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Aliane Coelho
Dayse Minelle
Hellen Soares
Jéssica Rodrigues
João Marcos
Larissa Mendes
Natália Virgínia
Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências Biológicas
Faculdade de Biomedicina
Módulo: Hereditariedade & Evolução
Prof.: Leonardo Sena
Belém
2013
Doenças relacionadas à
Hemoglobina
HEMOGLOBINA
A hemoglobina é uma substancia presente no sangue que e responsável por transportar
oxigênio dos pulmões para as células.
ESTRUTURA QUÍMICA
A hemoglobina e um
tetrâmero com peso molecular
de 64.458 kDa, formado por
quatro subunidades onde cada
uma e composta de duas
partes: a globina e o heme,
grupo que contem ferro, o qual
se liga com o oxigênio e
confere a molécula
capacidade de transportar
O2.
O GRUPO HEME
O grupo prostético
Heme confere as proteínas a
que está ligado uma cor
característica, e é constituído
por uma parte orgânica e um
átomo de ferro, no estado
ferroso [Fe(II)].
GENÉTICA
Existem pelo menos 8 locos bem conhecidos comandando a síntese de globina:
Alfa 1, Alfa 2, Beta, Delta, Gama A, Gama G, Épsilon, Zeta.
 Genes do grupamento da α-globina
 Genes do grupamento β-globina
ONTOGENIA:
O QUE É?
“O estudo das origens e desenvolvimento de um organismo desde o embrião até
atingir sua forma definitiva, passando pelos diferentes estágios de desenvolvimento
é denominado de ontogenia.”
Ontogenia da Hemoglobina humana:
TIPOS DE HEMOGLOBINA
o Embrionária:
 Gower 1 (ξ2ε2): tipo predominante na fase.
 Gower 2 (α2ε2): existem transitoriamente durante o período em que os genes embrionários estão sendo
desativados.
 Hemoglobina de Portland (ζ2γ2): existem enquanto os genes fetais estiverem sendo editados.
o Fetal:
 Hemoglobina F (α2γ2)
o Adultos:
 Hemoglobina A (α2β2): O tipo mais comum, correspondendo a 95% da hemoglobina total.
 Hemoglobina A2 (α2δ2): cadeias δ são sintetizadas no último trimestre após o parto, seu nível normal
é de aproximadamente 2.5%.
 Hemoglobina F (α2γ2): No adultos a Hemoglobina F é restrita a uma população de células vermelhas
(hemácias) chamadas células F, este tipo de hemoglobina corresponde a cerca de 2,5% da hemoglobina
total.
oNos fetos, a obtenção de oxigênio a partir do sangue da mãe é devido ao
desenvolvimento da hemoglobina fetal (HbF). Duas das quatro cadeias da
hemoglobina fetal e do adulto são idênticas (cadeias alfa - α), mas as outras duas
cadeias da hemoglobina no adulto são β (beta), enquanto no feto são duas cadeias
gama (γ).
oA HbF possui cadeias γ (gama) equivalentes à cadeia β da HbA, com 10 aminoácidos
diferentes nas sequências primárias dessas globinas.
oUma das substituições importantes na HbF é a posição 82 da cadeia γ, que possui
um resíduo de serina, diferentemente da cadeia β, que tem lisina nessa posição.
oA HbF apresenta maior afinidade por O2 do que a HbA materna, possibilitando a
captação de O2 a nível da barreira placentária.
Hemoglobina Fetal (HbF)
VARIANTES NORMAIS DA
HEMOGLOBINA
o Há centenas de variantes normais da hemoglobina, principalmente devidas à
mutações na cadeia β.
o Uma dessas variantes foi descoberta em Porto Alegre (Tondo, Salzano e Rucknagel –
1963),foi denominada Hb Porto Alegre e sua formula química é Α2β2
9(cis), tendo
cisteína em vez de serina, na posição 9 da cadeia β.
o Foi encontrada, pela primeira vez, em uma criança branca descendente de
portugueses, sendo observada, posteriormente, em outras três populações:
Norte e Nordeste do Brasil;
Argentina;
Cuba;
Pessoas de ascendência espanhola
o Os homozigotos para essa hemoglobina são clínica e hematologicamente normais,
logo, a Hb PA pode ser considerada uma variante silenciosa da hemoglobina.
HEMOGLOBINAS ANORMAIS
As alterações das hemoglobinas
envolvem a síntese estrutural e
quantitativa dos aminoácidos, que
compõem as diferentes cadeias de
globinas, bem como as moléculas e
enzimas que participam do grupo
heme.
VARIANTES ESTRUTURAIS
Resultam de mutações que levam à síntese de uma
globina estruturalmente anormal.
Mutações sem sentido: que encurtam ou alongam a cadeia.
Mutações de mudança na leitura do código, pela deleção ou inserção de um número de
pares de bases.
Mutações em códons finalizadores: que alongam a cadeia e crossing-over desigual.
Adição de um ou mais aminoácidos (C-terminal): fenótipos talassêmicos.
VARIANTES ESTRUTURAIS
Mutações pontuais
(substituição de apenas um
aminoácido).
Ex: Hemoglobina S (traço
falciforme)
HEMOGLOBINOPATIAS
“São anemias hereditárias causadas por distúrbios na intensidade de síntese ou na estrutura
de aminoácidos.” São divididas basicamente em:
o Alterações quantitativas: Caracterizam-se pela diminuição ou ausência de síntese em uma
ou mais cadeias polipeptídicas de globina (Ex: talassemias).
oAlterações qualitativas: afeta os genes estruturais e promove a formação de cadeias
diferentes, dando origem as hemoglobinas anormais ou variantes.
TESTE DO PEZINHO
HEMOGLOBINA C
A hemoglobina C é uma variante anormal da hemoglobina, que resulta
da substituição do acido glutâmico pela lisina, na mesma posição 6 da
cadeia β da globina.
DNA da cadeia β da Hb A:
GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-GAG-GAG-AAG
Cadeia β:
val-his-leu-tre-tro-glu-glu-lis
DNA da cadeia β da Hb C:
GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-AAG-GAG-AAG
Cadeia β:
val-his-leu-tre-tro-lis-glu-lis
HEMOGLOBINA S – ANEMIA
FALCIFORME
Foi a primeira variante detectada eletroforeticamente por Pauling (1949). Apresenta uma única diferença
estrutural com a Hb A na posição 6 da cadeia β da globina, onde ocorre a substituição do ácido
glutâmico pela valina.
DNA da cadeia β da Hb A:
GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-GAG-GAG-AAG
Cadeia β:
val-his-leu-tre-tro-glu-glu-lis
DNA da cadeia β da Hb F:
GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-GTG-GAG-AAG
Cadeia β:
val-his-leu-tre-tro-val-glu-lis
ANEMIA FALCIFORME (HOMOZIGOSE
PARA HB S)
É uma anemia hemolítica crônica grave decorrente do encurtamento da vida do
eritrócito. A presença de hemoglobina F em homozigose (SS-βs/βs) induz os
eritrócitos a transformarem-se em células em forma de foice, que são
prontamente destruídas pelo sistema monofítico-macrofágico.
QUADRO CLÍNICO:
Anemia hemolítica grave;
Hemácias em forma de foice;
Icterícia;
Úlceras das pernas.
Atualmente, pacientes gravemente afetados têm sido tratados com uma quimioterapia leve
(Hidroxiuréia) que aumenta a produção de hemoglobina fetal e melhora a função das hemácias.
Muitos pacientes têm sido curados por meio do transplante de medula óssea, embora o risco a tal
procedimento restrinja seu uso somente para indivíduos com caso clinico muito grave.
TRATAMENTO:
TALASSEMIA
O que é?
“Thalassa” + “hemos”;
Alteração genética;
Alterações quantitativas da formação da
hemoglobina.
TALASSEMIA
• Se o defeito genético é na formação das cadeias alfa, as doenças derivadas de tal são as
α-talassemias.
• E se na formação das cadeias beta, temos as β-talassemias.
Hemácias normais. Hemácias em alvo
TALASSEMIA
TALASSEMIA
● β-talassemias:
● Em torno do mar Mediterrâneo:
● Grécia;
● Itália.
● α-talassemias:
● Sudoeste da Ásia;
● China.
 Frequência:
Α- TALASSEMIAS
● Quatro genes alfa no cromossomo 16p:
● Dois alfa 1;
● Dois alfa 2.
● Produção e quantidades iguais de uma mesma proteína, cadeias alfa de
globina.
Α- TALASSEMIAS
● Deleção gênica acarretando fenótipos diferentes, conforme
atinja 1, 2, 3 ou 4 locos alfa.
Α- TALASSEMIAS
 Diagnóstico:
● Menores:
● Suspeita levantada na investigação de uma discreta anemia;
● Maiores:
● Primeiros meses de vida, devido à gravidade da anemia;
● Decorrente da investigação de alteração no tamanho/forma das hemácias.
Α- TALASSEMIAS
 Tratamento:
• Menores:
● Não requer na maioria dos casos.
● Maiores:
● Desafio médico;
● Transfusão sanguínea permanente;
● Retirada do baço;
● Medula compatível;
● Terapia gênica.
Β-TALASSEMIAS
- São anemias graves → Nessas síndromes os níveis de hemoglobina são quase sempre
inferiores a 6%.
- Caracterizadas:
Deformidades esqueléticas;
Aumento da pigmentação da pele;
Atraso no crescimento;
Aumento da absorção intestinal de ferro;
Hepatoesplenomegalia.
-Tratamento: necessita de transfusões repetidas.
Β-TALASSEMIAS
- Deficiência na produção das cadeias de β-globina → Resultando um excesso de
cadeias α;
- Essa deficiência pode ser resultado de mais de 100 diferentes mutações;
- As mutações podem ocorrer ao longo de todo o gene da β-globina, mas a maioria
ocorre no início da região codificadora→ Resultando em uma proteína
totalmente não-funcional;
Β-TALASSEMIAS
Os diferentes tipos de mutação que causam β-talassemia classificam-se em
cinco tipos principais:
● Mutações transcricionais;
● Mutação na emenda, recomposição ou splicing do RNAm;
● Mutações que modificam o RNA;
● Mutações de término de cadeia;
● Mutações com sentido errado ou trocado.
REPRESENTAÇÃO PARA OS GENES
Β:
- β+ : o gene β diminui a produção de cadeias β;
- βº : há ausência completa na produção de cadeias pelo gene β;
(βº /βº ) : não produz qualquer quantidade de cadeia globínica;
(β+/β+, β/βº, β/ β+ e β+/ βº ) : Ainda há produção de certa quantidade de cadeias β.
SÍNDROMES Β-TALASSÊMICAS
● β-Talassemia menor (minor) – Síndrome β/ β+, Talassemia mínima ou Traço β-Talassêmico:
- Heterozigoto para a mutação da β-talassemia (β/ β+)
- Caracterizada por anemia moderada e ausência de sintomas ou sua menor intensidade;
- O diagnóstico da menor é geralmente feito de forma acidental, pois no hemograma desses pacientes, os
valores de hemoglobina estão geralmente normais ou discretamente diminuídos;
- Com raras exceções, não há necessidade de tratamento específico.
SÍNDROMES Β-TALASSÊMICAS
● β-Talassemia maior (major) – Síndrome βº-Tal ou Anemia de Cooley:
- O gene apresenta duas mutações, uma em cada cromossomo;
- Não há produção de cadeias β;
- Homozigotos (βº /βº );
Β-TALASSEMIA MAIOR (MAJOR) –
SÍNDROME Βº-TAL OU ANEMIA DE COOLEY
→ Sintomas:
- Indivíduo com anemia grave, necessitando de transfusões frequentes;
- Hiperatividade da medula óssea;
- A região cortical dos ossos diminui de espessura;
- O fígado e o baço aumentam de volume.
Β-TALASSEMIA MAIOR (MAJOR) –
SÍNDROME Βº-TAL OU ANEMIA DE COOLEY
- Os sintomas podem ser aliviados mediante a transfusão sanguínea;
- Com decorrer do tempo e sucessivas transfusões, os níveis de ferro aumentam continuamente no organismo,
ocasionando hemossiderose;
- Para diminuir os níveis de ferro é utilizado drogas quelantes ao ferro;
-O mais utilizado é a desferrioxamina;
- O transplante de medula óssea é potencialmente curativo.
SÍNDROMES Β-TALASSÊMICAS
● β-Talassemia Intermediária (Intermédia) – Síndrome β+/β+:
- Homozigoto para lesões parciais do gene da β-globina (β+/β+);
- Redução na produção de cadeias β;
- Quadro clínico intermediário entre as formas leves (talassemia menor) e graves
(talassemia maior);
- Variabilidade de sintomas e complicações, desde quadros quase imperceptíveis até
situações complicadas próximas às observadas na talassemia maior.
- Sensação de fraqueza e cansaço mais frequente →Necessidade de transfusões
intermitentes;
Β-TALASSEMIA INTERMEDIÁRIA (INTERMÉDIA)
– SÍNDROME Β+/Β+:
→ Tratamento:
- Consiste de suplementação com ácido fólico;
- Monitorização cuidadosa da intensidade da anemia e possíveis complicações como a
sobrecarga de ferro, osteopatia, déficit de crescimento, entre outras;
- Na maioria dos casos não é recomendável tratamento com transfusões regulares.C
Δ-Β-TALASSEMIA
Formas raras com gravidade clínica variável;
Ausência ou redução das cadeias δ e β;
Formas homozigóticas e heterozigóticas;
Extensas deleções na região da β-globina que envolve os genes estruturais das cadeias δ
e β
HEMOGLOBINAS LEPORE
Talassemia do tipo δ-β em que as Hb Lepore se formam por fusão ou crossing-over entre
os genes δ e β, localizados nos dois cromossomos 11(durante a meiose);
A evolução clínica é semelhante à β-Talassemia homozigótica;
Em casos de heterozigotia, assemelha-se à β-Talassemia minor
A % de Hb Lepore é superior em pacientes homozigóticos em relação aos heterozigóticos;
PERSISTÊNCIA DA HB FETAL(HBF)
A HbF é formada depois do 2º mês de gestação e a partir do nascimento a taxa tende a
cair.
Circunstâncias que elevam o nível de HbF após o nascimento:
- Mutações dos genes produtores de cadeias gama;
- Alterações genéticas que envolvem as cadeias globínicas δ e β
- Hemopatias malignas como a leucemia
- Grande expansão do parênquima eritroblástico da medula óssea.
PERSISTÊNCIA DA HB FETAL(HBF)
Quando há persistência da Hb fetal, a síntese de cadeias
gama persiste durante a idade adulta.
Não acarreta grandes alterações hematológicas
Há formas homozigóticas e heterozigóticas
Os homozigóticos apresentam 100% da Hb fetal e
podem manifestar discretos traços talassêmicos.
PERSISTÊNCIA DA HB FETAL(HBF)
Descrita em duas formas: Pancelular e Heterocelular;
Pancelular: Todos os eritrócitos do sangue periférico contém HbF e é mais
comum na raça negra;
Heterocelular: Pequena porcentagem de HbF
As formas homozigóticas das δ-β-Talassemias e persistência hereditária da
HbF tem alteração genética próxima, mas as manifestações hematológicas
são mais evidentes nas primeiras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Lorenzi, Therezinha F. MANUAL DE HEMATOLOGIA: Propedêutica e Clínica. Guanabara
Koogan. 4ª edição. 2008
Borges-Osório, M.R. Genética Humana. 2ª edição, Artmed. 2008
Oliveira R. A. G. Anemias e Leucemias: Conceitos básicos e diagnóstico por técnicas
laboratoriais. Roca. 2004
Holffbrand, A. V. Atlas colorido de Hematologia Clínica. 3ª edição. Manole. 2001
http://www.usjt.br/acervolaminas/index.php/hematologia.
Acervo digital de lâminas da Universidade São Judas Tadeu

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  • 1. Aliane Coelho Dayse Minelle Hellen Soares Jéssica Rodrigues João Marcos Larissa Mendes Natália Virgínia Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Biológicas Faculdade de Biomedicina Módulo: Hereditariedade & Evolução Prof.: Leonardo Sena Belém 2013 Doenças relacionadas à Hemoglobina
  • 2. HEMOGLOBINA A hemoglobina é uma substancia presente no sangue que e responsável por transportar oxigênio dos pulmões para as células.
  • 3. ESTRUTURA QUÍMICA A hemoglobina e um tetrâmero com peso molecular de 64.458 kDa, formado por quatro subunidades onde cada uma e composta de duas partes: a globina e o heme, grupo que contem ferro, o qual se liga com o oxigênio e confere a molécula capacidade de transportar O2.
  • 4. O GRUPO HEME O grupo prostético Heme confere as proteínas a que está ligado uma cor característica, e é constituído por uma parte orgânica e um átomo de ferro, no estado ferroso [Fe(II)].
  • 5. GENÉTICA Existem pelo menos 8 locos bem conhecidos comandando a síntese de globina: Alfa 1, Alfa 2, Beta, Delta, Gama A, Gama G, Épsilon, Zeta.  Genes do grupamento da α-globina  Genes do grupamento β-globina
  • 6. ONTOGENIA: O QUE É? “O estudo das origens e desenvolvimento de um organismo desde o embrião até atingir sua forma definitiva, passando pelos diferentes estágios de desenvolvimento é denominado de ontogenia.” Ontogenia da Hemoglobina humana:
  • 7.
  • 8. TIPOS DE HEMOGLOBINA o Embrionária:  Gower 1 (ξ2ε2): tipo predominante na fase.  Gower 2 (α2ε2): existem transitoriamente durante o período em que os genes embrionários estão sendo desativados.  Hemoglobina de Portland (ζ2γ2): existem enquanto os genes fetais estiverem sendo editados. o Fetal:  Hemoglobina F (α2γ2) o Adultos:  Hemoglobina A (α2β2): O tipo mais comum, correspondendo a 95% da hemoglobina total.  Hemoglobina A2 (α2δ2): cadeias δ são sintetizadas no último trimestre após o parto, seu nível normal é de aproximadamente 2.5%.  Hemoglobina F (α2γ2): No adultos a Hemoglobina F é restrita a uma população de células vermelhas (hemácias) chamadas células F, este tipo de hemoglobina corresponde a cerca de 2,5% da hemoglobina total.
  • 9. oNos fetos, a obtenção de oxigênio a partir do sangue da mãe é devido ao desenvolvimento da hemoglobina fetal (HbF). Duas das quatro cadeias da hemoglobina fetal e do adulto são idênticas (cadeias alfa - α), mas as outras duas cadeias da hemoglobina no adulto são β (beta), enquanto no feto são duas cadeias gama (γ). oA HbF possui cadeias γ (gama) equivalentes à cadeia β da HbA, com 10 aminoácidos diferentes nas sequências primárias dessas globinas. oUma das substituições importantes na HbF é a posição 82 da cadeia γ, que possui um resíduo de serina, diferentemente da cadeia β, que tem lisina nessa posição. oA HbF apresenta maior afinidade por O2 do que a HbA materna, possibilitando a captação de O2 a nível da barreira placentária. Hemoglobina Fetal (HbF)
  • 10. VARIANTES NORMAIS DA HEMOGLOBINA o Há centenas de variantes normais da hemoglobina, principalmente devidas à mutações na cadeia β. o Uma dessas variantes foi descoberta em Porto Alegre (Tondo, Salzano e Rucknagel – 1963),foi denominada Hb Porto Alegre e sua formula química é Α2β2 9(cis), tendo cisteína em vez de serina, na posição 9 da cadeia β. o Foi encontrada, pela primeira vez, em uma criança branca descendente de portugueses, sendo observada, posteriormente, em outras três populações: Norte e Nordeste do Brasil; Argentina; Cuba; Pessoas de ascendência espanhola o Os homozigotos para essa hemoglobina são clínica e hematologicamente normais, logo, a Hb PA pode ser considerada uma variante silenciosa da hemoglobina.
  • 11. HEMOGLOBINAS ANORMAIS As alterações das hemoglobinas envolvem a síntese estrutural e quantitativa dos aminoácidos, que compõem as diferentes cadeias de globinas, bem como as moléculas e enzimas que participam do grupo heme.
  • 12. VARIANTES ESTRUTURAIS Resultam de mutações que levam à síntese de uma globina estruturalmente anormal. Mutações sem sentido: que encurtam ou alongam a cadeia. Mutações de mudança na leitura do código, pela deleção ou inserção de um número de pares de bases. Mutações em códons finalizadores: que alongam a cadeia e crossing-over desigual. Adição de um ou mais aminoácidos (C-terminal): fenótipos talassêmicos.
  • 13. VARIANTES ESTRUTURAIS Mutações pontuais (substituição de apenas um aminoácido). Ex: Hemoglobina S (traço falciforme)
  • 14. HEMOGLOBINOPATIAS “São anemias hereditárias causadas por distúrbios na intensidade de síntese ou na estrutura de aminoácidos.” São divididas basicamente em: o Alterações quantitativas: Caracterizam-se pela diminuição ou ausência de síntese em uma ou mais cadeias polipeptídicas de globina (Ex: talassemias). oAlterações qualitativas: afeta os genes estruturais e promove a formação de cadeias diferentes, dando origem as hemoglobinas anormais ou variantes.
  • 16. HEMOGLOBINA C A hemoglobina C é uma variante anormal da hemoglobina, que resulta da substituição do acido glutâmico pela lisina, na mesma posição 6 da cadeia β da globina. DNA da cadeia β da Hb A: GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-GAG-GAG-AAG Cadeia β: val-his-leu-tre-tro-glu-glu-lis DNA da cadeia β da Hb C: GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-AAG-GAG-AAG Cadeia β: val-his-leu-tre-tro-lis-glu-lis
  • 17. HEMOGLOBINA S – ANEMIA FALCIFORME Foi a primeira variante detectada eletroforeticamente por Pauling (1949). Apresenta uma única diferença estrutural com a Hb A na posição 6 da cadeia β da globina, onde ocorre a substituição do ácido glutâmico pela valina. DNA da cadeia β da Hb A: GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-GAG-GAG-AAG Cadeia β: val-his-leu-tre-tro-glu-glu-lis DNA da cadeia β da Hb F: GTG-CAC-CTG-ACT-CCT-GTG-GAG-AAG Cadeia β: val-his-leu-tre-tro-val-glu-lis
  • 18. ANEMIA FALCIFORME (HOMOZIGOSE PARA HB S) É uma anemia hemolítica crônica grave decorrente do encurtamento da vida do eritrócito. A presença de hemoglobina F em homozigose (SS-βs/βs) induz os eritrócitos a transformarem-se em células em forma de foice, que são prontamente destruídas pelo sistema monofítico-macrofágico.
  • 19. QUADRO CLÍNICO: Anemia hemolítica grave; Hemácias em forma de foice; Icterícia; Úlceras das pernas. Atualmente, pacientes gravemente afetados têm sido tratados com uma quimioterapia leve (Hidroxiuréia) que aumenta a produção de hemoglobina fetal e melhora a função das hemácias. Muitos pacientes têm sido curados por meio do transplante de medula óssea, embora o risco a tal procedimento restrinja seu uso somente para indivíduos com caso clinico muito grave. TRATAMENTO:
  • 20.
  • 21. TALASSEMIA O que é? “Thalassa” + “hemos”; Alteração genética; Alterações quantitativas da formação da hemoglobina.
  • 22. TALASSEMIA • Se o defeito genético é na formação das cadeias alfa, as doenças derivadas de tal são as α-talassemias. • E se na formação das cadeias beta, temos as β-talassemias.
  • 23. Hemácias normais. Hemácias em alvo TALASSEMIA
  • 24. TALASSEMIA ● β-talassemias: ● Em torno do mar Mediterrâneo: ● Grécia; ● Itália. ● α-talassemias: ● Sudoeste da Ásia; ● China.  Frequência:
  • 25. Α- TALASSEMIAS ● Quatro genes alfa no cromossomo 16p: ● Dois alfa 1; ● Dois alfa 2. ● Produção e quantidades iguais de uma mesma proteína, cadeias alfa de globina.
  • 26. Α- TALASSEMIAS ● Deleção gênica acarretando fenótipos diferentes, conforme atinja 1, 2, 3 ou 4 locos alfa.
  • 27. Α- TALASSEMIAS  Diagnóstico: ● Menores: ● Suspeita levantada na investigação de uma discreta anemia; ● Maiores: ● Primeiros meses de vida, devido à gravidade da anemia; ● Decorrente da investigação de alteração no tamanho/forma das hemácias.
  • 28. Α- TALASSEMIAS  Tratamento: • Menores: ● Não requer na maioria dos casos. ● Maiores: ● Desafio médico; ● Transfusão sanguínea permanente; ● Retirada do baço; ● Medula compatível; ● Terapia gênica.
  • 29. Β-TALASSEMIAS - São anemias graves → Nessas síndromes os níveis de hemoglobina são quase sempre inferiores a 6%. - Caracterizadas: Deformidades esqueléticas; Aumento da pigmentação da pele; Atraso no crescimento; Aumento da absorção intestinal de ferro; Hepatoesplenomegalia. -Tratamento: necessita de transfusões repetidas.
  • 30. Β-TALASSEMIAS - Deficiência na produção das cadeias de β-globina → Resultando um excesso de cadeias α; - Essa deficiência pode ser resultado de mais de 100 diferentes mutações; - As mutações podem ocorrer ao longo de todo o gene da β-globina, mas a maioria ocorre no início da região codificadora→ Resultando em uma proteína totalmente não-funcional;
  • 31. Β-TALASSEMIAS Os diferentes tipos de mutação que causam β-talassemia classificam-se em cinco tipos principais: ● Mutações transcricionais; ● Mutação na emenda, recomposição ou splicing do RNAm; ● Mutações que modificam o RNA; ● Mutações de término de cadeia; ● Mutações com sentido errado ou trocado.
  • 32. REPRESENTAÇÃO PARA OS GENES Β: - β+ : o gene β diminui a produção de cadeias β; - βº : há ausência completa na produção de cadeias pelo gene β; (βº /βº ) : não produz qualquer quantidade de cadeia globínica; (β+/β+, β/βº, β/ β+ e β+/ βº ) : Ainda há produção de certa quantidade de cadeias β.
  • 33. SÍNDROMES Β-TALASSÊMICAS ● β-Talassemia menor (minor) – Síndrome β/ β+, Talassemia mínima ou Traço β-Talassêmico: - Heterozigoto para a mutação da β-talassemia (β/ β+) - Caracterizada por anemia moderada e ausência de sintomas ou sua menor intensidade; - O diagnóstico da menor é geralmente feito de forma acidental, pois no hemograma desses pacientes, os valores de hemoglobina estão geralmente normais ou discretamente diminuídos; - Com raras exceções, não há necessidade de tratamento específico.
  • 34. SÍNDROMES Β-TALASSÊMICAS ● β-Talassemia maior (major) – Síndrome βº-Tal ou Anemia de Cooley: - O gene apresenta duas mutações, uma em cada cromossomo; - Não há produção de cadeias β; - Homozigotos (βº /βº );
  • 35. Β-TALASSEMIA MAIOR (MAJOR) – SÍNDROME Βº-TAL OU ANEMIA DE COOLEY → Sintomas: - Indivíduo com anemia grave, necessitando de transfusões frequentes; - Hiperatividade da medula óssea; - A região cortical dos ossos diminui de espessura; - O fígado e o baço aumentam de volume.
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  • 38. Β-TALASSEMIA MAIOR (MAJOR) – SÍNDROME Βº-TAL OU ANEMIA DE COOLEY - Os sintomas podem ser aliviados mediante a transfusão sanguínea; - Com decorrer do tempo e sucessivas transfusões, os níveis de ferro aumentam continuamente no organismo, ocasionando hemossiderose; - Para diminuir os níveis de ferro é utilizado drogas quelantes ao ferro; -O mais utilizado é a desferrioxamina; - O transplante de medula óssea é potencialmente curativo.
  • 39. SÍNDROMES Β-TALASSÊMICAS ● β-Talassemia Intermediária (Intermédia) – Síndrome β+/β+: - Homozigoto para lesões parciais do gene da β-globina (β+/β+); - Redução na produção de cadeias β; - Quadro clínico intermediário entre as formas leves (talassemia menor) e graves (talassemia maior); - Variabilidade de sintomas e complicações, desde quadros quase imperceptíveis até situações complicadas próximas às observadas na talassemia maior. - Sensação de fraqueza e cansaço mais frequente →Necessidade de transfusões intermitentes;
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  • 42. Β-TALASSEMIA INTERMEDIÁRIA (INTERMÉDIA) – SÍNDROME Β+/Β+: → Tratamento: - Consiste de suplementação com ácido fólico; - Monitorização cuidadosa da intensidade da anemia e possíveis complicações como a sobrecarga de ferro, osteopatia, déficit de crescimento, entre outras; - Na maioria dos casos não é recomendável tratamento com transfusões regulares.C
  • 43. Δ-Β-TALASSEMIA Formas raras com gravidade clínica variável; Ausência ou redução das cadeias δ e β; Formas homozigóticas e heterozigóticas; Extensas deleções na região da β-globina que envolve os genes estruturais das cadeias δ e β
  • 44. HEMOGLOBINAS LEPORE Talassemia do tipo δ-β em que as Hb Lepore se formam por fusão ou crossing-over entre os genes δ e β, localizados nos dois cromossomos 11(durante a meiose); A evolução clínica é semelhante à β-Talassemia homozigótica; Em casos de heterozigotia, assemelha-se à β-Talassemia minor A % de Hb Lepore é superior em pacientes homozigóticos em relação aos heterozigóticos;
  • 45. PERSISTÊNCIA DA HB FETAL(HBF) A HbF é formada depois do 2º mês de gestação e a partir do nascimento a taxa tende a cair. Circunstâncias que elevam o nível de HbF após o nascimento: - Mutações dos genes produtores de cadeias gama; - Alterações genéticas que envolvem as cadeias globínicas δ e β - Hemopatias malignas como a leucemia - Grande expansão do parênquima eritroblástico da medula óssea.
  • 46. PERSISTÊNCIA DA HB FETAL(HBF) Quando há persistência da Hb fetal, a síntese de cadeias gama persiste durante a idade adulta. Não acarreta grandes alterações hematológicas Há formas homozigóticas e heterozigóticas Os homozigóticos apresentam 100% da Hb fetal e podem manifestar discretos traços talassêmicos.
  • 47. PERSISTÊNCIA DA HB FETAL(HBF) Descrita em duas formas: Pancelular e Heterocelular; Pancelular: Todos os eritrócitos do sangue periférico contém HbF e é mais comum na raça negra; Heterocelular: Pequena porcentagem de HbF As formas homozigóticas das δ-β-Talassemias e persistência hereditária da HbF tem alteração genética próxima, mas as manifestações hematológicas são mais evidentes nas primeiras.
  • 48. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Lorenzi, Therezinha F. MANUAL DE HEMATOLOGIA: Propedêutica e Clínica. Guanabara Koogan. 4ª edição. 2008 Borges-Osório, M.R. Genética Humana. 2ª edição, Artmed. 2008 Oliveira R. A. G. Anemias e Leucemias: Conceitos básicos e diagnóstico por técnicas laboratoriais. Roca. 2004 Holffbrand, A. V. Atlas colorido de Hematologia Clínica. 3ª edição. Manole. 2001 http://www.usjt.br/acervolaminas/index.php/hematologia. Acervo digital de lâminas da Universidade São Judas Tadeu