Territorialização envolve o processo de apropriação de um território pela equipe de saúde, reconhecendo as condições de vida dos indivíduos nele. Isso inclui mapear informações de saúde, unidades de saúde e áreas de atuação para melhor planejamento de ações. A definição do território é base para o trabalho da equipe, visando conhecer necessidades e potencialidades locais.
2. ■ Territorialidade: é uma estratégia dos indivíduos
ou grupo social para influenciar ou controlar
pessoas, recursos, fenômenos e relações,
delimitando e efetivando o controle sobre uma
área.
(Robert Sack,1986) .
3. ■ A territorialidade resulta das relações políticas,
econômicas e culturais, e assume diferentes
configurações, criando heterogeneidades
espacial, paisagística e cultural - é uma
expressão geográfica do exercício do poder em
uma determinada área e esta área é o território.
4. ■ Processo de apropriação do território pela equipe
da ESF;
■ Para reconhecimento das condições em que os
indivíduos moram, vivem, trabalham, adoecem e
se relacionam a depender do segmento social
em que se situam.
O que é
territorialização?
5. O que é
território?
Trata se de um espaço estabelecido,
com relações sociais, vivência de
problemas de saúde e interação entre
comunidade e equipes.
7. ■ A saúde pública recorre a territorialização de
informações, como ferramenta para localização
de eventos de saúde-doença, de Unidades de
Saúde e demarcação de áreas de atuação.
■ A análise social do território deve contribuir para
construir identidades; coletar informações;
identificar problemas, necessidades e
positividades dos lugares; tomar decisão e definir
estratégias de ação nas múltiplas dimensões do
processo de saúde-doença-cuidado.
8. Territorialização e Planejamento:
■ Produto e meio para a descentralização das
ações de saúde – aproximar e adequar ações e
recursos das necessidades e do perfil
epidemiológico das diferentes regiões.
■ A definição e analise do território constitui-se a
base para o trabalho das equipes de saúde da
família.
9. ■ Cadastrar as pessoas dentro das famílias e
mapear riscos, indicadores de saúde, morbidade
e mortalidade e potencialidades dentro dos
territórios nos quais atuam;
■ Apreender as potencialidade presentes e o perfil
das necessidades a serem trabalhadas para a
transformação da realidade de saúde local;
■ Responsabiliza-se dessa forma pelos resultados
na produção em saúde;
10. ■ Base territorial que visa o reconhecimento do
território como área física, considerando suas
barreiras geográficas, os dificultadores e
facilitadores para o acesso aos serviços de
saúde;
■ Base humana onde as relações, as formas de
produção são determinantes do perfil desse
território.
■ Responsabiliza-se dessa forma pelos resultados
na produção em saúde;
11. Objetivos da territorialização em
saúde:
■ Delimitar um território de abrangência;
■ Definir a população favorecida e apropriar-se
juntamente com ela do perfil da área e da
comunidade;
■ Reconhecer dentro da área de abrangência
barreiras e acessibilidade;
■ Conhecer condições de infra-estrutura e recursos
sociais;
12. Objetivos da territorialização em
saúde:
■ Levantar problemas e necessidades, definido um
diagnóstico da comunidade (continuo);
■ Identificar o perfil demográfico, epidemiológico,
socioeconômicoe e ambiental;
13. Operacionalização da
Territorialização:
■ As várias dimensões da realidade de um
espaço/território muitas vezes possibilitam o
estabelecimento de correlações entre
determinantes e seus efeitos. Deve-se dessa
forma captar o movimento do território. Deve-se
captá-lo não como uma fotografia mas como um
filme.
14. Primeiro passo:
■ O reconhecimento do território através de visita.
Deve ser previamente sistematizada de modo
que permita a identificação de equipamentos são
barreiras geográficas, áreas de risco, sociais,
públicos ou privados, organizações não
governamentais, empresas, espaços de lazer,
etc.
15. Segundo passo:
■ Relacionar o número de equipes ou profissionais
de saúde, definir, conforme perfil de práticas e
oferta de serviço, a capacidade de atendimento
da unidade, sendo essa ação a base para a
definição do território de abrangência, do número
de domicílios cadastrados ou de usuários a
serem atendidos no serviço.
16. Territorialização
■ A unidade deve constituir-se o centro desse território.
■ Evitar conflitos futuros e facilitar ações extra muros.
■ Considerar aspectos como divisa com outros bairros
ou município, habitantes por gênero ou ciclo de vida,
atividades econômicas , pavimentação, ladeiras ,
córregos etc.
■ Estar atendo a progressão demográfica.
17. ■ Deve-se destacar áreas desocupadas.
■ Consultar moradores e órgãos públicos sobre
projetos e ocupações. Evitar incapacidade de
atendimento futuro.
■ Considerar áreas de influencias e futuras
pactuações com unidades próximas.
■ Respeitar a Universalidade.
■ Delimitar a área em um mapa base que poderá
ser obtido por meio de um guia de ruas.
18. ■ Envolvimento da equipe e comunidade.
■ Cada cópia do mapa deve constituir uma base
para a demarcação como: delimitação do
território, área de abrangência e influencia, área
e/ou micro áreas de risco, equipamentos sociais
públicos e privados.
■ Envolvimento da equipe e comunidade.
■ É a base de informações para a construção do
perfil epidemiológico.
19. TERRITORIALIZAÇÃO E A ESF
■ Territorialização- demarcação de limites das
áreas de atuação dos serviços; de
reconhecimento do ambiente, população e
dinâmica social existente nessas áreas; e de
estabelecimento de relações horizontais com
outros serviços adjacentes e verticais com
centros de referência.
■ Adscrição- termo utilizado para descrever a
relação serviço-território-população, que diz
respeito ao território sob responsabilidade da
equipe de saúde da família.
20. RECORTES TERRITORIAIS NO
ÂMBITO DA ESF
■ DISTRITO – delimitação político-administrativa usada
para organização do sistema de atenção;
■ ÁREA – delimitação da área de abrangência de uma
unidade de saúde, a área de atuação de equipes de
saúde;
■ MICROÁREA – área de atuação do agente comunitário
de saúde (ACS), delimitada com a lógica da
homogeneidade socioeconômica-sanitária;
■ MORADIA – lugar de residência da família.
21. PORTARIA Nº 750, DE 10 DE OUTUBRO DE 2006.
■ Microárea – Corresponde ao espaço geográfico
delimitado onde residem até 750 pessoas e que
corresponde à área de atuação de um Agente
Comunitário de Saúde (ACS).
22.
23. DELIMITAÇÃO DA MICROÁREA
■ A microárea deve conter um valor máximo de
população (um agente de saúde deve ser
responsável por no máximo 750 pessoas ou 250
famílias);
■ A equipe de saúde da família deve ser
responsável por 600 a 1000 famílias (máximo
4000 pessoas);
24. ■ A área deve conter uma população mais ou
menos homogênea do ponto de vista
socioeconômico e epidemiológico, caracterizando
“áreas homogêneas de risco”;
■ A área deve conter uma Unidade Básica de
Saúde (UBS) que será a sede da ESF e local de
atendimento da população adscrita.
■ Os limites da área devem considerar barreiras
físicas e vias de acesso e transporte da
população às Unidades de Saúde.
25.
26.
27. ■ PORTARIA Nº 750, DE 10 DE OUTUBRO DE 2006.
HTTPS://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/SAUDELEGIS/SAS/2006/PRT0750_26_10_20
06.HTML
■ PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 2, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 -
Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema
Único de Saúde.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10_2017.ht
ml