2. A doença periodontal é uma das
patologias mais prevalentes na
população mundial.
Está associada à perda dos tecidos de
suporte dentário, sendo causada por
uma infecção polimicrobiana.
3. DUAS FORMAS DE DOENÇAS PERIODONTAIS
GENGIVA SAUDÁVEL GENGIVITE
GENGIVITE
7. As bactérias orais se organizam na forma de
biofilme ao longo da superfície dental,
começando pela região supragengival e
evoluindo ao longo da raiz, caso não seja
desorganizado por meio da escovação diária,
uso do fio dental e acompanhamento
profissional.
8. Controle e Cura
Modalidades de Tratamento
Restabelecimento da saúde periodontal
Prevenção da Progressão da doença
Higiene do Paciente
9. ✗ O periodontista deve lançar mão de diferentes
abordagens de acordo com cada caso
✗ Estudos demonstram que a raspagem e
alisamento radicular combinado com o
controle de biofilme promovem a redução de
bolsas gengivais e inserção conjuntiva.
✗ Todavia, em alguns casos, apenas a terapia convencional não
se mostra eficaz, necessitando de outras modalidades de
tratamento.
10. USO DOS FÁRMACOS COMO ALTERNATIVA
✗ Apenas nos casos em que a terapia convencional como raspagem e
alisamento radicular não for eficaz.
✗ Não se deve afirmar que apenas o tratamento mecânico suprima
todo conteúdo bacteriano, uma vez que as bactérias podem estar
confinadas em tecidos moles, túbulos dentinários ou outros locais
inacessíveis manualmente.
✗ Não são capazes de remover o cálculo e resíduos bacterianos.
11. USO DOS FÁRMACOS COMO ALTERNATIVA
✗ A literatura tem evidenciado que as principais drogas
para uso sistêmico na terapia periodontal incluem:
Amoxicilina Tetraciclina Minociclina Doxiciclina
Clindamicina Azitromicina Metronidazol
18. FASE DE ADMINISTRAÇÃO
✗ Quanto a fase de administração de medicamentos
sistêmicas, os estudos mostram que a administração
imediata após a desorganização do biofilme, deve ser
preferida.
19. DOENÇAS PERIODONTAIS AGUDAS
✗ Abcessos do periodonto
✗ Periodontite associada com lesões
endodônticas
✗ Doenças periodontais necrosantes
23. PROTOCOLO FARMACOLÓGICO
23
MEDICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA:
✗ Quando houver indicação precisa de
antibióticos, o antibiótico de escolha será
AMOXICILINA, devendo-se iniciar o
tratamento com uma dose de ataque de
1g, 30-45min antes da anestesia.
✗ E no caso de alergia as penicilinas,
substituir pela Claritromicina 500mg ou
Clindamicina 600mg
28. PROTOCOLO FARMACOLÓGICO
28
ANESTESIA LOCAL:
✗ Intervenções na mandíbula –
bloqueio regional com lidocaína 2%
com epinefrina 1:100.000, que
pode ser complementado pela
infiltração local de articaína 4%
com epinefrina 1:200.000.
29. PROTOCOLO FARMACOLÓGICO
29
MEDICAÇÃO PÓS OPERATÓRIA:
Para os alérgicos às Penicilinas:
Amoxicilina 500mg
8-8h
Claritromicina
250 ou 500mg
24-24h
Clindamicina 200mg
8-8h
30. PROTOCOLO FARMACOLÓGICO
30
DURAÇÃO DO TRATAMENTO:
✗ A prescrição das doses de
manutenção do antibiótico deve ser
feita inicialmente por um período de
3 dias. Antes de completar as
primeiras 72 h de tratamento,
reavaliar o quadro clínico.
31. PROTOCOLO FARMACOLÓGICO
31
ANALGESIA PREVENTIVA:
✗ Logo após o final do procedimento,
administrar 1 g de Dipirona e
prescrever 500 mg a cada 4 h, pelo
período de 24 h.
✗ No caso de intolerância a Dipirona,
Ibuprofeno 200mg ou Paracetamol
750mg são opções de substituição,
(intervalo 6h para ambos)
32. PROTOCOLO FARMACOLÓGICO
32
OUTROS CUIDADOS PÓS-
OPERATÓRIOS:
✗ HIGIENIZAÇÃO POR MEIO DE
ESCOVAÇÃO CUIDADOSA
✗Fazer bochechar com 15 mL de
uma solução aquosa de digluconato
de clorexidina 0,12%, pela manhã e à
noite, até a cicatrização do corte (~
5-7 dias).
33. PERIODONTITE RELACIONADA
A LESÃO ENDODÔNTICA
✗ O diagnóstico dessas lesões pode ser relativamente simples
✗ Radiografias
✗ A dificuldade do profissional de diagnosticar a doença caso não
haja imagens radiográficas, é maior.
34. TRATAMENTO
✗ O uso de antibióticos não é necessário, caso não haja
disseminação da infecção.
✗ O tratamento endodôntico convencional, associado à terapia
periodontal básica, pode restaurar a função nos casos de perda
severa dos tecidos de suporte dentário que ocorre nas lesões endo-
pério.
35. ✗ Regeneração tecidual guiada (RTG)
✗ PROTOCOLO DO RTG
1- pré-cirúrgica (determinação do prognóstico
periodontal/regenerativo)
2- tratamento endodôntico
3- fase cirúrgica periodontal
4- protocolo de reavaliação após a RTG.13
TRATAMENTO
39. DOENÇAS PERIODONTAIS NECROSANTES
ØGUN
✗ Instalação repentina e apresenta curta duração
✗ Umas das doenças mais graves provocadas pela placa bacteriana
✗ Etiologia complexa (Provotella intermedia e Fusobacyerium
nucleatum)
✗ Fatores predisponentes secundários - condições que interferirem
negativamente nos mecanismo de defesa do hospedeiro
✗ Ulceração e necrose da margem gengival e destruição das papilas
interdentais
40. GENGIVITE ULCERATIVA
NECROSANTE
✗ Ulceração e necrose da margem
gengival e destruição das papilas
interdentais.
✗ Casos mais graves – Inverter o
contorno gengival, formação de
peseudomembrana de cor amarelo-
cinzentada, sangramento gengival
espontâneo, mal estar, linfadenite e
hálito fétido.
41. PERIODONTITE ULCERATIVA
NECROSANTE
Ø PUN
✗ Destruição rápida e generalizada do
periodonto de inserção e do osso
alveolar, as vezes expondo a crista
alveolar ou o septo interdentário.
✗ Perca dos elementos dentários.
42. TRATAMENTO
1- ANESTESIA LOCAL INFILTRATIVA SUBMUCOSA
✗ Articaína 4% associada a epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000
✗ Potência 1,5 vezes maior que a lidocaína
✗ Rápido inicio de ação 1-2 min
✗ Melhor difusibilidade – Anel tiofeno
(maior solubilidade lipídica e ligação as proteínas)
43. TRATAMENTO
2- Remoção dos depósitos
grosseiros de placa e cálculo
dentário, por meio de
instrumentação suave e cuidadosa
das áreas envolvidas, respeitando os
limites do paciente
44. TRATAMENTO
3- Irrigar com solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9%) para
remoção de coágulos e outros dentritos.
✗ Importante regulador da osmolaridade, do equilíbrio ácido-base e
auxilia na estabilização do potencial da membrana das células.
47. TRATAMENTO
6- Para alivio de dor, prescrever:
✗ Dipirona 500mg a 1g, a cada 4h por 24h
✗ Ibuprofeno 200mg
✗ Paracetamol 750mg
INTERVALO DE 6H
48. TRATAMENTO
7- Agendar consulta de retorno após 24 ou 48h, para reavaliação do
quadro.
8- Na presença de dor intensa, acompanhada de Linfadenite, febre e
mal estar geral:
✗ Metronidazol (250mg cada 8h ou 400mg a cada 12h por 3-5 dias)
9- Após o alívio dos sintomas agudos, planejar o tratamento definitivo,
por meio da raspagem e alisamento radicular e do controle rígido de
placa dentária
56. USO SISTÊMICO DE ANTIBIÓTICOS
✗ 4-8% Mal resposta a terapia convencional
57. USO SISTÊMICO DE ANTIBIÓTICOS NO TRATAMENTO DAS
DOENÇAS PERIODONTAIS CRÔNICAS SEGUNDO AAP:
1- Terapia Convencional
58. USO SISTÊMICO DE ANTIBIÓTICOS NO TRATAMENTO DAS
DOENÇAS PERIODONTAIS CRÔNICAS SEGUNDO AAP:
2- Microbiota; Sistema de defesa
59. USO SISTÊMICO DE ANTIBIÓTICOS NO TRATAMENTO DAS
DOENÇAS PERIODONTAIS CRÔNICAS SEGUNDO AAP:
3- Problema não solucionado
60. USO SISTÊMICO DE ANTIBIÓTICOS NO TRATAMENTO DAS
DOENÇAS PERIODONTAIS CRÔNICAS SEGUNDO AAP:
4- Verificação da Microbiologia
Streptococcus viridans,
Actinomyces e Viellonella
61. USO SISTÊMICO DE ANTIBIÓTICOS NO TRATAMENTO DAS
DOENÇAS PERIODONTAIS CRÔNICAS SEGUNDO AAP:
5- Manutenção e Controle de Placa
69. PERIODONTITE CRÔNICA
O Uso indiscriminado de antibióticos não deve ser estimulado
✗ Possibilidade de seleção de bactérias resistentes.
✗ Efeitos adversos
DOR
ESTOMACAL NÁUSEAS VÔMITO
COLITE
PSEUDOMEMBRANOSA
FOTOSSENSIBILIDADE
REAÇÕES
ALÉRGICAS
ENTRE
OUTROS
70. PERIODONTITE CRÔNICA
✗ O uso de antibióticos como coadjuvantes deve ser
limitado a pacientes que exibem perda contínua de suporte
periodontal, a despeito da terapia mecânica.
71. PERIODONTITE CRÔNICA
✗ Não há evidências suficientes na literatura para dar suporte ou
refutar que a terapia antibiótica complementar proporcione
redução na profundidade de sondagem ou ganho de inserção
gengival. Portanto, não há um regime antibiótico padrão como
coadjuvante, quando a terapia mecânica não é suficiente.
72.
73. 1º ENSAIO
✗ 100 sujeitos com periodontite moderada ou avançada
tratados com RAR, complementados com azitromicina, na
fase de manutenção, e avaliação a cada 4 meses, obtiveram
efeitos benéficos duradouros, em todos os parâmetros
clínicos, por pelo menos 192 semanas.
74. 2º ENSAIO
✗ O uso do metronidazol (400mg a cada 8h) ou da
associação do metronidazol e amoxicilina (500mg a
cada 8h) por 14 dias, como complementro à RAR,
apresentou melhora no tratamento da periodontite
crônica generalizada.
75. ✗ É sugerido que essa modalidade poderia
contribuir para uma melhora nos sítios onde
a terapia convencional não é eficaz.
Entretanto o sistema de liberação local não
proporciona melhores resultados quando
comparado à RAR.
APLICAÇÃO DIRETAMENTE NA BOLSA
76. ✗ O efeito terapêutico da doxiclinina e de outras
tetraciclinas nas periodontites crônicas, envolve
mecanismos que não estão relacionados a sua
atividade antimicrobiana.
PERIODONTITE CRÔNICA
✗A administração via oral de doxicilina 20mg/dia por 9 meses (1/5 da
dose para exercer atividade antimicrobiana), promove redução da atividade
da colagenase no fluido do sulco gengival, reduzindo a perda óssea e
aumentando o ganho de inserção gengival. Apesar de ser empregado por
longo período, não há relatos de efeitos adversos.
77. ✗ Houve também uma avaliação da eficácia da RAR
complementada ou não pela aplicação o sistema de
liberação local de minociclina, na forma de
microesferas. Não houve diferença em ambas as
terapias, sejam na redução de bolsas ou no
sangramento à sondagem.
PERIODONTITE CRÔNICA
78. ✗ Aumento da coroa clínica, cunha distal e gengivectomia localizada.
✗Cirurgias de acesso para instrumentação e cirurgias de reconstrução
tecidual estética.
CIRURGIAS PERIODONTAIS ELETIVAS
81. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS:
Remoção de cálculos grosseiros e
de placa dentária por meio de
raspagem e aplicação de jato de
bicarbonato de sódio (ou com
auxílio de pedra-pomes e taça de
borracha.
82. SEDAÇÃO MÍNIMA:
Considerar para pacientes cuja ansiedade
e apreensão não podem ser controladas
por métodos não-farmacológicos.
Administrar 1 comprimido
de Midazolam 7,5mg ou
Alprazolam 0,5mg
30-45min antes do
atendimento.
86. ANESTESIA LOCAL:
Na maxila: Infiltração com:
associadas a epinefrina 1:100.000.
Evitar a articaína em bloqueios
regionais.
LIDOCAÍNA 2% ARTICAÍNA 4%
OU
87. ANESTESIA LOCAL:
Na mandíbula: Bloqueio regional com:
que pode ser complementado pela
infiltração local local de:
OBS: Na contraindicação da
epinefrina, optar pela solução
de prilocaína 3% com
felipressina 0,03 UI/ml.
Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000
Articaína 4% com epinefrina 1:200.000
88. ANALGESIA PREVENTIVA:
Administrar ao término da
intervenção, ainda no ambiente do
consultório.
Prescrever doses de manutenção,
de 4-4h, por 24h.
Dipirona 500mg a 1g
(20-40 gotas)
OBS: Caso a dor persista, orientar o paciente para
que entre em contato com o dentista e receba
novas orientações ou compareça ao consultório.
89. ANALGESIA PREVENTIVA:
Em caso de intolerância a dipirona,
administrar:
Paracetamol 750mg
Ibuprofeno 200mg
OBS: Caso a dor persista, orientar o paciente para
que entre em contato com o dentista e receba
novas orientações ou compareça ao consultório.
6-6h
91. EXPECTATIVA DO OPERADOR:
Dor moderada a intensa,
acompanhada de edema
inflamatório e limitação da
função mastigatória.
92. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS:
Remoção de cálculos grosseiros e
de placa dentária por meio de
raspagem e aplicação de jato de
bicarbonato de sódio (ou com
auxílio de pedra-pomes e taça de
borracha.
93. SEDAÇÃO MÍNIMA:
Considerar para pacientes cuja ansiedade
e apreensão não podem ser controladas
por métodos não-farmacológicos.
Administrar 1 comprimido
de Midazolam 7,5mg ou
Alprazolam 0,5mg
30-45min antes do
atendimento.
94. PROFILAXIA ANTIBIÓTICA
SISTÊMICA:
As cirurgias periodontais apresentam
baixo risco de infecção pós-operatória,
desde que sejam obedecidos os princípios
de técnica cirúrgica e o protocolo de
assepsia e antissepsia.
É sugerida a
administração de
1g de amoxicilina (ou
clindamicina 600mg, aos
alérgicos a penicilinas)
1h antes da intervenção
95. ANTISSEPSIA INTRABUCAL:
Orientar o paciente a bochechar
vigorosamente.
15ml de uma solução
aquosa de digluconato de
clorexidina 0,12% por 1min.
97. ANALGESIA PERIOPERATÓRIA:
Prescrever:
Administrar:
Caso a dor persista após
esse período, prescrever:
Nimesulida 100mg - VO
OU
Cetorolaco 10mg -
sublingual.
12-12h durante 48h
4-8g de Dexametasona
• 1-2 comprimidos com 4mg
• 1h antes
1g de Dipirona
• Imediatamente após o
fim do procedimento.
• Prescrever 500mg, 4-4h
98. ANESTESIA LOCAL:
Na maxila: Técnica infiltrativa ou
bloqueio regional com lidocaína 2%.
Pode ser complementada pela
infiltração de articaína 4%,
associadas a epinefrina 1:200.000.
99. ANESTESIA LOCAL:
Na mandíbula: Bloqueio regional
com lidocaína 2% com epinefrina
1:100.000, complementado pela
infiltração local de articaína 4%
com epinefrina 1:200.000.
OBS: Quando o procedimento
demandar maior tempo de
duração, pode-se aplicar 1
tubete de bupivacaína 0,5%
com epinefrina 1:200.000 na
técnica de bloqueio dos nervos
alveolar inferior e lingual.
100. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS:
Orientar a higienização do local, por
meio da escovação cuidadosa.
Bochechar:
pela manhã e à noite.
• 15ml
• Até a remoção da
sutura (~5-7 dias)
Digluconato de
Clorexidina 2%
101. REFERÊNCIAS
ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em
Odontologia. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2014.
ANDRADE, Igor Pena, 1988. Uso de antibióticos
sistêmicos na terapia periodontal: revisão de
literatura. Piracicaba, SP: [s.n.], 2013.
BIANCHINI, M. Urgência Periodontal. 2016. Disponível em:
http://www.inpn.com.br/Materia/SextaBianchini/132493. Acesso em: 5
out. de 2017.