O documento descreve uma gestação gemelar monoamniótica, na qual os dois fetos compartilham a mesma bolsa amniótica. Este tipo de gestação é raro, ocorrendo em cerca de 1% das gestações gemelares, e apresenta altas taxas de mortalidade perinatal entre 10-32%. O documento discute os achados de ultrassonografia para diagnóstico, a história natural com riscos de complicações, e as opções de manejo e intervenção para melhorar os desfechos.
2. Definição
• Forma rara de gemelaridade onde ambos os
fetos ocupam a mesma bolsa amniótica;;
• Ocorre em torno de 1% das gestações
gemelares monozigóticas;
• Divisão do embrião ocorre entre o 9º e o 12º dias
após fecundação;
Gestação Gemelar Monoamniótica
4. Definição
• Alta taxa de mortalidade perinatal;
• Taxas de mortalidade variando entre 10% e
32%, quando diagnosticados no pré-natal;
Gestação Gemelar Monoamniótica
5. Epidemiologia
• Incidência varia de 1:1650 a 1:93.734, em
diferentes estudos;
• Trigêmeos monoamnióticos são ainda mais
raros;
• Fertilização em vitro aumenta risco de gestações
monocoriônicas;
Gestação Gemelar Monoamniótica
6. Achados
Ultrassonográficos
• Gestação monocoriônica onde não se visualiza
membrana dividindo os gêmeos;
• Confirmação quando ocorre entrelaçamento dos
cordões de ambos os fetos;
• Precocemente, identificação de 2 embriões em 1
saco gestacional com vesícula vitelínica única
sugere monoamniocidade.
• Ultrassonografia 3D pode ser útil no diagnóstico;
Gestação Gemelar Monoamniótica
7. Diagnósticos Diferenciais
• Ruptura intrauterina de membrana amniótica –
trauma durante amniocentese, infecções ou
distúrbios no desenvolvimento das membranas;
Gestação Gemelar Monoamniótica
8. História Natural
Antenatal• Altas taxas de morbidade e mortalidade
intraútero associadas – parto prematuro,
restrição de crescimento, anomalias congênitas,
anastomoses vasculares e entrelaçamento de
cordão;
• Anormalidades anatômicas discordantes podem
ocorrer em até 28% das gestações;
• STFF é rara em gestações monoamnióticas uma
vez que as placentas, nestes casos, tem grande
quantidade de anastomoses;
Gestação Gemelar Monoamniótica
9. Manejo da Gestação
• Melhor momento para o parto –
CONTROVERSO: 32 – 34 semanas;
• Avaliação diária após 24-26 semanas de
gestação;
• Ultrassonografia seriada a cada 2-3 semanas;
• Corticoterapia;
• Via de parto: de preferência cesariana, porém
não há contraindicação ao parto normal;
Gestação Gemelar Monoamniótica
10. Intervenção Fetal
• Inibidores da prostaglandina?
• Amniorredução?
• Objetivo de diminuir a quantidade de liquido
amniótico reduzindo, consequentemente, o risco
de acidentes com os cordões umbilicais;
Gestação Gemelar Monoamniótica