Anti-inflamatórios
Prof Dr. Menandes Neto
INFLAMAÇÃO: é a reação de um tecido e
de sua microcirculação a uma lesão.
Caracteriza-se pela produção de
mediadores inflamatórios e
movimentação de líquido e leucócitos do
sangue para os tecidos extravasculares.
Definição
 Origem: latim inflammatio “atear fogo”
 A resposta inflamatória é um processo
complexo mediado por uma variedade de
moléculas sinalizadoras liberada por
terminações nervosas, mastócitos,
plaquetas e leucócitos.
Característica
É a tentativa do hospedeiro de localizar e
eliminar células com alterações
metabólicas, partículas estranhas,
microrganismos ou antígenos.
Mediadores Inflamatórios
Mediadores
Vasodilataçã
o
Permeabilidade
vascular
Quimiotaxia Dor
Histamina ++ ↑↑↑ - -
Serotonina +/- ↑↑ - -
Bradicinina +++ ↑ - +++
Leucotrienos - ↑↑↑ +++ -
Prostaglandinas +++ ↑ +++ +
Mediadores químicos da inflamação
 Celulares
 Pré-formados Histamina
 Serotonina
 Enzimas lisossomais

 Sintetizados Metabólitos do ácido aracdônico
 (eicosanóides): prostaglândinas
 leucotrienos
 PAF
 Óxido Nítrico
 Citocinas
 Plasmáticos
 Sistema Complemento
 Sistema de Cininas

 Sistema de Coagulação/Fibrinólise
 Celulares
 Pré-formados Histamina
 Serotonina
 Enzimas lisossomiais
 Histamina: grânulos em mastócitos (tecido conjuntivo
adjacente aos vasos), basófilos e plaquetas do sangue.
Liberada em resposta a uma série de estímulos como:
injúria física como trauma, frio ou calor, reações imunes
(IgE), fragmentos do complemento: anafilatoxinas (C3a e
C5a), neuropeptídeos (substância P), citocinas (IL-1 e IL-
8)
 Ações: vasodilatação, aumento permeabilidade vascular
 Celulares
 Pré-formados Histamina
 Serotonina
 Enzimas lisossomiais
 Serotonina: grânulos em plaquetas. Ações similares à histamina.
Liberada quando plaquetas se agregam após contato com colágeno,
trombina, ADP, complexos Ag/Ac. Liberação também estimulada pelo
PAF.
 Enzimas lisossomais (neutrófilos e monócitos): lactoferrina, lisozima,
fosfatase alcalina, colagenase, proteases ácidas e neutras, etc
 Ações: Digestão de microorganismos e restos celulares aumento
permeabilidade vascular, quimiotaxia, destruição tecidual. Controladas
pelo sistema anti-proteases do soro (a1-anti tripsina, a2-
macroglobulina)
 Celulares
 Sintetizados
 Metabólitos do ácido aracdônico (eicosanóides):
hormônios de curto alcance, formados rapidamente, efeito
local e sistêm ico.O metabolismo do AA ocorre por 2 vias
principais:
 Via cicloxagenase (COX2): geração de PGE2, PGD2,
PGF2a, PGI2, Tromboxane (TxA2)
 Via lipoxigenase (enzima 5-lipoxigenase, neutrófilos):
geração de leucotrienos LTB4, LTC4,LTD4, lipoxinas
Fosfolipídios
Ácido aracdônico
Ácido 5-hidroxiperoxi
eicosatetraenoico
5-HEPTE
5-HETE leucotrienos TxA2 PGE2, PGF2 PGI2
Fosfolipase A2
lipoxigenases
cicloxigenases
PGH2/PGG2
analgésicos
antitérmicos
antiinflamatórios não hormonais
 Celulares
 Sintetizados
 Óxido Nítrico (NO): células endoteliais, Mfs,
eosinófilos
– Vasodilatação
– Atividade microbicida.
 PAF (Fator de Ativação Plaquetária):
– Membrana fosfolipídica de mastócitos e cél. endoteliais
– - Ativação e agregação plaquetária.
– - Vaso e broncoconstrição
– - Quimiotaxia, adesão leucocitária, degranulação
 Celulares
 Sintetizados
 Neuropeptídeos: ex. Substância P
 Aumenta permeabilidade capilar, transmissão de sinais de
dor, regulação da pressão sangüinea (bradicinina),
estimula o sistema imune .
 Radicais livres de O2: liberados de leucócitos após ação
de quimiocinas, dependente da ativação do sistema
NADPH e geração de superóxido. Produção de H2O2, OH,
derivados tóxicos de NO. Ações: destruição do endotélio e
aumento permeabilidade vascular, inativação de anti-
proteases.

 Plasmáticos
 Sistema Complemento
 Vias de ativação: Clássica e Alternativa
 Funções: promover a destruição de imunecomplexos
 C3a, C5a e C4a  anafilatoxinas
 C5a: ativa via lipoxigenase do metabolismo do AA em
neutrófilos e monócitos, quimiotáxico para neutrófilos,
monócitos, eosinófilos e basófilos, aumenta avidez das
integrinas pelo ligante no endotélio
 C3b e C3bi: opsoninas
Sistema de cininas
 Funções:
– - Co-fatores no sistema de coagulação
– - Inibidores de proteases
– - Participação na resposta de fase aguda (dor e
vasodilatação).
 Síntese:
– - Plasma: XII  Pré-calicreína  Bradicinina.
– - Tecidos: Calicreína-tecidual + HMWK  Lisilbradicina
 bradicinina.
Citocinas Inflamatórias
 Fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-a):
 monócitos, T, NK, mastócitos.
 Induzida por: LPS. IFN-g aumenta a síntese.
 Receptores: TNFRI e TNFRII
 Funções:
– - atração e ativação de neutrófilos e monócitos
– - aumento da expressão de moléculas de adesão
– - Estimula secreção de quimiocinas e IL-1.
– - pirógeno endógeno
– - indução de apoptose.
 Interleucina-1 (IL-1):
 monócitos, neutrófilos, células endoteliais,
fibroblastos, células musculares lisas, T, B, NK,
Langerhans.
 Duas formas equivalentes – IL1b e IL-1a
 Funções: - indução de ACTH, PGE2, PF4, IL-6,
IL-8, moléculas de adesão (ICAM-1, ELAM).
– quimiotaxia para neutrófilos
– pirógeno endógeno
 Interleucina-6 (IL-6)
 monócitos, neutrófilos, T, B, células endoteliais,
eosinófilos, mastócitos, fibroblastos, células
musculares lisas.
 Induzida por: IL-1, LPS, TNF-a, IFN-b.
 Receptores: CD126 + CD130 (induzido nos
hepatócitos pela IL-1)
 Funções: - principal indutora da síntese de
proteínas de fase aguda, indução de ACTH,
pirógeno endógeno
L- SELECTINA
MACRÓFAGOS TECIDUAIS
E/P- SELECTINA
LPS
IL-1, TNF
IL-1, TNF GRAM -
LIBERAÇÃO DE
PROTEASES
LIBERAÇÃO DE
FATORES
QUIMIOTÁXICOS

MIGRAÇÃO
TRANSENDOTELIAL
RESPOSTA DO NEUTRÓFILO À INFLAMAÇÃO
Aines
p
Efeito antipirético
Centro regulador no hipotálamo.
AINEs inibe a produção de prostaglandina
no hipotálamo .
Efeito analgésico
Prostaglandinas sensibilizam terminais
nervosos nociceptivos.
AINEs impedem essa sensibilização.
Dor de intensidade leve a moderada.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/HSE_URM_FEB_0804.pdf
Efeito Anti-Inflamatório
 Inibe a síntese de prostaglandinas.
 Redução dos componentes da resposta
inflamatória.
Efeitos colaterais
Indução de ulceração gástrica > Anemia
(Misoprostol);
Os AINEs não seletivos
da COX inibem a
produção de
prostaglandinas na
mucosa
gastrointestinal,
podendo causar
gastroduodenite,
úlcera gástrica e
sangramento digestivo.
Esses AINEs, como a
aspirina, reduzem a
produção plaquetária
de TXA2, devido ao
bloqueio da COX-1, e
previnem a trombose
arterial
Efeitos colaterais
prostaciclina, PGE2 e PGD2 -, geradas por ação da COX-1 em
distintas regiões dos rins, dilatam a vasculatura, diminuem
a resistência vascular renal e aumentam a perfusão do
órgão. Isso leva à redistribuição do fluxo sanguíneo da
córtex renal para os néfrons na região intramedular
uso prolongado de
AINEs pode causar
elevação de 5 a 6
mmHg da pressão
arterial média
Efeitos colaterais
Em plaquetas, a COX metaboliza o ácido araquidônico em tromboxano
A2 , o que leva à maior adesividade de plaquetas e vasoconstrição.¹
Em contraste, no músculo liso vascular, forma-se a prostaciclina, que
causa vasodilatação e reduz agregação de plaquetas.
A hemostasia resulta do equilíbrio delicado entre esses sistemas. Assim,
os AINEs levam à redução da função e adesividade das plaquetas, e
a um maior tempo de sangramento.
A aspirina merece menção especial, pois inibe irreversivelmente a COX
de plaquetas. Como resultado, as plaquetas se tornam ineficientes
durante todo o seu ciclo de vida de 10 dias
Cicatrização Óssea
 risco teórico de que os AINEs, em particular os
inibidores de COX-2, causem redução da taxa de
cicatrização óssea e aumento da incidência de
não-consolidação de fraturas. Após uma fratura,
há maior produção de prostaglandinas como parte
da resposta inflamatória, o que aumenta o fluxo
sanguíneo local.³
 Acredita-se que o bloqueio desse mecanismo seja
prejudicial à cicatrização dos ossos; contudo,
atualmente, não há provas científicas de alta
qualidade para confirmar isso
Salicilatos
Aspirina ,AAS (Ácido Acetilsalicílico).
Salicetol, iodocitol (Salicilato de Sódio).
Fluprim (Salicilamida)
Dorbid (Diflunisal).
Ácido Acetilsalicílico
Síndrome de reye
 A aspirina acetila e
inibe
irreversivelmente a
isoenzima COX-1, o
que leva à inibição
plaquetária
completa, pelo
tempo de vida das
plaquetas
 Salicilato de metila
(uso tópico)
Salicilatos
Síndrome de Reye
 É uma doença grave, de rápida
progressão e muitas vezes fatal, que
acomete o cérebro e o fígado, ocorre em
crianças e está relacionada ao uso de
salicilatos em conjunto com uma
infecção viral.
 Crianças de 4 a 12 anos.
Paracetamol
 Antipirético e analgésico.
Inibidor fraco na COX na presença de peróxidos
Paracetamol
 Hepatotoxicidade: Saturação pela via de
conjugação > via oxidases: N-acetil-p-
benzoquinona imina.
 Tratamento: Acetilcisteína > ↑ glutationa
Antiinflamatórios
N
H
O
N
H
O
OH
N
H
O
O
NH2
O
NH2 N
O
H
O
O
N
O
H
O
OH
N
O
O
N
O
OH
H
S
N
H
CO2H
N
O
H
glutationa
N
O
H
proteínas hepáticas
acetanilida
anilina
metahemoglobinemia
anemia hemolítica
acetaminofeno fenacetina fenitidina
metahemoglobinemia
anemia hemolítica
maior maior menor
hepatotóxico
nefrotóxicas
hepatotóxico
necrose hepática
falência renal
metabólito
reativo
N-acetil
cisteína
glutationa
proteínas
hepáticas
Ácido Fenilacético
 Diclofenaco.
 Várias formulações.
Derivados do Ácido Propiônico
Derivados Pirazolônicos
 Dipirona
 Fenazona
 Fenilbutazona
 oxifembutazona
 sulfimpirazona
agranulocitose fatal !!!
Derivados do Ácido Pirrolacético
Etodolaco;
Zomepiraco;
Cetorolaco;
Tolmetino.
Etodolaco
Derivados do Ácido
Indolacético
 Indometacina.
 Sulindaco.
Indometacina
Sulindaco
Ácidos Enólicos (OXICANS)
 Piroxicam.
 Meloxicam.
Inibidores Seletivos da COX-2
 tão ou mais eficazes que os AINEs
 Entretanto, como as plaquetas expressam primariamente a COX-1, esses
fármacos não têm propriedades antitrombóticas.
 inibição seletiva da COX-2 em relação ao coração são a propensão à
trombose, pelo desvio do balanço pró-trombótico/antitrombótico na
superfície endotelial, além da perda do efeito protetor da regulação superior
da COX-2 na isquemia miocárdica e no infarto do miocárdio
Inibidores Seletivos da COX-2
 Primeira Geração:
 Nimesulida.
 Segunda Geração:
 Celecoxib, rofecoxib,
valdecoxib e etoricoxib. Celecoxib
Nimesulida
Inibidores Seletivos da COX-2 e o Mercado
RE 3.717/08, outubro de 2008.
Anvisa suspendeu a comercialização e uso de
- Prexige® (Lumiracoxibe), 400mg;
- Arcoxia® (Etoricoxibe), 120mg.
Arcoxia® em 60 e 90mg sofrerão adequações nas bulas com advertências
quanto aos níveis pressóricos e cardiovasculares.
Celebra® (Celecoxibe) sofrerá alterações na bula, com restrições relativas ao
tempo de tratamento e ao uso durante a gravidez e amamentação.
Bextra® (Parecoxibe) terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares.
Reavaliar a segurança dos coxibes e serão vendidos apenas com retenção da
receita médica.
Inibidores Seletivos da COX-2
 o uso dos AINEs inibidores seletivos da
COX-2 associaram-se ao risco aumentado
de eventos cardiovasculares e morte
 Haag e cols.37 avaliaram 7.636 indivíduos com idade média de 70,2 anos, dos
quais 61,3% eram mulheres, sem manifestação de isquemia cerebral prévia
(1991-1993), para incidência de acidente vascular cerebral (AVC) até
setembro de 2004. Em 70.063 pessoas/ano de seguimento (média = 9,2
anos), 807 indivíduos desenvolveram AVC (460 isquêmicos, 74 hemorrágicos
e 273 não especificados). Os usuários habituais de AINEs não seletivos (HR
1,72; IC 95%; 1,22 a 2,44) e de inibidores seletivos da COX-2 (HR 2,75; IC
1,28 a 5,95) tiveram maior risco de AVC, porém não os que tomaram
inibidores seletivos da COX-1 (HR 1,1; IC 0,41 a 2,97). O hazard ratio para
AVC isquêmico foi de 1,68 (1,05 a 2,69) para agentes não seletivos, e de
4,54 (2,06 a 9,98) para os seletivos da COX-2.

aines.ppt

  • 1.
  • 2.
    INFLAMAÇÃO: é areação de um tecido e de sua microcirculação a uma lesão. Caracteriza-se pela produção de mediadores inflamatórios e movimentação de líquido e leucócitos do sangue para os tecidos extravasculares.
  • 3.
    Definição  Origem: latiminflammatio “atear fogo”  A resposta inflamatória é um processo complexo mediado por uma variedade de moléculas sinalizadoras liberada por terminações nervosas, mastócitos, plaquetas e leucócitos.
  • 4.
  • 5.
    É a tentativado hospedeiro de localizar e eliminar células com alterações metabólicas, partículas estranhas, microrganismos ou antígenos.
  • 7.
    Mediadores Inflamatórios Mediadores Vasodilataçã o Permeabilidade vascular Quimiotaxia Dor Histamina++ ↑↑↑ - - Serotonina +/- ↑↑ - - Bradicinina +++ ↑ - +++ Leucotrienos - ↑↑↑ +++ - Prostaglandinas +++ ↑ +++ +
  • 9.
    Mediadores químicos dainflamação  Celulares  Pré-formados Histamina  Serotonina  Enzimas lisossomais   Sintetizados Metabólitos do ácido aracdônico  (eicosanóides): prostaglândinas  leucotrienos  PAF  Óxido Nítrico  Citocinas
  • 10.
     Plasmáticos  SistemaComplemento  Sistema de Cininas   Sistema de Coagulação/Fibrinólise
  • 12.
     Celulares  Pré-formadosHistamina  Serotonina  Enzimas lisossomiais  Histamina: grânulos em mastócitos (tecido conjuntivo adjacente aos vasos), basófilos e plaquetas do sangue. Liberada em resposta a uma série de estímulos como: injúria física como trauma, frio ou calor, reações imunes (IgE), fragmentos do complemento: anafilatoxinas (C3a e C5a), neuropeptídeos (substância P), citocinas (IL-1 e IL- 8)  Ações: vasodilatação, aumento permeabilidade vascular
  • 13.
     Celulares  Pré-formadosHistamina  Serotonina  Enzimas lisossomiais  Serotonina: grânulos em plaquetas. Ações similares à histamina. Liberada quando plaquetas se agregam após contato com colágeno, trombina, ADP, complexos Ag/Ac. Liberação também estimulada pelo PAF.  Enzimas lisossomais (neutrófilos e monócitos): lactoferrina, lisozima, fosfatase alcalina, colagenase, proteases ácidas e neutras, etc  Ações: Digestão de microorganismos e restos celulares aumento permeabilidade vascular, quimiotaxia, destruição tecidual. Controladas pelo sistema anti-proteases do soro (a1-anti tripsina, a2- macroglobulina)
  • 14.
     Celulares  Sintetizados Metabólitos do ácido aracdônico (eicosanóides): hormônios de curto alcance, formados rapidamente, efeito local e sistêm ico.O metabolismo do AA ocorre por 2 vias principais:  Via cicloxagenase (COX2): geração de PGE2, PGD2, PGF2a, PGI2, Tromboxane (TxA2)  Via lipoxigenase (enzima 5-lipoxigenase, neutrófilos): geração de leucotrienos LTB4, LTC4,LTD4, lipoxinas
  • 15.
    Fosfolipídios Ácido aracdônico Ácido 5-hidroxiperoxi eicosatetraenoico 5-HEPTE 5-HETEleucotrienos TxA2 PGE2, PGF2 PGI2 Fosfolipase A2 lipoxigenases cicloxigenases PGH2/PGG2 analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais
  • 16.
     Celulares  Sintetizados Óxido Nítrico (NO): células endoteliais, Mfs, eosinófilos – Vasodilatação – Atividade microbicida.  PAF (Fator de Ativação Plaquetária): – Membrana fosfolipídica de mastócitos e cél. endoteliais – - Ativação e agregação plaquetária. – - Vaso e broncoconstrição – - Quimiotaxia, adesão leucocitária, degranulação
  • 18.
     Celulares  Sintetizados Neuropeptídeos: ex. Substância P  Aumenta permeabilidade capilar, transmissão de sinais de dor, regulação da pressão sangüinea (bradicinina), estimula o sistema imune .  Radicais livres de O2: liberados de leucócitos após ação de quimiocinas, dependente da ativação do sistema NADPH e geração de superóxido. Produção de H2O2, OH, derivados tóxicos de NO. Ações: destruição do endotélio e aumento permeabilidade vascular, inativação de anti- proteases. 
  • 19.
     Plasmáticos  SistemaComplemento  Vias de ativação: Clássica e Alternativa  Funções: promover a destruição de imunecomplexos  C3a, C5a e C4a  anafilatoxinas  C5a: ativa via lipoxigenase do metabolismo do AA em neutrófilos e monócitos, quimiotáxico para neutrófilos, monócitos, eosinófilos e basófilos, aumenta avidez das integrinas pelo ligante no endotélio  C3b e C3bi: opsoninas
  • 22.
    Sistema de cininas Funções: – - Co-fatores no sistema de coagulação – - Inibidores de proteases – - Participação na resposta de fase aguda (dor e vasodilatação).  Síntese: – - Plasma: XII  Pré-calicreína  Bradicinina. – - Tecidos: Calicreína-tecidual + HMWK  Lisilbradicina  bradicinina.
  • 23.
    Citocinas Inflamatórias  Fatorde Necrose Tumoral-alfa (TNF-a):  monócitos, T, NK, mastócitos.  Induzida por: LPS. IFN-g aumenta a síntese.  Receptores: TNFRI e TNFRII  Funções: – - atração e ativação de neutrófilos e monócitos – - aumento da expressão de moléculas de adesão – - Estimula secreção de quimiocinas e IL-1. – - pirógeno endógeno – - indução de apoptose.
  • 24.
     Interleucina-1 (IL-1): monócitos, neutrófilos, células endoteliais, fibroblastos, células musculares lisas, T, B, NK, Langerhans.  Duas formas equivalentes – IL1b e IL-1a  Funções: - indução de ACTH, PGE2, PF4, IL-6, IL-8, moléculas de adesão (ICAM-1, ELAM). – quimiotaxia para neutrófilos – pirógeno endógeno
  • 25.
     Interleucina-6 (IL-6) monócitos, neutrófilos, T, B, células endoteliais, eosinófilos, mastócitos, fibroblastos, células musculares lisas.  Induzida por: IL-1, LPS, TNF-a, IFN-b.  Receptores: CD126 + CD130 (induzido nos hepatócitos pela IL-1)  Funções: - principal indutora da síntese de proteínas de fase aguda, indução de ACTH, pirógeno endógeno
  • 28.
    L- SELECTINA MACRÓFAGOS TECIDUAIS E/P-SELECTINA LPS IL-1, TNF IL-1, TNF GRAM - LIBERAÇÃO DE PROTEASES LIBERAÇÃO DE FATORES QUIMIOTÁXICOS  MIGRAÇÃO TRANSENDOTELIAL RESPOSTA DO NEUTRÓFILO À INFLAMAÇÃO
  • 29.
  • 30.
  • 31.
    Efeito antipirético Centro reguladorno hipotálamo. AINEs inibe a produção de prostaglandina no hipotálamo .
  • 32.
    Efeito analgésico Prostaglandinas sensibilizamterminais nervosos nociceptivos. AINEs impedem essa sensibilização. Dor de intensidade leve a moderada. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/HSE_URM_FEB_0804.pdf
  • 33.
    Efeito Anti-Inflamatório  Inibea síntese de prostaglandinas.  Redução dos componentes da resposta inflamatória.
  • 34.
    Efeitos colaterais Indução deulceração gástrica > Anemia (Misoprostol); Os AINEs não seletivos da COX inibem a produção de prostaglandinas na mucosa gastrointestinal, podendo causar gastroduodenite, úlcera gástrica e sangramento digestivo. Esses AINEs, como a aspirina, reduzem a produção plaquetária de TXA2, devido ao bloqueio da COX-1, e previnem a trombose arterial
  • 35.
    Efeitos colaterais prostaciclina, PGE2e PGD2 -, geradas por ação da COX-1 em distintas regiões dos rins, dilatam a vasculatura, diminuem a resistência vascular renal e aumentam a perfusão do órgão. Isso leva à redistribuição do fluxo sanguíneo da córtex renal para os néfrons na região intramedular uso prolongado de AINEs pode causar elevação de 5 a 6 mmHg da pressão arterial média
  • 36.
    Efeitos colaterais Em plaquetas,a COX metaboliza o ácido araquidônico em tromboxano A2 , o que leva à maior adesividade de plaquetas e vasoconstrição.¹ Em contraste, no músculo liso vascular, forma-se a prostaciclina, que causa vasodilatação e reduz agregação de plaquetas. A hemostasia resulta do equilíbrio delicado entre esses sistemas. Assim, os AINEs levam à redução da função e adesividade das plaquetas, e a um maior tempo de sangramento. A aspirina merece menção especial, pois inibe irreversivelmente a COX de plaquetas. Como resultado, as plaquetas se tornam ineficientes durante todo o seu ciclo de vida de 10 dias
  • 37.
    Cicatrização Óssea  riscoteórico de que os AINEs, em particular os inibidores de COX-2, causem redução da taxa de cicatrização óssea e aumento da incidência de não-consolidação de fraturas. Após uma fratura, há maior produção de prostaglandinas como parte da resposta inflamatória, o que aumenta o fluxo sanguíneo local.³  Acredita-se que o bloqueio desse mecanismo seja prejudicial à cicatrização dos ossos; contudo, atualmente, não há provas científicas de alta qualidade para confirmar isso
  • 38.
    Salicilatos Aspirina ,AAS (ÁcidoAcetilsalicílico). Salicetol, iodocitol (Salicilato de Sódio). Fluprim (Salicilamida) Dorbid (Diflunisal). Ácido Acetilsalicílico Síndrome de reye
  • 39.
     A aspirinaacetila e inibe irreversivelmente a isoenzima COX-1, o que leva à inibição plaquetária completa, pelo tempo de vida das plaquetas  Salicilato de metila (uso tópico) Salicilatos
  • 40.
    Síndrome de Reye É uma doença grave, de rápida progressão e muitas vezes fatal, que acomete o cérebro e o fígado, ocorre em crianças e está relacionada ao uso de salicilatos em conjunto com uma infecção viral.  Crianças de 4 a 12 anos.
  • 41.
    Paracetamol  Antipirético eanalgésico. Inibidor fraco na COX na presença de peróxidos
  • 42.
    Paracetamol  Hepatotoxicidade: Saturaçãopela via de conjugação > via oxidases: N-acetil-p- benzoquinona imina.  Tratamento: Acetilcisteína > ↑ glutationa
  • 43.
    Antiinflamatórios N H O N H O OH N H O O NH2 O NH2 N O H O O N O H O OH N O O N O OH H S N H CO2H N O H glutationa N O H proteínas hepáticas acetanilida anilina metahemoglobinemia anemiahemolítica acetaminofeno fenacetina fenitidina metahemoglobinemia anemia hemolítica maior maior menor hepatotóxico nefrotóxicas hepatotóxico necrose hepática falência renal metabólito reativo N-acetil cisteína glutationa proteínas hepáticas
  • 44.
  • 45.
  • 46.
    Derivados Pirazolônicos  Dipirona Fenazona  Fenilbutazona  oxifembutazona  sulfimpirazona agranulocitose fatal !!!
  • 47.
    Derivados do ÁcidoPirrolacético Etodolaco; Zomepiraco; Cetorolaco; Tolmetino. Etodolaco
  • 48.
    Derivados do Ácido Indolacético Indometacina.  Sulindaco. Indometacina Sulindaco
  • 49.
    Ácidos Enólicos (OXICANS) Piroxicam.  Meloxicam.
  • 50.
    Inibidores Seletivos daCOX-2  tão ou mais eficazes que os AINEs  Entretanto, como as plaquetas expressam primariamente a COX-1, esses fármacos não têm propriedades antitrombóticas.  inibição seletiva da COX-2 em relação ao coração são a propensão à trombose, pelo desvio do balanço pró-trombótico/antitrombótico na superfície endotelial, além da perda do efeito protetor da regulação superior da COX-2 na isquemia miocárdica e no infarto do miocárdio
  • 51.
    Inibidores Seletivos daCOX-2  Primeira Geração:  Nimesulida.  Segunda Geração:  Celecoxib, rofecoxib, valdecoxib e etoricoxib. Celecoxib Nimesulida
  • 52.
    Inibidores Seletivos daCOX-2 e o Mercado RE 3.717/08, outubro de 2008. Anvisa suspendeu a comercialização e uso de - Prexige® (Lumiracoxibe), 400mg; - Arcoxia® (Etoricoxibe), 120mg. Arcoxia® em 60 e 90mg sofrerão adequações nas bulas com advertências quanto aos níveis pressóricos e cardiovasculares. Celebra® (Celecoxibe) sofrerá alterações na bula, com restrições relativas ao tempo de tratamento e ao uso durante a gravidez e amamentação. Bextra® (Parecoxibe) terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. Reavaliar a segurança dos coxibes e serão vendidos apenas com retenção da receita médica.
  • 53.
    Inibidores Seletivos daCOX-2  o uso dos AINEs inibidores seletivos da COX-2 associaram-se ao risco aumentado de eventos cardiovasculares e morte  Haag e cols.37 avaliaram 7.636 indivíduos com idade média de 70,2 anos, dos quais 61,3% eram mulheres, sem manifestação de isquemia cerebral prévia (1991-1993), para incidência de acidente vascular cerebral (AVC) até setembro de 2004. Em 70.063 pessoas/ano de seguimento (média = 9,2 anos), 807 indivíduos desenvolveram AVC (460 isquêmicos, 74 hemorrágicos e 273 não especificados). Os usuários habituais de AINEs não seletivos (HR 1,72; IC 95%; 1,22 a 2,44) e de inibidores seletivos da COX-2 (HR 2,75; IC 1,28 a 5,95) tiveram maior risco de AVC, porém não os que tomaram inibidores seletivos da COX-1 (HR 1,1; IC 0,41 a 2,97). O hazard ratio para AVC isquêmico foi de 1,68 (1,05 a 2,69) para agentes não seletivos, e de 4,54 (2,06 a 9,98) para os seletivos da COX-2.