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HÁLUX VALGO
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Introdução:
• Morfologia:
– Desvio medial do 1º MTT
– Saliência interna da articulação MTTF
– Desvio lateral do 1º PD
Introdução:
• Deformidade complexa, com variações estruturais,
com amplo espectro de gravidade de manifestações
clínicas
• Desalinha o segmento medial do pé, altera a sua
biomecânica, compromete a função e é geralmente
doloroso
Etiopatogenia:
• Fatores intrínsecos:
– Pé plano valgo
– Hipermobilidade da 1ª MTTcuneiforme
– Forma inclinada da 1ª MTTcuneiforme
– Forma da superfície articular distal do 1º MTT
– Congruência articular MTTF
– 1º MTT curto ou varo
– Fórmula digital; flacidez ligamentar
Etiopatogenia:
• Sexo feminino
• Hereditariedade
• Fatores extrínsecos: Uso inadequado de
calçados
Etiopatogenia:
• Cronologicamente:
– Migração primária do 1º MTT em varo
– Desvio em valgo do 1º dedo
(Estabilidade articular MTTF frágil pois depende de
estruturas flexíveis – cápsula)
• Após o deslocamento medial do 1º MTT, a
deformidade torna-se progressiva devido aos
tendões extensores e flexores
• Migração lateral da base da 1ª falange tracionada
pelo abdutor do halux
• Aumenta o ângulo intermetatarsal espraiando o
antepé
• Subluxação dos sesamóides que permanecem fixos
ancorados no tendão do adutor do halux
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Quadro Clínico
• Anamenese completa
– Desconforto com calçados
– Dor (em geral referida na face medial da 1ª MTTF), que
se intensifica com a deambulação e com a utilização de
calçados inadequados
– Ver deformidades associadas dos outros dedos
– Tendência de valorizar a estética do pé
Quadro Clínico
• Inspeção:
– Desalinhamento do hálux
– Região inflamatória sob a face medial da cabeça do 1º
MTT
– Calosidade plantar interfalângica (Pronação do halux)
– Insuficiência do 1º raio (Calosidades sob o 2º e 3º MTT)
– Garra dos dedos menores – gravidade
Quadro Clínico:
• Palpação:
– Mobilidade na MTTF (hálux rígido, artrose) e
interfalângica do hálux
– Hipermobilidade da 1ª MTT cuneiforme (fator agravante)
– Compressão látero-medial das cabeças dos MTT –
neuroma de Morton
Radiologia:
• RX em AP e P em posição ortostática
• Axial para sesamóides (Walter Muller)
Ângulo metatarsofalângico:
• Linha no eixo do 1º MTT e linha
no eixo da 1ª falange
– < 15º  normal
– 16º a 19º  leve
– 20º a 39º  moderado
– > 40º  grave
Ângulo intermetatarsal:
• Linha no eixo do 1º MTT e
linha no eixo do 2º MTT.
– < 9º  normal
– 9º a 11º  leve
– 12º a 15º  moderado
– > 15º  grave
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• Ângulo interfalângico do hálux:
– Linha no eixo da falange proximal e linha no eixo da falange distal
– Normal até 6º
Congruência articular:
• Linhas tangentes às superfícies articulares da cabeça do
MTT e da base da falange
– Paralelas: congruentes
– Convergentes: incongruentes
Ângulo Articular Metatarsal Distal (AAMD)
• Linha unindo os pontos
extremos lateral e medial
articulares distais do MTT
• Linha perpendicular a esta
• Linha no eixo do MTT
• Até 15º - normal
•Forma da cabeça do 1º MTT
– Redonda: instável
– Em “V” ou plana: estável
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•Posição do sesamóide lateral:
– % de deslocamento p/ o espaço intermetatarsal do
sesamóide lateral em relação ao 1º MTT
– < 50% - Leve
– 50 – 75% - Moderado
– >75% - Grave
• Forma da superfície articular da 1ª MTT
cuneiforme:
– Influencia a magnitude do desvio em varo do 1º raio
– Plana  Estável
– Curva / inclinada  Instável
Tratamento
• Inicialmente conservador
– Modificar calçados, proteger áreas de atrito, órteses p/
distribuir pressões sobre cabeças mtts
– Finalidade é conforto
– Espaçadores e tensores elásticos não corrigem, mas
podem evitar a progressão rápida
– Cuidados ortopédicos
• Salto máximo de 4 cm
• Alargamento da câmara anterior
• Incetivar uso de sandálias
• Desenvolvimento musculatura intrínseca (descalço)
• Palmilha p/ suporte arco longitudinal
• Barra transversa no solado p/ metatarsalgias
• Espaçadores elásticos do 1° e 2° mtts p/ uso noturno
• Espumas nas saliências
• Fisioterapia (flexibilização deformidade e alongamento tendão
calcâneo p/ pronação do pé)
Tratamento cirúrgico
• Falha do conservador
• Aumento deformidade
• Não é garantia de resultado perene
• Dor é o sintoma alvo
• Tabagismo, alcoolismo e demanda física devem ser
considerados
• Deve objetivar restabelecimento anatômico e recuperação
da biomecânica
• Cada faixa etária corresponde a uma técnica apropriada e
destinada a propósitos diferentes
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Artroplastia da metatarsofalângica do
hálux
• Reconstrução distal das partes moles e
exostectomia
• Indicada em associação com outros métodos em
casos moderados a graves
• Condição indispensável: 1° articulação MTTF
incongruente (caso contrário resulta em hálux varo)
• Capsulorrafia medial, exostectomia, liberação
capsular lateral, liberação tendão adutor hálux e
correção do desvio lateral dos sesamóides.
• McBride que excisa sesamóide lateral 
abandonada por gerar hálux varo
• Em geral são utilizadas 2 incisões:
– Lateral:
• Dorsal entre cabeças 1° e 2° MTT,
p/ transferência adutor do hálux
p/ face lateral colo 1° MTT;
• Capsulotomia lateral p/
reposicionar sesamóides (cuidar
vascularização cabeça)
– Medial:
- Sobre articulação MTTF,
- Exostectomia
- Capsuloplastia c/
realinhamento dos
sesamóides
• Hálux varo após excisão do sesamóide lateral (McBride )
• Advertências:
– Corte não deve delaminar a pele
– Proteger nervo digital dorsal
– Evitar lesar tendões
– Evitar ressecções excessivas da exostose p/ não
instabilizar o procedimento
Osteotomias do 1° MTT
• Reproduzir normalidades dos eixos metatarsais e
falângicos
• As distais tendem a ser reservadas p/ casos leves e
moderados e as proximais p/ casos mais graves
Osteotomia proximal do 1° MTT
• Deformidade moderada a grave
• Parâmetros
– AAMD menor que 15°
– Artic. MTTF preferentemente incongruente, sem sinais
degenerativos
– Artic. MTT-cuneiforme estável
• Subtração de cunha lateral na base do 1º MTT (index plus)
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• Adição respeitando a cortical lateral, utilizando a exostose
como enxerto (index minus / index plus minus)
• Chevron proximal – osteotomia a 1,5cm da MTT
cuneiforme, de ápice distal, 60º, deslizamento lateral até
1/3. Index plus minus / Index minus
• Osteotomia crescente – convexidade distal direção
dorsoplantar. Com microserra e lâmina curva. Index plus
minus / Index minus
• Fixação p/ manutenção do resultado e segurança
ao apoio precoce
• Fios Kirschner, grampos ou parafusos. Preferência
por parafuso: mais resistente e permite apoio
• Evitar fixação em flexão dorsal (metatarsalgia de
tranferência)
• Após cirurgia, bota gessada
• 5 dias com membro elevado
• Trocar por gesso com salto, apoio no 10° dia
• Retira gesso com 6 semanas, Rx, calçado com
solado rígido e largo e reabilitação
• Vantagens
– Fácil execução
– Não acrescenta risco vascular a cabeça MTT
– Atua direto no foco relacionado ao varismo do 1° MTT
– Indicação eletiva nas deformidades mais graves
– Alto índice de consolidação
• Desvantagens
– Maior morbidade pela ampliação do acesso cirúrgico
– Consolidação viciosa em flexão dorsal
– Encurtamento excessivo
– Falha na correção ângulo inter-MTT
Osteotomia diafisiária 1° MTT
• Relegadas a 2° plano
• Ludlof, Mau, Petri, Wilson
• Grande descolamento partes moles com
interferência na vascularização
• Exige estabilização rígida e imobilização prolongada
• Retardo consolidação e pseudoartrose
Osteotomia distal do 1° MTT
• Especificamente quando há congruência
articular
• Mais utilizadas:
– Hohmann e Mitchel aplicam-se a deformidadess mais
graves. Difícil execução, causam encurtamento
– Técnica Austim/Leventen popularizada por Johnson:
osteotomia Chevron p/ casos leves a moderados
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• Osteotomia de Chevron
– Pacientes < 50ª
– Ausência de artrose e pronação
– Simples, estável, grande superfície de contato ósseo
(esponjoso)
• Incisão dorsomedial
centrada na MTTF
• Cuidar ramo terminal
medial do n. fibular
superficial (sensitivo)
• Preservar rede venosa
(diminui edema)
• Incisar a cápsula
longitudinal (alternativa:
em “Y”)
Chevron
• Remoção da exostose medial
Chevron
• Osteotomia em “V” centrada na cabeça.
• Ângulo de 70° (máximo contato de osso esponjoso)
c/ ápice distal (microserra)
• Evitar ângulos maiores (< estabilidade)
• Evitar desvios no plano coronal na osteotomia –
dificulta a correção
Chevron
Chevron
• Estabiliza-se o proximal e lateraliza-se a cabeça do MTT
com o dedo (4-5mm e não mais que 40-50% do MTT)
• Resseca-se o excesso medial do fragmento
proximal
• Se instável – fixação interna
• Capsulorrafia
– Ressecção de uma porção dorsal e fechamento dos
bordos
– Fechamento com sobreposição, tensionando pela parte
plantar (reposicionamento dos sesamóides)
– Bota gessada trocada no 5°d por gesso com apoio por
30d com uso de muletas
– Consolidação em 6-8 semanas
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• Vantagens
– Menor morbidade (1 via)
– Alta taxa consolidação
– Menor taxa de hipercorreção
– Técnica estável
– Pequeno encurtamento
– Facilidade no pós op
• Desvantagens
– Possível necrose avascular da cabeça
– Curva de aprendizado
– Material sofisticado
– Indicação limitada a casos leves e moderados
– Risco de fragmentação da cabeça
Ressecção artroplástica da MTTF
• Tipo Keller: exérese da base da falange proximal do hálux
• Pacientes > 50 anos, hálux valgo moderado a severo (>
35º - 40º)
• Ângulo inter-MTT < 13º - varismo não muito acentuado do
1º MTT
• Articulação incongruente
• Subluxação grave dos sesamóides (>75%)
• Artrose
Keller
• Simples. Única incisão longitudinal medial sobre a
MTTF
• Exostectomia e capsuloplastia
• Ressecção da base da falange proximal na junção
metáfise-diáfise (1/3 proximal)
• Liberação do tendão adutor do halux
• Transfixação com 2 fios Kirschner
• MTTF com 10-15º de extensão, demais neutro
• Imobiliza por 4 semanas e libera apoio quando
confortável
• Retira os fios após 4 semanas
• Vantagens
– Facilidade técnica
– Pequena morbidade
– Apoio precoce
– Alívio da dor
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– Satisfação a curto prazo
• Desvantagens
– Não obedece princípios biomecânicos
– Deterioração resultados a longo prazo
– Perda capacidade de desprendimento do hálux
– Deformidades secundárias por desequilíbrio muscular
– Metatarsalgia de tranferência lateral
– Fraturas de estresse
Artrodese MTTF do hálux
• Principal indicação é artrose avançada
• Salvamento p/ deformidades graves, recidivantes, AR,
hálux rígido, seqüela de fratura, necrose avascular da
cabeça, infecção com degeneração articular e doenças
neuromusculares (prevenção da recorrência)
• Melhora distribuição peso sobre as cabeças metatarsais,
restabelece função propulsora do hálux, ganho no padrão
da marcha
• Vários tipos de fixação: fios de Kirschner (Smith),
grampos, parafusos e placas moldáveis (Mann)
• Posição ideal: 15-20º de valgo, 20-30º de flexão
dorsal
• Pós op: bota gessada por 30 dias. RX e bota
gessada com apoio por 30 dias
• Liberação da imobilização e início da fisio
• Vantagens
– Alta taxa consolidação
– Estabilização do 1º segmento com retorno do
desprendimento pelo hálux
– Resultados duradouros
• Desvantagens
– Dificuldade técnica p/ alinhamento ideal
– Contra-indicada na osteoporose
– Longo tempo de imobilização
Artrodese da 1° MTT-cuneiforme
• Lapidus
• Indicada em paciente jovem com deformidade moderada a
grave, com hipermobilidade MTT-cuneiforme ou como
salvamento na recidiva de hálux valgo grave
• Concomitante realiza artroplastia de reconstrução. Se
MTTF congruente associa osteotomia falange proximal
(Akin) com correção extra-articular
• Osteotomia de ressecção de base lateral da base do
1º MTT
• Fusão da base da 1º e 2º MTT (Parafuso canulado
ou fios Kirschner)
• Enxerto ósseo esponjoso
• Pós op: Bota gessada sem apoio por 30 dias, mais
30 dias com apoio
• Contra-indicações
– Hálux valgo juvenil (fise aberta)
– 1° MTT curto (index minus) - no caso pode usar cunha
adição base medial
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• Vantagens
– Resultado duradouro
– Estabilidade segmento medial
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• Desvantagens
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– Possibilidade consolidação viciosa. Flexão plantar do
segmento distal c/ sobrecarga 1° MTT
– Flexão dorsal com sobrecarga MTT laterais
Osteotomia da falange proximal
• Akin
• Indicada p/ correção hálux valgo interfalângico, sem
varismo 1° MTT e com exostose volumosa
• Indicada quando a reconstrução distal partes moles estiver
contra-indicada (artic congruente)
• Vantagens
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Hálux valgo: causas, sinais e tratamentos

  • 2. Introdução: • Morfologia: – Desvio medial do 1º MTT – Saliência interna da articulação MTTF – Desvio lateral do 1º PD
  • 3. Introdução: • Deformidade complexa, com variações estruturais, com amplo espectro de gravidade de manifestações clínicas • Desalinha o segmento medial do pé, altera a sua biomecânica, compromete a função e é geralmente doloroso
  • 4. Etiopatogenia: • Fatores intrínsecos: – Pé plano valgo – Hipermobilidade da 1ª MTTcuneiforme – Forma inclinada da 1ª MTTcuneiforme – Forma da superfície articular distal do 1º MTT – Congruência articular MTTF – 1º MTT curto ou varo – Fórmula digital; flacidez ligamentar
  • 5. Etiopatogenia: • Sexo feminino • Hereditariedade • Fatores extrínsecos: Uso inadequado de calçados
  • 6. Etiopatogenia: • Cronologicamente: – Migração primária do 1º MTT em varo – Desvio em valgo do 1º dedo (Estabilidade articular MTTF frágil pois depende de estruturas flexíveis – cápsula)
  • 7. • Após o deslocamento medial do 1º MTT, a deformidade torna-se progressiva devido aos tendões extensores e flexores • Migração lateral da base da 1ª falange tracionada pelo abdutor do halux • Aumenta o ângulo intermetatarsal espraiando o antepé • Subluxação dos sesamóides que permanecem fixos ancorados no tendão do adutor do halux www.traumatologiaeortopedia.com.br
  • 8. Quadro Clínico • Anamenese completa – Desconforto com calçados – Dor (em geral referida na face medial da 1ª MTTF), que se intensifica com a deambulação e com a utilização de calçados inadequados – Ver deformidades associadas dos outros dedos – Tendência de valorizar a estética do pé
  • 9. Quadro Clínico • Inspeção: – Desalinhamento do hálux – Região inflamatória sob a face medial da cabeça do 1º MTT – Calosidade plantar interfalângica (Pronação do halux) – Insuficiência do 1º raio (Calosidades sob o 2º e 3º MTT) – Garra dos dedos menores – gravidade
  • 10. Quadro Clínico: • Palpação: – Mobilidade na MTTF (hálux rígido, artrose) e interfalângica do hálux – Hipermobilidade da 1ª MTT cuneiforme (fator agravante) – Compressão látero-medial das cabeças dos MTT – neuroma de Morton
  • 11. Radiologia: • RX em AP e P em posição ortostática • Axial para sesamóides (Walter Muller)
  • 12. Ângulo metatarsofalângico: • Linha no eixo do 1º MTT e linha no eixo da 1ª falange – < 15º  normal – 16º a 19º  leve – 20º a 39º  moderado – > 40º  grave
  • 13. Ângulo intermetatarsal: • Linha no eixo do 1º MTT e linha no eixo do 2º MTT. – < 9º  normal – 9º a 11º  leve – 12º a 15º  moderado – > 15º  grave www.traumatologiaeortopedia.com.br
  • 14.
  • 15. • Ângulo interfalângico do hálux: – Linha no eixo da falange proximal e linha no eixo da falange distal – Normal até 6º
  • 16. Congruência articular: • Linhas tangentes às superfícies articulares da cabeça do MTT e da base da falange – Paralelas: congruentes – Convergentes: incongruentes
  • 17. Ângulo Articular Metatarsal Distal (AAMD) • Linha unindo os pontos extremos lateral e medial articulares distais do MTT • Linha perpendicular a esta • Linha no eixo do MTT • Até 15º - normal
  • 18. •Forma da cabeça do 1º MTT – Redonda: instável – Em “V” ou plana: estável www.traumatologiaeortopedia.com.br
  • 19. •Posição do sesamóide lateral: – % de deslocamento p/ o espaço intermetatarsal do sesamóide lateral em relação ao 1º MTT – < 50% - Leve – 50 – 75% - Moderado – >75% - Grave
  • 20. • Forma da superfície articular da 1ª MTT cuneiforme: – Influencia a magnitude do desvio em varo do 1º raio – Plana  Estável – Curva / inclinada  Instável
  • 21. Tratamento • Inicialmente conservador – Modificar calçados, proteger áreas de atrito, órteses p/ distribuir pressões sobre cabeças mtts – Finalidade é conforto – Espaçadores e tensores elásticos não corrigem, mas podem evitar a progressão rápida
  • 22. – Cuidados ortopédicos • Salto máximo de 4 cm • Alargamento da câmara anterior • Incetivar uso de sandálias • Desenvolvimento musculatura intrínseca (descalço) • Palmilha p/ suporte arco longitudinal • Barra transversa no solado p/ metatarsalgias • Espaçadores elásticos do 1° e 2° mtts p/ uso noturno • Espumas nas saliências • Fisioterapia (flexibilização deformidade e alongamento tendão calcâneo p/ pronação do pé)
  • 23. Tratamento cirúrgico • Falha do conservador • Aumento deformidade • Não é garantia de resultado perene • Dor é o sintoma alvo • Tabagismo, alcoolismo e demanda física devem ser considerados • Deve objetivar restabelecimento anatômico e recuperação da biomecânica • Cada faixa etária corresponde a uma técnica apropriada e destinada a propósitos diferentes www.traumatologiaeortopedia.com.br
  • 24. Artroplastia da metatarsofalângica do hálux • Reconstrução distal das partes moles e exostectomia • Indicada em associação com outros métodos em casos moderados a graves • Condição indispensável: 1° articulação MTTF incongruente (caso contrário resulta em hálux varo)
  • 25. • Capsulorrafia medial, exostectomia, liberação capsular lateral, liberação tendão adutor hálux e correção do desvio lateral dos sesamóides. • McBride que excisa sesamóide lateral  abandonada por gerar hálux varo
  • 26. • Em geral são utilizadas 2 incisões: – Lateral: • Dorsal entre cabeças 1° e 2° MTT, p/ transferência adutor do hálux p/ face lateral colo 1° MTT; • Capsulotomia lateral p/ reposicionar sesamóides (cuidar vascularização cabeça)
  • 27.
  • 28. – Medial: - Sobre articulação MTTF, - Exostectomia - Capsuloplastia c/ realinhamento dos sesamóides
  • 29. • Hálux varo após excisão do sesamóide lateral (McBride )
  • 30. • Advertências: – Corte não deve delaminar a pele – Proteger nervo digital dorsal – Evitar lesar tendões – Evitar ressecções excessivas da exostose p/ não instabilizar o procedimento
  • 31. Osteotomias do 1° MTT • Reproduzir normalidades dos eixos metatarsais e falângicos • As distais tendem a ser reservadas p/ casos leves e moderados e as proximais p/ casos mais graves
  • 32. Osteotomia proximal do 1° MTT • Deformidade moderada a grave • Parâmetros – AAMD menor que 15° – Artic. MTTF preferentemente incongruente, sem sinais degenerativos – Artic. MTT-cuneiforme estável
  • 33. • Subtração de cunha lateral na base do 1º MTT (index plus) www.traumatologiaeortopedia.com.br
  • 34. • Adição respeitando a cortical lateral, utilizando a exostose como enxerto (index minus / index plus minus)
  • 35. • Chevron proximal – osteotomia a 1,5cm da MTT cuneiforme, de ápice distal, 60º, deslizamento lateral até 1/3. Index plus minus / Index minus
  • 36. • Osteotomia crescente – convexidade distal direção dorsoplantar. Com microserra e lâmina curva. Index plus minus / Index minus
  • 37. • Fixação p/ manutenção do resultado e segurança ao apoio precoce • Fios Kirschner, grampos ou parafusos. Preferência por parafuso: mais resistente e permite apoio • Evitar fixação em flexão dorsal (metatarsalgia de tranferência)
  • 38. • Após cirurgia, bota gessada • 5 dias com membro elevado • Trocar por gesso com salto, apoio no 10° dia • Retira gesso com 6 semanas, Rx, calçado com solado rígido e largo e reabilitação
  • 39. • Vantagens – Fácil execução – Não acrescenta risco vascular a cabeça MTT – Atua direto no foco relacionado ao varismo do 1° MTT – Indicação eletiva nas deformidades mais graves – Alto índice de consolidação
  • 40. • Desvantagens – Maior morbidade pela ampliação do acesso cirúrgico – Consolidação viciosa em flexão dorsal – Encurtamento excessivo – Falha na correção ângulo inter-MTT
  • 41. Osteotomia diafisiária 1° MTT • Relegadas a 2° plano • Ludlof, Mau, Petri, Wilson • Grande descolamento partes moles com interferência na vascularização • Exige estabilização rígida e imobilização prolongada • Retardo consolidação e pseudoartrose
  • 42. Osteotomia distal do 1° MTT • Especificamente quando há congruência articular • Mais utilizadas: – Hohmann e Mitchel aplicam-se a deformidadess mais graves. Difícil execução, causam encurtamento – Técnica Austim/Leventen popularizada por Johnson: osteotomia Chevron p/ casos leves a moderados www.traumatologiaeortopedia.com.br
  • 43. • Osteotomia de Chevron – Pacientes < 50ª – Ausência de artrose e pronação – Simples, estável, grande superfície de contato ósseo (esponjoso)
  • 44. • Incisão dorsomedial centrada na MTTF • Cuidar ramo terminal medial do n. fibular superficial (sensitivo) • Preservar rede venosa (diminui edema) • Incisar a cápsula longitudinal (alternativa: em “Y”)
  • 45. Chevron • Remoção da exostose medial
  • 46. Chevron • Osteotomia em “V” centrada na cabeça. • Ângulo de 70° (máximo contato de osso esponjoso) c/ ápice distal (microserra) • Evitar ângulos maiores (< estabilidade) • Evitar desvios no plano coronal na osteotomia – dificulta a correção
  • 48. Chevron • Estabiliza-se o proximal e lateraliza-se a cabeça do MTT com o dedo (4-5mm e não mais que 40-50% do MTT)
  • 49. • Resseca-se o excesso medial do fragmento proximal • Se instável – fixação interna • Capsulorrafia – Ressecção de uma porção dorsal e fechamento dos bordos – Fechamento com sobreposição, tensionando pela parte plantar (reposicionamento dos sesamóides)
  • 50. – Bota gessada trocada no 5°d por gesso com apoio por 30d com uso de muletas – Consolidação em 6-8 semanas www.traumatologiaeortopedia.com.br
  • 51. • Vantagens – Menor morbidade (1 via) – Alta taxa consolidação – Menor taxa de hipercorreção – Técnica estável – Pequeno encurtamento – Facilidade no pós op
  • 52. • Desvantagens – Possível necrose avascular da cabeça – Curva de aprendizado – Material sofisticado – Indicação limitada a casos leves e moderados – Risco de fragmentação da cabeça
  • 53. Ressecção artroplástica da MTTF • Tipo Keller: exérese da base da falange proximal do hálux • Pacientes > 50 anos, hálux valgo moderado a severo (> 35º - 40º) • Ângulo inter-MTT < 13º - varismo não muito acentuado do 1º MTT • Articulação incongruente • Subluxação grave dos sesamóides (>75%) • Artrose
  • 54. Keller • Simples. Única incisão longitudinal medial sobre a MTTF • Exostectomia e capsuloplastia • Ressecção da base da falange proximal na junção metáfise-diáfise (1/3 proximal) • Liberação do tendão adutor do halux • Transfixação com 2 fios Kirschner • MTTF com 10-15º de extensão, demais neutro
  • 55. • Imobiliza por 4 semanas e libera apoio quando confortável • Retira os fios após 4 semanas
  • 56. • Vantagens – Facilidade técnica – Pequena morbidade – Apoio precoce – Alívio da dor – Possibilita uso calçados comerciais – Satisfação a curto prazo
  • 57. • Desvantagens – Não obedece princípios biomecânicos – Deterioração resultados a longo prazo – Perda capacidade de desprendimento do hálux – Deformidades secundárias por desequilíbrio muscular – Metatarsalgia de tranferência lateral – Fraturas de estresse
  • 58. Artrodese MTTF do hálux • Principal indicação é artrose avançada • Salvamento p/ deformidades graves, recidivantes, AR, hálux rígido, seqüela de fratura, necrose avascular da cabeça, infecção com degeneração articular e doenças neuromusculares (prevenção da recorrência) • Melhora distribuição peso sobre as cabeças metatarsais, restabelece função propulsora do hálux, ganho no padrão da marcha
  • 59. • Vários tipos de fixação: fios de Kirschner (Smith), grampos, parafusos e placas moldáveis (Mann) • Posição ideal: 15-20º de valgo, 20-30º de flexão dorsal • Pós op: bota gessada por 30 dias. RX e bota gessada com apoio por 30 dias • Liberação da imobilização e início da fisio
  • 60. • Vantagens – Alta taxa consolidação – Estabilização do 1º segmento com retorno do desprendimento pelo hálux – Resultados duradouros
  • 61. • Desvantagens – Dificuldade técnica p/ alinhamento ideal – Contra-indicada na osteoporose – Longo tempo de imobilização
  • 62. Artrodese da 1° MTT-cuneiforme • Lapidus • Indicada em paciente jovem com deformidade moderada a grave, com hipermobilidade MTT-cuneiforme ou como salvamento na recidiva de hálux valgo grave • Concomitante realiza artroplastia de reconstrução. Se MTTF congruente associa osteotomia falange proximal (Akin) com correção extra-articular
  • 63. • Osteotomia de ressecção de base lateral da base do 1º MTT • Fusão da base da 1º e 2º MTT (Parafuso canulado ou fios Kirschner) • Enxerto ósseo esponjoso • Pós op: Bota gessada sem apoio por 30 dias, mais 30 dias com apoio
  • 64. • Contra-indicações – Hálux valgo juvenil (fise aberta) – 1° MTT curto (index minus) - no caso pode usar cunha adição base medial – Artrose MTTF
  • 65. • Vantagens – Resultado duradouro – Estabilidade segmento medial – Indicada em casos de salvamento (recidiva grave)
  • 66. • Desvantagens – Indicação específica e restrita – Tática cirúrgica complexa – Necessidade retirada enxerto ósseo a distância – Possibilidade consolidação viciosa. Flexão plantar do segmento distal c/ sobrecarga 1° MTT – Flexão dorsal com sobrecarga MTT laterais
  • 67. Osteotomia da falange proximal • Akin • Indicada p/ correção hálux valgo interfalângico, sem varismo 1° MTT e com exostose volumosa • Indicada quando a reconstrução distal partes moles estiver contra-indicada (artic congruente)
  • 68.
  • 69. • Vantagens – Simplicidade – Bons resultados – Alta taxa consolidação – Técnica complementar (usada em associação)
  • 70. • Desvantagens – Não corrige ângulo intermetatarsal – Material sofisticado (microserra/ perfurador delicado) www.traumatologiaeortopedia.com.br