Este documento descreve a Síndrome do Impacto Subacromial, uma patologia causada pela compressão das estruturas no espaço subacromial. Apresenta os fatores de risco, sintomas, exames e tratamentos. O diagnóstico é clínico e confirmado por exames de imagem como ressonância magnética. O tratamento varia de conservador a cirúrgico como acromioplastia aberta ou artroscópica, dependendo do estágio da lesão.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Síndrome do Impacto Subacromial: Causas, Diagnóstico e Tratamento
1. Dr. Omar Mohamad M. Abdallah
R2 de Ortopedia e Traumatologia
Hospital Santa Rita
SÍNDROME DO IMPÁCTO
2. INDRODUÇÃO
• Patologia ocasionada pela compressão das estruturas que se
situam no espaço subacromial .
• Atualmente sabe-se que a dor no ombro corresponde á
segunda maior incidência em consultório ortopédico cuja causa
são variadas de lesões do manguito rotador .
• Esta elucidação diagnóstica deve-se ao aumento da prática de
esportes na terceira idade( principalmente os que utilizam o
MMSS ) além da modernização dos exames .
3. • Inflamação :
Manguito rotador
Cabo longo do Bíceps DOR
Bursa
• 95% das lesões do MR Sindrome do Impácto
4. • Ocorre microtraumas de repetição entre o
tubérculo maior e o arco coracoacromial .
• Levando a um processo inflamatório com edema
e diminuição do espaço sub-acromial .
5. • Músculos do Manguito rotador:
Sub – escapular;
Supra – espinhal;
Infra – espinhal;
Redondo menor.
• Função:
Estabilidade, mobilidade;
Nutrição da art. Glenoumeral .
• Área critica de codman:
1 cm da inserção do M. Supra espinhal.
6. • Abdução:
Vasos dos M. supra espinhal e cabo longo do biceps iram estar livres e
cheios .
• Adução:
Tracionados comprimidos levando a uma hipovasculares;
Area critica 1cm largura = impacto
7. • Neer 1972:
Descreveu a síndrome do impacto. Ele dissecou 100 escápulas
e encontrou evidências de choque mecânico em 11.
• Espaço subacromial 7mm
8. • Elevação do MS com traumas de repetição entre o tubérculo maior e
o arco coracoacromial gera lesão no espaço sub-acromial .
• Levando a um aumento da compressão dentro da cavidade anatômica
limitanda ao espaço e afetando os tecido cercados ;
• Associado há hopovascularização acarreta Sindrome do Impacto
9. • Compressão mecânica do MR sob a porção Antero–inferior do
acrômio.
• Bigliani:
Acrômio Reto 74%
Acrômio Curvo 26%
Acrômio Ganchoso Formação osteofitária.
10. ESTÁGIO DE NEER ESTÁGIO I EDEMA E HEMORRAGIA
• <25 anos de idade, uso excessivo do membro
Limitação de ADM
Dor
Força muscular
• Manobras de impacto +
• Diagnóstico diferencial:
- Subluxação, artrite
• Tratamento:
Conservador
Bom prognostico
11. ESTÁGIO DE NEER ESTÁGIO II FIBROSE E TENDINITE
• 25 a 40 anos de idade
• Fibrose do tendão
• Consequência de microtraumas
• Diferencial:
Ombro congelado,
Tendinite cálcaria
• Clinica :
Imagem semelhanta ao estagio 1
Diferenciando pela pior resposta ao tto e evolução arrastada
• Tratamento:
Considerar bursectomia ou divisão do ligamento coracoacromial
12. ESTÁGIO DE NEER ESTÁGIO III RUPTURA
• > 40 anos
• Microtraumas
• Rupturas tendinosas
• Clínica:
Apresenta incapacidade
Lesão do Iinfra-espinhal
Lesão Sub-Escápular
Lesão do Cabo Longo do Bíceps Ruptura
• Tratamento:
Acromioplastia
Reparo do manguito rotador
13. IMPACTO SECUNDÁRIO:
• Redução do espaço subacromial devido à instabilidade
funcional da glenoumeral ou escapulotorácica.
• Fatores intrínsecos :
Relacionados com alterações fisiológicas das estruturas do
espaço subacromial .
• Fatores extrínsecos:
relacionados com o impacto mecânico nas estruturas .
14. FATORES INTRÍNSECOS
• Força muscular :
MR pode levar a uma elevação da cabeça umeral Levando ao
impacto.
• Uso excessivo:
Movimentos repetitivos acima da cabeça.
Ocorre fricção devido do espaço subacromial
gerado pelo processo inflamatório.
• Hipovascularização tendínea:
Hipovascularização na inserção muscular devido
pressão continua entre a tubérculo maior e a porção
ântero - inferior do acrômio.
15. FATORES EXTRÍNSECOS IMPACTO MECÂNICO
• Impacto subacromial :
Acrômio Bigliani Tipo I: reto; Tipo II: curvo; Tipo III: ganchoso
Levando a uma degeneração do MR causada pelo impacto contra a porção ântero-
inferior do acrômio, o ligamento coraco-acromial e a articulação acrômio-clavicular.
• Instabilidade glenoumeral:
Para compensar a instabilidade ocorre um ajuste na biomecânica muscular durante o
movimento sobre a cabeça, levando a um impacto.
• Impacto com o processo coracóide:
Menos comum, dor na porção ântero-medial do ombro sendo referia para o braço e
antebraço, dor provocada durante flexão e rotação interna.
• Os acromiale:
Epífise acromial anterior não unida, tracionada pelo ligamento coraco-acromial e se inclina
anteriormente, ocasionando o impacto.
16. QUADRO CLÍNICO
• A incapacidade funcional do ombro para atividades acima da cabeça,
indicando uma lesão extensa no MR.
• Dor no ombro com irradiação para escapula ou cotovelo
• Piora noturna;
• Dor maior enquanto o músculo está integro ou com uma ruptura parcial;
Quando há a ruptura ocorre relaxamento das fibras levando uma
redução do quadro álgico
• Crepitação:
Devido a ruptura da bursa subacromial
Fase II e III de Neer
17. DIAGNÓSTICO
• Clínica :
Trauma;
Tempo de evolução, dor aos movimentos e a noite ;
Exame Físico .
18. DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO
• Teste do impacto de Neer – o MS em extensão e rotação neutra
é elevado passivamente, onde o tubéculo maior projeta-se contra
o acrômio, gerando dor caso haja impacto.
Irritação da bolsa serosa e do tendão do supra-espinhal.
Dor é um sinal de impacto subacromial ou ruptura do manguito rotador .
19. DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO
• Teste do impacto de Hawkins-Kennedy: MS em 90° de
elevação, rotação neutra e cotovelo a 90° é passivamente
rodado para dentro, onde o tubérculo maior é jogado contra o
lig. coracoacromial e o tubérculo menor contra o processo
coracóide.
Gerando dor se houver impacto .
20. DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO
• Teste do impacto de Yokum – O paciente coloca a mão sobre o
ombro oposto e procura fletir o braço, elevando o cotovelo
ativamente, nesse teste o tubérculo maior desloca-se sob o lig.
coracoacromial e sob a articulação acromioclavicular.
Gerando dor se houver osteófitos nesta articulação.
21. DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO
• Teste de Jobe – Ombro em rotação interna, abdução de 45° e
cotovelos extendidos, faz-se uma elevação contra a resistência,
testa-se os 2 lados ao mesmo tempo;
Usado para avaliar o tendão do supra espinhoso.
Sensibiliza a tensão exercida no tendão do supra-espinhoso.
22. EXAMES COMPLEMENTARES – IMAGEM
• Radiografia AP:
Observa-se o achatamento, esclerose e cistos subacromias ao nível da grande tuberosidade.
• Em AP com 30º caudal:
Visualiza-se claramente a presença do esporão ântero-inferior do acrômio.
• No perfil da escápula:
Observa-se a forma do acrômio e confirma-se a presença do esporão acromial.
• AP com 10º cefálico ( zanca )
Observa articulação acrômio-clavicular, local importante de dor pela presença de osteoartrose e
esporões inferiores.
23. EXAMES COMPLEMENTARES – IMAGEM
• Artrografia:
Invasivo e demonstra as rupturas totais e, eventualmente, as
parciais, sendo substituído pela USG.
• Ressonância magnética:
Avaliação do manguito rotador, qualidade dos tendões, na fase
inflamatória ou na ruptura .
Padrão Ouro
24. TRATAMENTO
• Depende :
Estágio da lesão ;
Qualidade do tendão;
Extensão da lesão ;
Idade do paciente;
Atividade cotidiana;
Psiquismo .
25. TRATAMENTO
• Tratamento conservador :
Combater a dor;
Reestabelecer ADM;
Fortalecimento muscular
Esperar melhora dentro de 4-8 semanas
26. TRATAMENTO
• Acromioplastia aberta:
Taxa de sucesso de 85%;
Tecnica inadequada 15%.
• Tecnica descrita por Neer:
A remoção do lábio anterior do acrômio;
A remoção de parte do acrômio anterior à borda anterior da
clavícula;
A remoção distaL de 1 a 1,5 cm de clavícula, se alterações
degenerativas significativas são encontrados.
27. TRATAMENTO
• ARTROSCÓPICO:
Menos invasivo;
Menor morbidade;
Reabilitacão mais rápida ;
• Acromioplastia Artroscópica:
Maior taxa de remoção óssea inadequada, comparada com
a tecnica aberta.