Raramente cicatriza espontaneamente
Maioria desenvolve alterações degenerativas
Técnicas para tratamento: abrasão, perfuração, aloenxerto, auto-enxertos e transplante de célula
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2. Patologia cuja evolução permanece imprevisível
até hoje;
Prognóstico negativo no que tange à cicatrização
da cartilagem;
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INTRODUÇÃO
3. Cartilagem Articular
Não possui vascularização nem inervação, nutrida
pelo líquido sinovial;
Nutriçao por difusão, movimento articular;
Espessura variável: 1 a 5mm;
Grande resistência às forças de cisalhamento
impostas durante o movimento ou carga devido à
natureza viscoelástica;
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INTRODUÇÃO
4. Cartilagem Articular
Estrutura microscópica apresentando condrócitos
(5%), que ocupam 3 zonas:
- zona superficial ou tangencial (10-20%);
- zona intermediária ou de transição (40-60%);
- zona profunda ou radial (30%);
Durante a fase de crescimento, a zona profunda
representa a fise de crescimento, calcificando após;
Estrutura complexa com alto teor de água em sua
composição (85%);
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INTRODUÇÃO
5. Cartilagem Articular
Além de água, colágeno tipo II e proteoglicanos;
Proteoglicanos unem as fibras colágenas, sendo
responsáveis pela elasticidade da cartilagem;
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INTRODUÇÃO
6. Cartilagem Articular
Funções:
- distribuição de carga (matriz);
- permeabilidade (líquido sinovial);
- resistência à compressão (proteoglicanos);
- resistência à tensão (colágeno);
- viscoelasticidade e diminuição da fricção entre
superfícies articulares.
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INTRODUÇÃO
7. Cartilagem Articular
Grande sensibilidade ao processo de
envelhecimento;
Baixo coeficiente de atrito, porém natureza
avascular – dificuldade no processo cicatricial;
Cicatrização nunca se dá com tecido cartilaginoso
e sim com tecido fibrocartilaginoso;
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INTRODUÇÃO
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8. Lesões podem ter diferentes origens:
- traumática;
- degenerativa;
- vascular;
- desuso;
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INTRODUÇÃO
9. Fraturas osteocondrais e lesões condrais
acompanham quase 80% das patologias agudas do
joelho, principalmente quando lesão do LCA;
Ocorrem nos mecanismos de trauma direto e
indireto por forças de cisalhamento ou impactação;
As lesões traumáticas mais comuns ocorrem por
impactos de repetição, não havendo relato de
trauma por parte do paciente;
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Lesões Traumáticas
10. Primárias: ocorrem quando desenvolvem-se
espontaneamente;
Secundárias: decorrente de causa conhecida, como
desvio do eixo mecânico, traumas, processo
infeccioso ou inflamatório...;
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Lesões Degenerativas
11. Há aumento significativo de água na matriz
cartilaginosa, levando a perda de orientação e
separação das fibras colágenas com posterior
ataque proteolítico e liberação de lisossomos pelos
condrócitos, acelerando a destruição da matriz;
Com o tempo, formam-se osteófitos, lesão
meniscal, inflamação da membrana sinovial,
edema e derrame articular, subluxação articular;
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Lesões Degenerativas
13. Observar: mecanismo de lesão, idade do paciente,
tempo decorrido do trauma, evolução dos
sintomas, presença ou ausência de bloqueios,
crepitação, topografia da dor, alinhamento dos
MMII, derrame e presença de corpo livre;
DOR:
- inflamação pela distensão capsular;
- lesão óssea;
- desarranjo intracapsular pela sinovite;
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CLÍNICA
14. Quadro clínico inicial é inespecífico;
Pode haver ou não derrame articular;
Cronicamente há aumento da dor e o derrame
torna-se mais freqüente;
Derrame mais tardio em casos agudos (após 12
horas de traumatismo) é mais comum em lesões
isoladas da cartilagem;
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CLÍNICA
15. Fraturas osteocondrais: trauma externo, força de
cisalhamento ou impactação;
Microtraumas em atletas;
Fraturas são mais freqüentes em crianças e adultos
jovens (< 18 anos);
Lesões condrais totais afetam adultos na 3ª década
de vida e as parciais a população mais idosa
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CLÍNICA
16. Raio-x em AP + P + axial de patela + tunnel view
(pode mostrar corpos livres)
RNM, pneumoartrotomografia e cintilografia óssea
dependendo da clínica do paciente;
RNM importante nos casos de impactação,
mostrando disrupção da cortical com trabéculas
fraturadas (esclerose).
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DIAGNÓSTICO
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17. Classificação de Outerbridge
Tipo I: inicialmente a cartilagem sofre
amolecimento e tumefação (condromalácia
fechada) ;
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CLASSIFICAÇÃO
18. Classificação de Outerbridge
Tipo II: seguem-se a fibrilação, fragmentação e
fissuras menores que 1,25cm de diâmetro;
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CLASSIFICAÇÃO
19. Classificação de Outerbridge
Tipo III: idem tipo II, porém com fissuras maiores
que 1,25cm de diâmetro;
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CLASSIFICAÇÃO
20. Classificação de Outerbridge
Tipo IV: erosão da cartilagem articular até o osso
subcondral, com alterações degenerativas;
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CLASSIFICAÇÃO
21. Classificação de Bauer e Jackson
Utilizada para fraturas osteocondrais.
Tipo I: linear;
Tipo II: estrelada;
Tipo III: pediculada ou em flap;
Tipo IV: cratera;
Tipo V: fibrilada;
Tipo VI: degenerativa.
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CLASSIFICAÇÃO
22. • Lesão condral profunda
• Paciente sintomático
• Sintomas condizentes com a lesão
• Falha do tratamento conservador
• Ausência de artrose ou doença associada
• Posssibilidade de corrigir lesões associadas
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TRATAMENTO INDICAÇÕES:
23. • Idade do paciente
• Local do defeito
• Tamanho do defeito
• Cronicidade da lesão
• Tratamento prévio
• Lesões associadas e eixo
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TRATAMENTO ANALISAR:
24. ALGORIT
•
LESÕES PEQUENAS 1- 2cm
Condroplastia, Mosaicoplastia /TAC;
LESÕES MÉDIAS 2- 4cm
Microfraturas ou TAC;
LESÕES GRANDES maior 4 cm
TAO, TAC, Mosaico
TRATAMENTO – ALGORÍTIMO
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25. Grau I (Outerbridge)
Não há necessidade de tratamento cirúrgico;
Se houver sintomas de dor, inicia-se
cinesioterapia, associada ao uso de AINEs e
mudanças de atividades físicas;
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TRATAMENTO
26. Grau II (Outerbridge)
Debridamento articular com o uso de curetas;
Retirada de corpos livres;
Lavagem com soro fisiológico para remoção de
detritos e diminuição da concentração de
enzimas hidrolíticas;
Retirar a carga por 3 a 4 semanas;
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TRATAMENTO – debridamento + limpeza
27. Grau III (Outerbridge)
Abrasão articular (a fim de expor osso subcondral)
utilizando-se o shaver associado a lavagem e o
debridamento via artroscópica; pouco usada atualmente.
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TRATAMENTO – abrasão
28. Grau III (Outerbridge)
Condroplastia pode ser por radiofreqüência ou a
laser;
Condroplastia mecânica por Shaver ou curetas.
Excisão da sinóvia que cobre os meniscos;
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TRATAMENTO – CONDROLASTIA
29. Grau III (Outerbridge)
Abrasão pós-op:
Retardar apoio por 8 semanas, movimentação
passiva imediata exercícios em piscina por 2
semanas;
Liberar carga parcial quando houver extensão
completa passiva, flexão em torno de 100º e
marcha normal;
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TRATAMENTO – abrasão
30. • MELHORE RESULTADOS:
• Menor de 40 anos
• Sintomas menos de 12 meses
• Menos de 4 cm²
• IMC menor de 30 Kg/m²
• Reabilitação rigorosa.
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TRATAMENTO – MICROFRATURAS
31. Grau III-IV (Outerbridge)
Perfurações (drilling) no osso subcondral de
4mm separadas por 2mm, até se encontrar
cartilagem intacta;
Pouco usada atualmente.
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – perfurações + microfrat.
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32. Grau III-IV (Outerbridge)
Microfraturas (icepicking): menos invasiva e
não-necrótica. Faz-se 3-4 perfurações por cm2;
objetivo de provocar sangramento, levando a
formação de fibrocartilagem cicatricional;
Carga total liberada
no PO a partir da
8ª semana;
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – perfurações + microfrat.
33. Grau IV (Outerbridge)
Microfraturas (já descritas);
Transferência osteocondral autóloga;
Mosaicoplastia: transferência de plugs
osteocondrais autógenos de regiões que não
sustentem carga;
Plugs com profundidade de 15 a 25mm;
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – mosaicoplastia
34. Grau IV (Outerbridge)
Plugs introduzidos perpendicularmente na área
receptora que foi preparada com o shaver;
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – mosaicoplastia
35. Grau IV (Outerbridge)
Mosaicoplastia indicada apenas em indivíduos <
45 anos e alinhamento tibio-femoral normal;
Lesões devem ter até 3,5 cm (2 cm para alguns);
Pode ser realizada via artroscópica ou via
artrotomia;
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – mosaicoplastia
36. Grau IV (Outerbridge)
Via artroscópica: boa experiência na literatura,
área de lesão anteriorizada, área com espaço para
colocação de até seis plugs;
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – mosaicoplastia
37. Grau IV (Outerbridge)
Via artrotomia: inexperiência via artroscópica,
área de lesão mais posterior, lesão patelar, lesão
necessitando grande número de plugs;
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – mosaicoplastia
38. Grau IV (Outerbridge)
Resultados excelentes na OCD, bons resultados
em lesões femorais traumáticas, duvidosos em
patologia patelo-femorais;
Complicações: hemartrose, incongruência, dor
no sítio doador, fraturas, lesão subcondral,
aderências e corpos livres;
PO: sem carga por 21 dias; carga parcial após 3ª
semana por mais 3 semanas; mobilidade ativa e
passiva no 1º PO; prática esportiva em 4-6
meses.
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO – mosaicoplastia
40. Até agora foram descritas técnicas reparadoras;
Técnicas Regenerativas
Enxerto de periósteo;
Transplante de condrócitos: cultura por 3-4
semanas. Indicada em pacientes jovens sem
osteoartrose disseminda, lesões III ou IV;
Terapia genética;
Bioengenharia;
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO
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41. Lesões Traumáticas
Nos casos de traumas de repetição e
afundamento de até 0,5cm, procede-se ao
tratamento conservador com repouso relativo e
afastamento das atividades de esforço;
Se afundamento > 0,5cm: cirurgia de
desimpacção + fixação com parafusos canulados
ou barra de Barr (barra de compressão);
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO
42. Lesões Traumáticas
Destacamento de fragmento osteocondral:
- pequeno: exérese;
- grande (> 1cm): procede-se a fixação com
parafuso metálico de Herbert, absorvível, fio de
Kirschner ou palitos ósseos (via artoscópica).
Lesões Condrais do Joelho
TRATAMENTO