Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Óbito intra-útero de um gemelar
1. Óbito Intra-útero de um Gemelar
Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Especializanda em Medicina Materno-Fetal
2. Introdução
• 1º trimestre – “Vanish twin”
• Mais comum
• 2-3º trimestres
• Monocoriônica > Dicoriônica
• Pior prognóstico
Bianchi, DW; Crombleholme, TM; D´Alton, ME; Malone, FD. Fetology, Diagnosis and
Management of the Fetal Patient. 2 ed. Mc Graw Hill, 2010. p. 810-817
Óbito intra-útero de um gemelar
3. Introdução
• Causas
• Similares às gestações únicas
• Monocoriônica – complicações STFF
• Monoamniótica – entrelaçamento de cordões
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Óbito intra-útero de um gemelar
4. Introdução
• Consequências ao gêmeo que sobrevive
• Dicoriônica
• TPP - prematuridade
• Monocoriônica
• Óbito
• Danos a diversos órgãos
• Encefalomalácia multicística (20%)
• TPP - prematuridade
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Trombose
STFF aguda
Óbito intra-útero de um gemelar
5. Incidência
• 1 º trimestre - >50% das gestações gemelares. (Varma, 1979)
• 2º - 3º trimestre – 0,5-6,8%
• Monocoriônica 3-4x mais.
• Óbito de ambos é infrequente.
• Trigemelar – 4,3-17%
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6. Achados
ultrassonográficos
• Dependem da causa e do tempo do óbito.
• Avaliar biometria, anatomia, LA, inserção do cordão de
ambos, além da corionicidade.
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7. História Antenatal
• Faltam estudos prospectivos.
• Relato de séries de casos ou estudos retrospectivos
relacionados à desfechos desfavoráveis.
• Vigilância do feto sobrevivente não garante bom desfecho.
• Não está recomendado parto <37 semanas.
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8. Manejo da Gestação
• Referenciar para centro terciário.
• Manejo depende
• Idade gestacional
• Maturidade pulmonar
• Comprometimento do outro gemelar.
• Recomendações – série de casos/opinião de especialista
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9. Manejo da Gestação
• Após viabilidade
• Monocoriônica
• Orientar risco de leucomalácia multicística.
• RM 2-3 semanas após o óbito.
• Monitorização semanal da vitalidade.
• Córticóide (24-34 semanas) se parto antecipado.
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10. Manejo da Gestação
• Após viabilidade
• Dicoriônica
• Monitorização semanal da vitalidade.
• Córticóide (24-34 semanas) se parto antecipado.
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11. Manejo da Gestação
• Após viabilidade
• Ao nascimento
• Gasometria e hematócrito do cordão umbilical.
• Oferecer autópsia do gemelar em óbito.
• Anatomopatológico da placenta.
• Comunicar pediatra do ocorrido.
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12. Manejo da Gestação
• Pré-viabilidade
• Monocoriônica
• Orientar risco de leucomalácia multicística
• RM 2-3 semanas após o óbito
• Dicoriônica
• Manejo como gestação única
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13. Intervenção intra-útero
• Monocoriônica
• Morte iminente de um gêmeo
• > 28 semanas - cesariana
• <28 semanas - Interrupção seletiva (oclusão cordão,
ablação anastomoses placentárias)
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Muitas vezes imprevisível
4,6% gestações sem qualquer
complicação
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14. Tratamento do RN
• Avaliação e acompanhamento neurológico
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15. Desfecho a longo prazo
• Nicolini and Poblete, 1999.
• 119 gestações monocoriônicas com óbito de um gemelar
• 9% óbito do segundo gemelar
• 10% óbito neonatal
• 24% morbidade grave neonatal (porencefalia,
encefalomalácia multicística, necrose renal, atresia
intestinal)
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Óbito intra-útero de um gemelar
Notas do Editor
1º trimestre – pode causar sangramento ou ser assintomática. O prognóstico para o outro costuma ser bom.
Alterações genéticas, cromossômicas, infecções, doenças maternas, inserção velamentosa de cordão
Normalmente o doador é que vai à óbito
Encefalomalácia – lesões císticas em regiões nutridas pelas cerebrais média e anterior
Danos à diversos órgãos (rins, baço, fígado, pulmões) – produção de fatores trombóticos pelo feto em óbito OU STFF aguda (o feto vivo perde sangue pro feto em óbito – hipotensão e isquemia)
Como são eventos agudos a resolução imediata da gestação não resolve
Encefalomalácia – lesões císticas em regiões nutridas pelas cerebrais média e anterior
Danos à diversos órgãos (rins, baço, fígado, pulmões) – produção de fatores trombóticos pelo feto em óbito OU STFF aguda (o feto vivo perde sangue pro feto em óbito – hipotensão e isquemia)
Como são eventos agudos a resolução imediata da gestação não resolve
Avaliar restrição de crescimento, anomalias fetais, descolamento de placenta ou sinais de STFF.
Avaliar restrição de crescimento, anomalias fetais, descolamento de placenta ou sinais de STFF.
Em muitos casos a gestante já estará em TP, em outros condições maternas ou descolamento de placenta indicarão interrupção
RM com restrição de água mostra lesões hipóxicas recentes.
Monitorização ajustada se oligodrâmnio ou restrição de crescimento.
Monitorização ajustada se oligodrâmnio ou restrição de crescimento.
Quando atingir vitalidade seguir protocolo prévio
O risco de dano neurológico é maior que o da prematuridade
O risco de dano neurológico é maior que o da prematuridade
O risco de dano neurológico é maior que o da prematuridade