SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Toxoplasmose
Congênita
Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida,
causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii(um
dos parasitas mais comuns do mundo), encontrado nas fezes
dos gatos e outros felinos.
Homens e outros animais também podem hospedar o parasita.
Toxoplasma gondii
• A gestante pode adquirir a toxoplasmose devido:
• a ingestão de oocistos em água e alimentos contaminados(
vegetais e frutas);
• cistos em carnes mal passadas;
• locais onde eventualmente possa haver fezes de felinos (terra,
areia), que são os únicos hospedeiros definitivos de T. gondii
(BRASIL, 2012)
• O risco de infecção fetal esta relacionado a idade gestacional
em que ocorreu a doença, sendo maior no terceiro trimestre e
no período periparto (ate 80%).
• Entretanto, o risco de lesões fetais graves e maior nas infecções
maternas precoces, se a soroconversao ocorreu no primeiro
trimestre gestacional, ha 75% de chance da criança apresentar
manifestações clinicas ate os três primeiros anos de vida.
(FEBRASGO, 2011)
As alterações mais encontradas em recém-nascidos
com toxoplasmose congênita são:
• Coriorretinite
• Hepatoesplenomegalia
• Linfadenopatia
• Icterícia
• Anemia
• Estabrismo
• Crises convulsivas
(MINISTERIO DA SAUDE, 2011).
• Erupção cutânea
• Hidrocefalia
• Calcificações cerebrais
• Macro ou microcefalia
• Restrição do crescimento intra-
uterino
• Prematuridade
• Crises convulsivas
Figura 1: Lactente com toxoplasmose congênita apresentando
microcefalia e ptose palpebral a esquerda. A mãe não foi tratada durante a
gestação
Figura 2: Mesmo paciente apresentando icterícia hepatomegalia e
esplenomegalia
Linfadenopatia
Sintomas da toxoplasmose na grávida
• Na maior parte das mulheres a toxoplasmose adquirida na
gravidez não causa nenhum sintoma.
• Mas alguns podem surgir como:
• Febre;
• Calafrios;
• Gânglios Linfáticos;
• Cefaléia;
• Dor nos músculos e nas articulações.
Diagnóstico da infecção materna
• O diagnóstico e feito pela sorologia IgM e IgG.
• IgG (Imunoglobulina G) e IgM (Imunoglobulina
M) são anticorpos que o organismo produz quando entra em
contato com algum tipo de micro-organismo invasor.
• A diferença entre eles é que o IgM é produzido na fase aguda
da infecção, enquanto que o IgG, que também surge na fase
aguda, é mais específico e serve para proteger a pessoa de
futuras infecções, permanecendo por toda a vida.
• A gestante que apresentar infecção por T. gondii, por meio da
pesquisa de anticorpos IgM reagentes, em qualquer trimestre
gestacional, devera ser iniciado o tratamento na Atenção
Primaria e simultaneamente ser encaminhada para Referencia
de Alto Risco, mantendo o acompanhamento concomitante na
Unidade de Atenção Primaria a Saúde.
Tratamento na mãe
• O tratamento devera ser instituído tão precoce quanto
possível, assim que houver comprovação laboratorial da
toxoplasmose adquirida na gestação.
• A terapêutica envolve droga de ação parasitostatica
(Espiramicina) que atua sobre a infecção placentária e uma
associação de parasiticidas (Sulfadiazina e Pirimetamina com
Acido Folinico) que eliminam os agentes que atravessaram a
barreira placentária e que atingiram o liquido amniótico e/ou o
feto.
Diagnóstico no recém nascido
• São critérios diagnósticos para confirmação de toxoplasmose
congênita:
1- Presença de IgM positiva após o 5º dia de vida;
2- IgA positiva nos primeiros 6 meses de vida;
3- IgG específica persistentemente positiva após o 12º mês de
vida;
4- Alterações sugestivas de infecção congênita associadas à
presença de IgM e/ou IgG específica em títulos ascendentes;
5- PCR para T. gondii positivo em sangue periférico.
• Deverá ser realizado os seguintes exames no recém-nascido
para avaliar o comprometimento do mesmo:
• Hemograma com plaquetas;
• Bioquímica;
• Radiografia de crânio;
• US transfontanela e/ou tomografia computadorizada do crânio
(TCC);
• Exame Oftalmológico;
• Líquor (líquido da espinha);
• Exame audiológico: para avaliar perda auditiva.
Tratamento na criança
• Iniciar precocemente e estender até um ano de idade (mesmo
nos casos de infecção subclínica).
• Controle:
• hemograma e plaquetas a cada 15 a 30 dias (durante o uso de
sulfadiazina e pirimetamina).
Prevenção
• Cozinhar bem a carne;
• Usar luvas quando mexer no jardim;
• Lavar todas as frutas e vegetais;
• Lavar bem as mãos após manusear com carne crua, frutas e vegetais;
• Não mexer ou limpar as fezes dos gatos.
Toxoplasmose congênita: causas, sintomas e tratamento

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Toxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênitaToxoplasmose congênita
Toxoplasmose congênita
 
Aula 5 toxoplasma gondii e toxoplasmose
Aula 5  toxoplasma gondii e toxoplasmoseAula 5  toxoplasma gondii e toxoplasmose
Aula 5 toxoplasma gondii e toxoplasmose
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Toxoplasmose na Gestação
Toxoplasmose na GestaçãoToxoplasmose na Gestação
Toxoplasmose na Gestação
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Toxoplasmose e a gravidez
Toxoplasmose e a gravidezToxoplasmose e a gravidez
Toxoplasmose e a gravidez
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Rubéola na Gestação
Rubéola na GestaçãoRubéola na Gestação
Rubéola na Gestação
 
Abortamento
AbortamentoAbortamento
Abortamento
 
Trabalho de parasitologia: Toxoplasma gondii.
Trabalho de parasitologia: Toxoplasma gondii.Trabalho de parasitologia: Toxoplasma gondii.
Trabalho de parasitologia: Toxoplasma gondii.
 
Toxoplasmose
ToxoplasmoseToxoplasmose
Toxoplasmose
 
Apresentação toxoplasmose
Apresentação toxoplasmoseApresentação toxoplasmose
Apresentação toxoplasmose
 
Aula 05 bacterias
Aula   05  bacteriasAula   05  bacterias
Aula 05 bacterias
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01
 
Citomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: PatologiaCitomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: Patologia
 
Cocos Gram positivos
Cocos Gram positivosCocos Gram positivos
Cocos Gram positivos
 
Imuno-hematologia Básica
Imuno-hematologia BásicaImuno-hematologia Básica
Imuno-hematologia Básica
 
Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)
Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)
Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)
 

Semelhante a Toxoplasmose congênita: causas, sintomas e tratamento

3 a importancia da vigilancia da saude materna parte ii
3  a importancia da vigilancia da saude materna   parte ii3  a importancia da vigilancia da saude materna   parte ii
3 a importancia da vigilancia da saude materna parte iiLurdesmartins17
 
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Enfº Ícaro Araújo
 
Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1
Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1
Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1Isadora Melo Franco
 
TOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptxTOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptxHudson46808
 
Flagelados das vias digestivas e geniturinárias
Flagelados das vias digestivas e geniturináriasFlagelados das vias digestivas e geniturinárias
Flagelados das vias digestivas e geniturináriasARTHUR CALIXTO
 
Aainfecções na gestação
Aainfecções na gestaçãoAainfecções na gestação
Aainfecções na gestaçãoRafael Ghisi
 
Relato de caso ped 2023.pptx
Relato de caso ped 2023.pptxRelato de caso ped 2023.pptx
Relato de caso ped 2023.pptxFlviaFranchin
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...Pelo Siro
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaFranciskelly
 
xrToxoplasmose_2012.pdf
xrToxoplasmose_2012.pdfxrToxoplasmose_2012.pdf
xrToxoplasmose_2012.pdfraphaelbiscaia
 
Modulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdf
Modulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdfModulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdf
Modulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdfHilderlanArajo
 
Protocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmoseProtocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmosetvf
 
INFECÇÃO NEONATAL 2.pptx
INFECÇÃO NEONATAL 2.pptxINFECÇÃO NEONATAL 2.pptx
INFECÇÃO NEONATAL 2.pptxPaulaMelo127834
 
Slides Doenças Exantemáticas MS.ppt
Slides Doenças Exantemáticas MS.pptSlides Doenças Exantemáticas MS.ppt
Slides Doenças Exantemáticas MS.pptMarcioCruz62
 
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialguestfced19
 

Semelhante a Toxoplasmose congênita: causas, sintomas e tratamento (20)

3 a importancia da vigilancia da saude materna parte ii
3  a importancia da vigilancia da saude materna   parte ii3  a importancia da vigilancia da saude materna   parte ii
3 a importancia da vigilancia da saude materna parte ii
 
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
 
Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1
Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1
Diagnóstico laboratorial-da-toxoplasmose-congênita1
 
apresentação toxoplasmose.pptx
apresentação toxoplasmose.pptxapresentação toxoplasmose.pptx
apresentação toxoplasmose.pptx
 
TOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptxTOXOPLASMOSE.pptx
TOXOPLASMOSE.pptx
 
Flagelados das vias digestivas e geniturinárias
Flagelados das vias digestivas e geniturináriasFlagelados das vias digestivas e geniturinárias
Flagelados das vias digestivas e geniturinárias
 
Toxoplasmose. mácyo
Toxoplasmose. mácyoToxoplasmose. mácyo
Toxoplasmose. mácyo
 
Apresentação toxoplasmose
Apresentação toxoplasmoseApresentação toxoplasmose
Apresentação toxoplasmose
 
Aainfecções na gestação
Aainfecções na gestaçãoAainfecções na gestação
Aainfecções na gestação
 
Dst
DstDst
Dst
 
Relato de caso ped 2023.pptx
Relato de caso ped 2023.pptxRelato de caso ped 2023.pptx
Relato de caso ped 2023.pptx
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 
xrToxoplasmose_2012.pdf
xrToxoplasmose_2012.pdfxrToxoplasmose_2012.pdf
xrToxoplasmose_2012.pdf
 
Modulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdf
Modulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdfModulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdf
Modulo-IV-Apresentacao-DST-Aids-2016.pdf
 
Protocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmoseProtocolo de toxoplasmose
Protocolo de toxoplasmose
 
INFECÇÃO NEONATAL 2.pptx
INFECÇÃO NEONATAL 2.pptxINFECÇÃO NEONATAL 2.pptx
INFECÇÃO NEONATAL 2.pptx
 
Slides Doenças Exantemáticas MS.ppt
Slides Doenças Exantemáticas MS.pptSlides Doenças Exantemáticas MS.ppt
Slides Doenças Exantemáticas MS.ppt
 
ISTS
ISTSISTS
ISTS
 
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficial
 

Mais de Patricia Nunes

Tipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosTipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosPatricia Nunes
 
Transtorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumáticoTranstorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumáticoPatricia Nunes
 
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.Patricia Nunes
 
Cuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicosCuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicosPatricia Nunes
 
Cálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e MagnesioCálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e MagnesioPatricia Nunes
 
Evolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilEvolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilPatricia Nunes
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaPatricia Nunes
 

Mais de Patricia Nunes (15)

Tipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentosTipos de pesquisas e seus delineamentos
Tipos de pesquisas e seus delineamentos
 
Transtorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumáticoTranstorno do Estresse pós traumático
Transtorno do Estresse pós traumático
 
Insuficiência Renal
Insuficiência Renal Insuficiência Renal
Insuficiência Renal
 
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
Principais medicamentos utilizados pelos idosos.
 
Hiv na infância
Hiv na infânciaHiv na infância
Hiv na infância
 
Cuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicosCuidados paliativos em pacientes oncologicos
Cuidados paliativos em pacientes oncologicos
 
Rubéola
RubéolaRubéola
Rubéola
 
Cálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e MagnesioCálcio, Fosforo e Magnesio
Cálcio, Fosforo e Magnesio
 
Colostomia
ColostomiaColostomia
Colostomia
 
Embolia pulmonar
Embolia pulmonarEmbolia pulmonar
Embolia pulmonar
 
Evolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasilEvolução da educação no brasil
Evolução da educação no brasil
 
TCE
TCETCE
TCE
 
Vitaminas
Vitaminas Vitaminas
Vitaminas
 
Erros na enfermagem
Erros na enfermagemErros na enfermagem
Erros na enfermagem
 
Insuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônicaInsuficiência renal crônica
Insuficiência renal crônica
 

Último

Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfTHIALYMARIASILVADACU
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 

Toxoplasmose congênita: causas, sintomas e tratamento

  • 2. Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii(um dos parasitas mais comuns do mundo), encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita. Toxoplasma gondii
  • 3. • A gestante pode adquirir a toxoplasmose devido: • a ingestão de oocistos em água e alimentos contaminados( vegetais e frutas); • cistos em carnes mal passadas; • locais onde eventualmente possa haver fezes de felinos (terra, areia), que são os únicos hospedeiros definitivos de T. gondii (BRASIL, 2012)
  • 4.
  • 5. • O risco de infecção fetal esta relacionado a idade gestacional em que ocorreu a doença, sendo maior no terceiro trimestre e no período periparto (ate 80%). • Entretanto, o risco de lesões fetais graves e maior nas infecções maternas precoces, se a soroconversao ocorreu no primeiro trimestre gestacional, ha 75% de chance da criança apresentar manifestações clinicas ate os três primeiros anos de vida. (FEBRASGO, 2011)
  • 6. As alterações mais encontradas em recém-nascidos com toxoplasmose congênita são: • Coriorretinite • Hepatoesplenomegalia • Linfadenopatia • Icterícia • Anemia • Estabrismo • Crises convulsivas (MINISTERIO DA SAUDE, 2011). • Erupção cutânea • Hidrocefalia • Calcificações cerebrais • Macro ou microcefalia • Restrição do crescimento intra- uterino • Prematuridade • Crises convulsivas
  • 7. Figura 1: Lactente com toxoplasmose congênita apresentando microcefalia e ptose palpebral a esquerda. A mãe não foi tratada durante a gestação Figura 2: Mesmo paciente apresentando icterícia hepatomegalia e esplenomegalia Linfadenopatia
  • 8. Sintomas da toxoplasmose na grávida • Na maior parte das mulheres a toxoplasmose adquirida na gravidez não causa nenhum sintoma. • Mas alguns podem surgir como: • Febre; • Calafrios; • Gânglios Linfáticos; • Cefaléia; • Dor nos músculos e nas articulações.
  • 9. Diagnóstico da infecção materna • O diagnóstico e feito pela sorologia IgM e IgG. • IgG (Imunoglobulina G) e IgM (Imunoglobulina M) são anticorpos que o organismo produz quando entra em contato com algum tipo de micro-organismo invasor. • A diferença entre eles é que o IgM é produzido na fase aguda da infecção, enquanto que o IgG, que também surge na fase aguda, é mais específico e serve para proteger a pessoa de futuras infecções, permanecendo por toda a vida.
  • 10. • A gestante que apresentar infecção por T. gondii, por meio da pesquisa de anticorpos IgM reagentes, em qualquer trimestre gestacional, devera ser iniciado o tratamento na Atenção Primaria e simultaneamente ser encaminhada para Referencia de Alto Risco, mantendo o acompanhamento concomitante na Unidade de Atenção Primaria a Saúde.
  • 11.
  • 12. Tratamento na mãe • O tratamento devera ser instituído tão precoce quanto possível, assim que houver comprovação laboratorial da toxoplasmose adquirida na gestação. • A terapêutica envolve droga de ação parasitostatica (Espiramicina) que atua sobre a infecção placentária e uma associação de parasiticidas (Sulfadiazina e Pirimetamina com Acido Folinico) que eliminam os agentes que atravessaram a barreira placentária e que atingiram o liquido amniótico e/ou o feto.
  • 13. Diagnóstico no recém nascido • São critérios diagnósticos para confirmação de toxoplasmose congênita: 1- Presença de IgM positiva após o 5º dia de vida; 2- IgA positiva nos primeiros 6 meses de vida; 3- IgG específica persistentemente positiva após o 12º mês de vida; 4- Alterações sugestivas de infecção congênita associadas à presença de IgM e/ou IgG específica em títulos ascendentes; 5- PCR para T. gondii positivo em sangue periférico.
  • 14. • Deverá ser realizado os seguintes exames no recém-nascido para avaliar o comprometimento do mesmo: • Hemograma com plaquetas; • Bioquímica; • Radiografia de crânio; • US transfontanela e/ou tomografia computadorizada do crânio (TCC); • Exame Oftalmológico; • Líquor (líquido da espinha); • Exame audiológico: para avaliar perda auditiva.
  • 15. Tratamento na criança • Iniciar precocemente e estender até um ano de idade (mesmo nos casos de infecção subclínica). • Controle: • hemograma e plaquetas a cada 15 a 30 dias (durante o uso de sulfadiazina e pirimetamina).
  • 16. Prevenção • Cozinhar bem a carne; • Usar luvas quando mexer no jardim; • Lavar todas as frutas e vegetais; • Lavar bem as mãos após manusear com carne crua, frutas e vegetais; • Não mexer ou limpar as fezes dos gatos.