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 Depósito de sais de cálcio no manguito rotador: afecção
comum.
 Etiologia desconhecida.
 Curso natural da doença:reabsorção dos depósitos de
cálcio ao longo do tempo; resolução do processo
inflamatório.
 Em alguns casos, esse processo pode ocorrer sem
qualquer sintomatologia, ou com dor aguda durante os
períodos de reabsorção do cálcio.
 PAINTER (1907): o primeiro a descrever esta
afecção
 CODMAN: os depósitos de cálcio não estão
localizados na bursa, mas nos tendões abaixo
dela.
 MACLAUGHLIN descrevia esta entidade como
um “furúnculo químico”.
 NEER disse que a ressecção dos depósitos de
cálcio era o tipo de cirurgia de ombro mais
comumente realizado no passado, tornando-se
uma afecção de rara indicação cirúrgica na
atualidade.
 CODMAN:
 Mais ou menos meia polegada proximal a sua inserção
 Degeneração prévia do manguito rotador.
 Depósito de cálcio.
 Doença mais comum após os 40 anos.
 ROCKWOOD:
 Sustenta que não há degeneração.
 Segundo ele , ocorre um processo irregular de depósito de
cálcio em uma área hipovascularizada, como é o caso da zona
de inserção do supra-espinal.
 Três fases:
▪ Pré-cálcica.
▪ Cálcica.
▪ Pós-cálcica.
 NEER:
 O impacto no espaço subacromial não é a causa do
insulto local na maioria das vezes.
 Ele teoriza a doença com 4 causas diferentes de
dor:
▪ O cálcio irrita quimicamente o tecido muscular.
▪ O edema local produz tensão no tecido.
▪ O músculo edemaciado e a bursa engrossada sofrem
fibrose pela irritação química, desenvolvendo um quadro
semelhante à síndrome do impacto.
▪ Ombro congelado devido ao repouso prolongado.
 1: pequeno, 0,5 mm
 2: médio, 0,5 <1,5 mm
 3: grande, >1,5 mm
 Normalmente os grandes são os que dão
os sintomas
 Hialinização focal de fibras que se tornam
fibriladas e são arrancadas do tendão
circundante normal
 Essas fibras são trituradas com a
movimentação, formando substância
semelhante a um cisto, consistente de
detritos necróticos nos quais a
calcificação ocorre
 Degeneração
 Incidência: 2,7-20%.
 Sem relação com trauma ou atividades físicas.
 Assintomático: 60%.
 Calcificação do supra-espinal: 80% dos casos.
 Sexo feminino: 75% dos casos.
 Lado direito (60%).
 Bilateral (25-50%).
 Faixa etária: 4ª década; rara após os 60 anos de
idade.
 Dor: sintoma mais importante.
 Dor: leve a incapacitante, podendo ocorrer
capsulite adesiva.
 Ao exame físico:
 Dor a palpação sobre a área de depósito, na inserção
do supra-espinal, durante os movimentos rotatórios
da cabeça do úmero.
 ADM ativa e passiva diminuídas na fase aguda.
 Não há relação entre o tamanho do depósito e a
presença ou intensidade da dor (?)
 Fase aguda: 2 semanas.
 Subaguda até 8 semanas.
 Crônica: 12-16 semanas.
 A dor pode irradiar para o deltóide, face lateral
do braço e cotovelo.
 Os testes irritativos são positivos devido à
inflamação do supra-espinal.
 O depósito de cálcio ocorre dentro de um dos
tendões do manguito rotador. (principalmente do
músculo supra-espinal).
 Incidências:
 AP verd : tendão do SE
 AP com RI: tendão do IE e Rm
 AP com RE: tendão do Subescapular
 Axilar
 Perfil da escápula.
 TC e RNM: podem auxiliar no diagnóstico (?)
 2 tipos de aparência radiológica:
 Tipo 1: na fase aguda ou reabsorvida, em que não há
delimitação precisa das bordas do depósito.
 Tipo 2: na fase subaguda ou crônica, em que ocorre
homogeneidade na densidade do depósito e as bordas são
bem delimitadas.
 Calcificações distróficas
- processo concomitante de osteoartrite e
lesão do manguito rotador
- Calcificações menores e localizam-se
sobre o tubérculo maior
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 Deve ser sempre realizado, como forma de
primeiro atendimento.
 Tratamento variável conforme a fase
(formação / reabsorção)
 Fase formação:
 Abordagem conservadora
 Fisioterapia para manter a mobilidade total da
articulação glenoumeral
 Preferir manter o braço em abdução
 Fase formação:
 Calor local
 AINE nas fases agudas e subagudas
 Ultra-sonografia
 Terapia por ondas de choque
 Corticóides + anestésicos locais
 Punção de depósitos
 Reavaliação a cada 4 semanas (clinica e
radiologicamente)
 Fase de reabsorção:
 Na presença de sintomas agudos ou
subagudos, lavagem do depósito / punção
 Em seguida colocação de gelo local, e
exercícios pendulares e após Aine e melhora
da dor, fisioterapia ativa para ganho ADM e
fortalecimento muscular
 Indicações específicas:
 Progressão dos sintomas.
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durante a noite ou durante o lazer.
 Ausência de melhora dos sintomas após
tratamento conservador correto por pelo
menos 90 dias.
 Migração intra óssea da massa calcária
 Técnicas:
 Via aberta, com ressecção do depósito mais
descompressão do espaço subacromial
(acromioplastia + bursectomia + liberação do
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 Tecnica cirúrgica: incisão do acromio ao processo
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Tendinite calcaria

  • 2.  Depósito de sais de cálcio no manguito rotador: afecção comum.  Etiologia desconhecida.  Curso natural da doença:reabsorção dos depósitos de cálcio ao longo do tempo; resolução do processo inflamatório.  Em alguns casos, esse processo pode ocorrer sem qualquer sintomatologia, ou com dor aguda durante os períodos de reabsorção do cálcio.
  • 3.  PAINTER (1907): o primeiro a descrever esta afecção  CODMAN: os depósitos de cálcio não estão localizados na bursa, mas nos tendões abaixo dela.  MACLAUGHLIN descrevia esta entidade como um “furúnculo químico”.  NEER disse que a ressecção dos depósitos de cálcio era o tipo de cirurgia de ombro mais comumente realizado no passado, tornando-se uma afecção de rara indicação cirúrgica na atualidade.
  • 4.  CODMAN:  Mais ou menos meia polegada proximal a sua inserção  Degeneração prévia do manguito rotador.  Depósito de cálcio.  Doença mais comum após os 40 anos.  ROCKWOOD:  Sustenta que não há degeneração.  Segundo ele , ocorre um processo irregular de depósito de cálcio em uma área hipovascularizada, como é o caso da zona de inserção do supra-espinal.  Três fases: ▪ Pré-cálcica. ▪ Cálcica. ▪ Pós-cálcica.
  • 5.  NEER:  O impacto no espaço subacromial não é a causa do insulto local na maioria das vezes.  Ele teoriza a doença com 4 causas diferentes de dor: ▪ O cálcio irrita quimicamente o tecido muscular. ▪ O edema local produz tensão no tecido. ▪ O músculo edemaciado e a bursa engrossada sofrem fibrose pela irritação química, desenvolvendo um quadro semelhante à síndrome do impacto. ▪ Ombro congelado devido ao repouso prolongado.
  • 6.  1: pequeno, 0,5 mm  2: médio, 0,5 <1,5 mm  3: grande, >1,5 mm  Normalmente os grandes são os que dão os sintomas
  • 7.  Hialinização focal de fibras que se tornam fibriladas e são arrancadas do tendão circundante normal  Essas fibras são trituradas com a movimentação, formando substância semelhante a um cisto, consistente de detritos necróticos nos quais a calcificação ocorre  Degeneração
  • 8.
  • 9.  Incidência: 2,7-20%.  Sem relação com trauma ou atividades físicas.  Assintomático: 60%.  Calcificação do supra-espinal: 80% dos casos.  Sexo feminino: 75% dos casos.  Lado direito (60%).  Bilateral (25-50%).  Faixa etária: 4ª década; rara após os 60 anos de idade.
  • 10.  Dor: sintoma mais importante.  Dor: leve a incapacitante, podendo ocorrer capsulite adesiva.  Ao exame físico:  Dor a palpação sobre a área de depósito, na inserção do supra-espinal, durante os movimentos rotatórios da cabeça do úmero.  ADM ativa e passiva diminuídas na fase aguda.
  • 11.  Não há relação entre o tamanho do depósito e a presença ou intensidade da dor (?)  Fase aguda: 2 semanas.  Subaguda até 8 semanas.  Crônica: 12-16 semanas.  A dor pode irradiar para o deltóide, face lateral do braço e cotovelo.  Os testes irritativos são positivos devido à inflamação do supra-espinal.
  • 12.  O depósito de cálcio ocorre dentro de um dos tendões do manguito rotador. (principalmente do músculo supra-espinal).  Incidências:  AP verd : tendão do SE  AP com RI: tendão do IE e Rm  AP com RE: tendão do Subescapular  Axilar  Perfil da escápula.
  • 13.  TC e RNM: podem auxiliar no diagnóstico (?)  2 tipos de aparência radiológica:  Tipo 1: na fase aguda ou reabsorvida, em que não há delimitação precisa das bordas do depósito.  Tipo 2: na fase subaguda ou crônica, em que ocorre homogeneidade na densidade do depósito e as bordas são bem delimitadas.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.  Calcificações distróficas - processo concomitante de osteoartrite e lesão do manguito rotador - Calcificações menores e localizam-se sobre o tubérculo maior http://traumatologiaeortopedia.com /
  • 20.  Deve ser sempre realizado, como forma de primeiro atendimento.  Tratamento variável conforme a fase (formação / reabsorção)
  • 21.  Fase formação:  Abordagem conservadora  Fisioterapia para manter a mobilidade total da articulação glenoumeral  Preferir manter o braço em abdução
  • 22.  Fase formação:  Calor local  AINE nas fases agudas e subagudas  Ultra-sonografia  Terapia por ondas de choque  Corticóides + anestésicos locais  Punção de depósitos  Reavaliação a cada 4 semanas (clinica e radiologicamente)
  • 23.  Fase de reabsorção:  Na presença de sintomas agudos ou subagudos, lavagem do depósito / punção  Em seguida colocação de gelo local, e exercícios pendulares e após Aine e melhora da dor, fisioterapia ativa para ganho ADM e fortalecimento muscular
  • 24.  Indicações específicas:  Progressão dos sintomas.  Dor que interfira nas atividades diárias, durante a noite ou durante o lazer.  Ausência de melhora dos sintomas após tratamento conservador correto por pelo menos 90 dias.  Migração intra óssea da massa calcária
  • 25.  Técnicas:  Via aberta, com ressecção do depósito mais descompressão do espaço subacromial (acromioplastia + bursectomia + liberação do ligamento coracoacromial).  Tecnica cirúrgica: incisão do acromio ao processo coracóide, separação das fibras do deltóide, incisão no tendão no sentido das fibras e curetagem da massa cálcica, reaproximação das bordas do tendão  Via artroscópica (maior indicação).
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