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Infecções da coluna
vertebral
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História
 Período neolítico (7.000 a.c.)
 Múmias egípcias (3..000 a.c.)
 Hipócrates (400 a.c.)
 Percival Pott (1779)
 Nelaton (1854)
 Rodet (1884)
 Hibbs e Albee (1911)
 Hodgson e Stock (1956)
 Antibióticos (Década de 60)
Anatomia e fisiologia
Epidemiologia
• Osteomilelite vertebral:
 Rara (1:250.000 casos por ano)
 2-7% das osteomielites
 1-20% de mortalidade
 Incidência em ascenção
 Homens
 Adultos
 Tempo para diagnóstico: +/-3 meses
 Tempo para recuperação: +/- 12 meses
• Discite:
 No adulto é concomitante com osteomielite
 Crianças
 Discite na criança (0,4:10.000 casos por ano)
Fatores de risco
 Sistêmico
HIV
Diabetes
Desnutrição
Malignidade
Esteróides
 Traumático
Trauma penetrante
 Infeccioso
ITU
 Iatrogênicos
Procedimento urológico
Procedimentos vertebrais
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Microorganismos causais
 S. aureus: 60%
 S. epidermides: 15%
 Streptococus hemolyticus: 5%
 Streptococus viridans: 5%
 Peptococus: 5%
 E. coli: 5%
Classificação
Localização anatômica
 Osteomielite
 Discite
 Abscesso epidural
Etiologia
 Bacteriana
 TB
 Fungos
Quadro clínico
 Dor focal nas costas: >90%
 Fraqueza: 50%
 Febre: 30%
 Dificuldade para marcha: 50%
 Queixas sensoriais: 40%
 Déficit neurológico: 3-4%
 Espasmo paravertebral
 Dor radicular
 Mielopatia
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Laboratório
 Leucócitos ↑
 VHS e PCR ↑
 Cultura de sangue positiva em 50%
Radiologia
 Radiografias
Após 2-4 sem:
Diminuição do espaço discal
Apagamento da placa terminal
Tardios:
Colapso vertebral
Cifose segmentar
Anquilose
Achado específico:
Calcificação fina dos tecidos moles paravertebraishttp://traumatologiaeortopedia.com.br
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Radiologia
Caso H.C
Tomografia computadorizada
 Defeitos líticos no osso subcondral
 Destruição da placa vertebral
 Esclerose
 Achatamento do disco
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Tomografia computadorizada
RNM
 Melhor método de imagem
 Não diferencia piogênica de não piogênica
 Mais sensível (93-96%)
 Mais específico (92-97%)
T1:
↓sinal nos corpos vertebrais e discos
Margem entre disco e corpo sem diferenciação
T2:
↑sinal no disco
↓sinal no corpo
RNM
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Cintilografia
 Tecnécio: muito sensível e pouco específica
 Gálio: menos sensível mas mais específica pra
processos inflamatórios
 Leucócitos marcados
Biópsia
 Melhor método de determinação da infecção e
identificação do agente etiológico
 Razak, Kamari e Roohi:
Percutânea: 22%
Aberta: 93%
 Complicações:
Hemotórax
Pneumotórax
Lesão radicular
Diagnóstico diferencial
 Malignidades primárias e metastáticas
 Doenças osteometabólicas com fratura
 Artrite reumatóide
 Espondilite anquilosante
 Mielite
Osteomielite vertebral
Laboratorial
 VHS: geralmente > 40 mm
 Hemocultura pode isolar o agente
 Biópsia: método para confirmar diagnóstico
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Osteomielite vertebral
 Mais comum no adulto
 Mais comum: S. aureus
 Comprometimento maior do corpo mas disco também
é comprometido
 Quadro clínico
 Dor constante que não melhora ao repouso
 Febre não é constante e está ausente em 50%
Osteomielite vertebral
Radiografia
 Sem alterações nos primeiros 10 dias
 Osteoporose regional
 Pinçamento discal
 Abscesso paravertebral
 Erosão do osso subcondral: 1 a 2 sem. após início dos
sintomas
 TC: útil para demonstrar abscesso
 RNM: exame de preferência
Osteomielite vertebral
Osteomielite vertebral
Tratamento
 Inicialmente: sempre conservador
 Repouso no leito e antibioticoterapia específica
 Cura: desaparecimento dos sintomas e normalização dos exames
laboratoriais
Cirúrgico:
 Casos que não respondem ao tratamento conservador
 Comprometimento neurológico
 Desbridamento da lesão, descompressão e artrodese se
necessário
Espondilodiscite
 Sempre secndária a infecção óssea no adulto
 Discite pura geralmente é por trauma ou
manipulação cirúrgica
 Taxa de infecção pós cirurgia do disco (1%)
 S. aureus
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Espondilodiscite
Espondilodiscite
 Diagnóstico de infecção discal pós-op é difícil
Quadro clínico
 Persistência da dor lombar
 Espasmo muscular
 Dor com deambulação
 VHS aumentado por mais de 4 semanas
Espondilodiscite
Tratamento:
 Biópsia
 ATB até normalização do VHS
 Colete para alívio de dor
 Fusão espontânea melhora a dor
Cirurgia:
 Casos que não respondem ao tratamento conservador
 Comprometimento neurológico
 Desbridamento da lesão e artrodese
Abscesso epidural
 Complicação da osteomielite / discite
 Abscesso isolado é raro
 Maioria é de localização anterior, com exceção da
semeadura hematogênica
 RNM bastante sensível mas pode ter análise dificultada
na presença de meningite
 Tratamento é drenagem cirúrgica
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Tuberculose vertebral
 1/3 das infecções osteoarticulares
 Transição tóracolombar
 Homens = Mulheres
 Poupa disco
 Disseminação por baixo dos ligamentos longitudinais
Tuberculose vertebral
Tuberculose vertebral
 Quadro clínico
 Fraqueza
 Mal-estar
 Sudorese noturna
 Febre
 Perda de peso
 Dor (sintoma tardio associado a colapso)
Tuberculose vertebral
 Alterações laboratoriais
 Anemia
 Hipoproteinemia
 Elevação branda do PCR
 Téste cutâneo é útil mas não diagnóstico
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Tuberculose vertebral
 Achados radiográficos
 Diminuição sutil do espaço discal
 Osteopenia localizada
 Colapso (tardio)
Tuberculose vertebral
Tratamento
 Melhores resultados com tratamento cirúrgico +
quimioterapia
 Rifampicina + isoniazida
Tuberculose vertebral
Tratamento
 Indicação cirúrgica na ausência de sintomas
 Comprometimento de +1 vértebra
 Resistência a quimioterapia
 Recorrência da doença
 Para realização de biópsia aberta
 Tratamento cirúrgico
 Fusão posterior com ou sem instrumentação após
descompressão anterior e enxerto para prevenir colapso
Tuberculose vertebral
• Fórmula para prever deformidade cifótica final
• 90% de acurácia
Y = A + Bx
Y: â da deformidade
X: perda inicial do corpo em %
A: 5,5 (constante)
B: 30,5 (constante)
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Y = A + Bx
Y: â da deformidade
X: perda inicial do corpo em %
Paraplegia de Pott
 Déficit neurológico é indicação de tratamento cirúrgico
 70-95% se recuperam
 >6 meses de paraplegia dificilmente se recupera
 Pior prognóstico
 Distúrbio vascular
 Penetração da infecção na dura
 Transecção da medula por osso
Paraplegia de Pott
Hodgson et al. Divide em 2 grupos
 Paraplegia c/ doença ativa
 Pressão externa sobre a medula
 Penetração da infecção pela dura-mater
 Paraplegia c/ doença curada
 Transecção da medula por crista óssea
 Constrição da medula por tecido de granulação
Infecções em crianças
 Dificuldade para marcha
 Irritabilidade
 Mal-estar
 Incapacidade súbita de ficar de pé ou andar confortavelmente
 Idade média de 6 anos
 Sintomas com início 4 semanas antes da hospitalização
 Febre e VHS elevados
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Infecções em crianças
Infecções em crianças
Tratamento variável
 Wenger, Gilday, Bobechko
 ATB até andar confortavelmente e após fazer mais 3
sem de ATB VO
 Spiegel, Boston, Bianco, Rhodes
 Repouso no leito sem antibiótico
Infecções pós-operatórias
 Piogênicas
 Manifestações poucos dias após cirurgia
 Novo pico de VHS e Prot.C
 Cirurgia prévia é o principal fator de risco
 Tratamento com limpeza, desbridamento e fechamento
retardado da ferida
 Não é necessário retirar material
Outras infecções
 Brucelose:
 Pacientes que trabalham em abatedoures ou com
pasteurização de leite
 Fungos:
 Pacientes imunodeprimidos
 Aspergillus e infecções criptocócicas
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Tratamento não operatório
 Imobilização vertebral: gesso ou órtese
 Antibióticos EV seguido de terapia VO
 75% tem resolução da dor e anquilose espontânea
 Pacientes imunocomprometidos tem insucesso na
terapia conservadora
 Marcadores de resultado favorável:
Idade < 60
VHS em queda
Infecção não estafilocócica
Antibióticoterapia
 Escolha por isolamento do agente e testes de
sensibilidade
 Iniciar terapia endovenosa
 Suspender quando o paciente sem abscesso
apresentar remissão dos sintomas e valor do
VHS <50% do inicial
Tratamento cirúrgico
Indicações
 Isolamento do agente por biópsia aberta
 Insucesso no tratamento conservador
 Compressão neural sintomática
 Deformidade potencial ou progressiva
 Dor intensa e persistente
Descompressão posterior
Sem artrodese
 Evolui potencialmente para progressão de
deformidade, instabilidade e deterioração
neurológica
 Reservada para abscessos posteriores sem
acometimento vertebral anterior
Artrodese sem instrumentação
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Descompressão anterior
Artrodese posterior
Descompressão anterior com
estabilização posterior
 Maioria dos casos de osteomielite
piogênica
 Enxerto anterior promove
consolidação e retorno da
vascularização
 Maior estabilidade circunferencial
 Melhora do resultado funcional
 Redução da dor
Enxerto ósseo vascularizado
 Vantagens:
 Menor reabsorção
 Resistência superior
 Consolidação acelerada
 Complicações:
 Complicações relacionadas a coleta
 Complicações do enxerto
 Áreas doadoras
 Fíbula vascularizada
 Costela vascularizada
 Retalho miocutâneo com crista ilíaca
Esferas antibióticas
 Colocação temporária para controle dos espaços
mortos
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ploriferação bacteriana
 Podem inibir a função dos leucócitos
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Técnicas percutâneas
 Sucção/irrigação percutânea para biópsia ou
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procedimento de instrumentação aberta

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Infecções da coluna vertebral

  • 2. História  Período neolítico (7.000 a.c.)  Múmias egípcias (3..000 a.c.)  Hipócrates (400 a.c.)  Percival Pott (1779)  Nelaton (1854)  Rodet (1884)  Hibbs e Albee (1911)  Hodgson e Stock (1956)  Antibióticos (Década de 60)
  • 4. Epidemiologia • Osteomilelite vertebral:  Rara (1:250.000 casos por ano)  2-7% das osteomielites  1-20% de mortalidade  Incidência em ascenção  Homens  Adultos  Tempo para diagnóstico: +/-3 meses  Tempo para recuperação: +/- 12 meses • Discite:  No adulto é concomitante com osteomielite  Crianças  Discite na criança (0,4:10.000 casos por ano)
  • 5. Fatores de risco  Sistêmico HIV Diabetes Desnutrição Malignidade Esteróides  Traumático Trauma penetrante  Infeccioso ITU  Iatrogênicos Procedimento urológico Procedimentos vertebrais http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 6. Microorganismos causais  S. aureus: 60%  S. epidermides: 15%  Streptococus hemolyticus: 5%  Streptococus viridans: 5%  Peptococus: 5%  E. coli: 5%
  • 7. Classificação Localização anatômica  Osteomielite  Discite  Abscesso epidural Etiologia  Bacteriana  TB  Fungos
  • 8. Quadro clínico  Dor focal nas costas: >90%  Fraqueza: 50%  Febre: 30%  Dificuldade para marcha: 50%  Queixas sensoriais: 40%  Déficit neurológico: 3-4%  Espasmo paravertebral  Dor radicular  Mielopatia http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 9. Laboratório  Leucócitos ↑  VHS e PCR ↑  Cultura de sangue positiva em 50%
  • 10. Radiologia  Radiografias Após 2-4 sem: Diminuição do espaço discal Apagamento da placa terminal Tardios: Colapso vertebral Cifose segmentar Anquilose Achado específico: Calcificação fina dos tecidos moles paravertebraishttp://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 13. Tomografia computadorizada  Defeitos líticos no osso subcondral  Destruição da placa vertebral  Esclerose  Achatamento do disco http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 15. RNM  Melhor método de imagem  Não diferencia piogênica de não piogênica  Mais sensível (93-96%)  Mais específico (92-97%) T1: ↓sinal nos corpos vertebrais e discos Margem entre disco e corpo sem diferenciação T2: ↑sinal no disco ↓sinal no corpo
  • 17. Cintilografia  Tecnécio: muito sensível e pouco específica  Gálio: menos sensível mas mais específica pra processos inflamatórios  Leucócitos marcados
  • 18. Biópsia  Melhor método de determinação da infecção e identificação do agente etiológico  Razak, Kamari e Roohi: Percutânea: 22% Aberta: 93%  Complicações: Hemotórax Pneumotórax Lesão radicular
  • 19. Diagnóstico diferencial  Malignidades primárias e metastáticas  Doenças osteometabólicas com fratura  Artrite reumatóide  Espondilite anquilosante  Mielite
  • 20. Osteomielite vertebral Laboratorial  VHS: geralmente > 40 mm  Hemocultura pode isolar o agente  Biópsia: método para confirmar diagnóstico http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 21. Osteomielite vertebral  Mais comum no adulto  Mais comum: S. aureus  Comprometimento maior do corpo mas disco também é comprometido  Quadro clínico  Dor constante que não melhora ao repouso  Febre não é constante e está ausente em 50%
  • 22. Osteomielite vertebral Radiografia  Sem alterações nos primeiros 10 dias  Osteoporose regional  Pinçamento discal  Abscesso paravertebral  Erosão do osso subcondral: 1 a 2 sem. após início dos sintomas  TC: útil para demonstrar abscesso  RNM: exame de preferência
  • 24. Osteomielite vertebral Tratamento  Inicialmente: sempre conservador  Repouso no leito e antibioticoterapia específica  Cura: desaparecimento dos sintomas e normalização dos exames laboratoriais Cirúrgico:  Casos que não respondem ao tratamento conservador  Comprometimento neurológico  Desbridamento da lesão, descompressão e artrodese se necessário
  • 25. Espondilodiscite  Sempre secndária a infecção óssea no adulto  Discite pura geralmente é por trauma ou manipulação cirúrgica  Taxa de infecção pós cirurgia do disco (1%)  S. aureus http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 27. Espondilodiscite  Diagnóstico de infecção discal pós-op é difícil Quadro clínico  Persistência da dor lombar  Espasmo muscular  Dor com deambulação  VHS aumentado por mais de 4 semanas
  • 28. Espondilodiscite Tratamento:  Biópsia  ATB até normalização do VHS  Colete para alívio de dor  Fusão espontânea melhora a dor Cirurgia:  Casos que não respondem ao tratamento conservador  Comprometimento neurológico  Desbridamento da lesão e artrodese
  • 29. Abscesso epidural  Complicação da osteomielite / discite  Abscesso isolado é raro  Maioria é de localização anterior, com exceção da semeadura hematogênica  RNM bastante sensível mas pode ter análise dificultada na presença de meningite  Tratamento é drenagem cirúrgica http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 30. Tuberculose vertebral  1/3 das infecções osteoarticulares  Transição tóracolombar  Homens = Mulheres  Poupa disco  Disseminação por baixo dos ligamentos longitudinais
  • 32. Tuberculose vertebral  Quadro clínico  Fraqueza  Mal-estar  Sudorese noturna  Febre  Perda de peso  Dor (sintoma tardio associado a colapso)
  • 33. Tuberculose vertebral  Alterações laboratoriais  Anemia  Hipoproteinemia  Elevação branda do PCR  Téste cutâneo é útil mas não diagnóstico http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 34. Tuberculose vertebral  Achados radiográficos  Diminuição sutil do espaço discal  Osteopenia localizada  Colapso (tardio)
  • 35. Tuberculose vertebral Tratamento  Melhores resultados com tratamento cirúrgico + quimioterapia  Rifampicina + isoniazida
  • 36. Tuberculose vertebral Tratamento  Indicação cirúrgica na ausência de sintomas  Comprometimento de +1 vértebra  Resistência a quimioterapia  Recorrência da doença  Para realização de biópsia aberta  Tratamento cirúrgico  Fusão posterior com ou sem instrumentação após descompressão anterior e enxerto para prevenir colapso
  • 37. Tuberculose vertebral • Fórmula para prever deformidade cifótica final • 90% de acurácia Y = A + Bx Y: â da deformidade X: perda inicial do corpo em % A: 5,5 (constante) B: 30,5 (constante) http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 38. Y = A + Bx Y: â da deformidade X: perda inicial do corpo em %
  • 39. Paraplegia de Pott  Déficit neurológico é indicação de tratamento cirúrgico  70-95% se recuperam  >6 meses de paraplegia dificilmente se recupera  Pior prognóstico  Distúrbio vascular  Penetração da infecção na dura  Transecção da medula por osso
  • 40. Paraplegia de Pott Hodgson et al. Divide em 2 grupos  Paraplegia c/ doença ativa  Pressão externa sobre a medula  Penetração da infecção pela dura-mater  Paraplegia c/ doença curada  Transecção da medula por crista óssea  Constrição da medula por tecido de granulação
  • 41. Infecções em crianças  Dificuldade para marcha  Irritabilidade  Mal-estar  Incapacidade súbita de ficar de pé ou andar confortavelmente  Idade média de 6 anos  Sintomas com início 4 semanas antes da hospitalização  Febre e VHS elevados http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 43. Infecções em crianças Tratamento variável  Wenger, Gilday, Bobechko  ATB até andar confortavelmente e após fazer mais 3 sem de ATB VO  Spiegel, Boston, Bianco, Rhodes  Repouso no leito sem antibiótico
  • 44. Infecções pós-operatórias  Piogênicas  Manifestações poucos dias após cirurgia  Novo pico de VHS e Prot.C  Cirurgia prévia é o principal fator de risco  Tratamento com limpeza, desbridamento e fechamento retardado da ferida  Não é necessário retirar material
  • 45. Outras infecções  Brucelose:  Pacientes que trabalham em abatedoures ou com pasteurização de leite  Fungos:  Pacientes imunodeprimidos  Aspergillus e infecções criptocócicas http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 46. Tratamento não operatório  Imobilização vertebral: gesso ou órtese  Antibióticos EV seguido de terapia VO  75% tem resolução da dor e anquilose espontânea  Pacientes imunocomprometidos tem insucesso na terapia conservadora  Marcadores de resultado favorável: Idade < 60 VHS em queda Infecção não estafilocócica
  • 47. Antibióticoterapia  Escolha por isolamento do agente e testes de sensibilidade  Iniciar terapia endovenosa  Suspender quando o paciente sem abscesso apresentar remissão dos sintomas e valor do VHS <50% do inicial
  • 48. Tratamento cirúrgico Indicações  Isolamento do agente por biópsia aberta  Insucesso no tratamento conservador  Compressão neural sintomática  Deformidade potencial ou progressiva  Dor intensa e persistente
  • 49. Descompressão posterior Sem artrodese  Evolui potencialmente para progressão de deformidade, instabilidade e deterioração neurológica  Reservada para abscessos posteriores sem acometimento vertebral anterior
  • 51. Descompressão anterior Artrodese posterior Descompressão anterior com estabilização posterior  Maioria dos casos de osteomielite piogênica  Enxerto anterior promove consolidação e retorno da vascularização  Maior estabilidade circunferencial  Melhora do resultado funcional  Redução da dor
  • 52. Enxerto ósseo vascularizado  Vantagens:  Menor reabsorção  Resistência superior  Consolidação acelerada  Complicações:  Complicações relacionadas a coleta  Complicações do enxerto  Áreas doadoras  Fíbula vascularizada  Costela vascularizada  Retalho miocutâneo com crista ilíaca
  • 53. Esferas antibióticas  Colocação temporária para controle dos espaços mortos  Permite a expansão dos tecidos contraídos sem ploriferação bacteriana  Podem inibir a função dos leucócitos http://traumatologiaeortopedia.com.br http://www.traumatologiaeortopedia.com
  • 54. Técnicas percutâneas  Sucção/irrigação percutânea para biópsia ou desbridamento  Fixador vertebral externo percutâneo  Possível entre T3-S1  Opção para paciente com contra-indicação ao procedimento de instrumentação aberta