SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Coarctação de Aorta
Beatriz Santiago Vargas
Especializanda em Medicina Materno-Fetal
Introdução
Estreitamento congênito de um segmento da aorta ao
longo do arco aórtico, geralmente próximo à origem do
canal arterial
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Introdução
• Pode ser de qualquer comprimento, variando de
estreitamento segmentar até hipoplasia tubular
grave de todo o arco
• Pré-ductal, justaductal e pós-ductal
• Pré-ductal: associada a outras malformações
cardíacas e ICC neonatal
• Justaductal e pós-ductal: melhor prognóstico
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Introdução
• Patogênese não é clara. Hipóteses:
1. falha de conexão do quarto e sexto arcos
branquiais com a aorta descendente;
2. diminuição do fluxo do arco aórtico e aumento do
fluxo na artéria pulmonar e no canal arterial;
3. presença de tecido ductal aberrante no arco,
levando ao seu estreitamento após o fechamento
do canal arterial.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Introdução
• Malformações cardíacas em 90% dos casos.
• Presente em 10% dos pacientes com Síndrome
de Turner.
• 35% dos casos tem cariótipo alterado (Paladini
et al., 2004).
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Incidência
• 2,5: 1000 ou 4: 10000 NV (Hoffman e Kaplan,
2002).
• Ao nascer, feminino = masculino, embora
maioria masculina em toda a população.
• Até 8% de todos os casos de cardiopatia
congênita.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Achados
Ultrassonográficos
• Diagnóstico prenatal por US é controverso.
• A coarctação pode ser um evento pós-natal.
• Em um estudo na Austrália (Chew et al., 2007):
• identificação correta foi possível em apenas 26%
dos casos
• coarctação é a segunda forma de cardiopatia
congênita de mais difícil diagnóstico prenatal,
depois da transposição simples de grandes vasos
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Achados
Ultrassonográficos
• Sinais mais fáceis e de maior sensibilidade:
• assimetria dos ventrículos e dos vasos da
base.
• Maior taxa de falso-positivo após 32 semanas
(Brownetal, 1997)
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Achados
Ultrassonográficos
Paladini, D. Volpe, P. Ultrassound of Congenital Fetal Anomalies. Londres: Informa
Healthcare, 2007. p. 156.
Coarctação de Aorta
Achados
Ultrassonográficos
• TN aumentada:
• marcador precoce (Moselhi e Thilaganathan,
1996)
• alta prevalência de defeitos cardíacos e de
grandes vasos, tanto para fetos trissômicos
como para fetos cromossomicamente normais
(Hyett et al, 1995, 1996)
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Achados
Ultrassonográficos
• Doppler pode demonstrar alteração do fluxo
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Achados
Ultrassonográficos
• Atualmente, nenhum sinal US prenatal, tomado
individualmente ou em combinação, pode
distinguir de forma confiável casos verdadeiros
de coarctação de resultados falso-positivos
(Sharland, et al, 1994)
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Diagnóstico
Diferencial
• Estenose pulmonar – principal
• VD dilatado, porém com a. pulmonar
hipoplásica
• As malformações cardíacas coexistem com a
coarctação. A presença delas não a exclui.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
História Natural
Antenatal
• Usualmente benigno, desde que o fluxo pelo
canal arterial seja mantido.
• Em casos graves, dilatação progressiva do VD
pode levar à sua hipertrofia e ICC.
• Influenciado pela presença de malformações
cardíacas e não cardíacas adicionais.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
História Natural
Antenatal
• Prognóstico pode mudar à medida que a
gravidez avança e a anormalidade do arco
evolui.
• Diagnóstico prenatal diminui mortalidade e
morbidade neonatais (Franklin et al, 2002).
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Manejo na Gestação
• Se suspeita  Ecocardiograma.
• Cariótipo fetal (mais de 35% têm
cromossomopatias)
• Consulta com cardiologia pediátrica.
• US seriado: gravidade pode mudar à medida que
a gravidez avança.
• RCIU: marcador independente para mau
prognóstico (Paladini et al, 2004).
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Manejo na Gestação
• É raro a coarctação exigir o parto precoce, pela
presença de canal arterial aberto na vida
intrauterina.
• Não há indicação absoluta para CST, via de
parto de indicação obstétrica.
• Parto em centro terciário, com disponibilidade
imediata de cardiologista pediátrico.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Tratamento do Recém
Nascido
• Ressuscitação neonatal imediata – maior
necessidade em casos em que não houve
diagnóstico prenatal.
• Permeabilidade contínua do canal arterial
(prostaglandina E1).
• O2 suplementar deve ser evitado a menos que
seja absolutamente necessário.
• Ecocardiograma.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Tratamento Cirúrgico
• Atrasado até 6 meses de idade em coarctação
isolada sintomática, a menos que interrupção
completa do arco aórtico (requer correção
urgente).
• Correção cirúrgica por ressecção aórtica e
anastomose término-terminal e término-lateral.
• Há um papel crescente na terapia com cateter
com uma combinação de dilatação com balão e
colocação de stent.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Resultados a Longo
Prazo
• A sobrevivência depende da presença de
malformações cardíacas adicionais.
• 15 anos após a reparação:
• 92% vivos na coarctação isolada
• 81% na comunicação interventricular
associada
• Malformações cardíacas complexas: 41% vivos
em 3 anos.
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Resultados a Longo
Prazo
• Em 25 anos após a reparação a sobrevivência
foi de 79% (Morris e Menashe, 1991)
• Reestenose no local de reparo em até 50% dos
casos (Beekman et al, 1981)
• 70% dos sobreviventes enfrentam hipertensão
crônica (Rosenthal, 2005)
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta
Recorrência
• Padrões de herança maioria poligênicos.
• Recorrência com um dos pais com coarctação:
2,7% a 4,4%
• Recorrência em irmão de uma criança afetada:
2%
Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and
Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368
Coarctação de Aorta

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasdapab
 
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar, Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar, João Antônio Granzotti
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareMarco Aguiar
 
Doenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovascularesDoenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovascularesThiago Cancio
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]LAC
 
Atualização Sindrome coronariana aguda
Atualização Sindrome coronariana aguda Atualização Sindrome coronariana aguda
Atualização Sindrome coronariana aguda galegoo
 
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)Caio Valle
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019pauloalambert
 
Radiologia propedeutica 2015 2 sem
Radiologia propedeutica 2015 2 semRadiologia propedeutica 2015 2 sem
Radiologia propedeutica 2015 2 sempauloalambert
 
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso ClínicoDERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso ClínicoBrenda Lahlou
 
Tratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA
Tratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICATratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA
Tratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICAMarco Aguiar
 
Radiografia normal do tórax
Radiografia normal do tóraxRadiografia normal do tórax
Radiografia normal do tóraxFlávia Salame
 
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDASSINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDASMaycon Silva
 
Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaresenfe2013
 
Early repolarisation syndrome (2)
Early repolarisation syndrome (2)Early repolarisation syndrome (2)
Early repolarisation syndrome (2)DR. VINIT KUMAR
 
Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)Paulo Sérgio
 

Mais procurados (20)

Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
 
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar, Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
Coarctação da Aorta, Arco Aórtico interrompido e Estenose Pulmonar,
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshare
 
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULARSEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
 
Doenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovascularesDoenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovasculares
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]
 
Atualização Sindrome coronariana aguda
Atualização Sindrome coronariana aguda Atualização Sindrome coronariana aguda
Atualização Sindrome coronariana aguda
 
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019
 
Radiologia propedeutica 2015 2 sem
Radiologia propedeutica 2015 2 semRadiologia propedeutica 2015 2 sem
Radiologia propedeutica 2015 2 sem
 
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso ClínicoDERRAME PLEURAL - Caso Clínico
DERRAME PLEURAL - Caso Clínico
 
HEMODINÂMICA: ARTÉRIAS CORONÁRIAS
HEMODINÂMICA: ARTÉRIAS CORONÁRIASHEMODINÂMICA: ARTÉRIAS CORONÁRIAS
HEMODINÂMICA: ARTÉRIAS CORONÁRIAS
 
Hiponatremia
Hiponatremia Hiponatremia
Hiponatremia
 
Tratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA
Tratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICATratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA
Tratamento da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA
 
Radiografia normal do tórax
Radiografia normal do tóraxRadiografia normal do tórax
Radiografia normal do tórax
 
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDASSINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS
 
Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografia
 
Ausculta
AuscultaAusculta
Ausculta
 
Early repolarisation syndrome (2)
Early repolarisation syndrome (2)Early repolarisation syndrome (2)
Early repolarisation syndrome (2)
 
Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)Tetralogia de Fallot (T4F)
Tetralogia de Fallot (T4F)
 

Semelhante a Coarctação de Aorta

Encefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago VargasEncefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago Vargasfetalufpr
 
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz VargasAgenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargasfetalufpr
 
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz VargasAtresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargasfetalufpr
 
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz VargasRestrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargasfetalufpr
 
Óbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelarÓbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelarfetalufpr
 
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana RialtoArtéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialtofetalufpr
 
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana RialtoHigroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialtofetalufpr
 
Mielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana RialtoMielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana Rialtofetalufpr
 
Atresia de Esôfago
Atresia de EsôfagoAtresia de Esôfago
Atresia de Esôfagofetalufpr
 
Síndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana RialtoSíndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana Rialtofetalufpr
 
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro RialtoGastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialtofetalufpr
 
Registo pre natl de anomalias congenitas
Registo pre natl de anomalias congenitasRegisto pre natl de anomalias congenitas
Registo pre natl de anomalias congenitasuccarcozelo
 
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato deConstrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato degisa_legal
 
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino SeletivaRestrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletivafetalufpr
 

Semelhante a Coarctação de Aorta (20)

Encefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago VargasEncefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago Vargas
 
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz VargasAgenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
 
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz VargasAtresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
 
Body stalk
Body stalkBody stalk
Body stalk
 
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz VargasRestrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
 
Óbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelarÓbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelar
 
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana RialtoArtéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialto
 
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana RialtoHigroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
 
Mielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana RialtoMielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana Rialto
 
Atresia de Esôfago
Atresia de EsôfagoAtresia de Esôfago
Atresia de Esôfago
 
Síndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana RialtoSíndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana Rialto
 
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro RialtoGastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
 
Pca em RNPT
Pca em RNPTPca em RNPT
Pca em RNPT
 
Anemia falciforme
Anemia falciformeAnemia falciforme
Anemia falciforme
 
Cancer de ovario
Cancer de ovarioCancer de ovario
Cancer de ovario
 
Registo pre natl de anomalias congenitas
Registo pre natl de anomalias congenitasRegisto pre natl de anomalias congenitas
Registo pre natl de anomalias congenitas
 
Conduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino lpjn
Conduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino   lpjnConduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino   lpjn
Conduta no carcinoma microinvasivo do colo uterino lpjn
 
Tetralogia de fallo1
Tetralogia de fallo1Tetralogia de fallo1
Tetralogia de fallo1
 
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato deConstrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
Constrição fetal do canal arterial após autouso materno de propianato de
 
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino SeletivaRestrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
 

Mais de fetalufpr

Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não ImuneHidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imunefetalufpr
 
TRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de LiteraturaTRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de Literaturafetalufpr
 
Esclerose Tuberosa
Esclerose TuberosaEsclerose Tuberosa
Esclerose Tuberosafetalufpr
 
ASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana RialtoASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana Rialtofetalufpr
 
Agenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian EckertAgenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian Eckertfetalufpr
 
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian EckertGêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckertfetalufpr
 
Síndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian Eckert
Síndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian EckertSíndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian Eckert
Síndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian Eckertfetalufpr
 
Traps - André Bradley
Traps - André BradleyTraps - André Bradley
Traps - André Bradleyfetalufpr
 
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo EckertTrissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckertfetalufpr
 
Gastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago Vargas
Gastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago VargasGastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago Vargas
Gastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago Vargasfetalufpr
 

Mais de fetalufpr (10)

Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não ImuneHidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imune
 
TRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de LiteraturaTRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de Literatura
 
Esclerose Tuberosa
Esclerose TuberosaEsclerose Tuberosa
Esclerose Tuberosa
 
ASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana RialtoASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana Rialto
 
Agenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian EckertAgenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian Eckert
 
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian EckertGêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
 
Síndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian Eckert
Síndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian EckertSíndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian Eckert
Síndrome de Transfusão Feto Fetal - Willian Eckert
 
Traps - André Bradley
Traps - André BradleyTraps - André Bradley
Traps - André Bradley
 
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo EckertTrissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
 
Gastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago Vargas
Gastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago VargasGastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago Vargas
Gastrosquise UpToDate - Beatriz Santiago Vargas
 

Último

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 

Último (6)

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 

Coarctação de Aorta

  • 1. Coarctação de Aorta Beatriz Santiago Vargas Especializanda em Medicina Materno-Fetal
  • 2. Introdução Estreitamento congênito de um segmento da aorta ao longo do arco aórtico, geralmente próximo à origem do canal arterial Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 3. Introdução • Pode ser de qualquer comprimento, variando de estreitamento segmentar até hipoplasia tubular grave de todo o arco • Pré-ductal, justaductal e pós-ductal • Pré-ductal: associada a outras malformações cardíacas e ICC neonatal • Justaductal e pós-ductal: melhor prognóstico Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 4. Introdução • Patogênese não é clara. Hipóteses: 1. falha de conexão do quarto e sexto arcos branquiais com a aorta descendente; 2. diminuição do fluxo do arco aórtico e aumento do fluxo na artéria pulmonar e no canal arterial; 3. presença de tecido ductal aberrante no arco, levando ao seu estreitamento após o fechamento do canal arterial. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 5. Introdução • Malformações cardíacas em 90% dos casos. • Presente em 10% dos pacientes com Síndrome de Turner. • 35% dos casos tem cariótipo alterado (Paladini et al., 2004). Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 6. Incidência • 2,5: 1000 ou 4: 10000 NV (Hoffman e Kaplan, 2002). • Ao nascer, feminino = masculino, embora maioria masculina em toda a população. • Até 8% de todos os casos de cardiopatia congênita. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 7. Achados Ultrassonográficos • Diagnóstico prenatal por US é controverso. • A coarctação pode ser um evento pós-natal. • Em um estudo na Austrália (Chew et al., 2007): • identificação correta foi possível em apenas 26% dos casos • coarctação é a segunda forma de cardiopatia congênita de mais difícil diagnóstico prenatal, depois da transposição simples de grandes vasos Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 8. Achados Ultrassonográficos • Sinais mais fáceis e de maior sensibilidade: • assimetria dos ventrículos e dos vasos da base. • Maior taxa de falso-positivo após 32 semanas (Brownetal, 1997) Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 9. Achados Ultrassonográficos Paladini, D. Volpe, P. Ultrassound of Congenital Fetal Anomalies. Londres: Informa Healthcare, 2007. p. 156. Coarctação de Aorta
  • 10. Achados Ultrassonográficos • TN aumentada: • marcador precoce (Moselhi e Thilaganathan, 1996) • alta prevalência de defeitos cardíacos e de grandes vasos, tanto para fetos trissômicos como para fetos cromossomicamente normais (Hyett et al, 1995, 1996) Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 11. Achados Ultrassonográficos • Doppler pode demonstrar alteração do fluxo Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 12. Achados Ultrassonográficos • Atualmente, nenhum sinal US prenatal, tomado individualmente ou em combinação, pode distinguir de forma confiável casos verdadeiros de coarctação de resultados falso-positivos (Sharland, et al, 1994) Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 13. Diagnóstico Diferencial • Estenose pulmonar – principal • VD dilatado, porém com a. pulmonar hipoplásica • As malformações cardíacas coexistem com a coarctação. A presença delas não a exclui. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 14. História Natural Antenatal • Usualmente benigno, desde que o fluxo pelo canal arterial seja mantido. • Em casos graves, dilatação progressiva do VD pode levar à sua hipertrofia e ICC. • Influenciado pela presença de malformações cardíacas e não cardíacas adicionais. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 15. História Natural Antenatal • Prognóstico pode mudar à medida que a gravidez avança e a anormalidade do arco evolui. • Diagnóstico prenatal diminui mortalidade e morbidade neonatais (Franklin et al, 2002). Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 16. Manejo na Gestação • Se suspeita  Ecocardiograma. • Cariótipo fetal (mais de 35% têm cromossomopatias) • Consulta com cardiologia pediátrica. • US seriado: gravidade pode mudar à medida que a gravidez avança. • RCIU: marcador independente para mau prognóstico (Paladini et al, 2004). Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 17. Manejo na Gestação • É raro a coarctação exigir o parto precoce, pela presença de canal arterial aberto na vida intrauterina. • Não há indicação absoluta para CST, via de parto de indicação obstétrica. • Parto em centro terciário, com disponibilidade imediata de cardiologista pediátrico. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 18. Tratamento do Recém Nascido • Ressuscitação neonatal imediata – maior necessidade em casos em que não houve diagnóstico prenatal. • Permeabilidade contínua do canal arterial (prostaglandina E1). • O2 suplementar deve ser evitado a menos que seja absolutamente necessário. • Ecocardiograma. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 19. Tratamento Cirúrgico • Atrasado até 6 meses de idade em coarctação isolada sintomática, a menos que interrupção completa do arco aórtico (requer correção urgente). • Correção cirúrgica por ressecção aórtica e anastomose término-terminal e término-lateral. • Há um papel crescente na terapia com cateter com uma combinação de dilatação com balão e colocação de stent. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 20. Resultados a Longo Prazo • A sobrevivência depende da presença de malformações cardíacas adicionais. • 15 anos após a reparação: • 92% vivos na coarctação isolada • 81% na comunicação interventricular associada • Malformações cardíacas complexas: 41% vivos em 3 anos. Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 21. Resultados a Longo Prazo • Em 25 anos após a reparação a sobrevivência foi de 79% (Morris e Menashe, 1991) • Reestenose no local de reparo em até 50% dos casos (Beekman et al, 1981) • 70% dos sobreviventes enfrentam hipertensão crônica (Rosenthal, 2005) Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta
  • 22. Recorrência • Padrões de herança maioria poligênicos. • Recorrência com um dos pais com coarctação: 2,7% a 4,4% • Recorrência em irmão de uma criança afetada: 2% Bianchi, D. W. Cromblehome, T. M. D’Alton, M. E. Malone, F. D. Fetology: Diagosis and Management of the Fetal Patient. 2. ed. Copyright, 2010. p. 364-368 Coarctação de Aorta