O documento descreve várias patologias e lesões do ombro, incluindo a síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do impacto do ombro, capsulite adesiva de ombro, tendinite do manguito rotador e bursite no ombro. As condições são definidas e seus sinais clínicos, causas, epidemiologia e tratamento fisioterapêutico são detalhados. Referências bibliográficas sobre o tema são fornecidas no final.
2. SÍNDROME DO DESFILADEIRO
CÉRVICO-TORÁCICO
• Definição:
Ocorre devido à compressão neurovascular
que passam entre a primeira costela e a
clavícula, o que resulta em alguns sintomas
na extremidade superior.
• Tipos:
⚬ Neurogênica “SDT verdadeira”.
⚬ SDT “Sintomática” neurogênica
inespecífica.
⚬ Síndromes vasculares “arteriais”.
⚬ Síndromes musculares “venosas”.
3. • Sinais Clínicos:
⚬ Dor difusa no braço e ombro (elevação a 90°);
⚬ Parestesia;
⚬ Fraqueza;
⚬ Dormência;
⚬ Fadiga;
⚬ Edema;
⚬ Descoloração e ulceração.
OBS:
Os sintomas neurais são mais comuns
que os vasculares.
4. • Local Anatômico:
Formado por 1 costela, clavícula e borda superior da
escápula;
Os grandes vasos e nervos da extremidade superior
passam por essas 3 estruturas;
5. • Etiologia:
⚬ 3 fatores causadores da SDT:
• Neuropatia compressiva: Compressão de estruturas
neurovasculares ;
• Má postura : Mudanças de postura em especial
cabeça anteriorizada com aumento da cifose
torácica, escápulas protraídas e ombros para frente,
estreitando as estruturas neurovasculares;
• Aprisionamento do tecido neural ao tecido cicatricial
ou pressão: Afeta a habilidade de tecido nervoso do
plexo braquial de tolerar tensão enquanto passa por
vários tecidos no DT.
6. • Epidemiologia:
⚬ Mais comum em mulheres;
⚬ Indivíduos entre 20 e 50 anos;
⚬ Forma neurogênica é a mais comum, constituindo
mais de 95% dos casos;
⚬ A forma venosa representa 2 a 3% e a arterial cerca
de 1% dos casos;
⚬ Profissões que necessitam da elevação dos braços
são considerados fatores predisponentes.
9. SÍNDROME DO IMPACTO DO
OMBRO
• Definição:
É uma compressão na musculatura do ombro
(manguito rotador) exercida por parte da escápula
quando o braço é elevado, no arco coracoacromial;
O principal músculo acometido é o Supra espinhoso,
mas também podendo ser caracterizado pela Tendinite
Bicipital e Bursite.
10. • Bicipital e Bursite Lesão no tendão da
cabeça longa do Bíceps.
• Tendinite Inflamação da Bursa
SubAcromial.
11. • Sinais Clínicos:
⚬ Dor ao elevar o braço acometido entre 80º a 120º;
⚬ Dores leves durante o repouso;
⚬ Dor a palpação;
⚬ Pode haver fraqueza muscular;
• Local Anatômico:
12. • Etiologia:
⚬ É uma patologia inflamatória e degenerativa que se
caracteriza por impactação mecânica ou
compressão de determinadas estruturas que se
localizam no espaço umerocoracoacromial,
especialmente o tendão do supraespinhal, o tendão
da cabeça longa do bíceps, a bursa subacromial e a
articulação acromioclavicular;
⚬ Progride com o efeito acumulativo do impacto,
podendo causar microlesões nas estruturas
supracitadas com possibilidade de fibrose da bursa
subacromial, tendinite ou até mesmo ruptura do
manguito rotador.
• Epidemiologia:
⚬ Pode acometer ambos os lados com prevalência
superior em indivíduos com idade entre 40 a 50
anos;
⚬ Acomete jovens em torno de 20 anos,
principalmente esportistas que fazem movimentos
repetitivos, abdução e flexão do braço acima de
13.
14. CAPSULITE ADESIVA DE OMBRO
• Definição:
⚬ A Capsulite adesiva também chamada de “ombro
congelado” é uma patologia inflamatória que leva a
uma aderência do ombro, ela ocorre na cápsula
articular deixando a mesma espessada, inelástica e
friável. Esta patologia acomete principalmente a
articulação glenoumeral.
• Sinais Clínicos:
⚬ Fase de congelamento: Dor no ombro aumenta
gradualmente ao repouso; (repentina). Essa fase dura de
10 a 36 semanas.
⚬ Fase adesiva: Movimentos rotacionais, flexão e abdução
ficam limitados; Essa fase dura de 4 a 12 meses.
⚬ Fase de descongelamento: Melhora progressiva da
amplitude de movimento; Importante restrição da cápsula;
Essa fase dura de 12 a 42 meses.
15. • Etiologia:
⚬ A etiologia é imprecisa, porém existem alguns
fatores que podem desencadear:
■ Mulheres com idade acima de 40 anos;
■ Trauma;
■ Diabetes mellitus;
■ Disfunção da tireoide;
■ Imobilização por tempo prolongado;
■ Acidente vascular encefálico (AVE) ou infarto do
miocárdio;
■ Doenças auto-imunes e algumas condições psiquiátricas.
• Epidemiologia:
⚬ Mais de 2 milhões de caso por ano no Brasil;
⚬ 3 – 5% da população em geral;
⚬ Maior incidência em mulheres;
⚬ 10 – 20 % dos pacientes diabéticos;
⚬ 40 a 60 anos.
16. TENDINITE DO MANGUITO ROTADOR
• Definição:
São lesões que acometem esse grupo muscular do
ombro, se manifestando por dor e limitação funcional.
Várias podem ser as causas da dor no ombro, como a
bursite, tendinite, ruptura parcial e total dos tendões do
manguito.
A síndrome do impacto é a principal causa das
tendinites do manguito rotador, porém a doença é
multifatorial, já que vários fatores somados a ação
biomecânica de compressão das estruturas moles do
ombro, principalmente dos músculos que compõem o
manguito rotador, contribuem para a o desenvolvimento
dessas lesões.
17. • As causas da tendinite do manguito rotador
podem ser divididas em fatores intrínsecos e
extrínsecos.
⚬ Intrínsecos: Relacionados às alterações fisiológicas
das estruturas moles do espaço subacromial, como
fraqueza muscular, uso excessivo do braço e
hipovascularização tendínea.
⚬ Extrínsecos: Relacionados aos impactos
mecânicos nas estruturas do arco coracoacromial,
como impacto subacromial primário, instabilidade
glenoumeral, os acromiale, impacto do processo
coracoide e impacto com rebordo póstero-superior
da glenóide.
18. BURSITE NO OMBRO
• Definição:
⚬ É caracterizada pela ocorrência de dor nos ombros,
principalmente durante a realização de certos
movimentos como abdução, rotação externa e
elevação do membro superior.
⚬ A dor ocorre pela inflamação ou irritação de uma
bursa. A bursa é um pequeno saco localizado entre
o osso e outras estruturas móveis, como músculos,
pele ou tendões, que permite e facilita um melhor
deslizamento entre as estruturas.
19. • Os músculos do manguito rotador do ombro
situam-se em um espaço limitado entre o
tubérculo maior, cabeça do úmero e o
acrômio. O atrito entre essas estruturas,
principalmente com a elevação e rotação
interna do ombro pode levar à inflamação da
bursa subacromial.
• Se o acrômio for mais saliente, ocorrerá uma
maior propensão para o impacto, podendo
gerar a inflamação da bursa subacromial
(bursite de ombro) e dor.
20. • Local Anatômico:
⚬ Articulação Glenoumeral:
■ Cabeça do úmero (convexa) com a cavidade
glenoidal da escapula (côncava). Permite os
três graus de movimento.
⚬ Cápsula articular:
■ Envolve toda a cavidade glenoide e a cabeça
do úmero.
21.
22. Referências Bibliográficas
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