2. Caso clínico
Paciente do sexo feminino, 25 anos, professora.
QP: Cefaleia há 6 meses.
HMA: Paciente refere que há 6 meses iniciou quadro de cefaleia de caráter
pulsátil, com localização frontal bilateralmente, associada a náusea e
fotofobia. Relata que durante a dor procura ficar em repouso em um
quarto escuro, para tentar dormir. E quando acorda sente-se melhor, mas
em alguns episódios a cefaleia persiste. Fez uso de Ibuprofeno, no início
com melhora.
No entanto, a cefaleia vem progredindo com aumento da frequência
tornando-se diária, em uso de Ibuprofeno sem alívio da dor. Recentemente
precisou se ausentar no trabalho.
Nega alterações visuais, aura premonitória, diplopia, disfasia ou alterações
sensitivas. Nega uso de cafeína ou possibilidade de gravidez.
Case Presentation: Pharmacologic Treatment of Episodic Migraine Prevention in Adults. American Academy of Neurology
(www.aan.com)
3. Caso clínico
IS: negou os principais sintomas.
Antecedentes: Nega outras patologias. Apendicectomia na
infância.
Nega uso de medicamentos e anticoncepcional.
Nega alergias.
Hábitos de vida: nega tabagismo, uso de álcool ou substâncias
ilícitas.
Antecedentes familiares: História familiar materna forte de
cefaleia do tipo migrânea. Sem história de doenças
neurológicas.
4. • Tipo da dor
Avaliação Inicial
• Pulsátil
• Em aperto
• Queimação
• Intensidade
• Interfere nas atividades da vida diária
• Leve Intensa
• Irradiação
• Frequência
• Fatores desencadeantes
• Primárias
• Secundárias – Hipertensão intracraniana piora no decúbito ↑ retorno
• Fatores de melhora/piora
• Foto/fonofobia
• Fatores associados
• Aura
• Náuseas/vômitos
• Tratamento usual
• Analgésicos, AINE – frequência do uso
• História familiar
• Relação com atividade física, com ciclo menstrual
5. Exame físico?
• Nível de consciência
• Inspeção e palpação do crânio
•
•
•
•
Trauma/violência
A. Temporal no idoso
ATM
Músculos cervicais – pontos de gatilho
• PA
• Crise hipertensiva
• Fundoscopia
• Borramento de papila – HSA
• Edema de papila – Hipertensão Intracraniana
• Sinais meníngeos
• Déficits focais
6. Caso clínico
Ao exame físico: Bom estado geral, afebril e incomodada com
a luz da sala.
PA 110X70mmHg
FC 75bpm
FR 12ipm
Cabeça e pescoço: ausência de dor à palpação dos ombros,
pescoço e região occipital.
ACV e AR: sem alterações.
Neurológico: Alerta, orientada no tempo e no espaço,
respondendo aos comandos e fluência verbal preservada.
Nervos cranianos sem alterações. Ausência de déficits focais e
sinais de irritação meníngea.
7. Trata-se de uma cefaleia primária ou secundária?
O quadro é típico?
A cefaleia é compatível com Migrânea?
Quais os critérios diagnósticos podemos destacar?
8. Qual a principal hipótese diagnóstica?
Há apenas um quadro?
E a evolução da cefaleia?
É compatível com Migrânea?
9. Caso clínico
Suspeita diagnóstica:
1. Migrânea sem aura
2. Evolução com frequência diária + uso de
medicamento
Cefaleia por uso excessivo de medicamento
Migrânea crônica
11. Sinais de alarme
• Início súbito
• Alterações do exame físico/neurológico
• Primeira ou pior dor da vida
• Mudança no padrão da cefaléia prévia
• Início > 50 anos
• Imunodepressão (Tx; HIV+;Ca)
• Quadro infeccioso
• Cefaléia noturna ou ao acordar
13. Cefaleia na emergência
Características usuais
NÃO
SIM
NÃO
Sinais de alarme
SIM
Exame físico/neurológico
normal
Cefaleia Primária
SIM
NÃO
Cefaleia Secundária
14. Cefaleia
Epidemiologia
• 10-20% da população¹
– 4:1
– 30 – 40 anos
• 60% procuram um médico generalista²
• 10% das consultas na atenção primária²
• 2-4% das consultas no pronto-socorro³
3.
1. Ministério da saúde: Tratamento de enxaqueca-Escolhas racionais, vol 6, edição 2010.
2. Projeto diretrizes: Cefaleias em Adultos na Atenção Primária à Saúde: Diagnóstico e Tratamento, 2009.
Emergências clínicas : abordagem prática / Herlon Saraiva Martins[et al.].8. ed. rev. e atual. Barueri, SP : Manole,2013.
15. Classificação Internacional de Cefaleia
1.
Migrânea
1.1 Migrânea sem aura
1.2 Migrânea com aura
1.2.1 Aura típica com cefaleia migranosa
1.2.2 Aura típica com cefaleia não-migranosa
1.2.3 Aura típica sem cefaleia
1.2.4 Migrânea hemiplégica familiar/ 1.2.5 esporádica
1.5 Complicações da migrânea
1.5.1 Migrânea crônica
1.5.2 Estado migranoso
1.5.3 Aura persistente sem infarto
1.5.4 Infarto migranoso
Subcomitê de Classificação das Cefaléias da Sociedade Internacional de Cefaléia. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS CEFALÉIAS SEGUNDA EDIÇÃO (revista e ampliada). Trad. Sociedade Brasileira de Cefaléia. São Paulo: Alaúde Editorial Ltda., 2006.
16. Classificação Internacional de Cefaleia
1. Migrânea
1.3 Síndromes periódicas da infância comumente precursoras de migrânea
1.3.1 Vômitos cíclicos
1.3.2 Migrânea abdominal
1.3.3 Vertigem paroxística benigna da infância
1.4 Migrânea retiniana
1.6 Provável migrânea
1.6.1 Provável migrânea sem aura
1.6.2 Provável migrânea com aura
1.6.5 Provável migrânea crônica
2. Cefaleia do tipo tensional
3. Cefaleia em salvas e outras cefaleias trigêmino-autonômicas
4. Outras cefaleias primárias
Subcomitê de Classificação das Cefaléias da Sociedade Internacional de Cefaléia. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS CEFALÉIAS SEGUNDA EDIÇÃO (revista e ampliada). Trad. Sociedade Brasileira de Cefaléia. São Paulo: Alaúde Editorial Ltda., 2006.
17. 1.1. Migrânea sem aura
A.
Pelo menos 5 crises nos critérios B a D
B.
Duração de 4 a 72 horas*
C.
Pelo menos duas das características:
1.
2.
3.
4.
Unilateral
Pulsátil
Moderada ou forte intensidade (limitando atividades diárias)
Exacerbada por ou levando o indivíduo a evitar atividades físicas rotineiras
D. Pelo menos um dos sintomas associados:
1.
2.
E.
Náusea e/ou vômitos
Foto/fonofobia
Não atribuída a outro transtorno
Subcomitê de Classificação das Cefaleias da Sociedade Internacional de Cefaleia. CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS
CEFALÉIAS - SEGUNDA EDIÇÃO (revista e ampliada). Trad. Sociedade Brasileira de Cefaleia. São Paulo: Alaúde Editorial Ltda.,
2006.
18. 1.1. Migrânea sem aura
•
•
•
•
Subtipo mais comum da migrânea
≠ Cefaleia do tipo tensional
Localização comum – frontotemporal
Mais propensa
– Cefaleia por uso excessivo de medicamento
• Fisiopatologia
– Não há alteração do fluxo sanguíneo cerebral regional
X
– Oligoemia alastrante “Spreading oligoemia” ou Hipoperfusão
alastrante.
Durante a aura há redução do fluxo sanguíneo cerebral
regional,
sem respeitar os limites dos territórios
vasculares e ocorre em um limiar superior ao da isquemia ¹.
1. Vicent, Maurice. Fisiopatologia da enxaqueca. Arq Neuropsquiatria 1998, 56(4) 841-51.
19. 1.2. Migrânea com aura
1.2 Aura típica
Pelo menos duas crises:
1. Aura visual
Positiva (luzes, manchas)
Negativas (perda da visão)
2. Aura sensitiva
Positiva (formigamento)
Negativas (dormência)
3. Disfasia
Pelo menos duas das características:
1. Sintomas visuais homônimos e/ou sintomas sensitivos
unilaterais
2. Sintoma desenvolve-se gradualmente em > 5 minutos
3. Duração de cada sintoma 5 a 60 minutos
20.
21. 1. 2. Aura típica
1.2.1. Com cefaleia migranosa
- Cefaleia* preenchendo os critérios para 1.1. Migrânea sem aura.
1.2.2. Com cefaleia não-migranosa
- Cefaleia* não preenchendo os critérios para 1.1. Migrânea sem
aura.
1.2.3. Sem cefaleia
- Não ocorre cefaleia nem durante a aura nem dentro de 60 min
após.
* Começa durante a aura ou a sucede com intervalo de até 60 minutos
** Se PARESIA + Aura Migrânea hemiplégica familiar ou esporádica
22. 1.5 Complicações da migrânea
1. 5. 1 Migrânea crônica
- Cefaleia migrânea ocorrendo em > 15 dias por mês por > 3 meses,
na ausência de uso excessivo de medicação.
1. 5. 2 Estado migranoso
- Crise debulitante de migrânea durando mais de 72 horas.
- Ausência de remissão por > 72 horas
+
Forte intensidade
1. 5. 3 Aura persistente sem infarto
- Aura persistindo por mais de uma semana sem evidência de infarto
em exame de neuroimagem.
** Acetazolamida e Ácido valpróico podem auxiliar em alguns casos.
1. 5. 4 Infarto migranoso
Aura associada a uma lesão cerebral isquêmica em território
apropriado demonstrada por exame de neuroimagem.
25. Questão clínca: Em pacientes com migrânea, qual
a terapia é eficaz na prevenção das crises?
• Redução da frequência ou intensidade das crises ou
redução do número de dias com migrânea.
Nível de recomendação
A – Estabelecido
Pelo menos 2 estudos Classe I
B – Provável
1 estudo Classe I
// 2 estudos Classe II
C – Possível
1 estudo Classe II
// 2 estudos Classe III
U – Dados
insuficientes
Estudos não compatíveis com as Classe I - III
** Evidências positivas ou negativas
26. Recomendação – Nível A
Antiepilépticos***
Topiramato (50-200mg/dia)
Divalproato de sódio
Valproato de sódio
***Teratogênico, insuficiência hepática, pancreatite.
Betabloqueadores
Propanolol
Metoprolol
Timolol
Triptanos*
Frovatriptano
27. Topiramato
• 4 Estudos Classe I:
– Topiramato 125mg/dia X Placebo
– 3,31 1,7
X
3,83 2,1 p 0,002.
– Topiramato X Placebo X Lamotrigina
– Topiramato demonstrou superioridade
– Topiramato 50mg X Propanolol 80mg
Topiramato: 6.07 + 1.89 1.83 + 1.39 p 0.001 episódios/mês
Propanolol: 5.83 + 1.98 2.2 + 1.67 p 0.001
– Topiramato 50mg X Valproato de sódio 400mg
Topiramato: redução de 3X (5,4 + 2,0 2,4 + 2,4 IC 2,1-3,9 p<0,0001)
Valproato de sódio: redução de 1,8X (5,4 + 2,5 3,6 + 2,1 IC 1,0-2,6 p<0,001)
• Topiramato 50 – 200mg/dia é eficaz na prevenção da migrânea
– Efeitos adversos: parestesia, perda de peso.
28. Recomendação – Nível B
Antidepressivos
Amitriptilina e Venlafaxina
Triptanos*
Naratriptano e Zolmitriptano
Betabloqueadores
Atenolol e Nadolol
29. Recomendação – Nível C
Bloqueadores dos receptores de Angiotensina (BRAs)
Candersatan
Inibidores da enzima conversora de Angiotensina (Inibidores da ECA)
Lisinopril
Alfa agonistas
Clonidine
e
Guanfacine
Antiepilépticos***
Carbamazepina
Betabloqueadores
Nebivolol e Pindolol
30. Questão clínica: Em pacientes com idade entre 18 e 65 anos,
com 2 a 6 crises de migrânea por mês, o bloqueador do
receptor da Angiotensina II é eficaz na prevenção dessas
crises?
Desenho: Estudo randomizado, duplo-cego, placebocontrolado. n total de 60 pacientes.
Intervenção: Candesartan 16mg/dia por 12 semanas.
Desfecho primário: Número de dias com migrânea.
Resultado: Candesartan média de 13,6 dias (DP de 10,7 e
redução de 45,6%) X Placebo média de 18,5 dias (DP de 12,5 e
redução de 26,3%) valor de p < 0,001
Tronvik E, Stovner LJ, Helde G, Sant T, Bovim G. Prophylactic treatment of migraine with an angiotensin II receptor
blocker: a randomized controlled trial. JAMA 2003; 289:65– 69.
31. Questão clínica: Em pacientes com idade entre 19 e 59
anos, com 2 a 6 crises de migrânea por mês, o inibidor da
ECA (Lisinopril) é eficaz na prevenção dessas crises?
Desenho: Estudo randomizado, duplo-cego, placebocontrolado. n total de 60 pacientes.
Intervenção: Lisinopril 10mg 1 vez ao dia por 1 semana e
2 vezes ao dia por 11 semanas.
Desfecho primário: Número de horas e dias com
migrânea.
Resultado: Lisinopril média de 29 horas e média de 19,7
dias X Placebo média de 162 horas e média de 23,7 dias.
Schrader H, Stovner LJ, Helde G, Sand T, Bovim G. Prophylactic treatment of migraine with angiotensin converting
enzyme inhibitor (lisinopril): randomised, placebo controlled, crossover study. BMJ 2001;322:19 –22.
32. Recomendação – Nível U
Antiepilépticos***
Gabapentina
Betabloqueadores
Bisoprolol
Antidepressivos
Fluoxetina**, Fluvoxamina ** ou Protriptilina*
Antitrombóticos
Acenocoumarol e Coumadin
Bloqueadores de canal de cálcio
Nicardipina, Nifedipina, Nimodipina, Vaparamil
Outros agentes
Acetazolamida e Ciclandelato
33. Recomendações – evidências negativas
Antiepilépticos
Lamotrigina
(Nível A negativo)
Oxcarbazepina
(Nível C negativo)
Antidepressivos
Clomipramina
(Nível B negativo)
Bloqueadores dos receptores de Angiotensina (BRAs)
Telmisartan
(Nível C negativo)
Betabloqueadores
Acebutolol
(Nível C negativo)
Outros agentes
Clonazepam
(Nível C negativo)
34. Questão clínica: O Telmisartan é eficaz na
prevenção da migrânea?
Desenho: Estudo randomizado, duplo-cego,
placebo-controlado. n total de 95 pacientes.
Intervenção: Telmisartan 80mg/dia por 12 semanas.
Desfecho primário: Redução do número de dias.
Resultados: Telmisartan redução de 1,65 dias X
Placebo redução dee 1,14 dias, valor de p > 0,05.
Conclusão: Telmisartan não demonstrou diferença
estatisticamente significante na redução dos dias de
migrânea.
Diener HC, Gendolla A, Feuersenger A, et al. Telmisartan in migraine prophylaxis: a randomized, placebo-controlled trial.
Cephalalgia 2009;29:921–927.
35. Questão
1) De acordo com o Guideline AAN, qual das
seguintes drogas tem evidência suficiente para a
recomendação do não uso na prevenção da
migrânea?
A. Gabapentina
B. Lamotrigina
C. Venlafaxina
D. Valproato de sódio
E. Amitriptilina
36. Resposta
1) Nível A negativo
A. Gabapentina Antiepiléptico Nível U
B. Lamotrigina Antiepiléptico Nível A negativo
C. Venlafaxina Antidepressivo Nível B
D. Valproato de sódio Antidepressivo Nível A
E. Amitriptilina Antidepressivo Nível B
37.
38. Recomendação – Nível A
Ervas, Vitaminas, Minerais e outras intervenções
Petasinas (Petasites)
Antilerg (Aché) é um medicamento fitoterápico com potente atividade antiinflamatória
(antagonista de receptores H1 da Histamina). Cada comprimido contém 17,8 a 40 mg de
extrato das folhas de Petasites hybridus (equivalente a 8,0 mg de petasinas). Dose máxima
6 comprimidos por dia.
39. Recomendação – Nível B
AINE**
Ibuprofeno (200mg – 1 a 2 comprimidos a cada 4 a 6 horas, enquanto o sintoma persistir. Não
exceder 6 comprimidos/dia)
Fenoprofeno, Cetoprofeno, Naproxeno, Naproxeno de sódio
Histamínicos, Anti-histamínicos e Antagonistas dos receptores de
Leucotrienos
Histamine SC
Ervas, Vitaminas, Minerais e outras intervenções
Rivoflavina, Magnésio, Matricária MIG-99
40. Can. J. Neurol. Sci. 2006; 33: 195-199
• Questão clínica: O N-alfa-metil-histamina pode ser eficaz no tratamento
profilático do paciente com migrânea.
• Potente afinidade seletiva com os receptores H3, mecanismo capaz de inibir a resposta ao edema
neurogênico da fisiopatologia da migrânea.
• Desenho: Fase III - Randomizado, grupo controle-placebo, duplo-cego, n=60.
• Intervenção: N-alfa-metil histamina SC 1-10ng duas vezes por semana.
• Desfecho primário: Redução da frequência das crises.
• Resultados: Frequência das crises por mês – Histamina 4,8 para 0,6 X Placebo
4,8 para 3,8 p 0,0001 (em 8 semanas).
• *Prurido no local da aplicação (raro).
• Conclusão: Histamina SC demonstrou eficácia estatisticamente significante em
reduzir a frequência das crises de migrânea.
41. • Desenho: randomizado, duplo-cego, grupo controle-Valproato
de sódio, n =92, por 12 semanas.
• Intervenção: Histamina SC 1-10ng duas vezes por semana X
Grupo controle- Valproato de sódio 500mg via oral, dose
diária.
• * Valproato de sódio 37% náuseas, 34% tremor.
•
Resultados: Redução da intensidade e da duração das crises,
p<0,001.
• Conclusão: Histamina demonstrou superioridade no
tratamento da prevenção de migrânea quando comparado
com o Valproato de sódio.
42. • Desenho: Randomizado, grupo controleTopiramato, duplo-cego, n=90.
• Intervenção: Histamina SC 1-10ng duas vezes
por semana X Grupo controle – Topiramato
100mg via oral dose diária.
• Resultados: Grupo Histamina - redução da
frequência, intensidade e duração das crises
em 50% (p<0,001).***
43. Recomendação – Nível C
AINE
Flurbiprofeno, Àcido mefenâmico
Histamínicos, Anti-histamínicos e Antagonistas dos receptores de
Leucotrienos
Ciproeptadina
(Cobavital® Cada comprimido: 1mg cloridrato de Ciproeptadina e 1mg Cobamamida)
Ervas, Vitaminas, Minerais e outras intervenções
Co-Q10, o estrogênio
44. • Desenho: Randomizado, duplo-cego, 3 meses.
n=259 em 4 grupos.
• Intervenção: Ciproeptadina 4mg por dia X
Propanolol 80mg por dia X Combinação X
Placebo
• Resultados: Maior redução da frequência e da
intensidade da migrânea no grupo da associação
Ciproeptadina e Propanolol.
45. Recomendação – Nível U
AINE
Aspirina, Indometacina
Histamínicos, Anti-histamínicos e Antagonistas dos receptores de
Leucotrienos
Montelucaste (Nível B negativo)
Ervas, Vitaminas, Minerais e outras intervenções
Ômega-3
46. • Desenho: Fase III, randomizado, duplo-cego, grupo controle,
n=270, por 16 semanas.
• Desfecho: Eficácia – redução 50% da frequência.
• Intervenção: Aspirina 300mg X Metoprolol 200mg
• Resultados: Frequência média das crises Aspirina (3 para 2) X
Metoprolol (3 para 1)
• Eventos adversos em 37 pacientes do grupo Aspirina e em 73 pacientes do
grupo Metoprolol.
• Conclusão: Metoprolol demonstrou superioridade no
tratamento da prevenção de migrânea quando comparado
com a Aspirina, porém com maior taxa de eventos adversos.
47. • Desenho: 39876 profissionais de saúde do sexo
feminino > 45 anos – Doses baixas de Aspirina e
Vitamina E
• Intervenção:
– 525 mulheres – 100mg de Aspirina dose diária +
Vitamina E
– 476 mulheres – Aspirina Placebo + Vitamina E
• Resultados:
– Redução de 59,6% X 56,4% na frequência em 3 anos
• Odds Ratio 1,13 IC 95(0,86–1,48)
48. Caso clínico
• Cefaleia diária Prevenção medicamentosa
– Propanolol (Nível A) início com 80mg/dia ***
– Estratégias não-medicamentosas
– Reduzir o uso do Ibuprofeno
– Realizar um diário de dor
• Identificar gatilhos e avaliar resposta terapêutica.
49. Caso clínico (retorno II)
Paciente retorna após 3 meses.
Refere melhora das dores, com frequência de 2
vezes na semana após uso do Propanolol. Além de
boa reposta ao Ibuprofeno.
Queixa-se de tonturas desde o início do
Propanolol, sem melhora nos 3 meses.
Negou outros sintomas neurológicos e não se
ausentou no trabalho.
Diário da dor: condimentos como possível gatilho
de alguns episódios.
50. Caso clínico (retorno II)
• Melhor controle das cefaleia.
• Apresentou efeitos colaterais ao Propanolol
– Não deve ser aumentada a dose
– Suspender o Propanolol
• Iniciar Topiramato 25mg/dia por 4 semanas
• Aumentar para 50mg 2X ao dia**.
• Ibuprofeno para as crises + diário da dor.
51. Caso clínico (retorno III)
Paciente retorna após 3 meses. Sem cefaleia há 1
mês e sem uso do Ibuprofeno nesse período.
Relata boa tolerância ao Topiramato.
- Bom controle das crises com o Topiramato.
- Rever medidas não-medicamentosas de
prevenção.
- Alerta quanto possível gestação, devido ao
efeito teratrogênico do Topiramato.
52. RESUMO
Antiepilépticos***
Topiramato, Divalproato de sódio**, Valproato de sódio
Betabloqueadores
Propanolol, Metoprolol, Timolol
Triptanos*
Frovatriptano
Ervas, Vitaminas, Minerais e outras intervenções
Petasinas (Petasites)
Antilerg (Aché) é um medicamento fitoterápico com potente atividade antiinflamatória
(antagonista de receptores H1 da Histamina). Cada comprimido contém 17,8 a 40 mg de
extrato das folhas de Petasites hybridus (equivalente a 8,0 mg de petasinas). Dose máxima
6 comprimidos por dia.