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Tumores Primários da
Coluna Vertebral
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Tumores da coluna vertebral
• A distribuição dos tumores varia conforme a faixa etária.
• Nas crianças, há um predomínio de tumores primários benignos
(60% ), enquanto nos adultos, há predomínio dos tumores primários
malignos (80%).
QUADRO CLINICO
• Dor axial é o sintoma mais frequente
• Presença de dor noturna, que desperta o doente do repouso e
melhora com a atividade
• Dor persistente, dor progressiva ou dor em criança
TUMOR VERTEBRAL EM CRIANÇAS
• Divididos em benignos x malignos
• Etiologia podem ser sugeridas pela faixa etária.
• Dor local é o sintoma mais frequente
• O aparecimento de dor axial, sem antecedente de traumatismo, compatível clinicamente
com dor na coluna, com curso arrastado em crianças é incomum e deve ser investigado
• Quando a dor na coluna nas crianças se prolonga por no mínimo dois meses, a
investigação clínica determinará uma causa específica em aproximadamente 85% dos
casos.
QUADRO CLINICO
• Dor local
• Dor radicular, frequentemente tardia
• Déficit neurológico
• Alterações urinarias
• Massa local palpável
• A duração dos sintomas é, em media, de 2-3 meses para tumores malignos
e 5-6 meses para tumores benignos
DIAGNOSTICO POR FAIXA ETARIA
TRATADO NEUROCIRURGIA
SBN
DIAGNOSTICO POR FAIXA ETARIA
DIAGNOSTICO
• Radiografia*
• Tomografia
• Ressonância
• Cintilografia*
DIAGNOSTICO POR LOCALIZAÇÃO
TRATADO NEUROCIRURGIA
SBN
DIAGNOSTICO POR LOCALIZAÇÃO
Tumor Primário
Benigno Vertebral
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Introdução
• 8% de todos o tumores ósseos benignos primários ocorrem na coluna ou sacro
• De todos os tumores da coluna 20 a 40% são benignos
• Predileção por pacientes jovens entre a 2ª e 3ª décadas de vida
• 70% dos tumores espinhais são malignos em pacientes acima de 21 anos
• Tipicamente as lesões benignas ocorrem nos elementos posteriores
• Lesões malignas ocorrem mais anteriormente
HEMANGIOMA
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Hemangioma
• Lesão benigna mais comum da coluna vertebral
• Maioria assintomática
• Localização mais freqüente no corpo vertebral nas regiões lombares e torácicas inferiores
• Mais frequente em mulhres na 5ª década, sendo frequentemente achado incidental.
• Sintomas mais comuns:
• Dor
• comprometimento neurológico
• fratura patológica
Hemangioma
Hemangioma
• Radiografias detectam lesões
maiores que possuem
estriações verticais e
trabéculas espessas,
grosseiras
• descritas como vértebra em
veludo cotelê ou Favo de Mel
• Expansão pode ser
observados em hemangiomas
agressivo
Hemangioma
• Frequentemente com
Hiperssinal em T1 e T2 à
ressonância
Hemangioma
• A maioria não necessita tratamento
• Radioterapia eficaz em 50 a 80%
• Embolização
• Vertebroplastia foi usada com êxito em hemangiomas agressivos
• Com déficit neurológico ou fratura patológica: Estabilização cirúrgica
OSTEOCONDROMA
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Osteocondroma
• Tumor ósseo primário mais comum no ser humano
• Mais frequente em ossos longos do esqueleto apendicular
• Maior incidência até 2ª década de vida (<20 anos)
• Homens 3:1
• Mais frequentes na coluna cervical, seguido de coluna torácica
Osteocondroma
• Avaliação radiográfica é diagnóstica
• RNM é útil para avaliar compressão radicular
• Excisão apenas se sintomático
Osteocondroma
TRATAMENTO
• O tratamento é cirúrgico, direcionado principalmente à
descompressão radicular ou medular, já que não há uma indicação de
retirada de todos os osteocondromas.
OSTEOMA OSTEOIDE
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Osteoma osteóide
• “Tumor formador de osso”
• Histologicamente, é idêntico ao osteoblastoma, mas difere pelo tamanho (por definição, menor que 2 cm de
diâmetro), pelo sítio de origem e pelos sintomas
• Aproximadamente 50% ocorrem na coluna
• Mais comuns em homens
• Acomete 2ª década de vida
• Coluna lombar é a mais acometida, seguida pela cervical e torácica
• Lesão localizada invariavelmente nos elementos posteriores
• Não é localmente agressiva
Osteoma osteóide
• Imagem característica com nidus central e esclerose adjacente
Osteoma osteóide
• Dor, principalmente noturna
• Boa resposta ao AAS ou outros AINES
• Radiculopatia
• Escoliose dolorosa sem rotação vertebral, rígida e progressiva
Osteoma osteóide
• Radiografias iniciais podem ser normais
• Lesão esclerótica do pedículo
• Posteriormente pode ser visualizado nidus central com esclerose
adjacente
• TC mostra o nidus
Osteoma osteóide
Osteoma osteóide
Osteoma osteóide
• A escoliose persiste em 20 a 30% dos pacientes
• Curvas que persistem até 18 meses exigem tratamento
• Segue os mesmos princípios aplicados para escoliose idiopática
TRATAMENTO
• O tratamento consiste primariamente na retirada cirúrgica da lesão, o
que melhora a dor em cerca de 95% dos casos.
• A manutenção da dor pode indicar que houve ressecação incompleta,
quando uma nova cirurgia poderá ser indicada
• Há descrição de tratamento conservador com anti-inflamatórios, e
alguns casos apresentaram melhora permanente da dor após 3 anos
• Radiofrequência
OSTEOBLASTOMA
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Osteoblastoma
 “Osteoma com mais de 2cm”
 10% de todos o tumores espinhais
 Mais comum na 2ª e 3ª décadas
 Homens 2:1
 Quase sempre acometem o pedículo e/ou os elementos
posteriores
 Mais comum na região cervical (40%), lombar (23%),
torácica (21%) e sacral (17%)
Osteoblastoma
Osteoblastoma
• Radiografia revela lesão destrutiva, expansiva, com uma orla fina de
osso cortical
• Predomina características líticas com alterações blásticas
• Cintilografia óssea é sempre positiva
• TC e RNM
OSTEOMA X OSTEOBLASTOMA
• O osteoblastoma “é o osteoma com mais de 2cm”
• O osteoblastoma tem pior resposta a AAS e AINES
• O osteoblastoma e mais frequente na coluna cervical, em comparação ao
osteoma osteoide
• O osteoma “não produz” o osso reativo, característico do osteoma
• O osteoblastoma costumam insuflar e erodir o osso adjacente, formando
massas de tecidos moles.
Osteoblastoma
• Excisão ampla
• Recidivas tardias em 10% dos casos
• TC é útil no acompanhamento pós-operatório
• Alguns casos com ressecção parcial podem ser tratados com
radioterapia complementar à cirurgia
CISTO OSSEO ANEURISMATICO
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
CISTO OSSEO ANEURISMATICO
• Corresponde a 15% dos tumores ósseos primários
• Mais frequente na região cervical e torácica
• Crianças e adolescentes com dor axial (5-20 anos)
• Massa palpável e déficit neurológico associado
Cisto ósseo aneurismático
• Ao RX lesão expansiva
com uma orla reativa de
osso cortical delineando a
lesão à medida que ela
expande
• Presença de múltiplos
septos internos
• Podem afetar níveis
contíguos
Cisto ósseo aneurismático
ANATPAT UNICAMP
Cisto ósseo aneurismático
Cisto ósseo aneurismático
• Embolização pré operatória
• Radioterapia* - Contra indicado em pacientes pediátricos.
• Tratamento padrão é cirúrgico: curetagem e enxerto ósseo
• Instabilidade ocasional deve ser tratada com artrodese único nível
GRANULOMA EOSINOFILICO
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Granuloma eosinofílico
• Mais comum abaixo dos 10 anos
• Lesão solitária do osso com 1 a 15% ocorrendo na coluna, com
predileção na torácica
• Sintomas incluem dor, rigidez muscular e déficits neurológicos
Granuloma eosinofílico
• Achado radiológico clássico: vértebra plana observada como um
colapso completo do corpo vertebral na vista lateral
• Achados radiográficos não são patognomônicos necessitando biópsia
Granuloma eosinofílico
• Imobilização e observação
• Lesões regridem com o tempo com restauração
da deformidade vertebral
• Intervenção cirúrgica, curetagem e enxerto, pode
acelerar a cura
Granuloma eosinofílico
Granuloma eosinofílico
TUMORES BENIGNOS
LOCALMENTE
AGRESSIVOS
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
TUMOR DE CELULAS
GIGANTES VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Tumor de células gigantes
• Tumor benigno mais predominante no sacro
• Localmente agressivo
• Ocorre em adutlos jovens (30-50 anos)
• Mulheres 2:1
Tumor de células gigantes
• Radiografias mostram lesões líticas, septadas e expansivas, muitas
vezes com erupção cortical e uma massa associada nos tecidos moles
• Quando no sacro a lesão é proximal e excêntrica
Tumor de células gigantes
Tumor de células gigantes
• Ressecção em bloco com margens amplas
• Alta taxa de recorrência
• Embolização pré-operatória
• Embolização e radioterapia para lesões irressecáveis
TUMOR VERTEBRAL
PRIMÁRIO MALIGNO
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Classificação
Estágio I, de baixo grau;
estágio II, de alto grau
estágio III, regional ou
metástases à distância
O local do tumor é indicado
por A intracompartimentais,
ou B, extracompartmental
SARCOMA DE EWING
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Sarcoma de Ewing
• Apesar de raro na coluna vertebral, é a terceira neoplasia óssea mais comum após
o osteossarcoma e o condrossarcoma.
• A maior parte dos casos ocorre na diáfise do fêmur, tíbia e úmero. Na coluna, a
doença é rara
• Quando presente na coluna, metade desses tumores é encontrada no sacro
• Sarcoma de Ewing do sacro apresenta pior prognóstico do que aquele da coluna
móvel
• Sintomas constitucionais e déficit neurológico em < 20 anos
Sarcoma de Ewing
• Tumores líticos com invasão de partes moles
• O tratamento habitual consiste em tratamento quimioterápico
neoadjuvante, seguido de ressecação em bloco e quimioterapia
adjuvante.
• Tumor radiossensivel
• Descompressão cirúrgica somente em casos com déficit
neurológico
Sarcoma de Ewing
• Radioterapia:
oDoença irressecável
oMargens cirúrgicas comprometidas
oEficácia baixa da quimioterapia neoadjuvante
OSTEOSSARCOMA
VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Osteossarcoma
• Tumor ósseo maligno mais comum entre crianças e adolescentes, e 80% se
situam nos membros
• Lesão rara na coluna e quando presente, costuma ser agressiva e durante a
4ª decada
• Dor é a queixa mais comum
• Localizam na coluna anterior
• Não há diferença entre os sexos
• Extensão aos tecidos moles é a regra no momento do diagnóstico
Osteossarcoma
• A maior parte tem origem na medula óssea, sendo de alto grau
• Possui vários subtipos, tendo eles em comum a matriz osteoide.
• Quando comparado ao osteossarcoma dos membros, o osteossarcoma
de coluna tem um prognóstico pior
Osteossarcoma
Osteossarcoma
• Radiografia mostra quadro lítico e blástico afetando o corpo vertebral
• Cintilografia para metástase
• TC útil para delimitar anatomia óssea
Osteossarcoma
• Cirurgia radical, quando possível
• Quimioterapia neoadjuvante
• Tumor radiorresistente
CORDOMA VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Cordoma
• O cordoma é um tumor primário maligno originário de remanescentes da notocorda
• Não ocorre em outros locais além da coluna vertebral e clivus.
• Ocorre principalmente em adultos, é incomum e afeta o sacro e o cóccix
• Crescimento lento, mas em progressão
• Sintomas geralmente indolentes, massa palpável
• 2:1 homens
• 5ª a 7ª décadas
Cordoma
• Radiografias revelam lesão lítica na linha mediana
do sacro com calcificação variável
• RNM delineia a extensão aos tecidos moles
Cordoma
• Tratamento envolve excisão em bloco ampla podendo sacrificar raízes
nervosas
ANATPAT UNICAMP
MIELOMA MULTIPLO
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Mieloma múltiplo
• O mieloma múltiplo é um tumor caracterizado pela transformação
maligna de plasmócitos derivados das células B encontradas na medula
óssea
• Homens e mulheres são igualmente afetados
• 6ª a 8ª décadas
• Proliferação desregulada de células plasmáticas causando manifestações
sistêmicas
Mieloma múltiplo
• Diagnóstico confirmado pela presença de células plasmáticas anormais,
lesões ósseas líticas e gamopatia monoclonal
• Anemia e VHS aumentado
• Tratamento é irradiação e quimioterapia
• Mais de 50% dos pacientes apresentam fratura vertebral por compressão,
por infiltração tum oral ou osteoporose.
Mieloma múltiplo
Mieloma múltiplo
• O tratamento cirúrgico não tem impacto no tratamento oncológico
propriamente dito.
• Mesmo nos pacientes com compressão medular por massa epidural,
o tratamento com radioterapia exclusiva é adequado, contanto que
não haja sinais de instabilidade mecânica.
• A indicação de cirurgia é mais baseada no tratamento da instabilidade
ou pacientes em que há risco muito elevado de fratura patológica.
LINFOMA VERTEBRAL
Dr. Peterson Xavier da Silva
Medico Neurocirurgião
Hospital Santa Marcelina
Linfoma
• Acomete indivíduos entre a 2ª e
7ª décadas de vidas ( picos entre
45 e 75 anos)*
• Corresponde a 4% dos tumores
ósseos malignos;
Linfoma
• Bom estado geral do paciente X extensa lesão
destrutiva e dolorosa.
• Sintomas:
• dor com intensidade e duração variáveis, geralmente
acompanhada de edema do osso envolvido e sensibilidade
local;
• hiporexia, emagrecimento;
• Sintomas neurológicos quando há comprometimento
vertebral
• Fratura patológica: incidência de 20% (Parker e Jackson em
1939); algumas vezes é o evento inicial.
Linfoma
 Lesões permeativas, líticas ( roído de traça);
 Lesão puramente lítica, comumente sem reação periosteal;
 Vértebras podem adquirir aspecto de marfim;
 Não há formação de osso novo
 A invasão da cortical óssea está invariavelmente associada a
comprometimento de partes moles.
Linfoma
• Excisão ampla(ressecção em bloco) dos ossos expansíveis(fíbula, costelas) e
também de outros ossos longos ou curtos, quando factível, e, apenas
excepcionalmente, a amputação(irradiação neoadjuvante);
• Últimos anos: radioterapia e quimioterapia multidrogas como adjuvantes,
associadas com cirurgia local da doença;
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Tumores da Coluna Vertebral

  • 1. Tumores Primários da Coluna Vertebral Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 2. Tumores da coluna vertebral • A distribuição dos tumores varia conforme a faixa etária. • Nas crianças, há um predomínio de tumores primários benignos (60% ), enquanto nos adultos, há predomínio dos tumores primários malignos (80%).
  • 3. QUADRO CLINICO • Dor axial é o sintoma mais frequente • Presença de dor noturna, que desperta o doente do repouso e melhora com a atividade • Dor persistente, dor progressiva ou dor em criança
  • 4. TUMOR VERTEBRAL EM CRIANÇAS • Divididos em benignos x malignos • Etiologia podem ser sugeridas pela faixa etária. • Dor local é o sintoma mais frequente • O aparecimento de dor axial, sem antecedente de traumatismo, compatível clinicamente com dor na coluna, com curso arrastado em crianças é incomum e deve ser investigado • Quando a dor na coluna nas crianças se prolonga por no mínimo dois meses, a investigação clínica determinará uma causa específica em aproximadamente 85% dos casos.
  • 5. QUADRO CLINICO • Dor local • Dor radicular, frequentemente tardia • Déficit neurológico • Alterações urinarias • Massa local palpável • A duração dos sintomas é, em media, de 2-3 meses para tumores malignos e 5-6 meses para tumores benignos
  • 6. DIAGNOSTICO POR FAIXA ETARIA TRATADO NEUROCIRURGIA SBN
  • 8. DIAGNOSTICO • Radiografia* • Tomografia • Ressonância • Cintilografia*
  • 11. Tumor Primário Benigno Vertebral Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 12. Introdução • 8% de todos o tumores ósseos benignos primários ocorrem na coluna ou sacro • De todos os tumores da coluna 20 a 40% são benignos • Predileção por pacientes jovens entre a 2ª e 3ª décadas de vida • 70% dos tumores espinhais são malignos em pacientes acima de 21 anos • Tipicamente as lesões benignas ocorrem nos elementos posteriores • Lesões malignas ocorrem mais anteriormente
  • 13. HEMANGIOMA VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 14. Hemangioma • Lesão benigna mais comum da coluna vertebral • Maioria assintomática • Localização mais freqüente no corpo vertebral nas regiões lombares e torácicas inferiores • Mais frequente em mulhres na 5ª década, sendo frequentemente achado incidental. • Sintomas mais comuns: • Dor • comprometimento neurológico • fratura patológica
  • 16. Hemangioma • Radiografias detectam lesões maiores que possuem estriações verticais e trabéculas espessas, grosseiras • descritas como vértebra em veludo cotelê ou Favo de Mel • Expansão pode ser observados em hemangiomas agressivo
  • 17. Hemangioma • Frequentemente com Hiperssinal em T1 e T2 à ressonância
  • 18. Hemangioma • A maioria não necessita tratamento • Radioterapia eficaz em 50 a 80% • Embolização • Vertebroplastia foi usada com êxito em hemangiomas agressivos • Com déficit neurológico ou fratura patológica: Estabilização cirúrgica
  • 19. OSTEOCONDROMA VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 20. Osteocondroma • Tumor ósseo primário mais comum no ser humano • Mais frequente em ossos longos do esqueleto apendicular • Maior incidência até 2ª década de vida (<20 anos) • Homens 3:1 • Mais frequentes na coluna cervical, seguido de coluna torácica
  • 21. Osteocondroma • Avaliação radiográfica é diagnóstica • RNM é útil para avaliar compressão radicular • Excisão apenas se sintomático
  • 23. TRATAMENTO • O tratamento é cirúrgico, direcionado principalmente à descompressão radicular ou medular, já que não há uma indicação de retirada de todos os osteocondromas.
  • 24. OSTEOMA OSTEOIDE VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 25. Osteoma osteóide • “Tumor formador de osso” • Histologicamente, é idêntico ao osteoblastoma, mas difere pelo tamanho (por definição, menor que 2 cm de diâmetro), pelo sítio de origem e pelos sintomas • Aproximadamente 50% ocorrem na coluna • Mais comuns em homens • Acomete 2ª década de vida • Coluna lombar é a mais acometida, seguida pela cervical e torácica • Lesão localizada invariavelmente nos elementos posteriores • Não é localmente agressiva
  • 26. Osteoma osteóide • Imagem característica com nidus central e esclerose adjacente
  • 27. Osteoma osteóide • Dor, principalmente noturna • Boa resposta ao AAS ou outros AINES • Radiculopatia • Escoliose dolorosa sem rotação vertebral, rígida e progressiva
  • 28. Osteoma osteóide • Radiografias iniciais podem ser normais • Lesão esclerótica do pedículo • Posteriormente pode ser visualizado nidus central com esclerose adjacente • TC mostra o nidus
  • 31. Osteoma osteóide • A escoliose persiste em 20 a 30% dos pacientes • Curvas que persistem até 18 meses exigem tratamento • Segue os mesmos princípios aplicados para escoliose idiopática
  • 32. TRATAMENTO • O tratamento consiste primariamente na retirada cirúrgica da lesão, o que melhora a dor em cerca de 95% dos casos. • A manutenção da dor pode indicar que houve ressecação incompleta, quando uma nova cirurgia poderá ser indicada • Há descrição de tratamento conservador com anti-inflamatórios, e alguns casos apresentaram melhora permanente da dor após 3 anos • Radiofrequência
  • 33. OSTEOBLASTOMA VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 34. Osteoblastoma  “Osteoma com mais de 2cm”  10% de todos o tumores espinhais  Mais comum na 2ª e 3ª décadas  Homens 2:1  Quase sempre acometem o pedículo e/ou os elementos posteriores  Mais comum na região cervical (40%), lombar (23%), torácica (21%) e sacral (17%)
  • 36. Osteoblastoma • Radiografia revela lesão destrutiva, expansiva, com uma orla fina de osso cortical • Predomina características líticas com alterações blásticas • Cintilografia óssea é sempre positiva • TC e RNM
  • 37. OSTEOMA X OSTEOBLASTOMA • O osteoblastoma “é o osteoma com mais de 2cm” • O osteoblastoma tem pior resposta a AAS e AINES • O osteoblastoma e mais frequente na coluna cervical, em comparação ao osteoma osteoide • O osteoma “não produz” o osso reativo, característico do osteoma • O osteoblastoma costumam insuflar e erodir o osso adjacente, formando massas de tecidos moles.
  • 38. Osteoblastoma • Excisão ampla • Recidivas tardias em 10% dos casos • TC é útil no acompanhamento pós-operatório • Alguns casos com ressecção parcial podem ser tratados com radioterapia complementar à cirurgia
  • 39. CISTO OSSEO ANEURISMATICO VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 40. CISTO OSSEO ANEURISMATICO • Corresponde a 15% dos tumores ósseos primários • Mais frequente na região cervical e torácica • Crianças e adolescentes com dor axial (5-20 anos) • Massa palpável e déficit neurológico associado
  • 41. Cisto ósseo aneurismático • Ao RX lesão expansiva com uma orla reativa de osso cortical delineando a lesão à medida que ela expande • Presença de múltiplos septos internos • Podem afetar níveis contíguos
  • 44. Cisto ósseo aneurismático • Embolização pré operatória • Radioterapia* - Contra indicado em pacientes pediátricos. • Tratamento padrão é cirúrgico: curetagem e enxerto ósseo • Instabilidade ocasional deve ser tratada com artrodese único nível
  • 45. GRANULOMA EOSINOFILICO VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 46. Granuloma eosinofílico • Mais comum abaixo dos 10 anos • Lesão solitária do osso com 1 a 15% ocorrendo na coluna, com predileção na torácica • Sintomas incluem dor, rigidez muscular e déficits neurológicos
  • 47. Granuloma eosinofílico • Achado radiológico clássico: vértebra plana observada como um colapso completo do corpo vertebral na vista lateral • Achados radiográficos não são patognomônicos necessitando biópsia
  • 48. Granuloma eosinofílico • Imobilização e observação • Lesões regridem com o tempo com restauração da deformidade vertebral • Intervenção cirúrgica, curetagem e enxerto, pode acelerar a cura
  • 51. TUMORES BENIGNOS LOCALMENTE AGRESSIVOS Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 52. TUMOR DE CELULAS GIGANTES VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 53. Tumor de células gigantes • Tumor benigno mais predominante no sacro • Localmente agressivo • Ocorre em adutlos jovens (30-50 anos) • Mulheres 2:1
  • 54. Tumor de células gigantes • Radiografias mostram lesões líticas, septadas e expansivas, muitas vezes com erupção cortical e uma massa associada nos tecidos moles • Quando no sacro a lesão é proximal e excêntrica
  • 55. Tumor de células gigantes
  • 56. Tumor de células gigantes • Ressecção em bloco com margens amplas • Alta taxa de recorrência • Embolização pré-operatória • Embolização e radioterapia para lesões irressecáveis
  • 57. TUMOR VERTEBRAL PRIMÁRIO MALIGNO Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 58. Classificação Estágio I, de baixo grau; estágio II, de alto grau estágio III, regional ou metástases à distância O local do tumor é indicado por A intracompartimentais, ou B, extracompartmental
  • 59. SARCOMA DE EWING VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 60. Sarcoma de Ewing • Apesar de raro na coluna vertebral, é a terceira neoplasia óssea mais comum após o osteossarcoma e o condrossarcoma. • A maior parte dos casos ocorre na diáfise do fêmur, tíbia e úmero. Na coluna, a doença é rara • Quando presente na coluna, metade desses tumores é encontrada no sacro • Sarcoma de Ewing do sacro apresenta pior prognóstico do que aquele da coluna móvel • Sintomas constitucionais e déficit neurológico em < 20 anos
  • 61. Sarcoma de Ewing • Tumores líticos com invasão de partes moles • O tratamento habitual consiste em tratamento quimioterápico neoadjuvante, seguido de ressecação em bloco e quimioterapia adjuvante. • Tumor radiossensivel • Descompressão cirúrgica somente em casos com déficit neurológico
  • 62. Sarcoma de Ewing • Radioterapia: oDoença irressecável oMargens cirúrgicas comprometidas oEficácia baixa da quimioterapia neoadjuvante
  • 63. OSTEOSSARCOMA VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 64. Osteossarcoma • Tumor ósseo maligno mais comum entre crianças e adolescentes, e 80% se situam nos membros • Lesão rara na coluna e quando presente, costuma ser agressiva e durante a 4ª decada • Dor é a queixa mais comum • Localizam na coluna anterior • Não há diferença entre os sexos • Extensão aos tecidos moles é a regra no momento do diagnóstico
  • 65. Osteossarcoma • A maior parte tem origem na medula óssea, sendo de alto grau • Possui vários subtipos, tendo eles em comum a matriz osteoide. • Quando comparado ao osteossarcoma dos membros, o osteossarcoma de coluna tem um prognóstico pior
  • 67. Osteossarcoma • Radiografia mostra quadro lítico e blástico afetando o corpo vertebral • Cintilografia para metástase • TC útil para delimitar anatomia óssea
  • 68. Osteossarcoma • Cirurgia radical, quando possível • Quimioterapia neoadjuvante • Tumor radiorresistente
  • 69. CORDOMA VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 70. Cordoma • O cordoma é um tumor primário maligno originário de remanescentes da notocorda • Não ocorre em outros locais além da coluna vertebral e clivus. • Ocorre principalmente em adultos, é incomum e afeta o sacro e o cóccix • Crescimento lento, mas em progressão • Sintomas geralmente indolentes, massa palpável • 2:1 homens • 5ª a 7ª décadas
  • 71. Cordoma • Radiografias revelam lesão lítica na linha mediana do sacro com calcificação variável • RNM delineia a extensão aos tecidos moles
  • 72. Cordoma • Tratamento envolve excisão em bloco ampla podendo sacrificar raízes nervosas ANATPAT UNICAMP
  • 73. MIELOMA MULTIPLO Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 74. Mieloma múltiplo • O mieloma múltiplo é um tumor caracterizado pela transformação maligna de plasmócitos derivados das células B encontradas na medula óssea • Homens e mulheres são igualmente afetados • 6ª a 8ª décadas • Proliferação desregulada de células plasmáticas causando manifestações sistêmicas
  • 75. Mieloma múltiplo • Diagnóstico confirmado pela presença de células plasmáticas anormais, lesões ósseas líticas e gamopatia monoclonal • Anemia e VHS aumentado • Tratamento é irradiação e quimioterapia • Mais de 50% dos pacientes apresentam fratura vertebral por compressão, por infiltração tum oral ou osteoporose.
  • 77. Mieloma múltiplo • O tratamento cirúrgico não tem impacto no tratamento oncológico propriamente dito. • Mesmo nos pacientes com compressão medular por massa epidural, o tratamento com radioterapia exclusiva é adequado, contanto que não haja sinais de instabilidade mecânica. • A indicação de cirurgia é mais baseada no tratamento da instabilidade ou pacientes em que há risco muito elevado de fratura patológica.
  • 78. LINFOMA VERTEBRAL Dr. Peterson Xavier da Silva Medico Neurocirurgião Hospital Santa Marcelina
  • 79. Linfoma • Acomete indivíduos entre a 2ª e 7ª décadas de vidas ( picos entre 45 e 75 anos)* • Corresponde a 4% dos tumores ósseos malignos;
  • 80. Linfoma • Bom estado geral do paciente X extensa lesão destrutiva e dolorosa. • Sintomas: • dor com intensidade e duração variáveis, geralmente acompanhada de edema do osso envolvido e sensibilidade local; • hiporexia, emagrecimento; • Sintomas neurológicos quando há comprometimento vertebral • Fratura patológica: incidência de 20% (Parker e Jackson em 1939); algumas vezes é o evento inicial.
  • 81. Linfoma  Lesões permeativas, líticas ( roído de traça);  Lesão puramente lítica, comumente sem reação periosteal;  Vértebras podem adquirir aspecto de marfim;  Não há formação de osso novo  A invasão da cortical óssea está invariavelmente associada a comprometimento de partes moles.
  • 82. Linfoma • Excisão ampla(ressecção em bloco) dos ossos expansíveis(fíbula, costelas) e também de outros ossos longos ou curtos, quando factível, e, apenas excepcionalmente, a amputação(irradiação neoadjuvante); • Últimos anos: radioterapia e quimioterapia multidrogas como adjuvantes, associadas com cirurgia local da doença; • Doença disseminada e em lesões inacessíveis a cirurgia: quimioterapia agressiva, juntamente com a irradiação de algumas lesões focais.