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Reconhecimento do
território em saúde coletiva
Prof. Me. Antonio Werbert Silva da Costa
O território
(...) não há território sem um vetor
de saída do território, e não há
saída do território, ou seja,
desterritorialização, sem, ao
mesmo tempo, um esforço para se
reterritorializar em outra parte.
(Gilles Deleuze,1997)
O território
 De que “Território” estamos falando?
 Agregado em si: determinantes sociais, integralidade da atenção e
redes de cuidado.
 é um espaço de manifestações sociais, culturais, relações sociais e um
espaço geográfico.
 é visto como um processo, então, dinâmico, pois está em constante
movimento.
O território
 Os seres vivos são territorialistas: necessitam de se apropriar de espaços e
de ambientes para viver e se reproduzir.
 O território é base material da existência humana, e sua apropriação para
as diversas formas de uso é condição necessária para que a vida seja
possível.
 O conceito de território permite descrever e entender os modos de vida e
como pessoas e grupos se organizam e se relacionam.
 Contribui para identificar formas de uso e apropriação de espaços e
ambientes pelos homens, para que estes produzam e consumam bens e
serviços, estabeleçam relações e trocas materiais e simbólicas, continuem
a reproduzir sua existência e se perpetuem como espécie.
Processo de trabalho e território
 Conhecer o lugar da produção social da saúde como espaço de
construção de identidade e vínculo da população e dos trabalhadores da
saúde;
 identificar riscos, vulnerabilidades e potencialidades do território na
perspectiva de articular e dialogar com a população;
 analisar a situação de saúde e as condições de vida para o
reconhecimento dos determinantes sociais da saúde; e
 intervir sobre problemas e necessidades da população para compartilhar
decisões e intervenções de vigilância em saúde no território.
Organização do território
 - Território-domicílio (a sua casa):
 é constituído por uma série de relacionamentos informais que ocorrem dentro
da rede social do próprio paciente (família, amigos, vizinhos, parentes) no
contexto familiar.
 Incluem todas as práticas de saúde que as pessoas usam sem qualquer
pagamento e sem consulta a curandeiros, médicos (práticas autônomas,
remédios caseiros, automedicação, aconselhamento...).
 Estima-se que cerca de 70 a 90% dos cuidados de saúde ocorram nesse setor,
sendo o responsável pela maior parte dos cuidados em saúde em qualquer
sociedade.
Organização do território
 - Território-Microárea (a sua rua):
 área menor normalmente acompanhada por um(a) Agente Comunitário de
Saúde, objeto do trabalho dele(a);
 - Território-área (o seu bairro):
 Área de responsabilidade de uma Equipe de referência (p.ex., uma Equipe da
ESF). Baseia-se nos critérios de acessibilidade e agrupamento geográficos,
de fluxo da população, e de divisões administrativas (setores censitários, por
exemplo).
Organização do território
 - Território-distrito (a região) que envolve os bairros vizinhos onde o seu se
encontra (norte, sul, leste ou oeste de sua cidade):
 obedece à lógica político-administrativa e pode coincidir com o espaço de um
município, ou no caso de municípios maiores, com o espaço da
descentralização político-administrativa da Prefeitura.
Leitura do texto de apoio:
TERRITÓRIO: CONCEITO CHAVE
DO DISTRITO SANITÁRIO
Diagnóstico Comunitário
 é o reconhecimento das necessidades e problemas das pessoas de um
determinado território.
 envolve os conceitos de saúde, doença e determinantes de saúde.
 Podemos fazer analogia do diagnóstico do território ao diagnóstico
clínico do paciente.
 Como assim? Assim, como os profissionais da saúde fazem exame físico
e clínico no paciente, a equipe também faz um exame físico e clínico do
território. O território é como um paciente da equipe.
Diagnóstico comunitário
Diagnóstico comunitário
 Vamos lembrar da pergunta:
 Qual concepção saúde/doença que a sua equipe de saúde tem? É o modelo
biomédico ou é o modelo da integralidade?
 Se o modelo de integralidade é o utilizado, ele realmente se baseia em saúde
“resultante das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente,
liberdade, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, paz, acesso e posse
de terra e acesso a serviços de saúde”.
 Desta forma, a análise da situação de saúde (diagnóstico comunitário, local ou
situacional) deve ser feito em conjunto com a comunidade, num trabalho
coletivo, de forma contínua, para identificação e autoanálise dos problemas,
necessidades e recursos desta comunidade, de sua qualidade de vida.
Apropriação do território:
Territorialização
 Utilizado para que tenhamos informações mais fidedignas do território;
 O processo deve ser realizado em equipe, incluindo atores da comunidade;
 No processo de territorialização, as informações do território a serem estudadas
representam uma parte estratégica para organização do processo de trabalho
da equipe de saúde e o planejamento das ações em saúde.
Então, quando se está vivendo ou trabalhando num lugar, é necessário saber
onde se encontra o supermercado, a farmácia, os restaurantes, o centro
comercial, o cartório, os bares, observar o fluxo da população através das ruas,
os transportes utilizados e as barreiras geográficas que dificultam o acesso da
população à unidade e na circulação no bairro.
Apropriação do território:
Territorialização
 É importante reconhecer:
 as características das moradias e seus entornos como: condições das ruas
(terra, pedra, asfalto), calçadas, praças, espaços de lazer (por exemplo,
parques municipais), paisagismo, presença de esgotos a céu aberto e lixo;
qual a frequência da coleta do lixo e se há coleta seletiva.
 As condições do meio ambiente: desmatamento ou poluição, áreas de
preservação permanente e a presença de animais no entorno das residências
e nas ruas, principais patologias e pacientes que merecem atenção especial.
Apropriação do território:
Territorialização
 Além disso, conhecer
 Dados Demográficos da População (população por sexo e faixa etária),
consultando os dados do IBGE e principalmente do Sistema de Informação da
Atenção Básica (SIAB),
 relatórios SSA2 (consolidação das Fichas A, Fichas B, Fichas C e Ficha D das ACS)
como fontes possíveis;
 os aspectos culturais do bairro como comportamentos machistas ou feministas
ou racistas;
 áreas de interesses sociais de consumo e venda de droga;
 influências culturais tipo: descendência alemã, italiana, açoriana, polonesa,
comunidades de pescadores artesanais, alternativos, tropeiros, artesãos,
bordadeiras, etc.
Apropriação do território:
Territorialização
 os aspectos econômicos:
 como atividade pesqueira, agrícola, agropecuária, madeireira, industrial,
comercial ou turística;
 os principais equipamentos sociais:
 escolas, creches, centros comunitários, clubes, igrejas, posto policial, hospital,
associações de bairro e outros serviços que a população utiliza para
desenvolver a sua vida no território.
 Saber quais os meios de comunicação entre as pessoas na sua área de
abrangência.
 Há lugares que há internet, telefone, correio, rádio, TV, jornal de bairro.
Entretanto, já em outros há apenas o rádio e a comunicação entre as pessoas
(boca-a-boca).
Apropriação do território:
Territorialização
 Segundo Figueredo et al. (2011):
 coletar informações da história desta Comunidade com a equipe e os
moradores para entender de onde vieram estas pessoas, como surgiu esta
comunidade, atividades econômicas, aspectos culturais (inclusive
religiosos), é um ponto importante para o processo de territorialização.
Portanto, é recomendado identificar pessoas de referência na
comunidade, pois, elas podem ser parceiras em atividades de saúde.
EXEMPLOS DE CONHECIMENTO DO
TERRITÓRIO
 Exemplo 1:
 O turista é um fator complicador?
 Para algumas equipes pode ser, para outras não, visto que numa
determinada época do ano (férias, de verão no litoral e de inverno na
serra) há uma quantidade muito grande de pessoas que permanecem
por um tempo curto (uma semana, um mês) na comunidade e a
demanda espontânea aumenta significativamente. Uma equipe cuida de
4.000 pessoas, e de repente aumenta para 10.000 por exemplo.
EXEMPLOS DE CONHECIMENTO DO
TERRITÓRIO
 Exemplo 2:
 A pavimentação asfáltica é um fator que melhora a qualidade de vida?
 Para umas comunidades sim, para outras não. Algumas vezes, em áreas
de preservação, a população opta por deixar a estrada de terra, como
componente cultural, que faz parte da característica do lugar.
 Ex: Na comunidade da Lagoa do Peri, em Florianópolis, o asfalto é visto
como agente causador de invasão de pessoas e consequentemente
desmatamento.
Apropriação do território:
Territorialização
 O diagnóstico situacional (ou comunitário) é também a etapa inicial e
fundamental do Planejamento Estratégico em Saúde (PES).
 a prática da territorialização poderá ser realizada a pé ou de carro.
 A atividade pode ser feita coletivamente com um dia pré-agendado com
a participação de toda equipe ou, quando isso não for possível, pode ser
realizada por cada profissional, individualmente.
 Para finalizar nosso reconhecimento do território é importante que os
membros da equipe conheçam a história da implantação da Unidade
Básica de Saúde para analisar posturas e comportamentos atuais em
saúde.
Ferramenta: mapa inteligente
 A sistematização dos dados coletados pela equipe pode ser feita com o
auxílio da construção de um mapa inteligente.
 Os mapas inteligentes são ferramentas que ilustram cada micro-área com
riqueza de detalhes e proporcionam para a equipe de saúde da família
reflexão para diversas situações de saúde e planejamento de ações
baseado no diagnóstico local.
 Consideram a geografia e o ambiente, delimitação do território,
pavimentação, áreas de risco, malha rodoviária e ferroviária, bem como o
perfil populacional envolvendo os problemas de saúde das famílias.
Como fazer o mapa do território
 a construção do mapa inteligente deve ser realizada após o
reconhecimento do território (Territorialização).
 O mapa inteligente é um desenho gráfico do território como um todo e
também o das micro-áreas da equipe que identifica sistematicamente:
 as ruas,
 as casas,
 as famílias,
 os equipamentos sociais,
 a delimitação geográfica,
 os marcadores de saúde
 e outras características locais do território para auxiliar no planejamento
estratégico em saúde baseado na realidade local. Conforme exemplos:
Mapa marcadores de saúde
Outros tipos de mapas
 Mapas do Ambiente e do Território:
 conhecendo acidentes geográficos,
 áreas com importância para a saúde (lixão, criatórios de animais, áreas sem
saneamento, cruzamentos com alto índice de atropelamentos, fontes de
poluição etc.),
 áreas de risco e de grande pobreza,
 praças e locais de lazer e esporte,
 características da violência na comunidade,
 enfim, tudo o que a equipe achar que é importante para intervir no processo
saúde-doença.
Outros tipos de mapas
 Mapa do Preconceito:
 podemos localizar lugares, espaços e situações onde se efetiva práticas de
subordinação e exclusão das mulheres, de pessoas com orientações sexuais
distintas, do negro, daquele entendido como louco, dos drogaditos, daquele
com problema mental ou neurológico, etc.
 Lugares de encontro: bares, eventos, quartinho no fundo de casa, etc.
Outros tipos de mapas
 Mapa da demanda com perfil dos usuários:
 necessidades de saúde, alvo de demanda, fluxo, horários, etc e, de outro, fazer
uma análise do processo de trabalho e da organização da Unidade de Saúde
permitido aprofundar discussões sobre Adequação Ofertas-Demandas,
Humanização e Resolutividade do serviços de saúde.
ATIVIDADE – CONSTRUÍNDO UM MAPA
INTELIGENTE DO TERRITÓRIO
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Reconhecimento do território em saúde coletiva

  • 1. Reconhecimento do território em saúde coletiva Prof. Me. Antonio Werbert Silva da Costa
  • 2. O território (...) não há território sem um vetor de saída do território, e não há saída do território, ou seja, desterritorialização, sem, ao mesmo tempo, um esforço para se reterritorializar em outra parte. (Gilles Deleuze,1997)
  • 3. O território  De que “Território” estamos falando?  Agregado em si: determinantes sociais, integralidade da atenção e redes de cuidado.  é um espaço de manifestações sociais, culturais, relações sociais e um espaço geográfico.  é visto como um processo, então, dinâmico, pois está em constante movimento.
  • 4. O território  Os seres vivos são territorialistas: necessitam de se apropriar de espaços e de ambientes para viver e se reproduzir.  O território é base material da existência humana, e sua apropriação para as diversas formas de uso é condição necessária para que a vida seja possível.  O conceito de território permite descrever e entender os modos de vida e como pessoas e grupos se organizam e se relacionam.  Contribui para identificar formas de uso e apropriação de espaços e ambientes pelos homens, para que estes produzam e consumam bens e serviços, estabeleçam relações e trocas materiais e simbólicas, continuem a reproduzir sua existência e se perpetuem como espécie.
  • 5. Processo de trabalho e território  Conhecer o lugar da produção social da saúde como espaço de construção de identidade e vínculo da população e dos trabalhadores da saúde;  identificar riscos, vulnerabilidades e potencialidades do território na perspectiva de articular e dialogar com a população;  analisar a situação de saúde e as condições de vida para o reconhecimento dos determinantes sociais da saúde; e  intervir sobre problemas e necessidades da população para compartilhar decisões e intervenções de vigilância em saúde no território.
  • 6. Organização do território  - Território-domicílio (a sua casa):  é constituído por uma série de relacionamentos informais que ocorrem dentro da rede social do próprio paciente (família, amigos, vizinhos, parentes) no contexto familiar.  Incluem todas as práticas de saúde que as pessoas usam sem qualquer pagamento e sem consulta a curandeiros, médicos (práticas autônomas, remédios caseiros, automedicação, aconselhamento...).  Estima-se que cerca de 70 a 90% dos cuidados de saúde ocorram nesse setor, sendo o responsável pela maior parte dos cuidados em saúde em qualquer sociedade.
  • 7. Organização do território  - Território-Microárea (a sua rua):  área menor normalmente acompanhada por um(a) Agente Comunitário de Saúde, objeto do trabalho dele(a);  - Território-área (o seu bairro):  Área de responsabilidade de uma Equipe de referência (p.ex., uma Equipe da ESF). Baseia-se nos critérios de acessibilidade e agrupamento geográficos, de fluxo da população, e de divisões administrativas (setores censitários, por exemplo).
  • 8.
  • 9. Organização do território  - Território-distrito (a região) que envolve os bairros vizinhos onde o seu se encontra (norte, sul, leste ou oeste de sua cidade):  obedece à lógica político-administrativa e pode coincidir com o espaço de um município, ou no caso de municípios maiores, com o espaço da descentralização político-administrativa da Prefeitura. Leitura do texto de apoio: TERRITÓRIO: CONCEITO CHAVE DO DISTRITO SANITÁRIO
  • 10. Diagnóstico Comunitário  é o reconhecimento das necessidades e problemas das pessoas de um determinado território.  envolve os conceitos de saúde, doença e determinantes de saúde.  Podemos fazer analogia do diagnóstico do território ao diagnóstico clínico do paciente.  Como assim? Assim, como os profissionais da saúde fazem exame físico e clínico no paciente, a equipe também faz um exame físico e clínico do território. O território é como um paciente da equipe.
  • 12. Diagnóstico comunitário  Vamos lembrar da pergunta:  Qual concepção saúde/doença que a sua equipe de saúde tem? É o modelo biomédico ou é o modelo da integralidade?  Se o modelo de integralidade é o utilizado, ele realmente se baseia em saúde “resultante das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente, liberdade, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, paz, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde”.  Desta forma, a análise da situação de saúde (diagnóstico comunitário, local ou situacional) deve ser feito em conjunto com a comunidade, num trabalho coletivo, de forma contínua, para identificação e autoanálise dos problemas, necessidades e recursos desta comunidade, de sua qualidade de vida.
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  • 14. Apropriação do território: Territorialização  Utilizado para que tenhamos informações mais fidedignas do território;  O processo deve ser realizado em equipe, incluindo atores da comunidade;  No processo de territorialização, as informações do território a serem estudadas representam uma parte estratégica para organização do processo de trabalho da equipe de saúde e o planejamento das ações em saúde. Então, quando se está vivendo ou trabalhando num lugar, é necessário saber onde se encontra o supermercado, a farmácia, os restaurantes, o centro comercial, o cartório, os bares, observar o fluxo da população através das ruas, os transportes utilizados e as barreiras geográficas que dificultam o acesso da população à unidade e na circulação no bairro.
  • 15. Apropriação do território: Territorialização  É importante reconhecer:  as características das moradias e seus entornos como: condições das ruas (terra, pedra, asfalto), calçadas, praças, espaços de lazer (por exemplo, parques municipais), paisagismo, presença de esgotos a céu aberto e lixo; qual a frequência da coleta do lixo e se há coleta seletiva.  As condições do meio ambiente: desmatamento ou poluição, áreas de preservação permanente e a presença de animais no entorno das residências e nas ruas, principais patologias e pacientes que merecem atenção especial.
  • 16. Apropriação do território: Territorialização  Além disso, conhecer  Dados Demográficos da População (população por sexo e faixa etária), consultando os dados do IBGE e principalmente do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB),  relatórios SSA2 (consolidação das Fichas A, Fichas B, Fichas C e Ficha D das ACS) como fontes possíveis;  os aspectos culturais do bairro como comportamentos machistas ou feministas ou racistas;  áreas de interesses sociais de consumo e venda de droga;  influências culturais tipo: descendência alemã, italiana, açoriana, polonesa, comunidades de pescadores artesanais, alternativos, tropeiros, artesãos, bordadeiras, etc.
  • 17. Apropriação do território: Territorialização  os aspectos econômicos:  como atividade pesqueira, agrícola, agropecuária, madeireira, industrial, comercial ou turística;  os principais equipamentos sociais:  escolas, creches, centros comunitários, clubes, igrejas, posto policial, hospital, associações de bairro e outros serviços que a população utiliza para desenvolver a sua vida no território.  Saber quais os meios de comunicação entre as pessoas na sua área de abrangência.  Há lugares que há internet, telefone, correio, rádio, TV, jornal de bairro. Entretanto, já em outros há apenas o rádio e a comunicação entre as pessoas (boca-a-boca).
  • 18. Apropriação do território: Territorialização  Segundo Figueredo et al. (2011):  coletar informações da história desta Comunidade com a equipe e os moradores para entender de onde vieram estas pessoas, como surgiu esta comunidade, atividades econômicas, aspectos culturais (inclusive religiosos), é um ponto importante para o processo de territorialização. Portanto, é recomendado identificar pessoas de referência na comunidade, pois, elas podem ser parceiras em atividades de saúde.
  • 19. EXEMPLOS DE CONHECIMENTO DO TERRITÓRIO  Exemplo 1:  O turista é um fator complicador?  Para algumas equipes pode ser, para outras não, visto que numa determinada época do ano (férias, de verão no litoral e de inverno na serra) há uma quantidade muito grande de pessoas que permanecem por um tempo curto (uma semana, um mês) na comunidade e a demanda espontânea aumenta significativamente. Uma equipe cuida de 4.000 pessoas, e de repente aumenta para 10.000 por exemplo.
  • 20. EXEMPLOS DE CONHECIMENTO DO TERRITÓRIO  Exemplo 2:  A pavimentação asfáltica é um fator que melhora a qualidade de vida?  Para umas comunidades sim, para outras não. Algumas vezes, em áreas de preservação, a população opta por deixar a estrada de terra, como componente cultural, que faz parte da característica do lugar.  Ex: Na comunidade da Lagoa do Peri, em Florianópolis, o asfalto é visto como agente causador de invasão de pessoas e consequentemente desmatamento.
  • 21. Apropriação do território: Territorialização  O diagnóstico situacional (ou comunitário) é também a etapa inicial e fundamental do Planejamento Estratégico em Saúde (PES).  a prática da territorialização poderá ser realizada a pé ou de carro.  A atividade pode ser feita coletivamente com um dia pré-agendado com a participação de toda equipe ou, quando isso não for possível, pode ser realizada por cada profissional, individualmente.  Para finalizar nosso reconhecimento do território é importante que os membros da equipe conheçam a história da implantação da Unidade Básica de Saúde para analisar posturas e comportamentos atuais em saúde.
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  • 23. Ferramenta: mapa inteligente  A sistematização dos dados coletados pela equipe pode ser feita com o auxílio da construção de um mapa inteligente.  Os mapas inteligentes são ferramentas que ilustram cada micro-área com riqueza de detalhes e proporcionam para a equipe de saúde da família reflexão para diversas situações de saúde e planejamento de ações baseado no diagnóstico local.  Consideram a geografia e o ambiente, delimitação do território, pavimentação, áreas de risco, malha rodoviária e ferroviária, bem como o perfil populacional envolvendo os problemas de saúde das famílias.
  • 24. Como fazer o mapa do território  a construção do mapa inteligente deve ser realizada após o reconhecimento do território (Territorialização).  O mapa inteligente é um desenho gráfico do território como um todo e também o das micro-áreas da equipe que identifica sistematicamente:  as ruas,  as casas,  as famílias,  os equipamentos sociais,  a delimitação geográfica,  os marcadores de saúde  e outras características locais do território para auxiliar no planejamento estratégico em saúde baseado na realidade local. Conforme exemplos:
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  • 27. Outros tipos de mapas  Mapas do Ambiente e do Território:  conhecendo acidentes geográficos,  áreas com importância para a saúde (lixão, criatórios de animais, áreas sem saneamento, cruzamentos com alto índice de atropelamentos, fontes de poluição etc.),  áreas de risco e de grande pobreza,  praças e locais de lazer e esporte,  características da violência na comunidade,  enfim, tudo o que a equipe achar que é importante para intervir no processo saúde-doença.
  • 28. Outros tipos de mapas  Mapa do Preconceito:  podemos localizar lugares, espaços e situações onde se efetiva práticas de subordinação e exclusão das mulheres, de pessoas com orientações sexuais distintas, do negro, daquele entendido como louco, dos drogaditos, daquele com problema mental ou neurológico, etc.  Lugares de encontro: bares, eventos, quartinho no fundo de casa, etc.
  • 29. Outros tipos de mapas  Mapa da demanda com perfil dos usuários:  necessidades de saúde, alvo de demanda, fluxo, horários, etc e, de outro, fazer uma análise do processo de trabalho e da organização da Unidade de Saúde permitido aprofundar discussões sobre Adequação Ofertas-Demandas, Humanização e Resolutividade do serviços de saúde.
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  • 31. ATIVIDADE – CONSTRUÍNDO UM MAPA INTELIGENTE DO TERRITÓRIO