O documento descreve os sistemas renal e digestório, com foco nos órgãos que os compõem, suas funções e estruturas anatômicas. Ele explica a anatomia e o funcionamento dos rins, bexiga, ureteres e uretra no sistema renal, bem como dos órgãos do tubo digestório como boca, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. O objetivo é reconhecer e identificar esses órgãos e estruturas nos sistemas renal e digestório.
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Sistemas Renal e Digestório: Anatomia e Histologia
1. CMF: Digestório,
Endócrino e Renal
Histologia e Anatomia dos
Sistemas Renal
e Digestório
Enfª Emergencista e Intensivista: Elisângela Silva
AP 1 e AP 2
2. OBJETIVO DE
APRENDIZAGE
M
Conhecer e identificar:
Reconhecer e identificar os cortes da região do sistema
renal, visualizando os órgãos que compõem o sistema
urinário e as estruturas dos rins.
Reconhecer e identificar os cortes de histologia de
regiões do sistema digestório, visualizando os órgãos
que compõem o sistema digestório.
Reconhecer e identificar as estruturas anatômicas
relacionadas com a posição anatômica da região do
sistema renal, visualizando os órgãos que compõem o
sistema urinário e as estruturas dos rins.
Reconhecer e identificar as estruturas anatômicas
relacionadas com a posição anatômica das regiões do
sistema digestório, visualizando os órgãos que compõem
o sistema digestório.
3. ORGÃO FUNÇÃO
RIM Órgão responsável pela
produção da urina
URETER Órgão que garante que a urina
seja conduzida até a bexiga
BEXIGA Órgão responsável pelo
armazenamento da urina até sua
eliminação
URETRA Órgão que garante a eliminação
da urina para fora do corpo
SISTEMA RENAL
4. Órgão par, abdominal, retroperitoneal;
Situados à direita e à esquerda da
coluna vertebral;
Produção e emissão da urina;
Funciona como glândula endócrina
(secreção de renina – PA);
Filtram 110 a 125 ml de sangue/min
OS RINS
5.
6. Os rins recebem sangue das
artérias renais, ramos da aorta
que vêm diretamente do coração.
Depois de circular pelo grande
número de vasos existentes
nesses órgãos, o sangue sai, livre
das toxinas, pelas veias renais
rumo ao coração, e a urina desce
pelos ureteres até cair na bexiga.
Os rins agem como um filtro
onde os furos devem ter
tamanhos muito específicos, pois,
se muito grandes, substâncias que
deveriam permanecer em nosso
corpo são eliminadas, como as
proteínas. Já se os furos começam
a diminuir demais, substâncias
que deveriam ser eliminadas,
como as toxinas, começam a ser
retidas.
7. O córtex do rim é distinguido por
corpúsculos renais característicos, cada
um dos quais consiste em
um glomérulo circundado pela cápsula
de Bowman.
CÁPSULA RENAL
https://histology.siu.edu/crr/rnguide.htm#rnii
8. CÓRTEX RENAL
A maior parte do córtex renal consiste
em túbulos contorcidos. As células que
compreendem os túbulos proximais (p)
coram-se mais intensamente eosinofílicas
do que as que compreendem os túbulos
distais (d) e têm núcleos um pouco mais
espaçados. Os lúmens dos túbulos
distais (d) geralmente parecem mais
abertos e claros do que os dos túbulos
proximais (p).
9. O túbulo contorcido proximal caracteriza-se
por sua alta capacidade de reabsorção dos
solutos filtrados que, na sua maioria, estão
acoplados à reabsorção do sódio. Cerca de dois
terços da carga de Na+, que é filtrada, é
reabsorvida neste segmento do néfron
principalmente através da via paracelular.
O túbulo distal desemboca em um ducto
ou túbulo coletor de maior calibre e que carrega
o filtrado até a pelve renal. No ducto
coletor, ocorre a formação da urina a partir do
processamento final do filtrado.
10. As pirâmides renais são agrupamentos de
ductos que coletam a urina formada nos
néfrons. A base das pirâmides é voltada
para o córtex e o ápice para a medula. No
vértice de cada pirâmide localiza-se a
papila renal.
Cada papila é envolvida pelo cálice menor
que se reúnem e formam os cálices
maiores. Do cálice renal maior, a urina é
drenada para a pelve renal, onde é lançada
toda a urina produzida no rim. Da pelve
renal, a urina atinge o ureter até chegar à
bexiga urinária.
PIRÂMIDE RENAL
12. OS
NÉFRONS
• Cerca de 1,2 milhão em cada rim
–Corpúsculo
renal
–Túbulo
Proximal
–Alça de
Henle
–Túbulo
distal
–Sistema de
Capilares glomerulares
Cápsula de Bowman
14. CORPÚSCULO
RENAL
O corpúsculo renal é o aparelho de
filtração do néfron (nefrónio). Cada
corpúsculo é composto por dois
elementos principais: o glomérulo e a
cápsula glomerular (de Bowman).
O glomérulo é uma rede de capilares
formados por ramos da artéria renal
(arteríolas aferente e eferente).
15.
16. A BEXIGA
A bexiga urinária é um saco muscular na pelve, logo
acima e atrás do osso púbico. Quando vazia, a bexiga tem
o tamanho e a forma de uma pera. A bexiga é revestida
por camadas de tecido muscular que se esticam para reter
a urina. A capacidade normal da bexiga é de 650 a 750
mL.
Uma mucosa bastante pregueada, que se torna mais lisa à
medida que a bexiga é preenchida por urina. A mucosa é
revestida por um epitélio de transição – ressaltado em
cor laranja. O epitélio de transição está apoiado sobre
uma lâmina própria constituída por um
característico tecido conjuntivo propriamente dito do tipo
frouxo. – Externamente à mucosa há feixes de músculo
liso – ressaltados em verde.
17. SISTEMA DIGESTÓRIO
O Sistema Digestório é também conhecido
como Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo.
Ele é formado por um conjunto de órgãos que atuam
no corpo humano. A ação desses órgãos está
relacionada ao processo de transformação do
alimento, que tem o objetivo de ajudar na absorção
dos nutrientes. Tudo isso acontece por meio de
processos mecânicos e químicos.
O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se
em duas partes.
Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito),
antes conhecido como tubo digestivo. Ele se divide
em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte
corresponde aos órgãos anexos.
18. O tubo digestório alto é formado pela boca, faringe e esôfago.
A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela
corresponde a uma cavidade forrada por mucosa, onde os
alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas
glândulas salivares. Na boca ocorre a mastigação, que
corresponde ao primeiro momento do processo da digestão
mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua. Em um
segundo momento entra em ação a atividade enzimática da
ptialina, que é amilase salivar. Ela atua sobre
o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz e o
transformando em moléculas menores de maltose.
19. A faringe é um tubo muscular membranoso que se
comunica com a boca, através do istmo da garganta e
na outra extremidade com o esôfago. Para chegar ao
esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre
toda a faringe, que é um canal comum para o sistema
digestório e o sistema respiratório. No processo de
deglutição, o palato mole é retraído para cima e a
língua empurra o alimento para dentro da faringe, que
se contrai voluntariamente e leva o alimento para o
esôfago. A penetração do alimento nas vias
respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que
fecha o orifício de comunicação com a laringe.
20. O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo
sistema nervoso autônomo. É por meio de ondas de
contrações, conhecidas como peristaltismo ou
movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai
espremendo os alimentos e levando-os em direção ao
estômago.
21. Tubo Digestório Médio é formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável
pela digestão das proteínas. A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque
fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma. Ele possui
uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais
dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região
estreita, recebe o nome de "piloro". O simples movimento de mastigação dos
alimentos já ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é
somente com a presença do alimento, de natureza proteica, que se inicia a
produção do suco gástrico.
22. Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais,
enzimas e ácido clorídrico. A mucosa gástrica é recoberta por
uma camada de muco que a protege de agressões do suco
gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando
ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma
inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas
(úlcera gástrica). A pepsina é a enzima mais potente do suco
gástrico e é regulada pela ação de um hormônio, a gastrina. A
gastrina é produzida no próprio estômago no momento em que
moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a
parede do órgão. Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes
de proteína e as transformam em moléculas menores. Estas são
as proteoses e peptonas.
Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro
horas. Nesse processo, o estômago sofre contrações que forçam
o alimento contra o piloro, que se abre e fecha, permitindo que,
em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa),
chegue ao intestino delgado.
23. O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras
projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de
segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e
solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc. O intestino delgado está dividido em
três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo. O duodeno é a primeira porção do
intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito
ácido, sendo irritante à mucosa duodenal. Logo em seguida, o quimo é banhado
pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo
bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas
gotas em milhares de micro gotículas. Além disso, o quimo recebe também o suco
pancreático, produzido no pâncreas. Ele contém enzimas, água e grande quantidade
de bicarbonato de sódio, pois dessa forma favorece a neutralização do quimo.
Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e
gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.
Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado onde o trânsito do
bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo
digestivo. Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes
foram absorvidos, sobra uma pasta grossa formada por detritos não assimilados e com
bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue para o intestino grosso.
24. Tubo Digestório Baixo é formado pelo intestino grosso, que possui os seguintes componentes: ceco, cólon
ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto.
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm
de diâmetro. É local de absorção de água (tanto a ingerida
quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de
eliminação dos resíduos digestivos. Ele está dividido em três
partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente,
transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto. No ceco, a
primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já
constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois
ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o
bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo
as porções da curva sigmoide e do reto. O reto é a parte final do
intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por
onde são eliminadas as fezes. Para facilitar a passagem do bolo
fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam
muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e
sua eliminação. Note que as fibras vegetais não são digeridas
nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo
digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa
fecal. Sendo, portanto, importante incluir as fibras na
alimentação para auxiliar a formação das fezes.
25. E O APÊNDICE? SERVE PRA QUÊ?
O apêndice é uma pequena extensão tubular que termina em fundo cego.
Com formato de uma pequena bolsa, ele possui cerca de 10 cm e apresenta
ligação com a primeira parte do intestino grosso. Ele está localizado na
região inferior direita do abdômen, no ceco, que por sua vez está ligado à
primeira porção do intestino grosso.
Por muito tempo buscou-se entender a função do apêndice no organismo,
no qual chegou-se a acreditar que o apêndice seria um órgão vestigial, ou
seja, que com a evolução ficaram fora de uso devido à adaptação aos
novos estilos de vida, diferentes dos antepassados mais primitivos.
Hoje, sabe-se que o apêndice serve de abrigo para bactérias intestinais que
auxiliam na digestão e evitam infecções. Essa conclusão surgiu depois de
estudos e pesquisas consideraram a hipótese de que o apêndice era
utilizado na digestão de vegetais.
Pesquisadores apontam ainda que no interior do apêndice existe uma
grande concentração de linfócitos, que são as células de defesa, indicando
sua relação com o sistema imunológico.
Entretanto, se o apêndice for retirado, a sua ausência não causa nenhum prejuízo, anomalia ou deficiência ao
organismo, sendo este um dos órgãos do corpo humano sem os quais você pode sobreviver.
26. PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula digestiva com função endócrina e
exócrina, pertencente ao sistema digestório e endócrino. Ele possui
cerca de 15 cm de comprimento e localiza-se na região abdominal
atrás do estômago, entre o duodeno e o baço.
Pelo fato do pâncreas apresentar duas porções, a exócrina e a
endócrina, cada uma delas possui funções diferenciadas.
A porção exócrina secreta as enzimas digestivas presentes no suco
pancreático durante o processo de digestão. Desse modo, as
moléculas grandes de carboidratos, proteínas e gorduras são
quebradas em pedaços menores para seguir até o intestino.
A porção endócrina é responsável por secretar
os hormônios insulina e glucagon, responsáveis por regular o nível de
glicose no sangue. São encontrados 2 tipos de células na porção
endócrina do pâncreas:
1.Células Alfa: Produzem o glucagon.
2.Células Beta: Produzem a insulina.
A glicose é armazenada no fígado sob a forma de glicogênio. O glucagon estimula o fígado a degradar glicogênio e liberar
glicose quando o corpo precisa de energia, enquanto que a insulina é responsável pelo transporte da glicose para dentro das
células. Portanto, o glucagon e a insulina são antagonistas, pois o primeiro aumenta os níveis de glicose no sangue e o segundo
diminui.
27. O pâncreas é formado por três partes básicas: cabeça, corpo e
cauda. A cabeça é porção mais volumosa do pâncreas.
O pâncreas é formado por dois tipos de células:
•Ácinos pancreáticos: Responsáveis por fabricar o suco
pancreático. Por isso, apresentam um canal excretor.
•Ilhotas de Langerhans: Dispostas de forma irregular, são
responsáveis por secretar os hormônios insulina e glucagon, os
quais são liberados diretamente na corrente sanguínea.
Os diversos canais dos ácinos pancreáticos se reúnem e formam
um sistema de ductos dos quais destaca-se o de Wirsung. Existe
ainda um ducto acessório chamado de Santorini. É por meio
desses canais que o suco pancreático chega até o duodeno.
Doenças
O pâncreas pode ser acometido por doenças, as principais são:
•Diabetes tipo 1: A diabetes provoca a destruição das células
beta das Ilhotas de Langerhans, consequentemente resulta na
incapacidade de produzir insulina. Logo, o nível de glicose no
sangue é aumentado.
•Câncer do pâncreas: A porção endócrina e exócrina podem ser afetadas pelo câncer. Ele pode surgir em virtude de
alterações genéticas, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, idade avançada e maus hábitos alimentares.
•Pancreatite: Inflamação do pâncreas e pode ocorrer de forma crônica ou aguda.
28. VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar é um órgão muscular que está localizado
próximo ao fígado e atua no sistema digestório.
Sua principal função é armazenar a bile, que é produzida pelo
fígado. Ela auxilia na digestão no processo de dissolução e
aproveitamento da gordura ingerida, estimulando a secreção de
colecistoquinina (CCK) e neutralizando os ácidos até chegar ao
intestino.
A anatomia da vesícula da biliar apresenta formato semelhante a
uma pera, podendo medir entre 7 e 10 cm de comprimento.
Apresenta cor verde escuro devido a bile que ela armazena,
aproximadamente 50 ml. Seus principais componentes são água,
bicarbonato de sódio, sais biliares, pigmentos, gorduras, sais
inorgânicos e colesterol.
A vesícula biliar está conectada ao fígado e ao duodeno pelo trato biliar, apresentando ainda ductos hepáticos direito e
esquerdo, cístico e colédoco. A bile produzida pelo fígado percorre o ducto hepático, passa pelo intestino e se encontra com o
ducto císticos oriundo da vesícula biliar. O encontro desses dois ductos formam o ducto colédoco. No duodeno, quando o bolo
alimentar chega é provocado um estímulo na vesícula biliar, que se contrai e libera a bile, facilitando a digestão.
29. DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR
Colelitíase
Uma das doenças mais comuns, a colelitíase é também
conhecida como cálculo biliar ou pedra na vesícula. Não existe
uma única causa para esta doença. Os fatores mais comuns
são herança genética, alimentação, peso corporal e altos índices
de colesterol.
Colecistite
A inflamação da vesícula biliar ocorre normalmente em pessoas que
possuem pedras na vesícula. Também está relacionada à complicação de
outras doenças.
30. FÍGADO
O fígado é a maior glândula do corpo humano, com atividade endócrina e
exócrina. O fígado localiza-se na região abdominal, do lado direito, abaixo do
diafragma. Possui formato que lembra um trapézio, com os ângulos
arredondados. O seu peso é de aproximadamente 1500g. A coloração é marrom-
avermelhada. É uma estrutura anexa ao sistema digestório, formada por milhões
de células que se agrupam em placas e são chamadas de hepatócitos. O fígado é
um órgão com capacidade de regeneração, se retirarmos metade do fígado, em
poucos meses, ele voltará ao tamanho normal. Anatomicamente, o fígado possui
quatro lóbulos: o direto e maior, o esquerdo, o quadrado e o caudado.
O fígado pode exercer mais de 500 funções no organismo humano. Entre as funções
do fígado, destacam-se:
•Armazenamento e liberação de glicose;
•Secretar a bile que ficou armazenada na vesícula. A bile é enviada para o intestino,
onde auxilia na dissolução e aproveitamento das gorduras;
•Metabolismo dos lipídeos;
•Conversão de amônia em uréia;
•Síntese da maioria das proteínas do plasma
•Destruição de hemácias desgastadas;
•Armazenamento de vitaminas e minerais;
•Filtragem de impurezas.
32. HEPATITES
VIRAIS
A hepatite viral é uma inflamação do fígado provocada por infecção por um dos cinco vírus da hepatite. As hepatites podem ser
do tipo A, B, C, D e E.
33. BAÇO
O baço é um dos órgãos do sistema linfático com função de defesa do organismo e
atuante na circulação do sangue. Ele possui aproximadamente 13 cm de comprimento
e até 200 g de peso. Apresenta coloração vermelha-escura e consistência mole e
esponjosa. O órgão localiza-se na parte superior esquerda do abdômen, atrás do
estômago e debaixo do diafragma.
As principais funções do baço são:
•Filtrar microrganismos e partículas estranhas do sangue, como vírus e bactérias. Ele
atua como uma "esponja" na filtragem do sangue.
•Produzir linfócitos e plasmócitos que sintetizam anticorpos.
•Realizar reserva de sangue, para o caso de hemorragia intensa. O órgão pode
armazenar até 250 ml de sangue.
•Remover as hemácias danificadas ou envelhecidas.
O baço é revestido por uma cápsula fibrosa e formado pela polpa esplênica, onde encontram-se a polpa branca e a polpa
vermelha.
•Polpa branca: Formada por tecidos linfoides, produz os glóbulos brancos (linfócitos T e B) que participam do sistema
imunológico do organismo.
•Polpa vermelha: Formada por tecido sanguíneo que filtra o sangue e remove partículas estranhas e microrganismos.
34. O CAUSA DOR NO BAÇO?
Em alguns quadros infecciosos o baço pode inchar e causar dores. Um exemplo é da doença mononucleose, quando na
tentativa de expulsar os vírus do organismo, o baço aumenta a produção de linfócitos, tornando-se maior e causando o
inchaço.
Outras doenças também podem afetar o baço e comprometer o seu funcionamento e integridade. Exemplos:
•Doenças do sangue
•Cirrose
•Distúrbios nos órgãos linfáticos
•Linfoma
•Câncer
•Anemia
•Hepatite
•Leucemia
Curiosidade sobre o baço
O baço não é um órgão vital ao organismo. Em casos de doenças, ele pode ser retirado por uma cirurgia denominada
esplenectomia. Quando isto acontece, outros órgãos passam a desempenhar algumas das funções do baço. Entretanto, a
função de eliminar microrganismos e impurezas do sangue pode ficar seriamente comprometida.