, procedente do
Recanto das Emas – DF.
Data de internação: 22/03/09.
2. QP:
“Muito cansado, há 08 dias.”
3. HDA:
Mãe relata que há 08 dias a criança iniciou tosse seca,
associada a queda do estado geral e rinorréia hialina,
evoluindo, há 06 dias, com tosse produtiva e febre
diária (38-39°C), que cedia temporariamente com o uso
de Paracetamol. Relata ainda dispnéia progressiva, há
05 dias, quando procurou este hospital, sendo prescrito
Salbutamol e Prednisolona. A criança evoluiu com piora
da dispnéia e aparecimento de taquicardia, sendo
suspenso o Salbutamol por conta da mãe. Por não haver
melhora, a mãe procurou novamente este serviço há 02
dias, sendo internado.
4. ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS:
Gestação sem intercorrências, 07 consultas de pré-
natal.
Parto cesáreo por pós-datismo com sofrimento
fetal. Chorou ao nascer. Apgar 8/9.
Ao nascer – peso: 3750g; estatura: 52 cm; PC: 38,5
cm.
Aleitamento materno exclusivo até o 4° mês.
DNPM atrasado – faz acompanhamento com a
Genética.
Vacinação completa.
5. ANTECEDENTES PATOLÓGICOS:
Com 5 horas de vida, apresentou “cansaço”, tendo ficado sob oxigenioterapia no Hood. Foi
transferido para a UTI neonatal do HRC, onde foi intubado, permanecendo sob ventilação
mecânica por 05 dias.
Ao exame físico, o RN apresentava tórax calmo, Ictus cordis propulsivo com duas poupas
digitais no 5° EICE em linha axilar anterior. Ausculta cardíaca: RCR em 3 tempos, com presença
de B3, BNF, sopro holossistólico ++/6+ em foco mitral. Os pulsos periféricos
estavam palpáveis nas 4 extremidades com forma e amplitudes normais.
Rx tórax com aumento do índice cárdio-torácico às custas de aumento do ventrículo esquerdo.
Presença de importante sinal de congestão veno-capilar pulmonar.
ECG: Ritmo sinusal
âQRS: + 60°
PR: 0,12 s
Onda T positiva em V1. Sinais de sobrecarga de VE com onda T negativa em V4, V5 e
V6.
Mãe relata que a criança apresentava cansaço e sudorese profusa ao mamar e ao chorar,
apresentando melhora discreta do cansaço após início da medicação – Digoxina, Furosemida e
Captopril.
Foi internado com 1 mês de vida por bronquiolite e aos 5 meses devido a hérnia inguinal
encarcerada, sendo então submetido a cirurgia para herniorrafia inguinal bilateral. Já
apresentou vários episódios de sibilância desde o nascimento.
Medicações em uso: Digoxina – 8mcg/Kg/dia
Furosemida – 5mg/Kg/dia
Captopril – 0,8 mg/Kg/dia
6. ANTECEDENTES FAMILIARES:
Mãe – 21 anos, saudável.
Pai – 24 anos – saudável.
Irmão – 03 anos – saudável.
Tio materno – síndrome de Down + cardiopatia.
7. CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS:
Mora em casa de alvenaria com 02 cômodos (04
pessoas), saneamento básico completo.
Renda familiar: 01 salário mínimo.
8. EXAME FÍSICO (admissão):
 Paciente em REG, hipocorado (+/4+), anictérico,
acianótico, hidratado, febril (38°C), pouco ativo.
 AR: MV Rude bilateralmente, presença de estertores e
sibilos difusos. Tiragem subcostal moderada. Tempo
expiratório prolongado. FR: 72 irpm
 ACV: Ausculta cardíaca prejudicada. Pulso: 150 ppm
 Abdome: semi-globoso, RHA +, sem visceromegalias,
cicatriz cirúrgica em região inguinal bilateralmente.
 Extremidades: boa perfusão periférica, sem edema em
MMII.
10. EXAMES COMPLEMENTARES:
Rx tórax (22/03): infiltrado grosseiro peri-hilar e em
bases bilateralmente.
Hg 9,47 Ht 29,3%
Leucócitos 32.100 (79% seg, 3% bast, 15% linfo, 3%
mono)
Uréia 40 Creatinina 0,4
 ECOCARDIOGRAMA (17/12/08)
Situs solitus em levocardia.
Concordância veno-atrial, átrio-ventricular e ventrículo-
arterial.
Miocárdio não-compactado em VE (relação miocárdio não
compactado/compactado: 2,3).
Ventrículos com dimensões normais e boa função sistólica
biventricular.
Valvas sem disfunção.
Artérias pulmonares confluentes e normais.
Coronárias com origem e trajeto habitual.
Arco aórtico para a esquerda, sem alterações.
 É o estado fisiopatológico no qual o
coração é incapaz de bombear o sangue
no volume necessário para suprir as
necessidades metabólicas ou só pode
fazê-lo a partir de pressões de
enchimento elevadas.
 É uma síndrome clínica complexa
caracterizada por anormalidades de
função ventricular esquerda e da
regulação neuro-hormonal, acompanhadas
de intolerância ao esforço, retenção
hídrica e redução da longevidade
 IC sistólica e diastólica
 IC de alto débito e de baixo débito
 IC aguda ou crônica
 FC ;
 Pré-carga;
 Pós-carga ;
 Contratilidade ;
* Mecanismo de Frank-Starling
 Causas que ocasionam:
 Sobrecarga de volume (pré-carga)
 Sobrecarga de pressão (pós-carga)
 Obstrução ao retorno venoso pulmonar
 Distúrbios primários do músculo cardíaco
(contratilidade)
 Alterações do cronotropismo (FC)
 1ª semana de vida :
 Hipoplasia do coração esquerdo
 Insuficiência tricúspide com atresia valvar
pulmonar
 Anomalia de Ebstein
 Distúrbios metabólicos (hipoglicemia,
hipocalcemia)
 Hipóxia neonatal
 Hipertensão pulmonar
 Hipervolemia e Hiperviscosidade
sanguínea
 Miocardiopatias adquiridas intra-útero
 1ª a 4ª semanas de vida :
 Lesões obstrutivas
 Transposição das grandes artérias com
amplas comunicações intercavitárias ou
interatriais
 Cardiopatias complexas com aumento da
volemia pulmonar
 Cardiopatias tipo CIV e PCA em RN
prematuros
 Taqui ou bradiarritmias
 Cardiopatias com desvios arteriovenosos de
sangue
 A partir do 1° mês :
 Cardiopatias acianóticas com desvios
arteriovenosos de sangue após regressão
do padrão pulmonar fetal e cianóticas
tipo TGA, DATVP, VU
 Lesões obstrutivas do coração D ou E
 Endomiocardiopatias, congênitas ou
adquiridas
• Anemia
• Hipóxia
• Acidose
• Infecção
• Hipocalcemia
• Hipoglicemia
• Desnutrição
• Hipoproteinemia
• Hipervolemia
• Estimulação adrenérgica: taquicardia,
palidez, extremidades frias, diaforese,
cianose digital e caquexia.
• Remodelação cardíaca: desvio do ictus para
além do 4º ou 5º espaços intercostais,
sugerindo cardiomegalia.
 Sinais cardinais :
- Taquicardia
- Taquipnéia
- Hepatomegalia
- Cardiomegalia
 Integração de informações sobre a etiologia,
os sinais e sintomas clínicos e alguns exames
complementares (radiografia de tórax,
eletrocardiograma, ecocardiograma, níveis
de TSH e T4, hemograma, níveis de enzimas
hepáticas).
 Achados mais comuns: cardiomegalia,
cefalização da trama vasobrônquica, edema
pulmonar intersticial e edema pulmonar
alveolar.
 Raio X de tórax:
cardiomegalia –
avaliação pela medida
do índice cardio-
torácico (ICT).
grau de congestão
pulmonar.
Normal ICT < 0,60 no recém
nascido
< 0,55 no lactente
< 0,50 na criança
maior de 6 anos.
 Avalia a eficiência
ventricular
esquerda, a
integridade das
válvulas, o diâmetro
das câmaras, a
motilidade das
paredes, o grau de
hipertrofia
ventricular, a
função sistólica e
diastólica
ventricular.
 É uma cardiomiopatia rara, que resulta da
interrupção do processo normal da
embriogênese do endocárdio e miocárdio.
 Idade média de diagnóstico : 7 anos ( 11
meses a 22 anos)
 Afeta mais os indivíduos do sexo
masculino (56% a 82% dos casos nas quatro
maiores séries de NCMV isolada)
 Sua real prevalência ainda é incerta.
 Existe uma associação muito forte entre
esta entidade e as perturbações
neuromusculares.
Rede
desconexa
de fibras
Recessos
trabeculares
Miocárdio
compactado
Compac
tação
Relaxamento
anormal/
restrição ao
enchimento
ventricular
 Foram descritas três manifestações
clínicas major de não compactação
ventricular:
 insuficiência cardíaca
 disritmias
 eventos embólicos sistêmicos
• Os achados podem manifestar-se desde
disfunção ventricular esquerda
assintomática a insuficiência cardíaca
congestiva severa.
 Taquidisrritmia ventricular
 FA
 Taquicardia supraventricular paroxística
 Bloqueio atrioventricular completo *
 Morte súbita cardíaca*
 Alterações inespecíficas no ECG de repouso :
hipertrofia ventricular esquerda, alterações da
repolarização, desvio do eixo e perturbações da
condução intraventricular e atrioventricular,
bloqueio de ramo esquerdo.
Disfunção ventricular esquerda desenvolve-se,
na grande maioria,independentemente de
existirem ou não sintomas quando do
diagnóstico.
 Eventos cardio-embólicos: AVC, AIT, TEP e
enfarte/trombose da artéria
mesentérica.*
 As complicações embólicas podem estar
relacionadas com o desenvolvimento de
trombos na extensa trabeculação do
ventrículo, com a depressão da função
sistólica ou com o aparecimento de
fibrilhação atrial.
 Ecocardiografia bidimensional e
codificada a cor:
 Existência de dupla parede ventricular,
com uma fina banda compactada
epicárdica e espaços não compactados
mais espessos (ratio da espessura não
compactada/compactada > 2: medida em
telessístole no plano paraesternal de eixo
curto)
 Trabeculação de localização
predominante nos segmentos médio-
lateral, apical e médio-inferior
 Evidência de fluxo por Doppler codificado
a cor nos recessos intratrabeculares.
 RNM
 Tomografia axial computadorizada
 Angiografia ventricular
 Baseia-se nas três manifestações clínicas
major :
o insuficiência cardíaca
o disritmias
o e eventos embólicos sistêmicos.
 Extremamente variável
 60% de uma série sofreram morte súbita ou
foram submetidos a transplante cardíaco, no
prazo de seis anos após odiagnóstico .
 A ocorrência de eventos embólicos, disritmias
ventriculares e morte súbita parece ser
consideravelmente menor nos doentes
pediátricos quando comparada com a
subpopulação de adultos , apesar de
aproximadamente 90% dos doentes seguidos num
período de dez anos desenvolverem disfunção
ventricular esquerda.
OBRIGADA!
Ddas Lussara, Regiana, Káritas e Illana
Dda Illana
Dda Jussara

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  • 2. 1. IDENTIFICAÇÃO: CGRS, 6 meses, sexo masculino, pardo. Natural de Samambaia – DF, procedente do Recanto das Emas – DF. Data de internação: 22/03/09. 2. QP: “Muito cansado, há 08 dias.”
  • 3. 3. HDA: Mãe relata que há 08 dias a criança iniciou tosse seca, associada a queda do estado geral e rinorréia hialina, evoluindo, há 06 dias, com tosse produtiva e febre diária (38-39°C), que cedia temporariamente com o uso de Paracetamol. Relata ainda dispnéia progressiva, há 05 dias, quando procurou este hospital, sendo prescrito Salbutamol e Prednisolona. A criança evoluiu com piora da dispnéia e aparecimento de taquicardia, sendo suspenso o Salbutamol por conta da mãe. Por não haver melhora, a mãe procurou novamente este serviço há 02 dias, sendo internado.
  • 4. 4. ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS: Gestação sem intercorrências, 07 consultas de pré- natal. Parto cesáreo por pós-datismo com sofrimento fetal. Chorou ao nascer. Apgar 8/9. Ao nascer – peso: 3750g; estatura: 52 cm; PC: 38,5 cm. Aleitamento materno exclusivo até o 4° mês. DNPM atrasado – faz acompanhamento com a Genética. Vacinação completa.
  • 5. 5. ANTECEDENTES PATOLÓGICOS: Com 5 horas de vida, apresentou “cansaço”, tendo ficado sob oxigenioterapia no Hood. Foi transferido para a UTI neonatal do HRC, onde foi intubado, permanecendo sob ventilação mecânica por 05 dias. Ao exame físico, o RN apresentava tórax calmo, Ictus cordis propulsivo com duas poupas digitais no 5° EICE em linha axilar anterior. Ausculta cardíaca: RCR em 3 tempos, com presença de B3, BNF, sopro holossistólico ++/6+ em foco mitral. Os pulsos periféricos estavam palpáveis nas 4 extremidades com forma e amplitudes normais. Rx tórax com aumento do índice cárdio-torácico às custas de aumento do ventrículo esquerdo. Presença de importante sinal de congestão veno-capilar pulmonar. ECG: Ritmo sinusal âQRS: + 60° PR: 0,12 s Onda T positiva em V1. Sinais de sobrecarga de VE com onda T negativa em V4, V5 e V6. Mãe relata que a criança apresentava cansaço e sudorese profusa ao mamar e ao chorar, apresentando melhora discreta do cansaço após início da medicação – Digoxina, Furosemida e Captopril. Foi internado com 1 mês de vida por bronquiolite e aos 5 meses devido a hérnia inguinal encarcerada, sendo então submetido a cirurgia para herniorrafia inguinal bilateral. Já apresentou vários episódios de sibilância desde o nascimento. Medicações em uso: Digoxina – 8mcg/Kg/dia Furosemida – 5mg/Kg/dia Captopril – 0,8 mg/Kg/dia
  • 6. 6. ANTECEDENTES FAMILIARES: Mãe – 21 anos, saudável. Pai – 24 anos – saudável. Irmão – 03 anos – saudável. Tio materno – síndrome de Down + cardiopatia. 7. CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS: Mora em casa de alvenaria com 02 cômodos (04 pessoas), saneamento básico completo. Renda familiar: 01 salário mínimo.
  • 7. 8. EXAME FÍSICO (admissão):  Paciente em REG, hipocorado (+/4+), anictérico, acianótico, hidratado, febril (38°C), pouco ativo.  AR: MV Rude bilateralmente, presença de estertores e sibilos difusos. Tiragem subcostal moderada. Tempo expiratório prolongado. FR: 72 irpm  ACV: Ausculta cardíaca prejudicada. Pulso: 150 ppm  Abdome: semi-globoso, RHA +, sem visceromegalias, cicatriz cirúrgica em região inguinal bilateralmente.  Extremidades: boa perfusão periférica, sem edema em MMII.
  • 8. 10. EXAMES COMPLEMENTARES: Rx tórax (22/03): infiltrado grosseiro peri-hilar e em bases bilateralmente. Hg 9,47 Ht 29,3% Leucócitos 32.100 (79% seg, 3% bast, 15% linfo, 3% mono) Uréia 40 Creatinina 0,4
  • 9.  ECOCARDIOGRAMA (17/12/08) Situs solitus em levocardia. Concordância veno-atrial, átrio-ventricular e ventrículo- arterial. Miocárdio não-compactado em VE (relação miocárdio não compactado/compactado: 2,3). Ventrículos com dimensões normais e boa função sistólica biventricular. Valvas sem disfunção. Artérias pulmonares confluentes e normais. Coronárias com origem e trajeto habitual. Arco aórtico para a esquerda, sem alterações.
  • 10.
  • 11.  É o estado fisiopatológico no qual o coração é incapaz de bombear o sangue no volume necessário para suprir as necessidades metabólicas ou só pode fazê-lo a partir de pressões de enchimento elevadas.  É uma síndrome clínica complexa caracterizada por anormalidades de função ventricular esquerda e da regulação neuro-hormonal, acompanhadas de intolerância ao esforço, retenção hídrica e redução da longevidade
  • 12.  IC sistólica e diastólica  IC de alto débito e de baixo débito  IC aguda ou crônica
  • 13.
  • 14.
  • 15.  FC ;  Pré-carga;  Pós-carga ;  Contratilidade ; * Mecanismo de Frank-Starling
  • 16.  Causas que ocasionam:  Sobrecarga de volume (pré-carga)  Sobrecarga de pressão (pós-carga)  Obstrução ao retorno venoso pulmonar  Distúrbios primários do músculo cardíaco (contratilidade)  Alterações do cronotropismo (FC)
  • 17.  1ª semana de vida :  Hipoplasia do coração esquerdo  Insuficiência tricúspide com atresia valvar pulmonar  Anomalia de Ebstein  Distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hipocalcemia)  Hipóxia neonatal  Hipertensão pulmonar  Hipervolemia e Hiperviscosidade sanguínea  Miocardiopatias adquiridas intra-útero
  • 18.  1ª a 4ª semanas de vida :  Lesões obstrutivas  Transposição das grandes artérias com amplas comunicações intercavitárias ou interatriais  Cardiopatias complexas com aumento da volemia pulmonar  Cardiopatias tipo CIV e PCA em RN prematuros  Taqui ou bradiarritmias  Cardiopatias com desvios arteriovenosos de sangue
  • 19.  A partir do 1° mês :  Cardiopatias acianóticas com desvios arteriovenosos de sangue após regressão do padrão pulmonar fetal e cianóticas tipo TGA, DATVP, VU  Lesões obstrutivas do coração D ou E  Endomiocardiopatias, congênitas ou adquiridas
  • 20. • Anemia • Hipóxia • Acidose • Infecção • Hipocalcemia • Hipoglicemia • Desnutrição • Hipoproteinemia • Hipervolemia
  • 21. • Estimulação adrenérgica: taquicardia, palidez, extremidades frias, diaforese, cianose digital e caquexia. • Remodelação cardíaca: desvio do ictus para além do 4º ou 5º espaços intercostais, sugerindo cardiomegalia.  Sinais cardinais : - Taquicardia - Taquipnéia - Hepatomegalia - Cardiomegalia
  • 22.  Integração de informações sobre a etiologia, os sinais e sintomas clínicos e alguns exames complementares (radiografia de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, níveis de TSH e T4, hemograma, níveis de enzimas hepáticas).
  • 23.  Achados mais comuns: cardiomegalia, cefalização da trama vasobrônquica, edema pulmonar intersticial e edema pulmonar alveolar.
  • 24.  Raio X de tórax: cardiomegalia – avaliação pela medida do índice cardio- torácico (ICT). grau de congestão pulmonar. Normal ICT < 0,60 no recém nascido < 0,55 no lactente < 0,50 na criança maior de 6 anos.
  • 25.  Avalia a eficiência ventricular esquerda, a integridade das válvulas, o diâmetro das câmaras, a motilidade das paredes, o grau de hipertrofia ventricular, a função sistólica e diastólica ventricular.
  • 26.
  • 27.  É uma cardiomiopatia rara, que resulta da interrupção do processo normal da embriogênese do endocárdio e miocárdio.  Idade média de diagnóstico : 7 anos ( 11 meses a 22 anos)  Afeta mais os indivíduos do sexo masculino (56% a 82% dos casos nas quatro maiores séries de NCMV isolada)  Sua real prevalência ainda é incerta.  Existe uma associação muito forte entre esta entidade e as perturbações neuromusculares.
  • 29.  Foram descritas três manifestações clínicas major de não compactação ventricular:  insuficiência cardíaca  disritmias  eventos embólicos sistêmicos • Os achados podem manifestar-se desde disfunção ventricular esquerda assintomática a insuficiência cardíaca congestiva severa.
  • 30.  Taquidisrritmia ventricular  FA  Taquicardia supraventricular paroxística  Bloqueio atrioventricular completo *  Morte súbita cardíaca*  Alterações inespecíficas no ECG de repouso : hipertrofia ventricular esquerda, alterações da repolarização, desvio do eixo e perturbações da condução intraventricular e atrioventricular, bloqueio de ramo esquerdo. Disfunção ventricular esquerda desenvolve-se, na grande maioria,independentemente de existirem ou não sintomas quando do diagnóstico.
  • 31.  Eventos cardio-embólicos: AVC, AIT, TEP e enfarte/trombose da artéria mesentérica.*  As complicações embólicas podem estar relacionadas com o desenvolvimento de trombos na extensa trabeculação do ventrículo, com a depressão da função sistólica ou com o aparecimento de fibrilhação atrial.
  • 32.  Ecocardiografia bidimensional e codificada a cor:  Existência de dupla parede ventricular, com uma fina banda compactada epicárdica e espaços não compactados mais espessos (ratio da espessura não compactada/compactada > 2: medida em telessístole no plano paraesternal de eixo curto)  Trabeculação de localização predominante nos segmentos médio- lateral, apical e médio-inferior  Evidência de fluxo por Doppler codificado a cor nos recessos intratrabeculares.
  • 33.
  • 34.  RNM  Tomografia axial computadorizada  Angiografia ventricular
  • 35.  Baseia-se nas três manifestações clínicas major : o insuficiência cardíaca o disritmias o e eventos embólicos sistêmicos.
  • 36.  Extremamente variável  60% de uma série sofreram morte súbita ou foram submetidos a transplante cardíaco, no prazo de seis anos após odiagnóstico .  A ocorrência de eventos embólicos, disritmias ventriculares e morte súbita parece ser consideravelmente menor nos doentes pediátricos quando comparada com a subpopulação de adultos , apesar de aproximadamente 90% dos doentes seguidos num período de dez anos desenvolverem disfunção ventricular esquerda.
  • 37. OBRIGADA! Ddas Lussara, Regiana, Káritas e Illana Dda Illana Dda Jussara