O documento discute a artrite reumatóide, incluindo sua etiologia, patogênese e critérios de classificação. A doença é caracterizada por uma inflamação crônica das articulações que pode levar à destruição dos tecidos ósseos e cartilaginosos. Fatores genéticos e ambientais parecem contribuir para o desencadeamento de respostas autoimunes que causam o processo inflamatório nas articulações.
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Artrite Reumatóide: Sinais, Sintomas e Critérios de Classificação
1. ARTRITE REUMATÓIDEARTRITE REUMATÓIDE
DEPARTAMENTO DE CLDEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICAÍNICA MÉDICA
HOSPITAL DOM HÉLDER CÂMARAHOSPITAL DOM HÉLDER CÂMARA
CABO DE SANTO AGOSTINHOCABO DE SANTO AGOSTINHO
09/01/201709/01/2017
2. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
Doença inflamatória crônica que acomete principalmente a membrana sinovial
das articulações diartrodiais, caracterizado por sinovite
Incidência anual
0,1 a 0,2/1000 homens
0,2 a 0,4/1000 mulheres
Prevalência
Mundo 0,1 a 1,7%
Brasil 0,46%
Pico de incidência entre 30 e 70 anos de idade
3. ETIOLOGIA DA ARTRITE REUMATÓIDEETIOLOGIA DA ARTRITE REUMATÓIDE
Antígeno EndógenoAntígeno Endógeno
Antígeno ExógenoAntígeno Exógeno
Epstein BarrEpstein Barr
CMVCMV
ParvovírusParvovírus
RetrovírusRetrovírus
MicoplasmaMicoplasma
M. tuberculosisM. tuberculosis
E. coliE. coli
Proteus mirabilisProteus mirabilis
??
4. ETIOLOGIA DA ARTRITE REUMATÓIDEETIOLOGIA DA ARTRITE REUMATÓIDE
Etiologia viral
Artrites e artralgias frequentemente acompanham quadros virais
Vírus com tropismo para a membrana sinovial – Rubéola
RNA dupla hélice atua como indutor de artrite diretamente ou via toll-like receptors
Indução de proteínas – Survivina (proteína antiapoptótica implicada na sobrevida
aumentada das células da membrana sinovial reumatóide)
Presença do genoma viral na membrana, LS e medula óssea de pacientes com AR
Etiologia bacteriana
Presença de Ags de bactérias da flora intestinal na membrana sinovial de pacientes
com AR – Quebra da barreira do TGI
InfeInfecções a distância levariam a um fenômeno de auto-imunidadecções a distância levariam a um fenômeno de auto-imunidade
5. ETIOLOGIA DA ARTRITE REUMATÓIDEETIOLOGIA DA ARTRITE REUMATÓIDE
Antígeno endógenoAntígeno endógeno
ou exógenoou exógeno
FenômenosFenômenos
auto-imunidadeauto-imunidade
Mimetismo molecularMimetismo molecular
SuperantígenosSuperantígenos
6. Auto-imunidade
Ativação policlonalAtivação policlonal
Linfócitos BLinfócitos B
Acs Fc IgAcs Fc Ig
Fator ReumatóideFator Reumatóide
Fixa IgGFixa IgG
Formação Complexos ImunesFormação Complexos Imunes
Ativação complementoAtivação complemento
Quimiotaxia, FagocitoseQuimiotaxia, Fagocitose
Acs Antipeptídeos citrulinadosAcs Antipeptídeos citrulinados
(ACPA)(ACPA)
Células TCélulas T Arginina Citrulina
Peptidil arginina deaminase
Mesmo em
pacientes
assintomáticos
PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
7. PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
Auto-imunidade
Predisposição Genética
12 a 30% dos gêmeos monozigóticos
↑ Incidência em parentes de 1˚ grau (especialmente se FR+)
HLA-DR4 – 68% dos pacientes vs. 12% controles normais
“Epítopo compartilhado ou reumatóide” (75%): seqüência glutamina-leucina ou
arginina-arginina-alanina-alanina nas posições 70 a 74 da terceira região
hipervariável da cadeia beta do Ag de histocompatibilidade classe II HLA-DRB1 ,
compartilhada por diferentes alelos (DRB*0401, DRB*0404, DRB*0101 e DRB*1402)
Fatores Ambientais
Tabagismo: epítopo compartilhado e ACPA positivo (citrulinização de proteínas)
Fatores hormonais:
Maior gravidade em mulheres, com melhora na gestação e piora no
puerpério e durante a amamentação
Melhora com ACO
8. Histologia
Apenas a membrana sinovial tem vasos sangüíneos e a cartilagem depende dos capilaresApenas a membrana sinovial tem vasos sangüíneos e a cartilagem depende dos capilares
do tecido subjacente (pericôndrio) e do LSdo tecido subjacente (pericôndrio) e do LS
Sinoviócitos tipo ASinoviócitos tipo A
MonócitosMonócitos MacrófagosMacrófagos
Sinoviócitos tipo BSinoviócitos tipo B
Céls MesenquimaisCéls Mesenquimais FibroblastosFibroblastos
Células DentríticasCélulas Dentríticas
Matriz intercelular:Matriz intercelular:
Fibras colágenas e microfibrilas entremeadas por glicosaminoglicanos e glicoproteínasFibras colágenas e microfibrilas entremeadas por glicosaminoglicanos e glicoproteínas
Camada subsinovial:Camada subsinovial:
Fibroblastos, células adiposas, colágenos tipo I e III, fibras elásticas e proteoglicanos.Fibroblastos, células adiposas, colágenos tipo I e III, fibras elásticas e proteoglicanos.
Bem vascularizada e terminais nervosos livres junto a cápsula articular.Bem vascularizada e terminais nervosos livres junto a cápsula articular.
PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
9. PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
Processo inflamatórioProcesso inflamatório
VasodilataçãoVasodilatação
↑↑ Permeabilidade vascularPermeabilidade vascular
Edema e EstaseEdema e Estase
↑↑ Viscosidade sangüíneaViscosidade sangüínea
Marginação leucocitária nosMarginação leucocitária nos
vasos da microcirculaçãovasos da microcirculação
Migração celular (PMN)Migração celular (PMN)
Hipertrofia e hiperplasiaHipertrofia e hiperplasia
Infiltração celularInfiltração celular
Linfócitos CD4+ (30-50%)Linfócitos CD4+ (30-50%)
CD8+ (+ entre os neovasos)CD8+ (+ entre os neovasos)
Células BCélulas B
MacrófagosMacrófagos
NKNK
Proliferação de fibroblastosProliferação de fibroblastos
AngiogêneseAngiogênese
PannusPannus
10. PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
Histologia
PannusPannus
Tecido granulomatosoTecido granulomatoso
(céls gigantes, macrófagos, fibroblastos)(céls gigantes, macrófagos, fibroblastos)
Características tumoraisCaracterísticas tumorais
Invasão e destruiçãoInvasão e destruição
Secreção de enzimas proteolíticas e citocinasSecreção de enzimas proteolíticas e citocinas
Ação direta sobre condrócitos e osteoclastosAção direta sobre condrócitos e osteoclastos
Infiltração inflamatório MO com agregados de linfócitos T e B
11. PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
Destruição articular
Decorrentes da cartilagem
Dependentes do meio extra-celular
Dependentes da membrana sinovial
12. PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
Destruição articular – Decorrentes da cartilagem
TNFTNFPGE2PGE2 IL-1IL-1
Ativação dos CondrócitosAtivação dos Condrócitos
Produção citocinas e MMPsProdução citocinas e MMPs
(IL-17, IL-18, estromelisina e colagenases)(IL-17, IL-18, estromelisina e colagenases)
Degradação tec. cartilaginosoDegradação tec. cartilaginoso
Estado anabólico Estado
catabólico
↓↓ Síntese MatrizSíntese Matriz
↓↓ Inibidores teciduais MMPSInibidores teciduais MMPS
↑↑ MMPSMMPS
IL-17IL-17
IL-18IL-18
13. PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
Destruição articular – Meio extra-celular
1 bilhão de Neutrófilos /dia1 bilhão de Neutrófilos /dia
Produção Radicais livresProdução Radicais livres
Ativação enzimáticaAtivação enzimática
Degradação colágeno, proteoglicanos e ácido hialurônicoDegradação colágeno, proteoglicanos e ácido hialurônico
Ativação de MMPsAtivação de MMPs
Degradação tecido cartilaginosoDegradação tecido cartilaginoso
Stress ou burst respiratório
Degranulação e liberaçãoDegranulação e liberação
enzimas proteolíticasenzimas proteolíticas
Exposição condrócitos e preciptação de complexos imunesExposição condrócitos e preciptação de complexos imunes
14. PATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDEPATOGÊNESE DA ARTRITE REUMATÓIDE
Destruição articular – Membrana sinovial
TGF-βTGF-βPDGFPDGF FGFFGF
Proliferação de fibroblastosProliferação de fibroblastos
AngiogêneseAngiogênese
Tecido granulomatosoTecido granulomatoso
PannusPannus
Crescimento desordenadoCrescimento desordenado
Invasão e destruição do tecidoInvasão e destruição do tecido
ósseo e cartilaginosoósseo e cartilaginoso
VEGFVEGF
Resistência apoptose celularResistência apoptose celular
(fibroblastos e citocinas)(fibroblastos e citocinas)
Acúmulo de células na membranaAcúmulo de células na membrana
sinovial - Hiperplasiasinovial - Hiperplasia
M-CSF, IL-1,M-CSF, IL-1,
IL-11, IL-17,IL-11, IL-17,
TNFTNF
OsteoclastogêneseOsteoclastogênese
Células TCélulas T
FibroblastosFibroblastos
MS reumatóideMS reumatóide
RANKL
16. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃOCRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
Critérios de classificação ACR para artrite reumatóide
Rigidez matinal > 1 hora
Artrite de 3 ou mais articulações: IFPs, MCFs, Punhos, Cotovelos, Joelhos,
Tornozelos e MTFs
Artrite das articulações das mãos: punhos, MCFs, IFPs
Artrite simétrica
Nódulos reumatóides
Fator reumatóide sérico positivo
Alterações radiográficas: erosões, osteopenia periarticular
Para critérios de classificação, o paciente deve preencher 4 dos 7 critérios.Para critérios de classificação, o paciente deve preencher 4 dos 7 critérios.
Os 4 primeiros critérios devem estar presentes por pelo menos 6 semanas.Os 4 primeiros critérios devem estar presentes por pelo menos 6 semanas.
Sensibilidade: 77 a 95%.Sensibilidade: 77 a 95%.
Especificidade: 85 a 98%.Especificidade: 85 a 98%.
Arnett et al. Arthritis Rheum. 1988; 31: 315-24.Arnett et al. Arthritis Rheum. 1988; 31: 315-24.
18. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
MãosMãos
Dedo em pescoço de cisne:Dedo em pescoço de cisne:
hiperextensão das IFPs com flexão dashiperextensão das IFPs com flexão das
IFDsIFDs
Dedo em botoeira: flexão IFP comDedo em botoeira: flexão IFP com
hiperextensão IFDhiperextensão IFD
Dedo em gatilho: espessamento ouDedo em gatilho: espessamento ou
formação nodular do tendão comformação nodular do tendão com
proliferação tenossinovial, prendendo oproliferação tenossinovial, prendendo o
tendão em posição fletida (tenossinovitetendão em posição fletida (tenossinovite
estenosante)estenosante)
MCFs: Desvio ulnar dos dedos eMCFs: Desvio ulnar dos dedos e
subluxação volarsubluxação volar
Ruptura de tendõesRuptura de tendões
19. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
PunhosPunhos
Edema das bainhas dos tendões dosEdema das bainhas dos tendões dos
extensores do punho (extensor ulnar doextensores do punho (extensor ulnar do
carpo e comum dos dedos): um doscarpo e comum dos dedos): um dos
sinais mais precocessinais mais precoces
Destruição do ligamento colateral ulnar –Destruição do ligamento colateral ulnar –
subluxação dorsal da ulnasubluxação dorsal da ulna
STC e Canal de GuyonSTC e Canal de Guyon
CotovelosCotovelos
Deformidade em flexãoDeformidade em flexão
Compressão do nervo ulnarCompressão do nervo ulnar
OmbrosOmbros
ArtriteArtrite vsvs Degeneração do manguitoDegeneração do manguito
20. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
QuadrilQuadril
50% alteração radiológica50% alteração radiológica
Osteonecrose por CEsOsteonecrose por CEs
Diminuição ADM – Dificuldade de calçarDiminuição ADM – Dificuldade de calçar
as meias ou sapatosas meias ou sapatos
JoelhosJoelhos
Sinovite persistente – HipotrofiaSinovite persistente – Hipotrofia
quadrícepsquadríceps
Instabilidade articularInstabilidade articular
Cisto de BakerCisto de Baker
21. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
Tornozelos e pésTornozelos e pés
MTFs, Talonavicular e TornozeloMTFs, Talonavicular e Tornozelo
Deformidades e alterações na marchaDeformidades e alterações na marcha
Talonavicular: pronação e eversão do péTalonavicular: pronação e eversão do pé
Tendão tibial posterior: subluxaçãoTendão tibial posterior: subluxação
subtalar resultando em eversão ousubtalar resultando em eversão ou
inversão do péinversão do pé
Síndrome do túnel do tarsoSíndrome do túnel do tarso
22. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
ColunaColuna
Coluna cervical – C1 e C2: cefaléia eColuna cervical – C1 e C2: cefaléia e
cervicalgia com rigidez matinal,cervicalgia com rigidez matinal,
instabilidade C1-C2instabilidade C1-C2
Coluna torácica, lombar e sacra –Coluna torácica, lombar e sacra –
raros: cistos sinoviais nasraros: cistos sinoviais nas
articulações apofisáriasarticulações apofisárias
ATMATM
55% sintomas mandibulares55% sintomas mandibulares
78% alterações radiológicas – cistos e78% alterações radiológicas – cistos e
erosões mandibulareserosões mandibulares
23. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
Doença inflamatória sistêmicaDoença inflamatória sistêmica
Sinais e sintomas geraisSinais e sintomas gerais
FebreFebre
Perda de pesoPerda de peso
AsteniaAstenia
AnorexiaAnorexia
FadigaFadiga
PulmõesPulmões
CoraçãoCoração
RinsRins
ArticulaçõesArticulações
PelePele
24. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
Nódulos Reumatóide – 30 a 50%Nódulos Reumatóide – 30 a 50%
Superfície extensoraSuperfície extensora
Sacro, região occipital, pulmão, esclera,Sacro, região occipital, pulmão, esclera,
SNC, tendõesSNC, tendões
Vasculite reumatóideVasculite reumatóide
Pan-arterite com infiltrado de célulasPan-arterite com infiltrado de células
mononucleares e necrose fibrinóidemononucleares e necrose fibrinóide
Venulite – predisposição a tromboseVenulite – predisposição a trombose
Mais associada: sexo masculino,Mais associada: sexo masculino,
nódulos subcutâneos, altos títulos FR,nódulos subcutâneos, altos títulos FR,
artrite multilante, tratamento correnteartrite multilante, tratamento corrente
com CE, DMARDs prévioscom CE, DMARDs prévios
Outras: hepatoesplenomegalia eOutras: hepatoesplenomegalia e
neutropenianeutropenia
25. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
OcularesOculares
Sd Sicca (10 a 35%): ceratoconjuntiviteSd Sicca (10 a 35%): ceratoconjuntivite
Episclerite: vermelhidão e dor ocularEpisclerite: vermelhidão e dor ocular
Esclerite: mais relacionada a vasculite, doençaEsclerite: mais relacionada a vasculite, doença
de longa duração e atividade articular. Podede longa duração e atividade articular. Pode
evoluir para escleromalácia.evoluir para escleromalácia.
Uveíte, nodulose epiescleral, sinéquiaUveíte, nodulose epiescleral, sinéquia
CardíacasCardíacas
Pericardite – Doença ativa e FR+Pericardite – Doença ativa e FR+
RenaisRenais
Insuficiência renal – medicamentos e amiloidoseInsuficiência renal – medicamentos e amiloidose
Nefropatia membranosa, glomerulite eNefropatia membranosa, glomerulite e
glomerulonefrite mesangialglomerulonefrite mesangial
26. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
PulmonaresPulmonares
Cricoaritenoide: disfoniaCricoaritenoide: disfonia
PleuritePleurite
Fibrose intersticial – progressiva, homensFibrose intersticial – progressiva, homens
e doença de longa duração, nódulos e FR+e doença de longa duração, nódulos e FR+
Doença pulmonar nodular – podem serDoença pulmonar nodular – podem ser
assintomáticos. Podem cavitar levando aassintomáticos. Podem cavitar levando a
derrame pleural e fístula broncopleural.derrame pleural e fístula broncopleural.
Diag. diferencial: TB, fungos, neoplasia.Diag. diferencial: TB, fungos, neoplasia.
Sd Caplan: nódulos pulmonaresSd Caplan: nódulos pulmonares
pneumoconiose + AR.pneumoconiose + AR.
BOOPBOOP
Arterite pulmonarArterite pulmonar
Doença de pequenas vias aéreasDoença de pequenas vias aéreas
MedicaçõesMedicações
NeurológicasNeurológicas
Instabilidade coluna cervicalInstabilidade coluna cervical
Neuropatia periférica por compressãoNeuropatia periférica por compressão
Polineuropatia ou mononeurite múltiplaPolineuropatia ou mononeurite múltipla
por vasculitepor vasculite
27. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
HematológicasHematológicas
Anemia normocítica e hipocrômicaAnemia normocítica e hipocrômica
TrombocitoseTrombocitose
HepáticasHepáticas
Infiltrado celular mononuclearInfiltrado celular mononuclear
MedicamentosMedicamentos
MuscularMuscular
Fraqueza muscular por hipotrofiaFraqueza muscular por hipotrofia
Miopatia inflamatória raramente por infiltração celular muscularMiopatia inflamatória raramente por infiltração celular muscular
Medicamentos – cloroquina e corticóideMedicamentos – cloroquina e corticóide
28. QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO
Síndrome de FeltySíndrome de Felty
Doença de longa duração, FR+, artrite deformante e nódulosDoença de longa duração, FR+, artrite deformante e nódulos
Maior suscetibilidade a infecções,Maior suscetibilidade a infecções, úlceras de MMIIúlceras de MMII, hiperpigmentação,, hiperpigmentação,
FAN+ e doenças linfoproliferativasFAN+ e doenças linfoproliferativas
AR + Leucopenia (Neutropenia) + EsplenomegaliaAR + Leucopenia (Neutropenia) + Esplenomegalia
29. LABORATÓRIOLABORATÓRIO
Hemograma: anemia, leucocitose e trombocitoseHemograma: anemia, leucocitose e trombocitose
Velocidade de hemossedimentaçãoVelocidade de hemossedimentação
PCRPCR
TransaminasesTransaminases
AlbuminaAlbumina
CreatininaCreatinina
Eletroforese de proteínas: hipergamaglobulinemiaEletroforese de proteínas: hipergamaglobulinemia
30. LABORATÓRIOLABORATÓRIO
Fator Reumatóide – 70 a 85%Fator Reumatóide – 70 a 85%
Associado a gravidade, nódulos e manifestações extra-articularesAssociado a gravidade, nódulos e manifestações extra-articulares
Anticorpos anti citrulinadosAnticorpos anti citrulinados
Sensibilidade 55 a 75%Sensibilidade 55 a 75%
Especificidade 90 a 95%Especificidade 90 a 95%
Infecções
bacterianas
Doenças virais Doenças
inflamatórias
Outros
EB Rubéola Sarcoidose Doenças parasitárias
TB CMV Doença periodontal Crioglobulinemia
Hanseníase Mononucleose Doença pulmonar
intersticial
Púrpura
hipergamaglobulinêmica
Sífilis Influenza Doença hepática Síndrome Sjögren
Doença Lyme Hepatites
HIV
31. RADIOLOGIARADIOLOGIA
Radiografia – Sensibilidade de 5 a 50%Radiografia – Sensibilidade de 5 a 50%
Limitação para diagnóstico precoceLimitação para diagnóstico precoce
Osteopenia periarticular e ErosõesOsteopenia periarticular e Erosões
32. RADIOLOGIARADIOLOGIA
Ultra-sonografiaUltra-sonografia
↑↑ Sensível que exame clínico para presença de sinovite e tenossinoviteSensível que exame clínico para presença de sinovite e tenossinovite
↑↑ Sensível que radiografia: 3,5 vezes mais erosões que a radiografiaSensível que radiografia: 3,5 vezes mais erosões que a radiografia
Atividade inflamatória – Power doppler: grau de vascularizaçãoAtividade inflamatória – Power doppler: grau de vascularização
Auxiliar durante procedimentosAuxiliar durante procedimentos
Avaliar articulações mais profundasAvaliar articulações mais profundas
Vantagens: custo, sem radiação, portátil e permite avaliação dinâmicaVantagens: custo, sem radiação, portátil e permite avaliação dinâmica
Desvantagem: operador dependenteDesvantagem: operador dependente
35. RADIOLOGIARADIOLOGIA
Ressonância nuclear magnéticaRessonância nuclear magnética
Definição - O que é erosão, edema ósseo, sinovite e tenossinoviteDefinição - O que é erosão, edema ósseo, sinovite e tenossinovite ??
Sinovite quando usado gadolíneo: correlação com atividade da doença,Sinovite quando usado gadolíneo: correlação com atividade da doença,
número de articulações dolorosas / inflamadas e rigidez matinalnúmero de articulações dolorosas / inflamadas e rigidez matinal
Padronização e aplicabilidade práticaPadronização e aplicabilidade prática
37. MEDIDAS AVALIAÇÃOMEDIDAS AVALIAÇÃO
Medidas de atividade da doençaMedidas de atividade da doença
Medidas de dano a articulações e outros órgãosMedidas de dano a articulações e outros órgãos
Questionários e medidas funcionaisQuestionários e medidas funcionais
Medidas de resultados a longo prazoMedidas de resultados a longo prazo
Classificação funcionalClassificação funcional
I: Capaz de realizar todas as suas atividadesI: Capaz de realizar todas as suas atividades
II: Limitação atividades recreativasII: Limitação atividades recreativas
III: Limitação atividades recreativas e profissionaisIII: Limitação atividades recreativas e profissionais
IV: Limitação a todas as atividades, inclusive higiene pessoalIV: Limitação a todas as atividades, inclusive higiene pessoal
38. Parâmetros de atividade da doençaParâmetros de atividade da doença
Bértolo et al. Rev Bras Reumatol. 2007; 47: 151-9.
MEDIDAS AVALIAÇÃOMEDIDAS AVALIAÇÃO
39. TRATAMENTOTRATAMENTO
Time is moneyTime is money
Time is myocardiumTime is myocardium
Time is Joint
Incapacidade funcional
Morbi-mortalidade
40. HISTÓRIA “NATURAL” DA ARHISTÓRIA “NATURAL” DA ARGravidade
0 5 10 15 20 25 30
Inflamaç ão
Incapacidade
Dano Radiográfico
anos
Kirwan J Rheumatol 1999, Scott Rheumatology 2000
41. HISTÓRIA “NATURAL” DA ARHISTÓRIA “NATURAL” DA AR
Inflamaç ão
Incapacidade
Gravidade
Tempo
Intervenç ões
Emery P. Early rheumatoid arthritis: time to aim for remission. Ann Rheum Dis 1995, 54: 944-47.
43. Inflamaç ão Dano estrutural
Incapacidade
HISTÓRIA “NATURAL” DA ARHISTÓRIA “NATURAL” DA AR
44. TRATAMENTOTRATAMENTO
IdealIdeal
Precocidade do diagnósticoPrecocidade do diagnóstico
Início imediato das drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs)Início imediato das drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs)
Controle rigoroso da atividade inflamatóriaControle rigoroso da atividade inflamatória
2 primeiros anos dos sintomas2 primeiros anos dos sintomas 75% dos pacientes erosões ósseas.75% dos pacientes erosões ósseas.
Janela de oportunidade: uso imediato dos DMARDs, associados ou não a CEs,Janela de oportunidade: uso imediato dos DMARDs, associados ou não a CEs,
para controle precoce do processo inflamatório intra-articular, à prevenção dapara controle precoce do processo inflamatório intra-articular, à prevenção da
formação doformação do pannuspannus e da destruição da articulação acometidae da destruição da articulação acometida
““Doenç a não detectável e sem progressão do danoDoenç a não detectável e sem progressão do dano
estrutural”estrutural”
47. TRATAMENTOTRATAMENTO
Aliviar a dorAliviar a dor
Prevenir ou controlar a lesão articularPrevenir ou controlar a lesão articular
Manter ou melhorar a capacidade funcionalManter ou melhorar a capacidade funcional
Melhorar qualidade de vidaMelhorar qualidade de vida
Diminuir a morbi-mortalidadeDiminuir a morbi-mortalidade
Bértolo et al. Rev Bras Reumatol. 2007; 47: 151-9.
55. Tratamento cirúrgicoTratamento cirúrgico
Objetivos: melhora da dor e capacidade funcionalObjetivos: melhora da dor e capacidade funcional
Quando indicar: medidas clínicas e fisioterápicas não produzam controle dosQuando indicar: medidas clínicas e fisioterápicas não produzam controle dos
sintomas e/ou não permitam níveis mínimos aceitáveis de AVD (trabalho,sintomas e/ou não permitam níveis mínimos aceitáveis de AVD (trabalho,
atividades domésticas, deambulação por 30 minutos, independência)atividades domésticas, deambulação por 30 minutos, independência)
Deve ser feito precocemente, sem aguardar comprometimento de váriasDeve ser feito precocemente, sem aguardar comprometimento de várias
articulações para então definir intervenção cirúrgicaarticulações para então definir intervenção cirúrgica
Artroplastias de quadril e joelho indicadas precocemente apresentamArtroplastias de quadril e joelho indicadas precocemente apresentam
resultados melhores que aquelas indicadas nas fases mais tardiasresultados melhores que aquelas indicadas nas fases mais tardias
Operações bilaterais devem ser feitas na mesma seção cirúrgica em caso deOperações bilaterais devem ser feitas na mesma seção cirúrgica em caso de
deformidades acentuadas de quadris e joelhosdeformidades acentuadas de quadris e joelhos
Testes de avaliação de qualidade de vida são recomendáveis para avaliação daTestes de avaliação de qualidade de vida são recomendáveis para avaliação da
indicação cirúrgica dos pacientesindicação cirúrgica dos pacientes
Bértolo et al. Rev Bras Reumatol. 2007; 47: 151-9.
TRATAMENTOTRATAMENTO
56. Tipos de Tratamento cirúrgicoTipos de Tratamento cirúrgico
SinovectomiaSinovectomia
Sinovite por mais de seis meses, resistente ao tratamento conservadorSinovite por mais de seis meses, resistente ao tratamento conservador
Ausência de instabilidades grosseirasAusência de instabilidades grosseiras
Correção de tendões + sinovectomiaCorreção de tendões + sinovectomia
Desbridamento articular + ressecção artroplásticaDesbridamento articular + ressecção artroplástica
ArtrodeseArtrodese
Artroplastias totaisArtroplastias totais
Bértolo et al. Rev Bras Reumatol. 2007; 47: 151-9.
TRATAMENTOTRATAMENTO
57. Reabilitação – Individualizada !Reabilitação – Individualizada !
Proteção articularProteção articular
Conservação de energiaConservação de energia
Reforço de musculaturaReforço de musculatura
Treino de marchaTreino de marcha
Órteses funcionais e de posicionamentoÓrteses funcionais e de posicionamento
AdaptaçõesAdaptações
TRATAMENTOTRATAMENTO
59. PROGNÓSTICOPROGNÓSTICO
Risco cardiovascularRisco cardiovascular
NeoplasiasNeoplasias
Risco 2 a 3 vezes maior de linfoma Hodgkin, não-Hodgkin e leucemiaRisco 2 a 3 vezes maior de linfoma Hodgkin, não-Hodgkin e leucemia