O documento discute a evolução da avaliação da qualidade nos serviços de saúde, desde Flexner em 1910 até os dias atuais. Aborda iniciativas de avaliação no Brasil como o PNASS e o Programa de Acreditação Hospitalar. Também destaca a importância da enfermagem na qualidade da assistência à saúde e fatores que influenciam essa qualidade como recursos humanos e participação do usuário.
2. antecedentes
Flexner, em 1910
Precursor na avaliação de programas de saúde
Trabalho de acreditação em escolas médicas nos EUA e Canadá
Marco para a qualidade do ensino e assistência médica, servindo para delinear outras profissões.
Seu estudo demarcou o início da chamada medicina científica, dominante até os dias atuais.
6. Donabedian(1992)
Qualidade, dificilmente consegue ter-se uma definição universal.
3 elementos podem ser observados na qualidade na saúde: aspectos técnicos, interpessoal e conforto/generosidade.
atualmente a Gestão da Qualidade produziu profundas mudanças nas relações entre a medicina e a sociedade. “controles administrativos e legais externos à profissão médica”(MATSUDA; ÉVORA, 2000*).
7. No Brasil
Despertar para a qualidade de produtos e serviços a partir da década de 80
Escassez de recursos financeiros e custos cada vez maiores.
Pressões vindas do governo, das indústrias, dos clientes, da rápida evolução da tecnologia médica
As instituições de saúde passam a avaliar sua forma de administrar e adotam um gerenciamento de qualidade.
8. Rede hospitalar do SUS
Caracteriza-se por ser muito heterogênea
Oferta de serviços e forma de organização e gestão.
Segundo dados do Ministério da Saúde, existem poucos estudos que permitam desenhar um diagnóstico preciso da dimensão gerencial dos estabelecimentos hospitalares no País.
9. Qualidade dos serviços de saúde no Brasil
Foram realizados para a melhoria da qualidade gerencial e assistencial dos estabelecimentos hospitalares.
Não se estruturou mecanismos de monitoramento e avaliação do real impacto dessas medidas.
Outras iniciativas específicas, como o Programa de Acreditação Hospitalar, mostraram-se pouco impactantes da maneira como foram implementados nos últimos anos.
10. O Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS)
Esforços no sentido de avaliar os serviços públicos de saúde, na busca da sua melhor resolubilidade e qualidade(BRASIL, 2004).
Cianciarulo (1997)
•Sempre existiu um controle informal da qualidade da assistência na Enfermagem.
•Preocupação secular das enfermeiras em seguir os procedimentos à risca, considerando que com isso garantir-se-iam os resultados desejados.
11. Qualidade da enfermagem No Brasil
Enfermagem: modelo funcional de trabalho fundamentado nos princípios de Taylor e Fayol;
Modelo da enfermagem norte-americana, decorrentes do movimento de padronização hospitalar ocorrido nos EUA.
12. Papel da enfermagem na qualidade da assistência
Maior tempo junto ao paciente
Viabilizam procedimentos
Interagem com família e acompanhantes
Beneficio da racionalização das rotinas
Padronização e maior segurança para os clientes
Participação no planejamento e
Maior tempo de interação com clientes (Nogueira, 1996).
13. Papel da enfermagem na qualidade da assistência
O cliente julga a organização pela qualidade do serviço de enfermagem
Maior grupo de profissionais
Contato direto com maior frequência e intensidade (Bader, 1998).
14. Como o cliente avalia a qualidade da enfermagem
Relações interpessoais
Competência técnica
Atributo da estrutura (cada, 2000)
15. Problemas para a qualidade da enfermagem
•Número reduzido de profissionais.
•Falta de conhecimento de abordagem
•Falta de comprometimento
•Resistencia à mudanças
•Heterogeneidade de conhecimentos
•Falta do espirito de equipe
•Falta de comprometimento da alta administração
•Missão, visão filosofia
•Excesso de burocracia (Matsuda, Évora, 2000)
16. Kurcgant(2010)
Quantitativo de RH
Qualificação profissional
Remuneração
Motivação para trabalhar com entusiasmo e criatividade
Aspectos importantes para a qualidade da assistência de enfermagem.
17. Participação do usuário
Fundamental para a qualidade da assistência à saúde
Profissionais devem estimular a participação do usuário
implementação de instrumentos para avaliar os programas de enfermagem
Nível de satisfação
Validade e confiabilidade das informações obtidas, tendo-se cautela na utilização de métodos e estratégias que não sejam tendenciosas ou induzam a respostas desejáveis.
18. conceito de qualidade
Incorporado à filosofia do serviço de saúde e na vontade política dos que nele atuam.
Intimamente ligada à dimensão de otimização dos recursos existentes sem risco para o clinte.
É fundamental garantir meios para que o cliente seja efetivamente protagonista do processo de busca da qualidade nos serviços de saúde(KURCGANT,2010*).
19. PNH
•As novas condições inauguradas nas organizações de saúde com a regulamentação do SUS no Brasil, criam novas bases materializadas, social e politicamente, em ações cuidadoras integrais e uma renovação do processo de trabalho.
•A influência do movimento de humanização modifica a assistência fundada numa relação interpessoal muito intensa, pois a saúde, mais do que outros serviços depende de um laço interpessoal particularmente forte e decisivo para a própria eficácia das ações.
20. concluindo
•A qualidade tem sentido quando objetiva melhorar a atenção à saúde do usuário.
•Essa melhoria envolve a humanização do atendimento, o atendimento das crescentes exigências e necessidades da população.
•Utilização de instrumentos para a tomada de decisões estratégicas, articulando-se ao uso racional dos recursos financeiros disponíveis e as peculiaridades inerentes à produção no setor saúde(CHAVES, 2005).
21. concluindo
•A prática do enfermeiro nos serviços de atenção às urgências: dimensão assistencial e gerencial do trabalho.
•Cuidar e gerenciar são dimensões indissociáveis do trabalho do enfermeiro, cada qual com especificidades, que têm o cuidado integral ao paciente como foco das ações.
•Acreditamos que ainda há muito a ser estudado considerando a contemporaneidade das mudanças no perfil epidemiológico da população, a reconfiguração dos serviços na perspectiva da rede de atenção às urgências e a dimensão da gerência do cuidado no trabalho.
22. Referências
•BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação Geral de Atenção Hospitalar.Reforma do Sistema da Atenção Hospitalar Brasileira. Brasília: Ministério da Saude, 2004.
•CIANCIARULO, T.Teoria e prática em auditoria de cuidados. São Paulo, Ícone, 1997.
•CHAVES L. D. P.Produção de internações nos hospitais sob gestão municipal em Ribeirão Preto- SP, 1996-2003.Ribeirão Preto-SP, 2005. 148 f. Tese (Doutorado em Enfermagem Fundamental) –Universidade de São Paulo –Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 2005.
•DONABEDIAN, A. Qualityassurancein healthcare: consumer’role. Qualityin HearthCare, v.1, p.1-5, 1992.
•KURCGANT, P.Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
•MATSUDA, L. M.; ÉVORA, Y. D. M.; BOAN, F. S. O foco no cliente no processo de atendimento de enfermagem: visão dos enfermeiros. Nursing. Edição brasileira. n. 29, p. 16-20. Outubro, 2000.