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Hidropsia Fetal Não
Imune
Willian Eduardo Eckert
Especializando em Medicina Materno-Fetal
Definição
• Acúmulo anormal de líquido em pelo menos dois
compartimentos fetais diferentes associada a
ausência de anticorpos contra antígenos de
células vermelhas na circulação materna;
• Estima-se que 90% dos casos de hidropsia
sejam de causas não imunes;
Hidropsia Fetal Não Imune
Definição• Desordem heterogênea, causada por uma
grande número de processos patológicos
subjacentes;
• Causas mais comuns:
• Patologia cardiovascular (17% - 35% dos
casos);
• Anormalidade cromossômica (14% - 16% dos
casos);
• Disordem hematológica (4% - 12% dos casos);
• Outras causas (raras);
Hidropsia Fetal Não Imune
Definição
• Nenhuma das anormalidades cardíacas tem
como regra aparecimento de hidropsia, porém
quanto mais severa a malformação maior a
chance de desenvolver hidropsia;
• O mecanismo mais comum associado é
insuficiência cardíaca congestiva;
• O prognóstico de fetos com malformações
cardíacas associadas a hidropsia é reservado,
com taxa de mortalidade alcançando 100% em
algumas séries;
Hidropsia Fetal Não Imune
Definição
• Associação com causas cromossômicas é
comum, sendo a Síndrome de Turner a mais
frequente;
• Outras síndromes genéticas podem estar
associadas, como: artrogripose, esclerose
tuberosa, Síndrome Pena-Shokier e Síndrome
de Noonan;
Hidropsia Fetal Não Imune
Definição
• O mecanismo responsável pela hidropsia nas
anormalidades hematológicas é quase sempre
anemia fetal severa levando a insuficiência
cardíaca de alto débito;
• Anemia fetal pode ser resultado de: defeitos da
hemoglobina (α talassemia), hemorragia fetal
intrauterina (hemorragia intracraniana); hemólise
(deficiência da G6PD), destruição da medula
óssea (parvovírus B19);
Hidropsia Fetal Não Imune
Definição
• Condições que aumentam a pressão
intratorácica dificultando o retorno venoso,
também estão associadas. Exemplos: MAC,
sequestro broncopulmonar, hérnia diafragmática,
massas torácicas;
Hidropsia Fetal Não Imune
Definição
• Diversas infecções congênitas são sabidamente
causas de hidropsia fetal. Estão incluídos sífilis,
citomegalovírus, parvovírus b19, toxoplasmose,
herpes simples, rubéola e coxsackie vírus;
• Os possíveis mecanismos associados são:
supressão da produção de eritrócitos, miocardite
e hepatite fetal;
Hidropsia Fetal Não Imune
Definição
• Várias outras malformações fetais tem sido
associadas, porém o mecanismo subjacente não
foi esclarecido;
Hidropsia Fetal Não Imune
Incidência
• A incidência precisa é de difícil elucidação
levando em consideração que vários casos
evoluem com óbito fetal intrauterino e outros com
resolução espontânea;
• A incidência reportada varia entre 1:1500 –
1:4000 nascimentos;
Hidropsia Fetal Não Imune
Achados
Ultrassonográficos• O diagnóstico de hidropsia é feito através da
detecção de acúmulo de líquido anormal ou
aumentado em ao menos dois compartimentos
fetais diferentes. Exemplos incluem derrame
pericárdico, derrame pleural, ascite, edema
subcutâneo, higroma cístico, polidrâmnio e
espessamento da placenta;
• Em geral é necessário que a espessura da pele
seja pelo menos de 5 mm para diagnóstico de
edema subcutâneo e espessura placentária de
pelo menos 6 cm para diagnóstico de
“placentomegalia”.
Hidropsia Fetal Não Imune
Achados
Ultrassonográficos• Deve-se ficar atento que fetos macrossômicos
podem ter espessura da pele maior que 5 mm,
sem significado patológico;
• Acúmulo de fluídos em um único compartimento
não deve ser considerado hidropsia, apesar de
poder ser apresentação inicial;
• Outros achados vão depender da causa da
hidropsia;
• Pico de velocidade sistólica da ACM pode ajudar
a identificar casos associados a anemia fetal;
Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imune
Diagnóstico Diferencial
• Após diagnóstico ultrassonográfico de hidropsia
deve-se diferenciar causas imunes das não
imunes – isto é facilmente alcançado através do
Coombs indireto materno;
• As causas de hidropsia não imune deverão ser
investigadas conforme os achados
ultrassonográficos associados;
Hidropsia Fetal Não Imune
História Natural
Antenatal• Depende da causa subjacente;
• Taxa de mortalidade fetal entre 75% e 90%;
• Casos de hidropsia secundário a infecção pelo
Parvovírus B19 pode evoluir para óbito fetal
intraútero ou resolução espontânea;
• Geralmente os casos associados com
malformação estrutural cardíaca evoluem com
óbito fetal intraútero ou óbito neonatal precoce;
Hidropsia Fetal Não Imune
Manejo da Gestação
• Avaliação laboratorial: Coombs indireto,
eletroforese de HB, pesquisa de deficiência de
G6PD e pesquisa de doenças infecciosas
incluindo Parvovírus B19;
• Ecocardiograma fetal deve ser realizada para
investigar malformações estruturais e distúrbios
do ritmo cardíaco;
• Cariótipo fetal deve ser oferecido;
• Controle ultrassonográfico regular, com
avaliação do perfil biofísico fetal;
Hidropsia Fetal Não Imune
Manejo da Gestação
• Se o feto for considerado viável é razoável
internar a mãe para avaliações diárias do feto;
• A anatomia fetal deverá ser avaliada a cada 2
semanas para acompanhar crescimento fetal e
aumentar as chances de detecção de
malformações;
• A interrupção da gestação será realizada com 37
semanas ou antes dependendo das condições
do feto;
Hidropsia Fetal Não Imune
Manejo da Gestação
• Devido a associação com polidrâmnio poderão
ser necessárias amniocentese periódica para
diminuir o desconforto materno;
• Recomenda-se que o parto dos feto viáveis seja
com via alta;
Hidropsia Fetal Não Imune
Intervenção Fetal
• A causa de Hidropsia Fetal Não Imune mais
favorável ao tratamento pré-natal é anemia fetal;
• A transfusão intraútero deverá ser precedida
pela coleta de amostra de sangue do cordão
umbilical e determinação do hematócrito;
• O concentrado de hemáceas a ser utilizado
deverá ser do grupo “O”, Rh negativo, irradiado,
CMV negativo< Kell negativo, reação cruzada
compatível com soro materno. O hematócrito
deverá ser de ao menos 80%
Hidropsia Fetal Não Imune
Intervenção Fetal
• Serão indicados para fetos com HT abaixo de
30%;
• A quantidade de sangue a ser transfundido é
determinada pela seguinte fórmula:
VT: (HT desejado – HT inicial/HT sangue doador) x
150 x PFE
Hidropsia Fetal Não Imune
Intervenção Fetal
• Não é recomendado transfundir a ponto de
aumentar o HT em 25% ou mais, ou mais que 4
vezes o HT inicial – associação com sobrecarga
hídrica e óbito fetal súbito;
• O objetivo é aumentar o HT para 20% - 25% na
primeira transfusão, repetindo em 48 – 72 horas
para daí sim atingir HT 40% - 45%;
Hidropsia Fetal Não Imune
Intervenção Fetal
• Quando a hidropsia é decorrente de arritmia fetal
poderão ser administrados medicamentos para a
mãe para correção – digoxina;
• Toracocenteses podem ser realizadas nos casos
de derrame pleural. Se forem necessárias
repetidas toracocenteses poderá optar-se por
shunt toraco-amniótico;
Hidropsia Fetal Não Imune
Desfecho a longo prazo
• Depende da causa;
• Taxa de mortalidade perinatal varia de 40% a
90%, chegando a 100% quando associado a
malformações estruturais cardíacas;
Hidropsia Fetal Não Imune
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Hidropsia Fetal Não Imune: Causas, Diagnóstico e Manejo

  • 1. Hidropsia Fetal Não Imune Willian Eduardo Eckert Especializando em Medicina Materno-Fetal
  • 2. Definição • Acúmulo anormal de líquido em pelo menos dois compartimentos fetais diferentes associada a ausência de anticorpos contra antígenos de células vermelhas na circulação materna; • Estima-se que 90% dos casos de hidropsia sejam de causas não imunes; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 3. Definição• Desordem heterogênea, causada por uma grande número de processos patológicos subjacentes; • Causas mais comuns: • Patologia cardiovascular (17% - 35% dos casos); • Anormalidade cromossômica (14% - 16% dos casos); • Disordem hematológica (4% - 12% dos casos); • Outras causas (raras); Hidropsia Fetal Não Imune
  • 4. Definição • Nenhuma das anormalidades cardíacas tem como regra aparecimento de hidropsia, porém quanto mais severa a malformação maior a chance de desenvolver hidropsia; • O mecanismo mais comum associado é insuficiência cardíaca congestiva; • O prognóstico de fetos com malformações cardíacas associadas a hidropsia é reservado, com taxa de mortalidade alcançando 100% em algumas séries; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 5. Definição • Associação com causas cromossômicas é comum, sendo a Síndrome de Turner a mais frequente; • Outras síndromes genéticas podem estar associadas, como: artrogripose, esclerose tuberosa, Síndrome Pena-Shokier e Síndrome de Noonan; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 6. Definição • O mecanismo responsável pela hidropsia nas anormalidades hematológicas é quase sempre anemia fetal severa levando a insuficiência cardíaca de alto débito; • Anemia fetal pode ser resultado de: defeitos da hemoglobina (α talassemia), hemorragia fetal intrauterina (hemorragia intracraniana); hemólise (deficiência da G6PD), destruição da medula óssea (parvovírus B19); Hidropsia Fetal Não Imune
  • 7. Definição • Condições que aumentam a pressão intratorácica dificultando o retorno venoso, também estão associadas. Exemplos: MAC, sequestro broncopulmonar, hérnia diafragmática, massas torácicas; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 8. Definição • Diversas infecções congênitas são sabidamente causas de hidropsia fetal. Estão incluídos sífilis, citomegalovírus, parvovírus b19, toxoplasmose, herpes simples, rubéola e coxsackie vírus; • Os possíveis mecanismos associados são: supressão da produção de eritrócitos, miocardite e hepatite fetal; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 9. Definição • Várias outras malformações fetais tem sido associadas, porém o mecanismo subjacente não foi esclarecido; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 10. Incidência • A incidência precisa é de difícil elucidação levando em consideração que vários casos evoluem com óbito fetal intrauterino e outros com resolução espontânea; • A incidência reportada varia entre 1:1500 – 1:4000 nascimentos; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 11. Achados Ultrassonográficos• O diagnóstico de hidropsia é feito através da detecção de acúmulo de líquido anormal ou aumentado em ao menos dois compartimentos fetais diferentes. Exemplos incluem derrame pericárdico, derrame pleural, ascite, edema subcutâneo, higroma cístico, polidrâmnio e espessamento da placenta; • Em geral é necessário que a espessura da pele seja pelo menos de 5 mm para diagnóstico de edema subcutâneo e espessura placentária de pelo menos 6 cm para diagnóstico de “placentomegalia”. Hidropsia Fetal Não Imune
  • 12. Achados Ultrassonográficos• Deve-se ficar atento que fetos macrossômicos podem ter espessura da pele maior que 5 mm, sem significado patológico; • Acúmulo de fluídos em um único compartimento não deve ser considerado hidropsia, apesar de poder ser apresentação inicial; • Outros achados vão depender da causa da hidropsia; • Pico de velocidade sistólica da ACM pode ajudar a identificar casos associados a anemia fetal; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 17. Diagnóstico Diferencial • Após diagnóstico ultrassonográfico de hidropsia deve-se diferenciar causas imunes das não imunes – isto é facilmente alcançado através do Coombs indireto materno; • As causas de hidropsia não imune deverão ser investigadas conforme os achados ultrassonográficos associados; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 18. História Natural Antenatal• Depende da causa subjacente; • Taxa de mortalidade fetal entre 75% e 90%; • Casos de hidropsia secundário a infecção pelo Parvovírus B19 pode evoluir para óbito fetal intraútero ou resolução espontânea; • Geralmente os casos associados com malformação estrutural cardíaca evoluem com óbito fetal intraútero ou óbito neonatal precoce; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 19. Manejo da Gestação • Avaliação laboratorial: Coombs indireto, eletroforese de HB, pesquisa de deficiência de G6PD e pesquisa de doenças infecciosas incluindo Parvovírus B19; • Ecocardiograma fetal deve ser realizada para investigar malformações estruturais e distúrbios do ritmo cardíaco; • Cariótipo fetal deve ser oferecido; • Controle ultrassonográfico regular, com avaliação do perfil biofísico fetal; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 20. Manejo da Gestação • Se o feto for considerado viável é razoável internar a mãe para avaliações diárias do feto; • A anatomia fetal deverá ser avaliada a cada 2 semanas para acompanhar crescimento fetal e aumentar as chances de detecção de malformações; • A interrupção da gestação será realizada com 37 semanas ou antes dependendo das condições do feto; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 21. Manejo da Gestação • Devido a associação com polidrâmnio poderão ser necessárias amniocentese periódica para diminuir o desconforto materno; • Recomenda-se que o parto dos feto viáveis seja com via alta; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 22. Intervenção Fetal • A causa de Hidropsia Fetal Não Imune mais favorável ao tratamento pré-natal é anemia fetal; • A transfusão intraútero deverá ser precedida pela coleta de amostra de sangue do cordão umbilical e determinação do hematócrito; • O concentrado de hemáceas a ser utilizado deverá ser do grupo “O”, Rh negativo, irradiado, CMV negativo< Kell negativo, reação cruzada compatível com soro materno. O hematócrito deverá ser de ao menos 80% Hidropsia Fetal Não Imune
  • 23. Intervenção Fetal • Serão indicados para fetos com HT abaixo de 30%; • A quantidade de sangue a ser transfundido é determinada pela seguinte fórmula: VT: (HT desejado – HT inicial/HT sangue doador) x 150 x PFE Hidropsia Fetal Não Imune
  • 24. Intervenção Fetal • Não é recomendado transfundir a ponto de aumentar o HT em 25% ou mais, ou mais que 4 vezes o HT inicial – associação com sobrecarga hídrica e óbito fetal súbito; • O objetivo é aumentar o HT para 20% - 25% na primeira transfusão, repetindo em 48 – 72 horas para daí sim atingir HT 40% - 45%; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 25. Intervenção Fetal • Quando a hidropsia é decorrente de arritmia fetal poderão ser administrados medicamentos para a mãe para correção – digoxina; • Toracocenteses podem ser realizadas nos casos de derrame pleural. Se forem necessárias repetidas toracocenteses poderá optar-se por shunt toraco-amniótico; Hidropsia Fetal Não Imune
  • 26. Desfecho a longo prazo • Depende da causa; • Taxa de mortalidade perinatal varia de 40% a 90%, chegando a 100% quando associado a malformações estruturais cardíacas; Hidropsia Fetal Não Imune