2. Bibliografia Sugerida
• CRAIG C, ROBERT E, STITZEL, RE. Farmacologia moderna com aplicações
cínicas. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2005.
• KATZUNG, BG. Farmacologia básica e clínica. 8 ed. Rio de Janeiro. Guanabara
Koogan, 2003.
• DALE, MM., RITTER, JM., RANG, HP., FLOWER, RJ., farmacologia. 4 ed. Rio de
Janeiro. Elsevier, 2007.
• GRAHAME, SDG., ARONSON, JK. Tratado de farmácia clínica e farmacoterapia.
3 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2004.
• FUCHES, FD., WANNMACHER, L., FERREIRA, MB. Farcologia clínica. 3 ed. Rio
de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000.
• ALMEIDA, RN. Psicofarmacologia: fundamentos práticos. Rio de Janeiro.
Guanabarra Koogan, 2005.
• FUCHES, FD., WANNMACHER, L., FERREIRA, MBC. Farmacologia clínica,
fundamentos de terapêutica nacional. 4 ed. Rio de Janeiro. Gunabara Koogan,
2004.
• ELOIR, P., COLAB. Cuidados com os medicamentos. 4 ed. Porto Alegre. UFRGS,
2004.
3. Histórico
Farmacologia Pharmakon - droga, fármaco ou medicamento; logos - estudo.
Estudo da interação dos compostos químicos com os organismos vivos
Ciência experimental que lida com as propriedades das drogas e seus efeitos nos
sistemas vivos
Ciência que estuda as alterações provocadas no organismo pelas drogas ou
medicamentos
Estudo dos efeitos das substâncias químicas sobre a função dos sistemas biológicos
6. As diferentes áreas da farmacologia
Farmacocinética
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
7. As diferentes áreas da farmacologia
É o caminho que o medicamento faz no organismo.
Farmacocinética Não estuda o mecanismo de ação, mas sim as etapas
que a droga sofre desde a administração até a excreção:
Farmacodinâmica absorção, distribuição, biotransformação e excreção.
etapas simultâneas, divisão apenas didática.
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
8. As diferentes áreas da farmacologia
Estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos
Farmacocinética
organismos
Mecanismos de ação
Farmacodinâmica
Relação entre concentração do fármaco e efeito
O efeito da droga nos tecidos
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
9. As diferentes áreas da farmacologia
Estuda o preparo, a manipulação e a conservação dos
Farmacocinética
medicamentos
O desenvolvimento de novos produtos, relação com o
Farmacodinâmica
meio biológico, técnicas de manipulação, doses, formas
farmacêuticas, interações físicas e químicas entre os
Farmacotécnica
princípios ativos
Visando conseguir melhor aproveitamento dos seus efeitos
Farmacognosia
benéficos no organismo
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
10. As diferentes áreas da farmacologia
Cuida da obtenção, identificação e isolamento de
Farmacocinética princípios ativos a partir de produtos naturais de origem
animal, vegetal ou mineral, passiveis de uso terapêutico
Farmacodinâmica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
11. As diferentes áreas da farmacologia
Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das
Farmacocinética enfermidades (Farmacologia Clínica)
Farmacodinâmica Terapêutica Envolve não só o uso de medicamentos,
como também outros meios para a prevenção, diagnóstico
Farmacotécnica e tratamento das enfermidades.
Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros.
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
12. As diferentes áreas da farmacologia
Área nova que tem se desenvolvido muito graças à
Farmacocinética possibilidade de se interferir, através do uso de drogas, na
realização dos transplantes e de se utilizar com fins
Farmacodinâmica terapêuticos substâncias normalmente participantes da
resposta imunológica
Farmacotécnica
Farmacognosia
Farmacoterapêutica
Imunofarmacologia
13. Conceitos básicos em farmacologia
• Droga: qualquer substância química, exceto alimentos, capaz de produzir
efeitos farmacológicos, ou seja, provocar alterações em um sistema
biológico
• Fármaco: sinônimo de droga
• Forma Farmacêutica: forma de apresentação do medicamento
comprimido, drágea, pílula, xarope, colírio, entre outros
14. Conceitos básicos em farmacologia
• Medicamento: droga ou preparação com drogas usadas terapeuticamente
• Remédio: palavra usada pelo leigo como sinônimo de medicamento e
especialidade farmacêutica
• Nome químico: diz respeito à constituição da droga
• Farmacopéia: livro que oficializa as drogas/medicamentos de uso corrente e
consagrada como eficazes
15. Conceitos básicos em farmacologia
• Dose: quantidade a ser administrada de uma vez a fim de produzir efeitos
terapêuticos
• Dose letal: leva o organismo a falência (morte) generalizada
• Dose máxima: maior quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos
terapêuticos
• Dose mínima: menor quantidade de uma droga capaz de produzir efeitos
terapêuticos (eficácia)
• Dose tóxica: maior quantidade de uma droga que causa efeitos adversos
16. Conceitos básicos em farmacologia
• Posologia: é o estudo das doses
• Pró-droga: substância química que precisa transformar-se no organismo
afim de tornar-se uma droga ativa
• Placebo: “Vou agradar” , (latim)
Em farmacologia significa uma substância inativa administrada para
satisfazer a necessidade psicológica do paciente
17. Conceitos básicos em farmacologia
Reações Adversas qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não
intencional que ocorre com medicamentos para profilaxia, diagnóstico,
tratamento de doença ou modificação de funções fisiológicas
Efeito Colateral efeito diferente daquele considerado como principal por um
fármaco. Esse termo deve ser distinguido de efeito adverso, pois um fármaco
pode causar outros efeitos benéficos além do principal
18. Tipos de medicamentos
Lei nº 9.787/99 – Lei dos Genéricos
• Medicamento de referência
• Genérico contém o mesmo princípio ativo - na mesma dose e forma
farmacêutica - de um medicamento de referência. É administrado pela mesma
via e tem indicação idêntica. E o mais importante: é tão seguro e eficaz quanto
o medicamento de marca, mas em geral custa menos
• Similares vendidos sobre o nome de uma marca comercial. As
embalagens não têm nem terão a frase "medicamento genérico”
19. Tipos de medicamentos
Quanto à origem
Natural extraídos de órgãos ou glândulas (extrato de fígado); extraídos de
fonte de minério e princípios ativos de diversas plantas
Sintética substâncias preparadas em laboratórios por processos químicos
Têm composição e ação idênticas aos produtos naturais
20. Tipos de medicamentos
Quanto à forma farmacêutica
Líquidos soluções, emulsões, xaropes, elixires e loções
Sólidos em pó ou em formatos sob a compressão –
comprimido, drágea, pílula, cápsula e supositório
Pastosos normalmente de uso tópico – geléias, cremes,
pomadas etc
Gasosos recipientes cilíndricos especiais: balas e em
geral são administrados por inalação
21. Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
Vias de administração
Tópica Enteral Paraenteral
Vai depender das circunstâncias
Condições do paciente, aceitabilidade, necessidade, doença etc
Dependendo da VA uma mesma droga pode produzir diferentes resultados
22. Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
Vias de administração
Tópica Enteral Paraenteral
efeito local – aplicação diretamente onde deseja-se sua ação
Epidérmica plicação sobre a pele
Colírios sobre a conjuntiva
Gotas otológicas antibióticos e corticóides para otite externa
Intranasal spray descongestionante nasal
23. Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
Vias de administração
Tópica Enteral Paraenteral
efeito sistêmico (não-local) – via trato digestivo
Pela boca drogas na forma de tabletes, cápsulas ou gotas
Por tubo gástrico gastrostomia, diversas drogas e nutrição enteral
Pelo reto em forma de supositório
24. Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo
A biodisponibilidade interfere nas propriedades farmacocinéticas de uma droga
Vias de administração
Tópica Enteral Paraenteral
efeito sistêmico – por outra forma que não pelo trato digestivo
Injeção intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intracardíaca, subcutânea,
intradérmica e intraperitoneal
25.
26. FARMACOCINÉTICA
absorção, distribuição, biotransformação e excreção
Dose do fármaco
administrada
FARMACOCINÉTICA
Absorção
Concentração do fármaco Distribuição Fármaco nos tecidos
na circulação sistêmica de distribuição
Biotransformação e Excreção
Concentração da fármaco Fármaco metabolizado
no local de ação ou excretado
Toxicidade
Efeito farmacológico Resposta FARMACODINÂMICA
clínica
Eficácia
27. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Quando o medicamento atravessa barreiras até atingir a circulação sanguínea.
As barreiras são basicamente constituídas pelas membranas celulares.
Diretamente relacionada com a capacidade das drogas de atravessar as membranas.
Administração intravenosa e intra-arterial pulam essa etapa.
28. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Características das membranas
As membranas compostas por proteínas (45%), fosfolipídios (27%), colesterol (25%) e
uma pequena porção de carboidrato, em alguns tipos de membrana, associados à
superfície externa.
30. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Formas de atravessar as membranas
Difusão simples Através da bicamada lipídica
Depende da capacidade da droga de atravessar a camada lipoprotéica.
Coeficiente de Difusão = 1 / √ Peso Molecular
Difusão facilitada Combinação com proteína transportadora
Várias drogas são transportadas desta forma.
Ex: Penicilinas, fluorouracil (antineoplásico semelhante a um metabólito normal).
Normalmente ocorre no trato gastrointestinal, mas também nos túbulos renais e barreira
hematoencefálica.
31. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Formas de atravessar as membranas
Pinocitose
É o caso de moléculas grandes que são englobadas e internalizadas
Ex.: Insulina
Passagem através de canais ou poros aquosos filtração
Ocorre principalmente devido à presença de capilares
fenestrados.
Comum para medicamentos hidrossolúveis e de peso molecular
relativamente elevado. Influenciado pelo diâmetro das frenetras.
32. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Tamanho da molécula do fármaco e Ionização
• Molécula grande e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Difícil absorção
• Molécula pequena e hidrossolúvel (Polar / ionizado) → Fácil absorção
• Molécula grande e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção
• Molécula pequena e lipossolúvel (Apolar / não-ionizado) → Fácil absorção
“A polaridade/ionização da molécula e a lipossolubidade estão mais correlacionadas
com a capacidade de atravessar as barreiras do que o tamanho ou a massa molecular”
34. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Sublingual e Oral
Os medicamentos administrados sublingual
possuem absorção mais rápida
Os níveis séricos são mais altos
Não há metabolismo de 1ª passagem
Não passa pelo suco gástrico
Não influencia de outros medicamentos ou
alimentos (aumento, redução ou retardo)
Segue para a circulação sistêmica
35. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Sublingual e Oral
Alterações gastrointestinais por via oral:
- pH antiácidos, bloqueadores de H2, inibidores da bomba de prótons
- motilidade anticolinéricos e laxantes
- perfusão vasodilatadores
36. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Sublingual e Oral
Quando a administração de fármacos por via oral deve ser evitada?
Se o fármaco:
- causar vômitos ou diarréia
- for destruído por enzimas digestivas (insulina)
- não é absorvido pela mucosa gástrica (aminoglicosídeos)
- for rapidamente degradado (lidocaína)
Se o paciente:
- está vomitando com frequência
- incapaz de engolir (crianças, pessoas com retardo mental ou inconsciente)
37. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Retal
• Absorção imprevisível – no reto não há microvilosidades
• Útil em pacientes que estão inconscientes, vomitando ou com infecção intestinal
inflamatória
• Evita a o efeito de primeira passagem pelo fígado (circulação portal)
38. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Parenteral
Intravenosa via mais rápida (importante em emergências)
imediato na circulação rápida distribuição aos tecidos ação rápida
evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem
permite maior precisão na dosagem
viável em pacientes inconscientes
39. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Parenteral
Intramuscular e subcutânea
afetadas pelo fluxo sanguíneo local
evita ação gástrica ou efeito de primeira passagem
auto administração (insulina)
superdosagem gelo, vasoconstritor ou torniquete
40. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Inalação
superfície de absorção brônquios e alvéolos inflamados
pouco efeito sistêmico
quanto menores as partículas dos fármacos – mais eficientes
41. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Influenciam na absorção
Vias de Administração
Mucosa
pouco efeito sistêmico (corticosteróides e β-bloqueadores)
alguns têm efeito sistêmico
Tópico
absorção lenta
veiculação lipossolúvel aumenta a eficiência
influenciados pelo fluxo sanguíneo, temperatura e área
efeito local (cortizol) e efeito sistêmico (estrogênio e nicotina)
42. FARMACOCINÉTICA
Absorção
Fatores determinantes da velocidade e absorção
• Fluxo sanguíneo na área de absorção Quanto maior, maior e mais rápida será a
absorção
• Área de superfície absorvente Quanto maior, maior será a sua capacidade de
absorção
• Número de barreiras a serem transpostas É inversamente proporcional à
quantidade absorvida e à velocidade de absorção
44. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Volume aparente de distribuição
Vd = Dose (mg) / Concentração Plasmática (mg/L)
- Permite estimar a quantidade do fármaco disponível no sangue
- Permite estimar a concentração ideal
Fatores q interferem no Vd:
1) Quanto o Vd, significa que a dose para atingir a concentração ideal
2) Fármacos lipossolúveis têm Vd do que os hidrossolúveis
45. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
• Os medicamentos atingem os diferentes tecidos com velocidades diferentes,
dependendo de sua capacidade de atravessar membranas
• Medicamentos lipossolúveis atravessam as Memb. Cel. com mais rapidez que os
hidrossolúveis
• Os hidrossolúveis tendem a ficar no sangue (aquoso)
• Outras se concentram em tecidos específicos: glândula tireóide, fígado, SNC e rins
46. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
• Alguns tecidos funcionam como reservatórios do medicamento, prolongando a
distribuição.
Ex.: medicamentos que se acumulam no tecido adiposo, deixam esses tecidos
lentamente e, em consequência, circulam pela corrente sanguínea durante vários dias
após a administração.
• Alguns ligam-se firmemente a proteínas do sangue
abandonam a corrente sanguínea de forma muito lenta
atingem rapidamente outros tecidos
47. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Interferem na distribuição das drogas
Irrigação dos tecidos
Maior vascularização ↔ maior distribuição.
Tecidos que recebem uma porcentagem maior do débito cardíaco tendem a receber
concentrações maiores de um fármaco que se encontra dissolvido no sangue.
48. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Interferem na distribuição das drogas
Lipossolubilidade
A lipossolubilidade quando excessiva pode prejudicar a distribuição fazendo com que
a droga se restrinja a determinados locais como o tecido adiposo.
Ex.: Anestésicos gerais barbitúricos. O Tiopental - apresenta muito lipossolúvel, de
ação ultracurta que tende a se acumular no tecido adiposo.
Grau de ionização
Se a droga permanece em uma grande proporção de formas ionizadas ela pode se
confinar a locais como o plasma ou líquido intersticial
49. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Interferem na distribuição das drogas
Presença de barreiras entre sangue e tecidos
• Barreira hematoencefálica: Presença de capilares não fenestrados
• Barreira placentária: Por ela passam somente drogas lipossolúveis
• Barreira hematotesticular: Por ela só passam substâncias pouco polares
50. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Proteínas Plasmáticas
A capacidade das drogas em se associar às proteínas plasmáticas
influi nas características farmacocinéticas
• Alta ligação a proteínas → Baixa eliminação → Maior duração do efeito
• Baixa ligação a proteínas → Alta eliminação → Menor duração do efeito
• Principais proteínas transportadoras de drogas:
- albumina drogas de ácidas
- β-globulina drogas básicas
- glicoproteína ácida drogas básicas
51. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Interferem na ligação fármaco-proteína plasmáticas
• Concentração do fármaco livre no plasma
• Concentração de proteínas no plasma
• Afinidade pelos locais de ligação nas proteínas
52. FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Reservatórios e Volume de Distribuição
As drogas podem ficar temporariamente armazenadas em alguns compartimentos
À medida que vão sendo liberadas vão se distribuindo para os demais tecidos
• Proteínas plasmáticas: Drogas que interagem com as proteínas plasmáticas
• Tecido adiposo: Medicamentos de alta lipossolubilidade.
• Ossos: Drogas que apresentam alta afinidade pelo cálcio.
Ex: Tetraciclinas
• Núcleo dos hepatócitos: Drogas que tem afinidade pelos ácidos nucléicos.
Ex: Mepacrina (droga antimalárica).
53. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Conjunto de transformações químicas que os fármacos após a absorção
• Muitas drogas dão origem a metabólitos farmacologicamente ativos
• De modo geral a atividade farmacológica é perdida ou reduzida
− mais polar
− mais hidrofílico Substâncias mais fáceis de serem excretadas
− mais hidrossolúvel
54. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Velocidades do Metabolismo
• Cinética de ordem-zero
• VM é constante não varia com a Qtd da droga
• Quantidade Fixa é metabolizada a qualquer tempo
• Enzimas saturáveis
Ex.: Álcool
- A enzima álcool desidrogenase é saturável a uma concentração de álcool de
10g/h
- Se 100g de álcool são ingeridas 10h para a metabolização completa
- Se uma dose maior que 10g é ingerida aparecem os efeitos adversos
55. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Velocidades do Metabolismo
• Cinética de primeira ordem
• VM é proporcional à Qtd da droga
• O metabolismo aumenta com a quantidade da droga
• Enzimas não saturáveis
56. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Velocidades do Metabolismo
• Cinética de primeira ordem
• Fração constante de metabolização por unidade de tempo
• o tempo para eliminar 50% do fármaco é constante (tempo de meia vida = t1/2)
t1/2 é constante independente
da dosagem administrada
57. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Reações do Metabolismo dos fármacos
• Isoenzimas microssomais P-450 (CYP)
• têm pouca especificidade
• catalizam o metabolismo da maioria dos fármacos (CYP 1, 2 e 3)
• Reações de Fase I e Fase II
58. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Reações do Metabolismo dos fármacos
• Reações de Fase I Reações não sintéticas
• Reações de oxidação, redução e hidrólise
• Introduzem um grupo funcional mais reativo na molécula
• Produtos mais reativos e mais tóxicos que as moléculas originais
• Preparam para as reações de Fase II
• Reações de Fase II Reações sintéticas
• Reações de conjugação com acido glicurônico, sulfato ou acetato
• Produzem metabólitos menos reativos e menos tóxicos
• Aumentam a polaridade, hidrofília e hidrossolubilidade
“Ocorrem no plasma, pulmão, intestino e principalmente no fígado”
59. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Indução Enzimática
• Algumas drogas, quando administradas repetidamente estimulam a atividade do
sistema microssomal hepático
• Afeta o metabolismo de fármacos metabolizados pelas P-450
• Principal mecanismo de interação medicamentosa
Ex.: Fenitoína (antiepilético) e Haloperidol (antipsicótico)
- Fenitoína induz a isoenzima P-450 (CYP1A2)
- Haloperidol metabolizado pela P-450 (CYP1A2)
- Se administrados juntos Haloperidol será metabolizado mais rápido – menos eficaz
60. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Indução Enzimática
Ex.: Rifampina (antibiótico) e Contraceptivos orais
- Fenitoína induz a isoenzima P-450
- Contraceptivos orais metabolizado pela P-450
- Contraceptivo orail será metabolizado mais rápido – menos eficaz
61. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
Inibição Enzimática
• Algumas drogas bloqueiam as P-450
• O fármaco metabolizado por uma P-450 e co-administrado com um bloqueador:
• Aumenta o t1/2
• Vai se acumular nos tecidos
• Será menos excretado
• Pode expressar: reações adversas, colaterais e tóxicos
62. FARMACOCINÉTICA
Biotransformação - Metabolismo
• Produtos naturais e fitoterápicos também podem alterar a atividade das isoenzimas
microssomais P-450
Indutor da P-450 Inibidor da P-450
Tabaco Camomila
Brócolis Gengibre
Repolho Cravo-da-índia
• O nível sérico da droga:
• Qdo co-administrado com um inibidor P-450
• Qdo co-administrado com um indutor P-450
63. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Fármaco e metabólitos
• Excreção renal
Substâncias com menos de 60 Da
não ligadas a proteínas
Hidrossolúveis (polares, ionizadas)
Substâncias lipossolúveis são
reabsorvidas
Secreção ativa
Bomba catiônica e aniônica
Competição por sítio de ligação
Gera interações competitivas
64. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Excreção renal
• Substâncias ionizadas tendem a ser eliminadas juntamente com a urina
• Substâncias não-ionizadas tendem a serem reabsorvidas
Substâncias ácidas (pH ) tendem a ser eliminadas com maior facilidade
Substâncias alcalinas (pH ) tendem a ser eliminadas com menor facilidade
65. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Excreção pela bile e circulação enterohepática
• Sistema semelhante e tão importante quanto a secreção renal
• Na formação da bile, o sistema hepatobiliar transfere para a bile uma série de
substâncias que se encontram no plasma, dentre elas, as drogas
• Fármacos não reabsorvidos
(polares) são eliminados nas fezes
• Fármacos reabsorvidos desta
forma têm seu t1/2 aumentado
66. FARMACOCINÉTICA
Eliminação - Excreção
• Excreção pulmonar
• Álcool e anestésicos voláteis
• Excreção cutânea e glândulas lacrimal menor importância
• Excreção mamária fármacos que formam base fraca
67. Qual o nível ideal do fármaco?
• Para atingir o nível ideal de um fármaco é preciso haver um equilíbrio entre a taxa de
absorção e eliminação a cada t1/2 do fármaco
Os níveis séricos sejam relativamente constantes quando a Qtd administrada a cada
t1/2 for igual à quantidade metabolizada e elimina no mesmo intervalo de tempo
Concentração plasmática estável (Cpss)
68.
69.
70. EXERCÍCIO
1. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOLOGIA.
2. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FARMACOCINÉTICA e
FARMACODINÂMICA.
3. Estabeleça as diferenças entre FARMACOCINÉTICA e FARMACODINÂMICA.
4. Conceitue, com suas próprias palavras, o significado de FÁRMACO e
MEDICAMENTO.
5. Estabeleça as diferenças entre REAÇÕES ADVERSAS e EFEITO COLATERAL.
6. O que são vias de administração?
7. Quais as principais vias de administração? Conceitua cada uma delas.
8. O que acontece com os farmacos na biotransformação?
9. Dê um exemplo de indução enzimática que causa interação medicamentosa?
10. Quais características uma substância precisa ter para ser excretada com facilidade
nos rins?
Notas do Editor
farmacologia etnologicamente se origina da palavra Pharmakon, do grego que quer dizer droga, fármaco ou medicamento, mais logos que significa estudo. De uma maneira genérica e bastante simplificada poderíamos conceituar farmacologia de diversas formas, como se segue: