– 2% – 7% de todos os casos de osteomielite
– ocupa 3º lugar após fêmur e tíbia
– incidência está aumentando: envelhecimento da população, maior número de usuários de drogas injetáveis, imunocomprometidos, procedimentos terapêuticos e diagnósticos invasivos – particularmente procedimentos urológicos.
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4. Epidemiologia
• Osteomilelite vertebral:
Rara (1:250.000 casos por ano)
2-7% das osteomielites
1-20% de mortalidade
Incidência em ascenção
Homens
Adultos
Tempo para diagnóstico: +/-3 meses
Tempo para recuperação: +/- 12 meses
• Discite:
No adulto é concomitante com osteomielite
Crianças
Discite na criança (0,4:10.000 casos por ano)
5. Fatores de risco
Sistêmico
HIV
Diabetes
Desnutrição
Malignidade
Esteróides
Traumático
Trauma penetrante
Infeccioso
ITU
Iatrogênicos
Procedimento urológico
Procedimentos vertebrais
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6. Microorganismos causais
S. aureus: 60%
S. epidermides: 15%
Streptococus hemolyticus: 5%
Streptococus viridans: 5%
Peptococus: 5%
E. coli: 5%
15. RNM
Melhor método de imagem
Não diferencia piogênica de não piogênica
Mais sensível (93-96%)
Mais específico (92-97%)
T1:
↓sinal nos corpos vertebrais e discos
Margem entre disco e corpo sem diferenciação
T2:
↑sinal no disco
↓sinal no corpo
17. Cintilografia
Tecnécio: muito sensível e pouco específica
Gálio: menos sensível mas mais específica pra
processos inflamatórios
Leucócitos marcados
18. Biópsia
Melhor método de determinação da infecção e
identificação do agente etiológico
Razak, Kamari e Roohi:
Percutânea: 22%
Aberta: 93%
Complicações:
Hemotórax
Pneumotórax
Lesão radicular
20. Osteomielite vertebral
Laboratorial
VHS: geralmente > 40 mm
Hemocultura pode isolar o agente
Biópsia: método para confirmar diagnóstico
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21. Osteomielite vertebral
Mais comum no adulto
Mais comum: S. aureus
Comprometimento maior do corpo mas disco também
é comprometido
Quadro clínico
Dor constante que não melhora ao repouso
Febre não é constante e está ausente em 50%
22. Osteomielite vertebral
Radiografia
Sem alterações nos primeiros 10 dias
Osteoporose regional
Pinçamento discal
Abscesso paravertebral
Erosão do osso subcondral: 1 a 2 sem. após início dos
sintomas
TC: útil para demonstrar abscesso
RNM: exame de preferência
24. Osteomielite vertebral
Tratamento
Inicialmente: sempre conservador
Repouso no leito e antibioticoterapia específica
Cura: desaparecimento dos sintomas e normalização dos exames
laboratoriais
Cirúrgico:
Casos que não respondem ao tratamento conservador
Comprometimento neurológico
Desbridamento da lesão, descompressão e artrodese se
necessário
25. Espondilodiscite
Sempre secndária a infecção óssea no adulto
Discite pura geralmente é por trauma ou
manipulação cirúrgica
Taxa de infecção pós cirurgia do disco (1%)
S. aureus
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27. Espondilodiscite
Diagnóstico de infecção discal pós-op é difícil
Quadro clínico
Persistência da dor lombar
Espasmo muscular
Dor com deambulação
VHS aumentado por mais de 4 semanas
28. Espondilodiscite
Tratamento:
Biópsia
ATB até normalização do VHS
Colete para alívio de dor
Fusão espontânea melhora a dor
Cirurgia:
Casos que não respondem ao tratamento conservador
Comprometimento neurológico
Desbridamento da lesão e artrodese
29. Abscesso epidural
Complicação da osteomielite / discite
Abscesso isolado é raro
Maioria é de localização anterior, com exceção da
semeadura hematogênica
RNM bastante sensível mas pode ter análise dificultada
na presença de meningite
Tratamento é drenagem cirúrgica
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30. Tuberculose vertebral
1/3 das infecções osteoarticulares
Transição tóracolombar
Homens = Mulheres
Poupa disco
Disseminação por baixo dos ligamentos longitudinais
36. Tuberculose vertebral
Tratamento
Indicação cirúrgica na ausência de sintomas
Comprometimento de +1 vértebra
Resistência a quimioterapia
Recorrência da doença
Para realização de biópsia aberta
Tratamento cirúrgico
Fusão posterior com ou sem instrumentação após
descompressão anterior e enxerto para prevenir colapso
37. Tuberculose vertebral
• Fórmula para prever deformidade cifótica final
• 90% de acurácia
Y = A + Bx
Y: â da deformidade
X: perda inicial do corpo em %
A: 5,5 (constante)
B: 30,5 (constante)
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38. Y = A + Bx
Y: â da deformidade
X: perda inicial do corpo em %
39. Paraplegia de Pott
Déficit neurológico é indicação de tratamento cirúrgico
70-95% se recuperam
>6 meses de paraplegia dificilmente se recupera
Pior prognóstico
Distúrbio vascular
Penetração da infecção na dura
Transecção da medula por osso
40. Paraplegia de Pott
Hodgson et al. Divide em 2 grupos
Paraplegia c/ doença ativa
Pressão externa sobre a medula
Penetração da infecção pela dura-mater
Paraplegia c/ doença curada
Transecção da medula por crista óssea
Constrição da medula por tecido de granulação
41. Infecções em crianças
Dificuldade para marcha
Irritabilidade
Mal-estar
Incapacidade súbita de ficar de pé ou andar confortavelmente
Idade média de 6 anos
Sintomas com início 4 semanas antes da hospitalização
Febre e VHS elevados
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43. Infecções em crianças
Tratamento variável
Wenger, Gilday, Bobechko
ATB até andar confortavelmente e após fazer mais 3
sem de ATB VO
Spiegel, Boston, Bianco, Rhodes
Repouso no leito sem antibiótico
44. Infecções pós-operatórias
Piogênicas
Manifestações poucos dias após cirurgia
Novo pico de VHS e Prot.C
Cirurgia prévia é o principal fator de risco
Tratamento com limpeza, desbridamento e fechamento
retardado da ferida
Não é necessário retirar material
45. Outras infecções
Brucelose:
Pacientes que trabalham em abatedoures ou com
pasteurização de leite
Fungos:
Pacientes imunodeprimidos
Aspergillus e infecções criptocócicas
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46. Tratamento não operatório
Imobilização vertebral: gesso ou órtese
Antibióticos EV seguido de terapia VO
75% tem resolução da dor e anquilose espontânea
Pacientes imunocomprometidos tem insucesso na
terapia conservadora
Marcadores de resultado favorável:
Idade < 60
VHS em queda
Infecção não estafilocócica
47. Antibióticoterapia
Escolha por isolamento do agente e testes de
sensibilidade
Iniciar terapia endovenosa
Suspender quando o paciente sem abscesso
apresentar remissão dos sintomas e valor do
VHS <50% do inicial
48. Tratamento cirúrgico
Indicações
Isolamento do agente por biópsia aberta
Insucesso no tratamento conservador
Compressão neural sintomática
Deformidade potencial ou progressiva
Dor intensa e persistente
49. Descompressão posterior
Sem artrodese
Evolui potencialmente para progressão de
deformidade, instabilidade e deterioração
neurológica
Reservada para abscessos posteriores sem
acometimento vertebral anterior
51. Descompressão anterior
Artrodese posterior
Descompressão anterior com
estabilização posterior
Maioria dos casos de osteomielite
piogênica
Enxerto anterior promove
consolidação e retorno da
vascularização
Maior estabilidade circunferencial
Melhora do resultado funcional
Redução da dor
52. Enxerto ósseo vascularizado
Vantagens:
Menor reabsorção
Resistência superior
Consolidação acelerada
Complicações:
Complicações relacionadas a coleta
Complicações do enxerto
Áreas doadoras
Fíbula vascularizada
Costela vascularizada
Retalho miocutâneo com crista ilíaca
53. Esferas antibióticas
Colocação temporária para controle dos espaços
mortos
Permite a expansão dos tecidos contraídos sem
ploriferação bacteriana
Podem inibir a função dos leucócitos
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54. Técnicas percutâneas
Sucção/irrigação percutânea para biópsia ou
desbridamento
Fixador vertebral externo percutâneo
Possível entre T3-S1
Opção para paciente com contra-indicação ao
procedimento de instrumentação aberta