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ARTROPLASTIA
PRIMÁRIA DO
QUADRIL
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INTRODUÇÃO
 1817 / 1821: Shmaltz e White relataram casos de
ressecção artroplástica do quadril em crianças com
tuberculose
 1943 : Girdlestone relatou esse procedimento com
detalhes
 Artroplastia interposicional
 1940: Smith-Petersen desenvolveu a artroplastia
interposicional com taça feita de vitálio
 1950: Thompson e Moore desenvolveram as
próteses de metal
INTRODUÇÃO
 1958: Sir John Charnley inicia a era moderna da
artroplastia com a substituição total
Componente femoral : metálico
Componente acetabular : plástico
 ATQ depende : escolha do paciente, escolha do
implante e escolha da técnica cirúrgica
metilmetacrilato
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INDICAÇÕES
 Articulação artrítica dolorosa e incapacitante
refratária ao tratamento conservador
 Indivíduos jovens: com doenças poliarticulares
AR, EA;
 Indivíduos idosos de preferência acima de 65
anos
 Fraturas de colo de fêmur (subcapital /
transcervical)
INDICAÇÕES
 Artroplastia parcial: acima de 80 anos, pouca
atividade , sem prévio comprometimento do
quadril, estado geral debilitado com necessidade
de rápida mobilização e portadores de patologias
neurológicas ou fraturas patológicas
 Artroplastia total: acima de 60 anos, fratura
complexa cuja fixação tem grande risco de falha,
afecção prévia do quadril (contralateral)
 Cimento na má qualidade do osso
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CONTRA-INDICAÇÕES
 IMATURIDADE ESQUELÉTICA
 DOENÇAS NEUROLÓGICAS
PROGRESSIVAS
 ABSOLUTAS: ARTROPATIA
NEUROPÁTICA E SEPSE ARTICULAR
RECENTE OU EM CURSO
MATERIAIS E TIPOS DE
FIXAÇÃO
 METAL + POLIETILENO (PESO MOLECULAR
ELEVADO)
 AÇO INOXIDÁVEL, CROMO-COBALTO,
ALUMÍNIO- TITÂNIO-VANÁDIO, CERÂMICA
 O MATERIAL IDEAL PARA UM COMPONENTE
DEVE TER ELEVADO LIMITE DE FADIGA E
RESISTÊNCIA
 Implantes metálicos → biocompatíveis, baixa reação
inflamatória ou alérgica
MATERIAIS E TIPOS DE
FIXAÇÃO
 Polietileno biocompatível proporciona uma
superfície de baixo atrito e é notavelmente
resistente ao desgaste
 Polimetilmetacrilato: 3 vezes mais compressão
do que tensão
 Frouxidão asséptica
Macrófagos PG E2 Doença do cimento
“FIXAÇÃO BIOLÓGICA”
 Próteses sem cimento, em que a fixação da prótese é
obtida pelo crescimento ósseo no interior das
porosidades dos componentes metálicos – “ 100 a 400
μm”
 Macrotravamento: parafusos, encaixes por pressão “
press fit”
 Microtravamento: intracrescimento do osso nos
pequenos poros
 Problemas: reabsorção óssea (stress shielding) e
osteólise
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METAIS
DESGASTE
 A carga do acetábulo varia entre 3 e 5 vezes o peso corporal
 Desgaste costuma ocorrer na porção supero-lateral do
componente acetabular, e os fatores determinantes são:
coeficiente de fricção, lubrificação, carga, diâmetro da cabeça,
número de ciclos e dureza dos materiais.
 Charnley escolheu uma cabeça de 22 mm e designou esse
procedimento “ artroplastia de baixo torque friccional” porquê o
maior desgaste e maior velocidade média de desgaste lineares
ocorreram em cabeças de 22 mm e o maior desgaste e a maior
velocidade média de desgaste volumétrico ocorreram nos
componentes de cabeça de 32mm
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EVOLUÇÃO DA CIMENTAÇÃO
 Primeira geração: colocação manual do cimento
ósseo no acetábulo e fêmur sem plug ósseo;
 Segunda geração: colocação de plug ósseo no
canal femoral com colocação de cimento de
maneira retrógrada , com pistola;
 Terceira geração: redução da porosidade do
cimento por meio de centrifugação e mistura a
vácuo
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COMPLICAÇÕES
 A despeito do alto índice de sucesso da ATQ, este
procedimento pode ser acometido por diversas
complicações potenciais
 Tromboembolismo: atinge maior incidência no quarto
DPO, responsável por 50 % da mortalidade.
 Luxação: 3% nas artroplastias primárias, principalmente
associada a retroversão do componente acetabular,
anteversão maior que 25 graus e inclinação lateral.
Ocorre mais comumente até 6 semanas de cirurgia.
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COMPLICAÇÕES
 Lesão nervosa: 3,5 % nas artroplastias primárias; está
associada com alongamento do membro (distensão do
nervo, trauma intra ou pós operatório, extrusão do
cimento e luxação da prótese) → Ciático, femoral,
obturador
 Lesão vascular: raro : 0,2 -0,5 %. Parafusos colocados
no quadrante antero-superior do acetábulo colocam em
risco a artéria e a veia ilíacas externas.
 Discrepância de membros: complicação ortopédica
mais comum. Posicionamento em valgo do
componente femoral pode alongar o membro em até 2
cm.
COMPLICAÇÕES
 Infecção: 1 a 2 % nas artroplastias primárias. S. aureus
e S. epidermidis são responsáveis por 50-75% das
infecções. Incidência aumentada em DM, obesidade,
AR, LES, gota, desnutrição, uso de drogas
imunossupressoras
 Aguda: Até 3 meses
 Tardia: 3 -24 meses
 Tardia hematogênica: após 24 meses
_ O tratamento varia com ATB, drenagem, debridamento e
ressecção artroplástica.
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COMPLICAÇÕES
 Afrouxamento asséptico: zona de radioluscência na
interface metal-osso ou cimento –osso. Uma superfície
de metal áspera pode aumentar a força de união entre o
implante e o cimento, entretanto com a soltura
progressiva o movimento entre as superfícies gera uma
abrasão que produz partículas de metal e cimento.
 Metalose: ocorre predominantemente nas próteses não
cimentadas. Dentre os principais fatores produtores de
debris, estão: tipo de metal, tamanho da cabeça femoral,
qualidade do polietileno e atividade diária do paciente.
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  • 2. INTRODUÇÃO  1817 / 1821: Shmaltz e White relataram casos de ressecção artroplástica do quadril em crianças com tuberculose  1943 : Girdlestone relatou esse procedimento com detalhes  Artroplastia interposicional  1940: Smith-Petersen desenvolveu a artroplastia interposicional com taça feita de vitálio  1950: Thompson e Moore desenvolveram as próteses de metal
  • 3. INTRODUÇÃO  1958: Sir John Charnley inicia a era moderna da artroplastia com a substituição total Componente femoral : metálico Componente acetabular : plástico  ATQ depende : escolha do paciente, escolha do implante e escolha da técnica cirúrgica metilmetacrilato http://traumatologiaeortopedia.co m
  • 5. INDICAÇÕES  Articulação artrítica dolorosa e incapacitante refratária ao tratamento conservador  Indivíduos jovens: com doenças poliarticulares AR, EA;  Indivíduos idosos de preferência acima de 65 anos  Fraturas de colo de fêmur (subcapital / transcervical)
  • 6. INDICAÇÕES  Artroplastia parcial: acima de 80 anos, pouca atividade , sem prévio comprometimento do quadril, estado geral debilitado com necessidade de rápida mobilização e portadores de patologias neurológicas ou fraturas patológicas  Artroplastia total: acima de 60 anos, fratura complexa cuja fixação tem grande risco de falha, afecção prévia do quadril (contralateral)  Cimento na má qualidade do osso http://traumatologiaeortopedia.co m
  • 7.
  • 8. CONTRA-INDICAÇÕES  IMATURIDADE ESQUELÉTICA  DOENÇAS NEUROLÓGICAS PROGRESSIVAS  ABSOLUTAS: ARTROPATIA NEUROPÁTICA E SEPSE ARTICULAR RECENTE OU EM CURSO
  • 9. MATERIAIS E TIPOS DE FIXAÇÃO  METAL + POLIETILENO (PESO MOLECULAR ELEVADO)  AÇO INOXIDÁVEL, CROMO-COBALTO, ALUMÍNIO- TITÂNIO-VANÁDIO, CERÂMICA  O MATERIAL IDEAL PARA UM COMPONENTE DEVE TER ELEVADO LIMITE DE FADIGA E RESISTÊNCIA  Implantes metálicos → biocompatíveis, baixa reação inflamatória ou alérgica
  • 10.
  • 11. MATERIAIS E TIPOS DE FIXAÇÃO  Polietileno biocompatível proporciona uma superfície de baixo atrito e é notavelmente resistente ao desgaste  Polimetilmetacrilato: 3 vezes mais compressão do que tensão  Frouxidão asséptica Macrófagos PG E2 Doença do cimento
  • 12.
  • 13. “FIXAÇÃO BIOLÓGICA”  Próteses sem cimento, em que a fixação da prótese é obtida pelo crescimento ósseo no interior das porosidades dos componentes metálicos – “ 100 a 400 μm”  Macrotravamento: parafusos, encaixes por pressão “ press fit”  Microtravamento: intracrescimento do osso nos pequenos poros  Problemas: reabsorção óssea (stress shielding) e osteólise http://traumatologiaeortopedia.co m
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. DESGASTE  A carga do acetábulo varia entre 3 e 5 vezes o peso corporal  Desgaste costuma ocorrer na porção supero-lateral do componente acetabular, e os fatores determinantes são: coeficiente de fricção, lubrificação, carga, diâmetro da cabeça, número de ciclos e dureza dos materiais.  Charnley escolheu uma cabeça de 22 mm e designou esse procedimento “ artroplastia de baixo torque friccional” porquê o maior desgaste e maior velocidade média de desgaste lineares ocorreram em cabeças de 22 mm e o maior desgaste e a maior velocidade média de desgaste volumétrico ocorreram nos componentes de cabeça de 32mm http://traumatologiaeortopedia.co m
  • 22.
  • 23.
  • 24. EVOLUÇÃO DA CIMENTAÇÃO  Primeira geração: colocação manual do cimento ósseo no acetábulo e fêmur sem plug ósseo;  Segunda geração: colocação de plug ósseo no canal femoral com colocação de cimento de maneira retrógrada , com pistola;  Terceira geração: redução da porosidade do cimento por meio de centrifugação e mistura a vácuo
  • 25.
  • 26.
  • 28.
  • 29.
  • 30. COMPLICAÇÕES  A despeito do alto índice de sucesso da ATQ, este procedimento pode ser acometido por diversas complicações potenciais  Tromboembolismo: atinge maior incidência no quarto DPO, responsável por 50 % da mortalidade.  Luxação: 3% nas artroplastias primárias, principalmente associada a retroversão do componente acetabular, anteversão maior que 25 graus e inclinação lateral. Ocorre mais comumente até 6 semanas de cirurgia. http://traumatologiaeortopedia.co m
  • 31.
  • 32. COMPLICAÇÕES  Lesão nervosa: 3,5 % nas artroplastias primárias; está associada com alongamento do membro (distensão do nervo, trauma intra ou pós operatório, extrusão do cimento e luxação da prótese) → Ciático, femoral, obturador  Lesão vascular: raro : 0,2 -0,5 %. Parafusos colocados no quadrante antero-superior do acetábulo colocam em risco a artéria e a veia ilíacas externas.  Discrepância de membros: complicação ortopédica mais comum. Posicionamento em valgo do componente femoral pode alongar o membro em até 2 cm.
  • 33. COMPLICAÇÕES  Infecção: 1 a 2 % nas artroplastias primárias. S. aureus e S. epidermidis são responsáveis por 50-75% das infecções. Incidência aumentada em DM, obesidade, AR, LES, gota, desnutrição, uso de drogas imunossupressoras  Aguda: Até 3 meses  Tardia: 3 -24 meses  Tardia hematogênica: após 24 meses _ O tratamento varia com ATB, drenagem, debridamento e ressecção artroplástica. http://traumatologiaeortopedia.co m
  • 34.
  • 35. COMPLICAÇÕES  Afrouxamento asséptico: zona de radioluscência na interface metal-osso ou cimento –osso. Uma superfície de metal áspera pode aumentar a força de união entre o implante e o cimento, entretanto com a soltura progressiva o movimento entre as superfícies gera uma abrasão que produz partículas de metal e cimento.  Metalose: ocorre predominantemente nas próteses não cimentadas. Dentre os principais fatores produtores de debris, estão: tipo de metal, tamanho da cabeça femoral, qualidade do polietileno e atividade diária do paciente.
  • 36.