Os principais pontos abordados são:
1) Os anti-inflamatórios não esteroides (AINES) inibem as enzimas cicloxigenases, reduzindo a produção de prostaglandinas e apresentando efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos;
2) Os principais AINES são a aspirina, paracetamol, derivados de ácidos propiônicos e coxibes;
3) Os efeitos colaterais mais comuns são no trato gastrointestinal, rins e sistema cardiovascular, devido à in
1. AULA DE FARMACOLOGIA:
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES
Prof. Dr. Mauro Cunha Xavier Pinto
Departamento de Farmacologia
Instituto de Ciências Biológicas
Contato: pintomcx@ufg.br
3. Sinais cardinais da inflamação
A inflamação é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos. Capacidade do
organismo de desencadear uma resposta inflamatória, é fundamental à sobrevivência, em vista
dos patógenos e lesões ambientais, embora em algumas situações e doenças a resposta
inflamatória possa ser exagerada e persistente, sem qualquer benefício aparente
6. Exemplo: Bradicinina e prostaglandinas
Diferentes mediadores químicos atuam sinergicamente em para produzir o sinal de dor. Um
exemplo importante é a interação entre a bradicinina e as prostaglandinas.
Preparação de nervo ciático de rato. Exposição a bradicinina e prostaglandina E2 (PGE2). A
aplicação de bradicina não aumenta significativamente a intensidade do sinal, tampouco a
aplicação de PGE2. A aplicação de bradicina após a PGE2 causou um aumento na intensidade de
sinal (amplitude de CAP), o que mostra o papel as prostaglandinas nos mecanismos da dor.
14. AINEs
O principal mecanismo de ação dos AINEs é a inibição das enzimas cicloxigenases.
Esta inibição reduz a quebra do ácido araquidônico em prostaglandinas por células
inflamatórias. Os três principais efeitos destas drogas são:
Ação anti-inflamatória: Efeito associado à diminuição da PGE2 e prostaciclina na
região lesionada, o que reduz a vasodilatação e, indiretamente, o edema. Não trata a
fonte da lesão.
Efeito analgésico: Efeito associado à diminuição sensibilização das terminações
nervosas nociceptivas por mediadores inflamatórios, tais como PGE2, bradicinina e 5-
HT. Alívio da dor de cabeça é provavelmente um resultado da diminuição da
vasodilatação mediada por prostaglandinas.
Efeito antipirético: O aumento de interleucina-1 no sangue gera o aumento da
produção de prostaglandinas no SNC (hipotálamo), levando ao aumento do ponto de
controle temperatura e causando febre. Os AINEs agem no SNC reduzindo PGE2.
16. Aspirina
A aspirina (ácido acetilsalicilico) é o mais antigo AINE no mercado. Atua por inativação
irreversível tanto das ciclxigenases (COX) -1 e COX-2.
Para além das suas ações analgésicas e anti-inflamatórias, aspirina inibe a agregação de
plaquetas, e atualmente é usado na terapia de doenças cardiovasculares. É administrado por via
oral, e é rapidamente absorvido; 75% é metabolizado no fígado; Tempo de meia vida de 4 horas.
17. Paracetamol
Paracetamol é a principal analgésico de venda livre. Apresenta efeitos analgésicos e
antipirético fortes, porém apresenta poucos efeitos anti-inflamatórios.
Estudos sugerem que este perfil farmacológico peculiar se deve a atuação do
paracetamol no SNC, especificamente em um subtipo de cicloxigenases (COX3).
É administrado oralmente e metabolizado no fígado (semi-vida de 2-4 h). Em doses
tóxicas pode causar náuseas e vómitos e (lesão hepática potencialmente fatal após
24-48 h).
19. Oxicans
A maioria das oxicans são inibidores não seletivos das enzimas cicloxigenase (COX).
A exceção é a meloxicam, com uma leve preferência (10:1) por COX-2 (baixas doses).
1- Tem menores efeitos no GI do que o AAS;
2- Analgésico, antipirético e anti-inflamatório;
3- Usados na artrite reumatoide e osteoartrite;
4- Usados em distúrbios musculoesqueléticos agudos;
20. Coxibes
Os coxibes são inibidores seletivos da enzima COX-2. Sua seletividade para COX-2
reduz o risco de úlcera péptica, e é a principal característica do celecoxib, rofecoxib e
outros membros desta classe de drogas.
1- Analgésico, antipirético e anti-inflamatório;
2- Apresentam menos efeitos no TGI.
3- Contraindicados para pacientes com hipertensão, insuficiência cardíaca ou
problemas de coagulação. Utilizados para tratamentos curtos e períodos pós-
23. Efeitos colaterais: TGI
Os efeitos indesejados dos AINEs no TGI estão principalmente associados à inibição da enzima
constitutiva COX-1. A causa é a supressão de prostaglandinas gastroprotetoras na mucosa
gástrica.
Outros efeitos gastrointestinais associados ao uso crônico: Dispepsia, náuseas, vômitos, danos
gástrico-intestinal e risco de hemorragias (pode ser fatal).
No estômago: PGE2 e PGI2, ↓↓↓HCl, ↓↓↓pepsina, ↑↑↑HCO3, ↑↑↑Muco.
24. Efeitos colaterais: Função Renal
As prostaglandinas PGE2 e PGI2 são produzidas constitutivamente nos rins e promovem um
efeito vasodilatador compensatório em resposta a noradrenalina e a angiotensina II.
Em pacientes com função hepática comprometida podem causar uma Insuficiência renal
reversível.
Em pacientes que fazem uso contínuo de altas doses de AINEs por um longo tempo podem
causar a “nefropatia associada a analgésicos”. É frequentemente irreversível.
25. Efeitos colaterais: Sistema Cardiovascular
O uso prolongado de AINEs, principalmente os inibidores seletivos de COX-2
(“Coxibes”), pode causar hipertensão arterial e predispor os pacientes a efeitos
adversos como AVC e infarto do miocárdio devido ao aumento da agregação
plaquetária.
Os efeitos trombolíticos dos “Coxibes” estão associados ao desequilíbrio da função de
COX-1 e COX-2. A isoforma constitutiva causa agregação plaquetária e a isoforma
induzida inibe este processo. O uso de coxibes favorece a função de COX-1 levando
a formação de trombos
26. Efeitos colaterais
Outros efeitos:
1- Reações cutâneas;
2- Broncoespamos (Asmáticos sensíveis a aspirinas);
3- Distúrbios hepáticos;
4- Depressão da medula óssea.
Sinais cardinais da inflamação; Resposta imune inata, Ação sobre os neurônios nociceptivos;
usos clínicos dos AINEs
usos clínicos dos AINEs
usos clínicos dos AINEs
usos clínicos dos AINEs
Chronic pain, which includes neuropathic pain induced by nerve injury and spinal cord injury, arthritis-induced inflammatory pain, cancer pain and pain induced by drug treatment, results from neuroinflammation in the spinal cord. This neuroinflammation is triggered by activity-dependent release of glial activators (that is, neurotransmitters, chemokines and proteases, as well as WNT ligands) from the central terminals of primary afferent neurons and/or by disruption of the blood–brain barrier (BBB). Neuroinflammation is characterized by the activation of microglia and astrocytes, the infiltration of immune cells to the peripheral nervous system (PNS; for example, the dorsal root ganglia (DRG)) and the central nervous system (CNS; for example, the spinal cord), and the production of inflammatory and glial mediators such as pro-inflammatory cytokines and chemokines, as well as growth factors and gliotransmitters (that is, glutamate and ATP). These glial mediators can powerfully modulate excitatory and inhibitory synaptic transmission, leading to central sensitization and enhanced chronic pain states. Glial mediators can further act on glial and immune cells to facilitate neuroinflammation via autocrine and paracrine routes. Furthermore, neuroinflammation generates anti-inflammatory cytokines and pro-resolution lipid mediators (PRLMs) to normalize neuroinflammation, synaptic plasticity and abnormal chronic pain. AMPAR, AMPA (α-amino-3-hydroxy-5-methyl-4-isoxazole propionic acid) receptor; BDNF, brain-derived neurotrophic factor; bFGF, basic fibroblast growth factor; CCL2, CC-chemokine ligand 2; CX3CL1, CX3C-chemokine ligand 1; CXCL1, CXC-chemokine ligand 1; ERK, extracellular signal-regulated kinase; GABAR, GABA (γ-aminobutyric acid) receptor; GlyR, glycine receptor; IFNγ, interferon-γ; IL-1β, interleukin-1β; JNK, JUN N-terminal kinase; MAPK, mitogen-activated protein kinase; MMP9, matrix metalloproteinase 9; NMDAR, NMDA (N-methyl-D-aspartate) receptor; TGFβ, transforming growth factor-β; TNF, tumour necrosis factor; tPA, tissue-type plasminogen activator.