O documento discute a tuberculose, incluindo sua definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, transmissão e prevenção. Aborda também a epidemiologia da tuberculose em Barueri, São Paulo e no Brasil, além das ações governamentais para o controle da doença.
3. O QUE É TUBERCULOSE ?
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa
causada por uma bactéria que afeta
principalmente os pulmões, mas também pode
ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos,
rins e meninges (membranas que envolvem o
cérebro).
É causada pelo Mycobacterium tuberculosis,
também conhecido como bacilo de koch. Estima-
se que a bactéria causadora tenha evoluído há
50.000 anos, a partir de outras bactérias do
gênero Mycobacterium.
No ano de 1993, em decorrência do número de
casos da doença, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) decretou estado de emergência
global e propôs o DOTS (Tratamento
Diretamente Supervisionado) como estratégia
para o controle da doença.
Fonte: Tuberculose. In: Dicas de Saúde 2014. Disponível em
<http://www.dicasdesaude.info/doencas/virus-da-tuberculose> Acesso em:
15 out 2014
4. COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DA
TUBERCULOSE ?
A tuberculose é transmitida por via aérea na maioria dos
casos. A infecção ocorre a partir da inalação de gotículas
contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente
com tuberculose ativa de vias respiratórias. Pessoas que têm
contato frequente têm alto risco de se infectarem. A transmissão
ocorre somente a partir de pessoas com tuberculose infecciosa
ativa.
A probabilidade da transmissão depende do grau
de infecção da pessoa com tuberculose e da quantidade
expelida, forma e duração da exposição ao bacilo, e
a virulência.
A cadeia de transmissão pode ser interrompida isolando-se
pacientes com a doença ativa e iniciando-se uma terapia
antituberculosa eficaz.
Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou
qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica,
também favorece o estabelecimento da tuberculose. Fonte: Tuberculose. In: HmsPortugal. Disponível em
<http://hmsportugal.wordpress.com/2011/10/10/tuberculos
e/> Acesso em: 15 out 2014
5. SINAIS E SINTOMAS
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da tuberculose,
outros apresentam sintomas aparentemente simples que são
ignorados durante alguns anos (ou meses).
Contudo, na maioria dos infectados com tuberculose, os sinais e
sintomas mais frequentemente descritos são:
Tosse com secreção;
Febre (mais comumente ao entardecer);
Suores noturnos;
Falta de apetite;
Emagrecimento;
Cansaço fácil e dores musculares;
Dificuldade na respiração;
Eliminação de sangue e acúmulo de secreção na pleura
pulmonar (em casos mais graves).
Fonte: Tuberculose. In: Divina Profissão 2014. Disponível em
<http://divinaprofissao.blogspot.com.br/2012_10_31_archive.ht
ml> Acesso em: 15 out 2014
6. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Baciloscopia do escarro
A baciloscopia direta do escarro é o método principal no diagnóstico e para o controle de tratamento
da tuberculose pulmonar por permitir a descoberta das fontes de infecção, ou seja, os casos
bacilíferos. Trata-se de um método simples, rápido, de baixo custo e seguro para elucidação
diagnóstica da tuberculose, uma vez que permite a confirmação da presença do bacilo.
O exame de baciloscopia de escarro deve ser solicitado aos pacientes que apresentem:
• Tosse por duas a três semanas (sintomático respiratório);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse;
• Suspeita clínica de TB em sítios extrapulmonares (materiais biológicos diversos).
7. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Coleta de Escarro e Cuidados
• Orientação ao paciente
A unidade de saúde deve ter pessoal capacitado para fornecer
informações claras e simples ao paciente quanto à coleta do escarro,
devendo proceder da seguinte forma:
Orientar o paciente quanto ao procedimento de coleta: ao despertar pela
manhã, lavar bem a boca, inspirar profundamente, prender a respiração por
um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter
três eliminações de escarro, evitando que esse escorra pela parede
externa do pote.
Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plástico
com a tampa para cima, cuidando para que permaneça nessa posição.
Orientar o paciente a lavar as mãos.
Fonte: Frasco para Escarro. In: Hermes
2014. Disponível em
<http://www.hermespardini.com.br/kits/in
dex.php?cod_kit=142> Acesso em: 15
out 2014
8. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Radiológico
A radiografia de tórax é método
diagnóstico de grande importância
na investigação da tuberculose.
Diferentes achados radiológicos
apontam para suspeita de doença
em atividade ou doença no
passado, além do tipo e extensão
do comprometimento pulmonar.
Fonte: Tuberculose. In: Blog Unimed 2014. Disponível em
<http://www.blogunimed.com.br/saude/saiba-mais-sobre-a-tuberculose/> Acesso em: 15 out
2014
9. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Prova Tuberculínica (PT)
A prova tuberculínica consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M.
tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. É utilizada, nas pessoas
(adultos e crianças), para o ver se a pessoa está infectada pelo M. tuberculosis. Na criança também
é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB doença.
Avaliação de contatos:
1. O caso índice deve ser entrevistado o quanto antes para identificação das pessoas que serão
consideradas contatos.
2. Os contatos e suas respectivas idades devem ser listados. O tipo de convívio deve ser
estabelecido (casa, ambiente de trabalho, escola, etc) e formas de localização devem ser
identificadas (endereço e/ou telefone).
3. Sempre que possível realizar visita domiciliar para um melhor entendimento das circunstâncias
que caracterizam os contatos identificados na entrevista do caso índice.
Todos os contatos serão convidados a comparecer à unidade de saúde para serem avaliados, pois
eles que apresentam maior risco de adoecimento, pois estão expostos ao doente bacilífero.
10. TRATAMENTO DA TUBERCULOSE
O tratamento da tuberculose é feito com 4 drogas na fase de ataque (2
meses)do tratamento :
isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol.
Na fase de manutenção (quatro meses subsequentes) utilizam-se:
rifampicina e isoniazida.
Este tratamento dura 6 meses e leva à cura da doença, desde que haja
boa adesão ao tratamento com uso diário da medicação. O tratamento
deve ser diretamente observado (TDO).
No tratamento diretamente observado, um profissional da equipe da
unidade de saúde observa a tomada da medicação do paciente desde o
início do tratamento até a sua cura. Esta estratégia, também, oferece
maior acolhimento ao doente, melhor adesão com aumento da cura e
redução de abandono ao tratamento. Todo paciente com Tuberculose
deve receber este tipo de tratamento.
Fonte: Tratamento. In: Cultura Mix 2014.
Disponível em
<http://www.culturamix.com/saude/doenca
s/tratamento-para-tuberculose> Acesso
em: 15 out 2014
12. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO PARA TUBERCULOSE
Classes Tipo Descrição
0 Nenhuma exposição á TB
Não infectado
Nenhum histórico de exposição
Reação negativa ao teste de tuberculina dérmico
1 Exposição á TB
Nenhuma evidência de infecção
Histórico de exposição
Reação negativa ao teste dérmico de tuberculina
2 Infecção de TB
Sem doença
Reação positiva ao teste dérmico de tuberculina
Estudos bacteriológicos negativos (caso tenham sido feitos)
Nenhuma evidência clínica, bacteriológica ou radiográfica de TB
3 TB clinicamente ativa Cultura de M. tuberculosis (caso tenha sido feita)
Evidências clínicas, bacteriológicas, ou radiográficas da doença
4 TB
Não clinicamente ativa
Histórico de episódio(s) de TB
ou
Sinais anormais porém estáveis nas radiografias
Reação positiva ao teste dérmico de tuberculina
Estudos bacteriológicos negativos (se feitos)
e
Nenhuma evidência clínica ou radiográfica de presença da doença
5 Suspeita de TB Diagnóstico pendente
A doença deve ser confirmada ou descartada dentro de 3 meses
Fonte: TUBERCULOSE. In: Wikipédia, a enciclopédia livre. 2014. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tuberculose&oldid=40273460>.
Acesso em: 12 out 2014
13. EPIDEMIOLOGIA EM BARUERI
O município de Barueri recebeu o prêmio “ Qualidade nas
Ações de Controle da Tuberculose” que reconhece o trabalho
das cidades que ultrapassaram a meta estipulada pelo
Ministério da Saúde de 85% na cura dos casos diagnosticados
e também superaram o índice determinado na proporção de
casos de retratamento que realizaram o exame de cultura.
Em Barueri o índice chega a 95% de curas dos casos
diagnosticados. O sucesso do programa “Combate à
Tuberculose” deve-se à estratégia adotada pela sua gestão ,
que implantou uma equipe de atendimento à doença em cada
uma das dezesseis UBS (Unidades Básicas de Saúde), que
realizam a busca ativa junto aos municípios com sintomas da
doença.
Nos casos suspeitos, são realizados exames no Laboratório
Municipal. Após a confirmação do diagnóstico os tratamentos
são acompanhados caso a caso, fato determinante para que
haja um número mínimo de abandono.
Fonte: Tuberculose. In: Barueri.sp 2014. Disponível em
<http://www.barueri.sp.gov.br/sistemas/informativos/img/
126951.jpg> Acesso em: 15 out 2014
14. EPIDEMIOLOGIA NO ESTADO DE SÃO PAULO
O Estado de São Paulo notifica anualmente cerca de 21.000 casos, representando em
números absolutos o maior contingente de casos do Brasil. No entanto, o coeficiente de
incidência da doença do Estado (43,9 casos por 100.000 em 2005) não é o maior do Brasil e
situa-se próximo da média nacional que, em 2004, foi de 44,1 por 100.000 habitantes
(SVS/MS, 2005).
A distribuição de casos no Estado não é homogênea, conforme apontado na Tabela :
Fonte : Tuberculose. In: Saúde.sp 2014 Disponível em < http://www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/publicacoes/publicacoes-ccd/manuais-normas-e-documentos-
tecnicos/saudeemdados2-_tuberculose_no_estado_de_sao_paulo_-_2006.pdf> Acesso em: 12 out 2014
15. EPIDEMIOLOGIA NO BRASIL
No Brasil, a tuberculose é sério problema da
saúde pública, com profundas raízes sociais. A
cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil
casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em
decorrência da doença. O Brasil ocupa o 17º lugar
entre os 22 países responsáveis por 80% do total
de casos de tuberculose no mundo.
Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou
queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na
taxa de mortalidade. A tendência de queda em
ambos os indicadores vem-se acelerando ano
após ano em um esforço nacional, coordenado
pelo próprio ministro, o que pode determinar o
efetivo controle da tuberculose em futuro próximo,
quando a doença poderá deixar de ser um
problema para a saúde pública.
Fonte: Gráfico Tuberculose. In: Sppt. Disponível em
<http://sppt.org.br/indexredirector.php?op=paginas&tipo=pagina&secao=2
&pagina=68> Acesso em: 15 out 2014
16. AÇÕES GOVERNAMENTAIS E PROGRAMAS
ASSISTENCIAIS
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), proporcionou reais
avanços em relação ao acesso à saúde pública no país, atribuindo as
ações de Atenção Básica aos municípios através da descentralização.
Nessa linha, foram implantados os Programas de Controle da
Tuberculose nos municípios, tornando-os responsáveis pelo tratamento
ambulatorial; porém, sem ter gerenciamento sobre as ações de controle
da doença em hospitais. Essa ausência de ações articuladas, é um
fator que acarreta no abandono do tratamento pelo paciente, tornando-
o vulnerável a uma das formas mais graves da doença –TB Multidroga
resistente.
O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), do
Ministério da Saúde, é reconhecido com um dos mais eficientes no
mundo. Em 2011, o Brasil atingiu uma das metas do Objetivo De
Desenvolvimento do Milênio (ODM), por ter reduzido pela metade os
óbitos por tuberculose. O programa privilegia a descentralização das
medidas de controle para a Atenção Básica, ampliando o acesso da
população em geral e das populações mais vulneráveis ou sob risco
acrescido de contrair a tuberculose. O controle da doença é baseado
na busca de casos, diagnóstico precoce e adequado, do tratamento até
a cura com o objetivo de interromper a cadeia de transmissão e evitar
possíveis adoecimentos.
Fonte: Dia mundial da TB. In: Paho. Disponível
em
<http://www.paho.org/bra/index.php?option=co
m_content&view=article&id=1054> Acesso em:
15 out 2014
17. BIBLIOGRAFIA
MINHA VIDA 2014, Disponível em <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tuberculose> Acesso em: 12 out
2014
WIKIPÉDIA 2014, Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose> Acesso em: 12 out 2014
SAÚDE.SP 2014, Disponível em
<http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=939>Acesso em: 12 out 2014
TV CIDADE 2014, Disponível
em<http://www.tvcidadenet.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1837:barueri-esta-entre-as-
melhores-cidades-do-estado-na-prevencao-a-tuberculose&catid=32:barueri&Itemid=55>Acesso em: 14 out 2014
PORTAL SAÚDE 2014, Disponível em
<http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11045&Itemid=674>Acesso em:
14 out 2014
SPINH, 2014, Disponível em <http://www.sispnh.com.br/anais/trabalhos/Controle_Tuberculose.pdf> Acesso em:
15 out 2014
BRASIL.GOV 2014, Disponível em <http://www.brasil.gov.br/saude/2012/05/brasil-e-reconhecido-pela-oms-por-
eficiencia-no-controle-da-tuberculose> Acesso em: 15 out 2014