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Exame Físico em Saúde Mental

Enfermeiro na Hospital Universitário Regional de Maringá em Hospital Universitário Regional de Maringá
5 de Jun de 2016
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Exame Físico em Saúde Mental

  1. Aroldo GavioliExame Físico em Saúde Mental
  2. •Após entrevista. •Base para futuras comparações. •Imprescindível •Registrado na evolução de enfermagem. Avaliação do estado mental
  3. • Disfunções psicológicas • Causas de psicopatologia • Avalia: • Nível de consciência • Aparência geral • Fala, comportamento, humor e afeto • desempenho intelectual, julgamento, insight, percepção e conteúdo do pensamento. Objetivo de Avaliar o estado mental
  4. • Conscientes, letárgicos, torporosos ou comatosos. • A abertura ocular é espontânea ou existe necessidade de estimulo para a abertura ocular? • a resposta verbal e a coordenação dos movimentos motores são espontâneos? • Qual o estímulo necessário para evocá-los? Nível de consciência
  5. • incluem: • Torpor: a pessoa não desperta senão com estímulos dolorosos e quando cessa o estimulo, volta ao estado de inconsciência. • Coma: grau profundo de inconsciência. • Delirium: redução da concentração, desorganização do pensamento, desorientação espaço-temporal (alteração qualitativa). • Estados hipnagógicos com convulsões parciais e estados de dissociação que acompanham alguns distúrbios psiquiátricos. Nível de consciência
  6. • A consciência depende de estruturas encefálicas do tegumento mesencefálico e puntino cefálico. • Para afetar a consciência, as lesões corticais têm de ser difusas (o que inclui causas metabólicas tóxicas) ou bilaterais. • A patologia focal em um dos hemisférios pode afetar a consciência se o edema afetar o outro hemisfério. Nível de consciência
  7. • Reflete estado emocional e mental. • Vestido e arrumado adequadamente para a idade? • Pele, cabelos, unhas e dentes limpos? • Maneira de vestir é apropriada? • Se for mulher, o uso de cosméticos e maquiagem foram aplicados corretamente? • Autodescaso (perda do colorido). • depressão Aparência geral
  8. • Descrever o aspecto geral do paciente, a vestimenta e os cuidados pessoais. • A cooperação com o entrevistador e o contato ocular devem ser observados. • O nível de atividade deve ser avaliado (p. ex., agitação ou retardo psicomotor). • Movimentos involuntários, tiques ou postura do corpo. • Assimetrias no vestuário ou nos cuidados pessoais, que possam ser devidas à negligência unilateral, por exemplo, devem ser observadas. Aspecto e atitude
  9. •Avalia a postura e a atitude do paciente ao entrar para a entrevista •Gestos, Maneirismos e atitude comportamento
  10. • Denomina duas funções psíquicas diferentes: a. Vigilância, o grau em que o paciente pode selecionar estímulos adequados para perceber e processar, e b. Concentração, o grau em que o paciente é capaz de manter aquela atenção. Atenção
  11. • Avaliar antes de outras funções cognitivas. • ↓: ansiedade, mania, depressão ou disfunção cerebral difusa resultante, por exemplo, de ingestão de drogas, delirium, lesões cranianas ou lesão cortical (principalmente frontal). • O nível de consciência do paciente e outros achados devem ajudar a distinguir esses estados. • Anormalidades da atenção e da consciência concomitantemente indicam mais provavelmente a síndrome cerebral orgânica. Atenção
  12. • Capacidade do paciente perceber estímulos em todas as esferas sensitivas. • A ↓ pode ser testada através da realização de um exame sensorial. • A ausência de percepção é mais frequentemente devida a um AVC do hemisfério não dominante. Atenção
  13. • Emoção abrangente que colore a percepção que a pessoa tem do mundo, sendo difusa e prolongada, referindo a suas emoções predominante. • Eutímico: humor normal • Disfórico: estado de animo desagradável. • Irritável: facilmente provocado até a raiva. • Lábil: oscilações súbitas. • Eufórico: morbidamente exagerado. • Deprimido: tristeza patológica. Humor
  14. •Padrão observável de dos sentimentos atuais do paciente. O afeto é mais variável no tempo do que o humor. Afeto
  15. • Espectro: normal (ou amplo); restrito ou embotado. Depende do contexto cultural do paciente. • Amplitude: excessiva (p. ex., raiva excessiva), normal ou reduzida (na intensidade da expressão afetiva). • Inadequado: Evidencia de discordância do conteúdo do discurso do paciente. • Lábil: varia de modo abrupto e rápido. Afeto (espectro e amplitude)
  16. • Distinguir a apatia, sugestiva de lesão do lobo frontal, do afeto deprimido ou embotado. • Pode ser difícil fazê-lo com precisão; • Importante buscar outros achados psíquicos que confirmem a presença de uma ou outra síndrome (p. ex., perseverarão para lesão frontal, culpa ou autoestima diminuída na depressão). Afeto
  17. • Capacidade de se situar adequadamente no tempo (hora, dia, mês, ano), no espaço (lugar) e a si próprio. E. Orientação • Espacial: incapacidade de reconhecer o ambiente em que se encontra. • Autopsíquica: incapacidade de fornecer dados sobre si. • Temporal: incapacidade de se orientar cronologicamente Desorientação:
  18. • Principal instrumento de comunicação dos seres humanos. É avaliada na quantidade, velocidade, volume e qualidade. • Pobreza: restrição na qualidade, resposta monossilábicas. • Logorréia: aumento na velocidade. • Pressão da fala: rápida, ↑ em quantidade, dificilmente interrompida. Fala
  19. •Bradilalia: ↓ da velocidade. •Tom alto ou baixo: perda da modulação do volume. •Mutismo: falta de produção da fala, sem anormalidades estruturais. Fala
  20. • É o fluxo das ideias, símbolos e associações, com um objetivo. É composto e curso, forma e conteúdo • CURSO: é o fluxo do pensamento, que se apresenta normal, lento ou acelerado. • Fuga das ideias: produz mudança de uma ideia para outra, as quais tendem a estar conectadas PENSAMENTO
  21. • É a estrutura básica que as ideias se apresentam, de forma lógica e organizada. • Incoerência: fala incompreensível, sem conexões lógicas. • Afrouxamento das associações: as ideias mudam de uma tema para outro de modo desconexo. • Desagregação: perda da unidade, do fluxo do discurso, tornando-se sem sentido. • Ecolalia: repetição de palavras ou frases, com tendência de repetição e persistência. Pensamento: forma
  22. • Pobreza de conteúdo: caráter vago, repetições vazias. • Controle: delírio de que é controlado por outra pessoas ou forças. • Obsessão: persistência de um pensamento irresistível e geralmente aversivo. • Fobia: temor persistente, irracional e irracional. • Delírio: falsa crença, baseada em inferência incorreta sobre a realidade. Passa-se a viver em um mundo autístico. • Coprolalia: vulgaridade do discurso. Pensamento: conteúdo
  23. • Reação a um estimulo físico nos órgãos do sentido. • Hiperestesia: anormalmente aumentadas. • Hipoestesia; diminuição da sensibilidade aos estímulos. • Ilusão: percepção de um objeto real e presente, mas comumente visual. • Alucinose: alucinação dotada de grande nitidez sensorial, reconhecida como patológica. A alucinação não tem relação com objetos reais e pode ser auditivas, visuais, táteis e outras. Percepção:
  24. • Função psíquica extremamente complexa de registro, armazenamento e recuperação de informações. • Perturbações quantitativas: • amnésia (incapacidade de recordar). • hipermnésia (grau exagerado de retenção ou recordação). Memória
  25. • Perturbações qualitativas: • déjà-vu (ilusão de reconhecimento visual na qual nova situação é reconhecida como repetição de lembranças anteriores. • Amnésia lacunar ou blecaute: incapacidade de recordar fatos sucedidos em um intervalo de tempo. Memória
  26. •Capacidade de entender, recordar, mobilizar e integrar construtivamente o aprendizado anterior. •Relaciona-se com vocabulário e o fundo geral de conhecimentos. Inteligência
  27. • Retardo mental: falta de inteligência que interfere no desempenho social e ocupacional, podendo ser adquirido ou congênito. • Pode ser de leve (QI DE 50 A 69); Moderado (QI de 35 a 59); grave (QI de 20 a 34) e profundo (QI abaixo de 20). Inteligência
  28. • Capacidade de julgar uma situação e de agir apropriadamente. • Crítico: capacidade de discernir e escolher adequadamente . • Automático: desempenho reflexo de uma ação. • Prejudicado: redução da capacidade de compreender e agir adequadamente frente a uma situação. julgamento
  29. • Capacidade de julgar uma situação e de agir apropriadamente. • Crítico: capacidade de discernir e escolher adequadamente . • Automático: desempenho reflexo de uma ação. • Prejudicado: redução da capacidade de compreender e agir adequadamente frente a uma situação. Julgamento
  30. •Grau de compreensão de que está doente. Pode ser: •Negação completa. •Consciência de estar doente. •Consciência de que a doença e devida a algo desconhecido. Insight
  31. • Insight intelectual: reconhecimento de que a doença é devida a sentimentos irracionais ou perturbações dele próprias. Sem aplicação em experiências futuras. • Verdadeiro insight emocional: consciência emocional dos motivos e sentimentos do paciente, com reflexos em sua vida futura. Insight
  32. • Passagem de uma intenção a uma ação, processo que envolve etapas da intenção, deliberação, pragmatismo e execução. • Pragmatismo: capacidade de transformar ideias e vontades em comportamentos e ações práticas, determinando a execução ou a interrupção das tarefas pelo indivíduo. Vontade
  33. • Apragmatismo: incapacidade de realizar condutas volitivas elementares como os cuidados de higiene pessoal e AVD. • Abulia: falta de vontade, abolição da motivação e da iniciativa. • Hiperbulia: aumento da quantidade de energia, vigor e motivação. Vontade
  34. • Impulsos são necessidades inatas para determinado comportamento. • Controle dos impulsos é a critica relacionada aos comportamentos socialmente adequados, representando uma medição do perigo potencial a si mesmo e aos outros. Impulsividade
  35. • É a consciência de estar vivo, de existir plenamente e de estar fisicamente presente. De sentir-se com ser independente e idêntico ao longo da existência. • Atributos do EU: atividade, execução, unidade, identidade, oposição do eu ao mundo externo. Consciência do EU
  36. •Comportamentos que atual num nível inconsciente para proteger o ego e reduzir o estresse Mecanismos de defesa
  37. •Repetição de certas ações para afastar a ansiedade atuação
  38. Conflito Id X Superego Frustração (Id) Tensão (Ego) “Escape”: Comportamento agressivo Álcool/Drogas Mecanismos de defesa do Ego (contenção das pulsões)  Habitualmente: Pressão (Superego)
  39. MECANISMOS DE DEFESA Processos psíquicos inconscientes que aliviam o ego do estado de tensão psíquica entre o id, o superego e as fortes pressões que emanam da realidade externa. Devido a esse jogo de forças presente na mente, em que as mesmas se opõem e lutam entre si, surge a ansiedade cuja função é a de assinalar um perigo interno. Esses mecanismos entram em ação para possibilitar que o ego estabeleça soluções de compromisso (para problemas que é incapaz de resolver), ao permitir que alguns componentes dos conteúdos mentais indesejáveis cheguem à consciência de forma disfarçada.
  40. MECANISMOS DE DEFESA DO EGO Estratégias inconscientes que os indivíduos “encontram” para diminuir a angustia nascida dos conflitos anteriores Situação que ocorre a partir do momento em que o superego se constitui e passa a impor ao id as regras e normas sociais, criando assim, um obstáculo intrínseco à satisfação das pulsões do Id. São divididas em: • A) Defesas bem sucedidas – que geram o cessação daquilo que se rejeita. • B) Defesas ineficazes que exigem repetição ou perpetuação do processo de rejeição.
  41. NEGAÇÃO Mais Simples e mais ineficiente Tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram. Recusa-se a reconhecer fatos reais e os substitui por imaginários.
  42. REPRESSÃO Consiste em afastar uma determinada coisa do consciente, mantendo-a à distância -no inconsciente. Entretanto, o material reprimido continua fazendo parte da psique, apesar de inconsciente, e que continua causando problemas. Segundo Freud, a repressão nunca é realizada de uma vez por todas e definitivamente, mas exige um continuado consumo de energia para se manter o material reprimido. Para ele os sintomas histéricos com freqüência têm sua origem em alguma antiga repressão. Algumas doenças psicossomáticas, tais como asma, artrite e úlcera, também poderiam estar relacionadas com a repressão. Também é possível que o cansaço excessivo, as fobias e a impotência ou a frigidez derivem de sentimentos reprimidos. Ex :Uma vítima de acidente não consegue se lembrar de nada a respeito do acidente.
  43. REGRESSÃO É um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade. A regressão é um modo de defesa bastante primitivo e, embora reduza a tensão, frequentemente deixa sem solução a fonte de ansiedade original. Ex: Ao ser hospitalizado devido a amigdalite, Pedro de 2 anos, só mama na mamadeira, embora sua mãe diga que ele está tomando leite no copo há seis meses.
  44. DESLOCAMENTO Substituição do objeto de pulsão por outro socialmente aceito Ex: criança que destrói os seus brinquedos, quando proibida pela mãe de ir brincar com os amigos Deslocamento A transferência de sentimentos de um alvo para outro, que é considerado menos ameaçador ou é neutro.
  45. Deslocamento Ex: O profundo sentimento de repulsa que o contato com o estuprador lhe provocou permanece pronto para aflorar: purifica-se por meio do ritual higienizante. O mecanismo de defesa do psiquismo desloca para o corpo o que não pode realizar na mente - a purificação. (TOC) Durante uma discussão, por exemplo, a pessoa tem um forte impulso em socar o outro, entretanto, acaba deslocando tal impulso para um copo, o qual atira ao chão.
  46. RACIONALIZAÇÃO Trata-se de “criação de desculpas falsas, mas plausíveis para poder justificar um comportamento inaceitável. É um modo de aceitar a pressão do Superego, de disfarçar verdadeiros motivos, de tornar o inaceitável mais aceitável. Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização impede a pessoa de aceitar e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, apesar de menos recomendáveis. Ex:"Eu bebo porque esta é a única maneira que tenho para lidar com meu casamento fracassado e meu emprego ainda pior”
  47. PROJEÇÃO O indivíduo atribui a um objeto externo suas próprias tendências inconscientes inaceitáveis para seu superego, percebendo-as então como características próprias do objeto. Consiste, portanto, em atribuir tendências próprias a outras pessoas ou coisas. É o mecanismo defensivo mais destacado na paranóia. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo.
  48. PROJEÇÃO A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma. Alguém que afirma textualmente que "todos nós somos algo desonestos" está, na realidade, tentando projetar nos demais suas próprias características. Ou então, dizer que "todos os homens e mulheres querem apenas uma coisa, sexo", pode refletir uma Projeção nos demais de estar pessoalmente pensando muito a respeito de sexo. Outras vezes dizemos que "inexplicavelmente Fulano não gosta de mim", quando na realidade sou eu quem não gosta do Fulano gratuitamente.
  49. SUBLIMAÇÃO A energia associada a impulsos e instintos socialmente e pessoalmente constrangedores é, na impossibilidade de realização destes, canalizada para atividades socialmente meritosas e reconhecidas. Ex: A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimado na paixão pela leitura ou pela arte. Uma mãe cujo filho foi morto por um motorista embriagado canaliza sua raiva e energia para ser a presidente da seção local da Mães contra motoristas Bêbados.
  50. COMPENSAÇÃO Encobrir uma fraqueza real ou percebida enfatizando uma característica que se considera mais desejável Ex:Um menino deficiente físico não consegue jogar futebol, por isso compensatornando-se muito estudioso.
  51. IDENTIFICAÇÃO Representa a forma mais precoce e primitiva de vinculação afetiva. Consiste em sua forma mais típica, em transferir o acento psíquico do objeto para o ego, ou seja, o ego incorpora o objeto. A identificação pode ser parcial ou total. Ex :Num caso de identificação parcial, por exemplo, o aluno fuma cachimbo, como faz o professor; mas numa identificação total ele estuda e mantém uma atitude geral idêntica à do mestre.
  52. FORMAÇÃO REATIVA Leva o ego a efetuar aquilo que é totalmente oposto às tendências do id que se pretende rechaçar. Num esforço para criar formações reativas como defesa contra os instintos, originam- se traços caracterológicos de natureza distinta. Ex: se ela luta contra tendências agressivas, cairá numa bondade indiscriminada e rígida.
  53. ISOLAMENTO Separar um pensamento ou recordação do sentimento, afeto ou emoção a eles associados. Esse tipo de defesa observa-se particularmente nos neuróticos obsessivos, que conhecem conscientemente, na maioria dos casos, o fato que foi a causa dos seus sintomas, mas não sabem conscientemente que os mesmos sintomas provêm daquela vivência. Ex: Uma mulher jovem descreve como foi atacada e estuprada, sem demonstrar nenhuma emoção.
  54. REFERÊNCIAS Lippincott Willians & Wilkins. Enfermagem Psiquiátrica. I. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. 510 p.(Revisão técnica de Márcia Tereza Luz Lisboa. Série Incrivelmente fácil). Sarat. CNF et al., Enfermagem. Anhanguera Publicações. Valinhos-SP, 2010.
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