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 Peculiar condição clínica
da articulação gleno-
umeral, caracterizada por
dor, rigidez articular de
natureza fibrosa, início
insidioso, muitas vezes
relacionada a períodos de
desuso do ombro,
evolução arrastada,
associada ou não a outras
doenças e que, em muitos
casos, pode evoluir
espontaneamente para
cura.
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 Descrita por Duplay em 1872: “ Ankylose fibreuse de
l’épaule ”
 EARL CODMAN- 1934- Este é um grupo de casos que é
difícil definir, difícil de tratar,e difícil explicar sob o ponto
de vista da patologia.”ombro congelado”
 Neviaser, 1935 : descreveu alterações histológicas
inflamatórias e fibrosas da cápsula articular e do
revestimento sinovial do ombro responsáveis pela
obliteração dos recessos articulares, principalmente, do
recesso axilar, e aderência da cápsula às estruturas
circunvizinhas, inclusive à cabeça do úmero. Essas
alterações provocam retração da cápsula com
diminuição drástica da sua capacidade volumétrica e
rigidez articular.
- Criou a expressão “capsulite adesiva” .
Zuckerman et al.:
- Primária;
- Secundária;
Intrínsica
Extrínsica ( lesões membro superior,
doenças do sistema nervoso central e
periférico, epilepsia, lesões da coluna
cervical, doenças cardíacas e pulmonares
Sistêmicas.
 Patologia que reside essencialmente na cápsula
articular, que se encontra espessada, retraida, inelástica
e friável.
 Ocorre fibrose e infiltração perivascular aumentada.
 O líquido sinovial é normal
 O volume articular está sempre diminuído, em torno de 3
a 15 ml, comparada a 25 a 30 ml da capacidade articular
normal
 O que determina essa alteração patológica , no entanto,
não é ainda conhecida
 Alterações articulares progressivas :
• Estádio 1: ( pré-adesivo)- reação inflamatória sinovial
• Estádio 2: ( sinovite adesiva aguda) – sinovite
proliferativa e início do colabamento das paredes dos
recessos articulares e aderências da capsula à cabeça
umeral
• Estádio 3: ( maturação)- regressão da sinovite e
colabamento do recesso axilar
• Estádio 4: ( crônico ) – aderências maduras ,
restringindo fortemente os movimentos da cabeça
umeral em relação à glenóide
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 Caracteriza-se por dor mal
localizada no ombro de
ínicio espontâneo,
geralmente, sem qualquer
história de trauma.
 A dor se torna muito
intensa, mesmo em
repouso e a noite ,
costuma diminuir de
intensidade em algumas
semanas
 A mobilidade do ombro se
torna rapidamente limitada
em todas as direções (
elevação. Rotação externa
e interna e abdução)
 UMA DAS CARCTERÍSTICAS SEMPRE
PRESENTES É O BLOQUEIO DA ROTAÇÃO
EXTERNA E INTERNA.
 Acomete individos de 40 a 60 anos
 Sexo feminino mais comum
 O lado mais envolvido é o não-dominante
 O quadro possui evolução lenta, não inferior a 4
a 6 meses, antes do diagnóstico definido, com
tempo de doença entre 1 a 2 anos
 Fase dolorosa (hiperalgica ou inflamatória)
- na qual a dor é o fato clínico mais importante e é
acompanhada por aspectos especiais de
distrofia simpático-reflexa, como a sudorese
palmar e axilar e a sensação de hiperestesia do
membro acometido.
 Em média tem duração de 3 meses e é
acompanhada pela perda rápida de amplitudes
de movimentos
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 Fase do enrijecimento da articulação
(congelamento)– supondo-se haver nessa fase
, sequela por fibrose e aderências provocadas
pela fase inflamatória inicial
 Os fenômenos dolorosos espontâneos cedem
lugar a ocorrência de dor noturna , a mobilização
forçada ou aos movimentos súbitos
 Evolução média de 7 a 10 meses
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FASE DO DESCONGELAMENTO – em
que há recuperação espontânea e
progressiva das amplitudes de
movimentos ( 9 a 24 meses )
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 O RX simples é normal , podendo ocorrer diminuição do
espaço articular entre a glenóide e a cabeça do úmero
na incidência em AP verdadeiro (demonstra a retração
capsular)
 Osteoporose por desuso
 A artrografia avalia a capacidade de volume articular do
ombro e obliteração do recesso articular ( mais
importante exame no diagnóstico da capsulite adesiva).
Pode romper aderências e amenizar quadro clínico.
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ligamento coracoumeral
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associadas
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DIFERENCIAR ENTRE PRIMÁRIA E
SECUNDÁRIA
 A prevenção é a arma mais segura contra a CA e
envolve:
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 Conceito de mobilidade passiva imediata após trauma ou
cirurgia dos MMSS
 Objetivo do tto é o alívio do desconforto e restauração da
ampla mobilidade do ombro
 A escolha entre as diversas formas de tratamento se
baseia na fase em que o paciente é avaliado pela
primeira vez e pela experiência acumulada pela equipe
responsável
 1) analgésicos potentes por via oral,
 2) antiinflamatórios não hormonais por via oral,
 3) corticóides de ação prolongada por via intramuscular
(não utilizados nos diabéticos),
 4) calcitonina (intramuscular ou spray nasal) durante
dois a três meses, principalmente em diabéticos, por não
poderem usar corticóides,
 5) amitriptilina em dose adequada a cada paciente,
 6) bloqueio do nervo supra-escapular
 7) fisioterápico
medicação analgésica e antiinflamatória e
sedativa (amitriptilina) pode ser necessária
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programa de reabilitação no próprio
domicílio
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Capsulite Adesiva do Ombro

  • 2.  Peculiar condição clínica da articulação gleno- umeral, caracterizada por dor, rigidez articular de natureza fibrosa, início insidioso, muitas vezes relacionada a períodos de desuso do ombro, evolução arrastada, associada ou não a outras doenças e que, em muitos casos, pode evoluir espontaneamente para cura. www.traumatologiaeortopedia.com | www.ortopediabrasil.blogspot.com.br
  • 3.  Descrita por Duplay em 1872: “ Ankylose fibreuse de l’épaule ”  EARL CODMAN- 1934- Este é um grupo de casos que é difícil definir, difícil de tratar,e difícil explicar sob o ponto de vista da patologia.”ombro congelado”  Neviaser, 1935 : descreveu alterações histológicas inflamatórias e fibrosas da cápsula articular e do revestimento sinovial do ombro responsáveis pela obliteração dos recessos articulares, principalmente, do recesso axilar, e aderência da cápsula às estruturas circunvizinhas, inclusive à cabeça do úmero. Essas alterações provocam retração da cápsula com diminuição drástica da sua capacidade volumétrica e rigidez articular. - Criou a expressão “capsulite adesiva” .
  • 4. Zuckerman et al.: - Primária; - Secundária; Intrínsica Extrínsica ( lesões membro superior, doenças do sistema nervoso central e periférico, epilepsia, lesões da coluna cervical, doenças cardíacas e pulmonares Sistêmicas.
  • 5.  Patologia que reside essencialmente na cápsula articular, que se encontra espessada, retraida, inelástica e friável.  Ocorre fibrose e infiltração perivascular aumentada.  O líquido sinovial é normal  O volume articular está sempre diminuído, em torno de 3 a 15 ml, comparada a 25 a 30 ml da capacidade articular normal  O que determina essa alteração patológica , no entanto, não é ainda conhecida
  • 6.  Alterações articulares progressivas : • Estádio 1: ( pré-adesivo)- reação inflamatória sinovial • Estádio 2: ( sinovite adesiva aguda) – sinovite proliferativa e início do colabamento das paredes dos recessos articulares e aderências da capsula à cabeça umeral • Estádio 3: ( maturação)- regressão da sinovite e colabamento do recesso axilar • Estádio 4: ( crônico ) – aderências maduras , restringindo fortemente os movimentos da cabeça umeral em relação à glenóide
  • 8.  Caracteriza-se por dor mal localizada no ombro de ínicio espontâneo, geralmente, sem qualquer história de trauma.  A dor se torna muito intensa, mesmo em repouso e a noite , costuma diminuir de intensidade em algumas semanas  A mobilidade do ombro se torna rapidamente limitada em todas as direções ( elevação. Rotação externa e interna e abdução)
  • 9.  UMA DAS CARCTERÍSTICAS SEMPRE PRESENTES É O BLOQUEIO DA ROTAÇÃO EXTERNA E INTERNA.  Acomete individos de 40 a 60 anos  Sexo feminino mais comum  O lado mais envolvido é o não-dominante  O quadro possui evolução lenta, não inferior a 4 a 6 meses, antes do diagnóstico definido, com tempo de doença entre 1 a 2 anos
  • 10.
  • 11.  Fase dolorosa (hiperalgica ou inflamatória) - na qual a dor é o fato clínico mais importante e é acompanhada por aspectos especiais de distrofia simpático-reflexa, como a sudorese palmar e axilar e a sensação de hiperestesia do membro acometido.  Em média tem duração de 3 meses e é acompanhada pela perda rápida de amplitudes de movimentos www.traumatologiaeortopedia.com | www.ortopediabrasil.blogspot.com.br
  • 12.  Fase do enrijecimento da articulação (congelamento)– supondo-se haver nessa fase , sequela por fibrose e aderências provocadas pela fase inflamatória inicial  Os fenômenos dolorosos espontâneos cedem lugar a ocorrência de dor noturna , a mobilização forçada ou aos movimentos súbitos  Evolução média de 7 a 10 meses https://traumatologiaeortopedia.com
  • 13. FASE DO DESCONGELAMENTO – em que há recuperação espontânea e progressiva das amplitudes de movimentos ( 9 a 24 meses ) www.traumatologiaeortopedia.com | www.ortopediabrasil.blogspot.com.br
  • 14.
  • 15.  O RX simples é normal , podendo ocorrer diminuição do espaço articular entre a glenóide e a cabeça do úmero na incidência em AP verdadeiro (demonstra a retração capsular)  Osteoporose por desuso  A artrografia avalia a capacidade de volume articular do ombro e obliteração do recesso articular ( mais importante exame no diagnóstico da capsulite adesiva). Pode romper aderências e amenizar quadro clínico.  USG: espessamento e a menor elasticidade do ligamento coracoumeral  Artro-ressonância magnética : suspeita de outras lesões associadas
  • 16.  Rupturas maciças do manguito rotador  Peritendinite calcária  Luxações glenoumeris não diagnosticadas  Tumores  Síndrome ombro mão  Trauma  Síndrome do impacto  ROBERT LEFFERT – COSTUMA DIFERENCIAR ENTRE PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
  • 17.  A prevenção é a arma mais segura contra a CA e envolve:  Diagnóstico precoce correto  Conceito de mobilidade passiva imediata após trauma ou cirurgia dos MMSS  Objetivo do tto é o alívio do desconforto e restauração da ampla mobilidade do ombro  A escolha entre as diversas formas de tratamento se baseia na fase em que o paciente é avaliado pela primeira vez e pela experiência acumulada pela equipe responsável
  • 18.  1) analgésicos potentes por via oral,  2) antiinflamatórios não hormonais por via oral,  3) corticóides de ação prolongada por via intramuscular (não utilizados nos diabéticos),  4) calcitonina (intramuscular ou spray nasal) durante dois a três meses, principalmente em diabéticos, por não poderem usar corticóides,  5) amitriptilina em dose adequada a cada paciente,  6) bloqueio do nervo supra-escapular  7) fisioterápico
  • 19.
  • 20. medicação analgésica e antiinflamatória e sedativa (amitriptilina) pode ser necessária tratamento fisioterápico programa de reabilitação no próprio domicílio www.traumatologiaeortopedia.com | www.ortopediabrasil.blogspot.com.br
  • 21. Manipulação sob anestesia Distensão hidráulica Ligamento-capsulotomias cirúrgicas por via aberta Liberação articular via artroscópica www.traumatologiaeortopedia.com | www.ortopediabrasil.blogspot.com.br