SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 27
Síndrome de Transfusão Feto-
Fetal
Willian Eduardo Eckert
Especializando em Medicina Fetal do Hospital de
Clínicas da UFPR
Definição
• STFF é uma complicação de gestações múltiplas
resultante de comunicações vasculares
placentárias que geram fluxo sanguíneo, não
balanceado, de um feto para o outro;
• “Um feto é comprometido enquanto o outro
favorecido”;
• Taxa de mortalidade perinatal variando de 60% a
100% para ambos os fetos (sem tratamento);
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Fisiopatologia
• As anastomoses entre vasos placentários de ambos os fetos podem
ser classificadas conforme a profundidade em que ocorrem e os
vasos envolvidos:
• Profundidade:
• Superficiais;
• Profundas;
• Vasos anastomosados:
• Arterioarteriais;
• Venovenosas;
• Arteriovenosas;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Fisiopatologia
• Gestações com STFF tem menor quantidade de
anastomoses de todos os tipos e a maioria das que
ocorrem neste grupo são profundas;
• Grande quantidade de anastomoses superficiais parecem
ser fator protetor para desenvolvimento, acometimento
precoce e gravidade da STFF;
• Escassez de anastomoses arteriovenosas levam a menor
chance de ocorrer balanço volumétrico na circulação
cruzada entre os gêmeos;
• Evidencias recentes sugerem que o diâmetros e resistência
dos vasos e o padrão de ramificação vascular coriônica
também são importantes fatores relacionados;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Fisiopatologia
• O fluxo sanguíneo bidirecional assimétrico e as
consequentes alterações bioquímicas resultam em
alterações hemodinâmicas, osmóticas e fisiológicas nos
fetos;
• A hipovolemia do feto doador estimula a ativação do SRAA
na tentativa de restaurar a volemia – vasoconstrição
exacerbada mediada pela angiotensina II e vasopressina.
Tanto a hipovolemia quanto a vasoconstrição exacerbada
levam a fluxo renal pobre e consequente oligodrâmnio;
• A hipervolemia do feto receptor leva a aumento do fluxo
sanguíneo renal resultando em poliúria e consequente
polidrâmnio;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Fisiopatologia
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Fisiopatologia
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Epidemiologia
• Comunicações vasculares ocorrem em todas as
gestações monocoriônicas porém raramente nas
dicoriônicas;
• Estima-se que a STFF ocorre 5% a 15% das
gestações gemelares monocoriônicas;
• É difícil determinar a incidência real da STFF, uma
vez que pode ocorrer muito precocemente evoluindo
com perda de ambos os fetos;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Achados
Ultrassonográficos
• Critérios diagnósticos ultrassonográficos:
• Fetos do mesmo sexo;
• Gestação monocoriônica;
• Polidrâmnio em uma das cavidades
amnióticas, oligodrâmnio na outra com ou
sem alterações dopplervelocimétricas e
ecocardiográficas.
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Achados
Ultrassonográficos
• Em alguns casos a discordância do volume do
liquido amniótico é tão grande que o feto
doador aparece “grudado” na parede uterina;
• Sinais de hidropsia fetal podem ser
encontrados, mais comumente, no feto
receptor e raramente no feto doador;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Achados
Ultrassonográficos
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Estadiamento
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Estadiamento
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Diagnóstico Diferencial
• Restrição de crescimento intrauterino seletiva;
• Anomalias estruturais fetais discordantes;
• Infecções congênitas;
• Anormalidades cromossômicas;
• Ruptura prematura de membranas ovulares;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Evolução Pré-natal
• STFF pode ocorrer de forma aguda ou
crônica;
• Na gestação inicial quadro agudo de
transfusão pode resultar em morte fetal
precoce;
• Pode ocorrer de forma aguda durante o
trabalho de parto. Neste caso teremos 2 fetos
com peso e comprimento similares, porém 1 é
policitêmico/hipervolêmico e outro
anêmico/hipovolêmico.
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Evolução Pré-natal
• Na forma crônica a transfusão de sangue de
um dos fetos para o outro ocorre durante um
longo período;
• O feto doador é geralmente hipovolêmico e
apresenta variáveis graus de restrição de
crescimento;
• Insuficiência placentária e STFF estão
associadas em até 20% dos casos sendo que
em casos severos o doador pode morrer e ser
identificado ao nascimento – feto papiráceo.
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Evolução Pré-natal
• O feto receptor é hipervolêmico,
frequentemente maior que o doador e pode
desenvolver miocardiopatia hipertrófica e
insuficiência cardíaca congestiva;
• Devido a poliúria o feto receptor desenvolve
polidrâmnio severo que pode levar a parto
prematuro;
• A história natural da STFF, sem tratamento, é
associada com risco de morte de 60% a 100%
para ambos os fetos;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Manejo da Gestação
• Rastreio para malformações congênitas;
• Avaliação da inserção do cordão umbilical;
• Ecocardiograma fetal para ambos os fetos;
• Ressonância magnética fetal – avaliação
cérebro fetal;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Manejo da Gestação
• Amniocentese:
• Cariótipo – excluir anormalidades
cromossômicas;
• Cultura para CMV – síndrome do gêmeo
preso;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Manejo da Gestação• Nascimento em centro terciário – geralmente
para prematuro antes de 32 semanas de
gestação;
• Monitorização contínua dos batimento fetais
de ambos os fetos – durante trabalho de
parto;
• Dosagem de hematócrito de sangue do
cordão umbilical;
• Encaminhar placenta para serviço de
patologia;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Intervenção Fetal
• Levando em consideração a alta taxa de
mortalidade perinatal, manejo expectante da
STFF não é recomendado;
• Tratamento depende da idade gestacional ao
diagnóstico;
• Na STFF de instalação precoce pode-se optar
por interrupção da gestação de 1 ou ambos
gemelares (onde o aborto é legalizado);
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Intervenção Fetal
• Quando se instala no segundo trimestre,
manejo agressivo é recomendado;
• As atuais opções de tratamento são:
• Amniodrenagem seriada;
• Septostomia amniótica;
• Ablação das anastomoses com laser;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Amniodrenagem Seriada
• Punção com agulha espinhal calibre 18,
guiada por ultrassonografia;
• Retirada de líquido amniótico até que o
volume retorne ao normal (maior bolsão
menor que 5 cm);
• Procedimento será repetida quantas vezes
forem necessárias para manter o volume
próximo ao normal;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Amniodrenagem Seriada
• A redução do volume de LA da bolsa com
polidrâmnio diminui a pressão contra a outra
bolsa e placenta. A melhora na perfusão
placentária aumenta o volume do LA na bolsa
do “feto preso”;
• Taxa se sobrevivência em torno de 60% a
65%.
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Septostomia Amniótica
• Introdução de agulha espinhal calibre 20,
guiada por ultrassonografia, na membrana
que divide as cavidades amnióticas;
• Acredita-se que com o defeito da parede o
feto doador passa a deglutir um maior volume
de liquido amniótico melhorando a volemia e
consequentemente a diurese;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Septostomia Amniótica
• Uma das principais críticas ao método é a
transformação iatrogênica de uma gestação
diamniótica em uma gestação monoamniótica;
• Taxa se sobrevivência em torno de 60% a
65%.
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
Ablação das Anastomoses com
Laser
• Correção da fisiopatologia subjacente;
• Tratamento de eleição para gestações até 26
semanas;
• Idade gestacional de nascimento
relativamente maior se comparado a
Amniodrenagem Seriada;
• Melhor prognóstico neurológico a curto e
longo prazos;
Síndrome de Transfusão Feto-Fetal

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

admisao da gestante.pptx
admisao da gestante.pptxadmisao da gestante.pptx
admisao da gestante.pptxDokiNorkis
 
Síndromes hipertensivas gestacionais
Síndromes hipertensivas gestacionaisSíndromes hipertensivas gestacionais
Síndromes hipertensivas gestacionaisAnielly Meira
 
Aleitamento materno
Aleitamento materno Aleitamento materno
Aleitamento materno lipernnatal
 
Protocolo hipertensão
Protocolo hipertensãoProtocolo hipertensão
Protocolo hipertensãotvf
 
Doença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacionalDoença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacionalbia26
 
Distocias e partograma
Distocias e partograma Distocias e partograma
Distocias e partograma Deuza Maquiné
 
Trabalho de parto prematuro pp ph
Trabalho de parto prematuro pp phTrabalho de parto prematuro pp ph
Trabalho de parto prematuro pp phtvf
 
AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOAMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOblogped1
 
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoParto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoCaroline Reis Gonçalves
 
Aula 02.2 Fisiologia da Mama
Aula 02.2   Fisiologia da MamaAula 02.2   Fisiologia da Mama
Aula 02.2 Fisiologia da MamaHamilton Nobrega
 

Mais procurados (20)

Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)
Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)
Doença Hemolítica Perinatal (DHPN)
 
Ultrassonografia no primeiro trimestre
Ultrassonografia no primeiro trimestreUltrassonografia no primeiro trimestre
Ultrassonografia no primeiro trimestre
 
admisao da gestante.pptx
admisao da gestante.pptxadmisao da gestante.pptx
admisao da gestante.pptx
 
Complicações na gestação
Complicações na gestaçãoComplicações na gestação
Complicações na gestação
 
Síndromes hipertensivas gestacionais
Síndromes hipertensivas gestacionaisSíndromes hipertensivas gestacionais
Síndromes hipertensivas gestacionais
 
Aleitamento materno
Aleitamento materno Aleitamento materno
Aleitamento materno
 
Hipospádia
HipospádiaHipospádia
Hipospádia
 
Protocolo hipertensão
Protocolo hipertensãoProtocolo hipertensão
Protocolo hipertensão
 
Doença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacionalDoença trofoblastica gestacional
Doença trofoblastica gestacional
 
Mola Hidatiforme
Mola HidatiformeMola Hidatiforme
Mola Hidatiforme
 
Gravidez ectópica
Gravidez ectópicaGravidez ectópica
Gravidez ectópica
 
Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?
Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?
Amenorréias: o que está por trás da ausência de menstruação?
 
Semiologia pediátrica
Semiologia pediátrica Semiologia pediátrica
Semiologia pediátrica
 
Avaliação do bem-estar fetal intraparto
Avaliação do bem-estar fetal intrapartoAvaliação do bem-estar fetal intraparto
Avaliação do bem-estar fetal intraparto
 
Distocias e partograma
Distocias e partograma Distocias e partograma
Distocias e partograma
 
Uso do partograma
Uso do partogramaUso do partograma
Uso do partograma
 
Trabalho de parto prematuro pp ph
Trabalho de parto prematuro pp phTrabalho de parto prematuro pp ph
Trabalho de parto prematuro pp ph
 
AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOAMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃO
 
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e VácuoParto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
Parto vaginal assistido - Fórceps e Vácuo
 
Aula 02.2 Fisiologia da Mama
Aula 02.2   Fisiologia da MamaAula 02.2   Fisiologia da Mama
Aula 02.2 Fisiologia da Mama
 

Semelhante a STFF 40

Aloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multipla
Aloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multiplaAloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multipla
Aloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multiplaMari Sousa
 
Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não ImuneHidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imunefetalufpr
 
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentesIntercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentesJuan Figueiredo
 
Aula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicosAula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicosGustavo Henrique
 
Doença Hemolítica Perinatal (1).pptx
Doença Hemolítica Perinatal (1).pptxDoença Hemolítica Perinatal (1).pptx
Doença Hemolítica Perinatal (1).pptxPriscilaCunha51
 
Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)
Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)
Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)Rubia Rettori
 
slide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.ppt
slide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.pptslide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.ppt
slide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.pptFrancielttonsantos
 
INTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.ppt
INTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.pptINTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.ppt
INTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.pptDokiNorkis
 
Alterações da duração da gravidez.pdf
Alterações da duração da gravidez.pdfAlterações da duração da gravidez.pdf
Alterações da duração da gravidez.pdfMariaRuthBacelar1
 
Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial
Sífilis diagnóstico clínico e laboratorialSífilis diagnóstico clínico e laboratorial
Sífilis diagnóstico clínico e laboratorialitsufpr
 
Descolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da Mulher
Descolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da MulherDescolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da Mulher
Descolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da MulherEnfº Ícaro Araújo
 
Agenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian EckertAgenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian Eckertfetalufpr
 
ReproduçãO Medicamente Assistida
ReproduçãO Medicamente AssistidaReproduçãO Medicamente Assistida
ReproduçãO Medicamente Assistidatiafer96
 

Semelhante a STFF 40 (20)

Aloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multipla
Aloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multiplaAloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multipla
Aloimunização materno –fetal e Assistência de Enfermagem a gestação multipla
 
Hidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não ImuneHidropsia Fetal Não Imune
Hidropsia Fetal Não Imune
 
Placenta Previa
Placenta PreviaPlacenta Previa
Placenta Previa
 
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentesIntercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
 
Infecção de transmissão vertical
Infecção de transmissão verticalInfecção de transmissão vertical
Infecção de transmissão vertical
 
Aula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicosAula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicos
 
Doença Hemolítica Perinatal (1).pptx
Doença Hemolítica Perinatal (1).pptxDoença Hemolítica Perinatal (1).pptx
Doença Hemolítica Perinatal (1).pptx
 
Abortamentoh
AbortamentohAbortamentoh
Abortamentoh
 
Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)
Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)
Feocromocitoma e gravidez febrasgo (3)
 
slide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.ppt
slide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.pptslide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.ppt
slide aula síndromes hemorrágicas enp 375 2020.ppt
 
INTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.ppt
INTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.pptINTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.ppt
INTERCORRENCIAS CLINICAS E OBSTÉTRICAS MAIS FREQUENTES.ppt
 
Alterações da duração da gravidez.pdf
Alterações da duração da gravidez.pdfAlterações da duração da gravidez.pdf
Alterações da duração da gravidez.pdf
 
Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial
Sífilis diagnóstico clínico e laboratorialSífilis diagnóstico clínico e laboratorial
Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial
 
abortamento1-161101021241.pdf
abortamento1-161101021241.pdfabortamento1-161101021241.pdf
abortamento1-161101021241.pdf
 
Abortamento
AbortamentoAbortamento
Abortamento
 
Template bios
Template biosTemplate bios
Template bios
 
Descolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da Mulher
Descolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da MulherDescolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da Mulher
Descolamento Prematuro da Placenta e Placenta Prévia - Saúde da Mulher
 
Agenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian EckertAgenesia Renal - Willian Eckert
Agenesia Renal - Willian Eckert
 
Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013
Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013
Aspectos atuais no tratamento da infertilidade na SOP-março 2013
 
ReproduçãO Medicamente Assistida
ReproduçãO Medicamente AssistidaReproduçãO Medicamente Assistida
ReproduçãO Medicamente Assistida
 

Mais de fetalufpr

Coarctação de Aorta
Coarctação de AortaCoarctação de Aorta
Coarctação de Aortafetalufpr
 
TRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de LiteraturaTRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de Literaturafetalufpr
 
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino SeletivaRestrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletivafetalufpr
 
Esclerose Tuberosa
Esclerose TuberosaEsclerose Tuberosa
Esclerose Tuberosafetalufpr
 
Óbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelarÓbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelarfetalufpr
 
Atresia de Esôfago
Atresia de EsôfagoAtresia de Esôfago
Atresia de Esôfagofetalufpr
 
ASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana RialtoASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana Rialtofetalufpr
 
Síndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana RialtoSíndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana Rialtofetalufpr
 
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz VargasAtresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargasfetalufpr
 
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana RialtoArtéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialtofetalufpr
 
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian EckertGêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckertfetalufpr
 
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz VargasRestrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargasfetalufpr
 
Mielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana RialtoMielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana Rialtofetalufpr
 
Encefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago VargasEncefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago Vargasfetalufpr
 
Traps - André Bradley
Traps - André BradleyTraps - André Bradley
Traps - André Bradleyfetalufpr
 
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo EckertTrissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckertfetalufpr
 
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz VargasAgenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargasfetalufpr
 
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana RialtoHigroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialtofetalufpr
 
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro RialtoGastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialtofetalufpr
 

Mais de fetalufpr (20)

Coarctação de Aorta
Coarctação de AortaCoarctação de Aorta
Coarctação de Aorta
 
TRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de LiteraturaTRAP - Uma Revisão de Literatura
TRAP - Uma Revisão de Literatura
 
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino SeletivaRestrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
Restrição de Crescimento Intra-Uterino Seletiva
 
Esclerose Tuberosa
Esclerose TuberosaEsclerose Tuberosa
Esclerose Tuberosa
 
Óbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelarÓbito intra-útero de um gemelar
Óbito intra-útero de um gemelar
 
Atresia de Esôfago
Atresia de EsôfagoAtresia de Esôfago
Atresia de Esôfago
 
Body stalk
Body stalkBody stalk
Body stalk
 
ASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana RialtoASPRE Trial - Mariana Rialto
ASPRE Trial - Mariana Rialto
 
Síndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana RialtoSíndrome de Di George - Mariana Rialto
Síndrome de Di George - Mariana Rialto
 
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz VargasAtresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
Atresia e Estenose Duodenal - Beatriz Vargas
 
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana RialtoArtéria Umbilical Única - Mariana Rialto
Artéria Umbilical Única - Mariana Rialto
 
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian EckertGêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
Gêmeos Monoamnióticos - Willian Eckert
 
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz VargasRestrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
Restrição de Crescimento Intrauterino - Beatriz Vargas
 
Mielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana RialtoMielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana Rialto
 
Encefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago VargasEncefalocele - Beatriz Santiago Vargas
Encefalocele - Beatriz Santiago Vargas
 
Traps - André Bradley
Traps - André BradleyTraps - André Bradley
Traps - André Bradley
 
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo EckertTrissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
Trissomia do 21 - Willian Eduardo Eckert
 
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz VargasAgenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
Agenesia de Corpo Caloso - Beatriz Vargas
 
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana RialtoHigroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
Higroma Cístico no Primeiro Trimestre - Mariana Rialto
 
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro RialtoGastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
Gastrosquise - Mariana Nunes Pinheiro Rialto
 

Último

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 

Último (10)

Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 

STFF 40

  • 1. Síndrome de Transfusão Feto- Fetal Willian Eduardo Eckert Especializando em Medicina Fetal do Hospital de Clínicas da UFPR
  • 2. Definição • STFF é uma complicação de gestações múltiplas resultante de comunicações vasculares placentárias que geram fluxo sanguíneo, não balanceado, de um feto para o outro; • “Um feto é comprometido enquanto o outro favorecido”; • Taxa de mortalidade perinatal variando de 60% a 100% para ambos os fetos (sem tratamento); Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 3. Fisiopatologia • As anastomoses entre vasos placentários de ambos os fetos podem ser classificadas conforme a profundidade em que ocorrem e os vasos envolvidos: • Profundidade: • Superficiais; • Profundas; • Vasos anastomosados: • Arterioarteriais; • Venovenosas; • Arteriovenosas; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 4. Fisiopatologia • Gestações com STFF tem menor quantidade de anastomoses de todos os tipos e a maioria das que ocorrem neste grupo são profundas; • Grande quantidade de anastomoses superficiais parecem ser fator protetor para desenvolvimento, acometimento precoce e gravidade da STFF; • Escassez de anastomoses arteriovenosas levam a menor chance de ocorrer balanço volumétrico na circulação cruzada entre os gêmeos; • Evidencias recentes sugerem que o diâmetros e resistência dos vasos e o padrão de ramificação vascular coriônica também são importantes fatores relacionados; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 5. Fisiopatologia • O fluxo sanguíneo bidirecional assimétrico e as consequentes alterações bioquímicas resultam em alterações hemodinâmicas, osmóticas e fisiológicas nos fetos; • A hipovolemia do feto doador estimula a ativação do SRAA na tentativa de restaurar a volemia – vasoconstrição exacerbada mediada pela angiotensina II e vasopressina. Tanto a hipovolemia quanto a vasoconstrição exacerbada levam a fluxo renal pobre e consequente oligodrâmnio; • A hipervolemia do feto receptor leva a aumento do fluxo sanguíneo renal resultando em poliúria e consequente polidrâmnio; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 8. Epidemiologia • Comunicações vasculares ocorrem em todas as gestações monocoriônicas porém raramente nas dicoriônicas; • Estima-se que a STFF ocorre 5% a 15% das gestações gemelares monocoriônicas; • É difícil determinar a incidência real da STFF, uma vez que pode ocorrer muito precocemente evoluindo com perda de ambos os fetos; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 9. Achados Ultrassonográficos • Critérios diagnósticos ultrassonográficos: • Fetos do mesmo sexo; • Gestação monocoriônica; • Polidrâmnio em uma das cavidades amnióticas, oligodrâmnio na outra com ou sem alterações dopplervelocimétricas e ecocardiográficas. Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 10. Achados Ultrassonográficos • Em alguns casos a discordância do volume do liquido amniótico é tão grande que o feto doador aparece “grudado” na parede uterina; • Sinais de hidropsia fetal podem ser encontrados, mais comumente, no feto receptor e raramente no feto doador; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 14. Diagnóstico Diferencial • Restrição de crescimento intrauterino seletiva; • Anomalias estruturais fetais discordantes; • Infecções congênitas; • Anormalidades cromossômicas; • Ruptura prematura de membranas ovulares; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 15. Evolução Pré-natal • STFF pode ocorrer de forma aguda ou crônica; • Na gestação inicial quadro agudo de transfusão pode resultar em morte fetal precoce; • Pode ocorrer de forma aguda durante o trabalho de parto. Neste caso teremos 2 fetos com peso e comprimento similares, porém 1 é policitêmico/hipervolêmico e outro anêmico/hipovolêmico. Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 16. Evolução Pré-natal • Na forma crônica a transfusão de sangue de um dos fetos para o outro ocorre durante um longo período; • O feto doador é geralmente hipovolêmico e apresenta variáveis graus de restrição de crescimento; • Insuficiência placentária e STFF estão associadas em até 20% dos casos sendo que em casos severos o doador pode morrer e ser identificado ao nascimento – feto papiráceo. Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 17. Evolução Pré-natal • O feto receptor é hipervolêmico, frequentemente maior que o doador e pode desenvolver miocardiopatia hipertrófica e insuficiência cardíaca congestiva; • Devido a poliúria o feto receptor desenvolve polidrâmnio severo que pode levar a parto prematuro; • A história natural da STFF, sem tratamento, é associada com risco de morte de 60% a 100% para ambos os fetos; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 18. Manejo da Gestação • Rastreio para malformações congênitas; • Avaliação da inserção do cordão umbilical; • Ecocardiograma fetal para ambos os fetos; • Ressonância magnética fetal – avaliação cérebro fetal; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 19. Manejo da Gestação • Amniocentese: • Cariótipo – excluir anormalidades cromossômicas; • Cultura para CMV – síndrome do gêmeo preso; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 20. Manejo da Gestação• Nascimento em centro terciário – geralmente para prematuro antes de 32 semanas de gestação; • Monitorização contínua dos batimento fetais de ambos os fetos – durante trabalho de parto; • Dosagem de hematócrito de sangue do cordão umbilical; • Encaminhar placenta para serviço de patologia; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 21. Intervenção Fetal • Levando em consideração a alta taxa de mortalidade perinatal, manejo expectante da STFF não é recomendado; • Tratamento depende da idade gestacional ao diagnóstico; • Na STFF de instalação precoce pode-se optar por interrupção da gestação de 1 ou ambos gemelares (onde o aborto é legalizado); Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 22. Intervenção Fetal • Quando se instala no segundo trimestre, manejo agressivo é recomendado; • As atuais opções de tratamento são: • Amniodrenagem seriada; • Septostomia amniótica; • Ablação das anastomoses com laser; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 23. Amniodrenagem Seriada • Punção com agulha espinhal calibre 18, guiada por ultrassonografia; • Retirada de líquido amniótico até que o volume retorne ao normal (maior bolsão menor que 5 cm); • Procedimento será repetida quantas vezes forem necessárias para manter o volume próximo ao normal; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 24. Amniodrenagem Seriada • A redução do volume de LA da bolsa com polidrâmnio diminui a pressão contra a outra bolsa e placenta. A melhora na perfusão placentária aumenta o volume do LA na bolsa do “feto preso”; • Taxa se sobrevivência em torno de 60% a 65%. Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 25. Septostomia Amniótica • Introdução de agulha espinhal calibre 20, guiada por ultrassonografia, na membrana que divide as cavidades amnióticas; • Acredita-se que com o defeito da parede o feto doador passa a deglutir um maior volume de liquido amniótico melhorando a volemia e consequentemente a diurese; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 26. Septostomia Amniótica • Uma das principais críticas ao método é a transformação iatrogênica de uma gestação diamniótica em uma gestação monoamniótica; • Taxa se sobrevivência em torno de 60% a 65%. Síndrome de Transfusão Feto-Fetal
  • 27. Ablação das Anastomoses com Laser • Correção da fisiopatologia subjacente; • Tratamento de eleição para gestações até 26 semanas; • Idade gestacional de nascimento relativamente maior se comparado a Amniodrenagem Seriada; • Melhor prognóstico neurológico a curto e longo prazos; Síndrome de Transfusão Feto-Fetal