2. Diagnóstico prenatal
• Uma das principais causas de obstrução
intestinal em recém nascidos
• Uma das anomalias GI mais comuns que podem
ser diagnosticadas no período prenatal
• Seu diagnóstico no prenatal pode reduzir a
morbidade e o tempo de internação
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3. Teoria do
desenvolvimento
• Falha na recanalização do lúmen do duodeno
durante o primeiro mês de gestação
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4. Incidência
• 1: 10000 nascidos vivos
• Atresia é mais comum que estenose e ocorre em
70% dos casos (Boyden et al, 1967 e
Skandalakis et al, 1994)
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5. Tipos de atresia - Skandalakis et al
(1994)
• Tipo I: atresia da mucosa, com parede muscular
intacta.
• Mais comum (69%)
• Duodeno proximal à atresia é expandido e o distal
é reduzido
• A membrana mucosa pode assumir a forma de
"meia de vento" por causa do peristaltismo e
aumento da pressão intraluminal proximal
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6. Tipos de atresia - Skandalakis et al
(1994)
• Tipo II:
• é rara (2%)
• Possui um cordão fibroso curto que liga as duas
extremidades do duodeno atrésico
• Tipo III:
• separação completa entre as duas extremidades
do duodeno
• associada a anomalias do trato biliar em 6%
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7. Estenose
• Restantes 23% dos casos
• Raramente são evidentes ao US
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8. Achados no US
• Pode ser vista antes de 20 semanas, porém a
maioria não é detectada antes do terceiro
trimestre
• Indicação mais comum para investigação é AU
aumentada, devido à polidramnia (53% dos
casos)
• Sinal da “dupla bolha”: estômago dilatado e
duodeno proximal dilatado
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10. Achados no US
• Atresia duodenal geralmente não é
diagnosticada antes de 24 semanas
• Características podem ser sutis ou ausentes: o
feto pode ter regurgitado recentemente ou
quantidades suficientes de LA passam pela
obstrução
• Se suspeita, US seriado para comprovar o dx
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11. Avaliação
• 30% é associado a T 21: amniocentese
• Cardiopatia congênita em 17% a 33% dos casos:
ecocardiografia
• RNM como exame complementar
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12. Diagnóstico
DiferencialPâncreas anular: pode ser indistinguível
Má rotação: também sinal de “dupla bolha”. Ao
contrário da atresia, há fluxo de LA além do
duodeno
Duplicação gástrica ou duodenal: pode ser
indistinguível
Volvo intestinal: relação inversa entre artéria e veia
mesentéricas
Veia porta pré-duodenal
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13. Alterações
Associadas
Mais da metade tem
anomalias associadas.
T 21 é a mais frequente.
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14. Alterações
Associadas
• Anomalias pancreáticas e biliares também foram
relatadas
• DM tipo 2 e DMG são pensados como um fator
de aumento da frequência de atresia duodenal
(Ozturk et al., 2007)
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15. Polidramnia
• Polidramnia em 17% a 53%
• É rara antes de 24 sem, mas pode contribuir
para TPP
• 43% dos bebês afetados são prematuros e
podem ser pequenos para a idade gestacional
(Jolleys, 1981)
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16. Manejo
• Parto deve ocorrer em centro terciário com
cirurgia pediátrica e UTI neonatal disponível
• Não há intervenções fetais intrauterinas
• Tratamento cirúrgico um dia após o nascimento,
após compensação do RN
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17. Na sala de parto
• Descompressão nasogástrica imediata
• Hidratação EV
• Corrigir anormalidades hidroeletrolíticas
• RX abdome: “dupla bolha” e ausência de gás no
intestino
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18. Sobrevivência após
cirurgia
• Nos últimos 25 anos:
• melhora constante na sobrevivência, de 68%
em 1968 para 95% em 1991 (Fonkalsrud et al.,
1969; Hancock e Wiseman, 1989; Stauffer e
Schwoebel, 1998)
• A maioria das mortes ocorre por cardiopatia
complexa associada
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19. A longo prazo
• Complicações tardias relacionadas à
dismotilidade do duodeno proximal:
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• Síndrome da alça
cega
• Megaduodeno
• Refluxo gástrico
duodenal
• Gastrite
• DRGE
• pancreatite,
colelitíase e
colecistite
20. Recorrência
• Mais da metade tem anomalias associadas (T 21)
• Se isolada: maioria esporádica
• Atresia duodenal foi relatada como parte da
Síndrome de Feingold (Holder-Espinasse et al.,
2004)
• autossômica dominante
• atresia duodenal, atresia esofágica, fístula
traqueoesofágica, microcefalia, anomalias de mãos e
pés, dismorfismo facial e atraso no desenvolvimento
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