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Atualizações no diagnóstico e
tratamento de chlamydia trachomatis
e neisseria gonorrhoeae
Beatriz S. Monnerat (R1)
Orientadora: Dra. Maria Albina
Introdução
 Neisseria gonorrhoeae

Diplococos Gram-negativos
Fonte: Nat Immunol. 2002 3:229-236.
Introdução
 Chlamydia trachomatis

Bacilo Gram negativo

Intracelular obrigatório

D a K= infecções
geniturinárias
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Novo sorotipo E (Suécia)
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no mundo ( 90 milhões de
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Fisiopatogenia
 Neisseria gonorrhoeae
Fisiopatogenia
 Chlamydia trachomatis
Fatores de Risco

SEXO DESPROTEGIDO

Idade < 25 anos

Início precoce da atividade
sexual

Múltiplos parceiros sexuais

Estado socioeconômico

Tabagismo/ etilismo/ drogas

História prévia de DST

ACO (proteção x risco)

Ectopia cervical (Clamídia)
Apresentações clínicas
 Neisseiria gonorrhoeae

Uretrite gonocócica

Cervicite

Gonorréia anorretal

Gonorréia faríngea

Gonorréia ocular

Artrite gonocócica

DIP
Apresentações clínicas
 Chamydia trachomatis

Uretrite não gonocócica

Epididimite

Cervicite mucopurulenta

Síndrome uretral aguda em mulheres

Doença inflamatória pélvica (DIP)

Proctite aguda

Artrite reativa (Sd. de Reiter)

Linfogranuloma venéreo
Apresentações clínicas
 Cervicite

Maioria é assintomática

Sintomas inespecificos:

Disúria

Dispareunia

Sangramento pós coito

Corrimento
Apresentações clínicas
 Cervicite

Secreção purulenta ou
mucopurulenta endocervical no
exame especular

Friabilidade do colo após
manipulação leve

Presença de abundantes PMN
em esfregaço e coloração de
Gram

Obs: diplococos gram - tem alta
especificidade porém
sensibilidade ≤ 50%.
Apresentações clínicas
 Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

Etiologia:
Fonte: Sweet,R. L. (2011) Treatment or Acute Pelvic Inflammatrory
Disease in Infectious Diseases in Obstetrics and Gynecology, Article
ID 561909, 13 pages doi:10.1155/2011/561909
Apresentações clínicas
 Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

Infecção do trato genital superior
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– Salpingite
– Abscesso tuboovariano
– Peritonite
• Ascensão e disseminação de microrganismos
provenientes da vagina/endocérvice – menstruação?
Apresentações clínicas
 Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

Quadro clínico:
– Assintomáticas
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– Dor pélvica ou abdominal baixa
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– Dispareunia
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Apresentações clínicas
 Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

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Apresentação clínica
Apresentações clínicas
 Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

Sequelas
Fonte: Mylonas, I. Female genital Chlamydia trachomatis infection:
where are we heading?(2012)
Arch Gynecol Obstet 285:1271–1285
DOI 10.1007/s00404-012-2240-7
Apresentações clínicas
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Diagnóstico

Rastreio anual de TODAS as mulheres sexualmente ativas
≤ 25 anos ou com fatores de risco
Diagnóstico

Clínica – teste do cotonete

Exame a fresco (exclui tricomoníase)
Diagnóstico
Métodos de rastreio:
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nucleico)
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Diagnóstico
Diagnóstico
Thayer-Martin: Neisseria gonorrhoeae Cultura em células de Mc Coy : Chlamydia trachomatis
Cultura
Thayer-Martin modificado
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Diagnóstico

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
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Resistência
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2006-2010: 6% resistente a ciprofloxacina
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Resistência
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
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Tratamento
MS em MANUAL DE CONTROLE DAS DSTs -2006
 Cervicite
Tratamento
MS em MANUAL DE CONTROLE DAS DSTs -2006
 DIP- Tratamento Ambulatorial:
Resumindo Antibióticos
 Neisseria Gonorrhoeae
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OU
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Alternativo: Dose única de cefalosporina injetável
TRATAMENTO CONCOMITANTE PARA CLAMÍDIA
Resumindo Antibióticos
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Ou
DOXICICLINA 100mg VO,
12/12h por 7 dias
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ESTEARATO DE ERITROMICINA 500mg VO 6/6h por 7 dias
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Ou
LEVOFLOXACINO 500mg VO 12/12h por 7 dias
Tratamento
 Chlamydia trachomatis
GESTANTE
Recomendado:
AZITROMICINA 1g VO, DU
Ou
AMOXICILINA 500mg VO,
8/8h por 7 dias
Repetir teste diagnóstico 3 semanas após tratamento
Tratamento

Tratar parceiros sexuais

Mulheres diagnosticadas com gonorréia ou clamídia
devem ser retestadas 3-6 meses após tratamento- alto
índice de REINFECÇÃO

Oferecer teste para HIV e Sífilis

Persistência dos sintomas (gonorréia)= CULTURA

DIU?
•
MS recomenda remoção após 6hs do início de
antibiótico
•
CDC- não há evidências que suportem a remoção
do dispositivo.
Perspetivas futuras
Bibliografia
1)Centers for Disease Control and Prevention. National prevention information network: STD treatment
guidlines. http://www.cdcnpin.org/scripts/std.asp. Updated 2010.
2)Clark, I. N. (2011), Evolution of Chlamydia trachomatis. Ann. N.Y. Acad. Sci. ISSN 007-8923
3)Mylonas, I. (2012). Female genital Chlamydia trachomatis infection: where are we heading?. Arch
Gynecol Obstet 285: 1271-1285.
4)Unemo, M. and Nicholas, R. A. (2012). Emergence of multidrug-resistant, extensively drug-resistant and
untreatable gonorrhea. Future Microbiol. 7(12). 1401-1422.
5)Sweet, L. R (2011). Review Article: Treatment of Acute Pelvic Inflammatory Disease. Infec. Diseases in
Obstet and Gynec. ID 561909. 13 pages.
6)Brunhan, R. C. and Rappuoli, R. (2013). Chlamydia trachomatis control requires a vaccine. Vaccine 31.
1892-1897.
7)Centers for Disease Control and Prevention. National prevention information network:Screening Tests
To Detect Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae Infections, 2002.
http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/rr/rr5115.pdf

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  • 2. Introdução  Neisseria gonorrhoeae  Diplococos Gram-negativos Fonte: Nat Immunol. 2002 3:229-236.
  • 3. Introdução  Chlamydia trachomatis  Bacilo Gram negativo  Intracelular obrigatório  D a K= infecções geniturinárias  Novo sorotipo E (Suécia)  DST bacteriana mais comum no mundo ( 90 milhões de novos casos/ano)
  • 6. Fatores de Risco  SEXO DESPROTEGIDO  Idade < 25 anos  Início precoce da atividade sexual  Múltiplos parceiros sexuais  Estado socioeconômico  Tabagismo/ etilismo/ drogas  História prévia de DST  ACO (proteção x risco)  Ectopia cervical (Clamídia)
  • 7. Apresentações clínicas  Neisseiria gonorrhoeae  Uretrite gonocócica  Cervicite  Gonorréia anorretal  Gonorréia faríngea  Gonorréia ocular  Artrite gonocócica  DIP
  • 8. Apresentações clínicas  Chamydia trachomatis  Uretrite não gonocócica  Epididimite  Cervicite mucopurulenta  Síndrome uretral aguda em mulheres  Doença inflamatória pélvica (DIP)  Proctite aguda  Artrite reativa (Sd. de Reiter)  Linfogranuloma venéreo
  • 9. Apresentações clínicas  Cervicite  Maioria é assintomática  Sintomas inespecificos:  Disúria  Dispareunia  Sangramento pós coito  Corrimento
  • 10. Apresentações clínicas  Cervicite  Secreção purulenta ou mucopurulenta endocervical no exame especular  Friabilidade do colo após manipulação leve  Presença de abundantes PMN em esfregaço e coloração de Gram  Obs: diplococos gram - tem alta especificidade porém sensibilidade ≤ 50%.
  • 11. Apresentações clínicas  Doença Inflamatória Pélvica (DIP)  Etiologia: Fonte: Sweet,R. L. (2011) Treatment or Acute Pelvic Inflammatrory Disease in Infectious Diseases in Obstetrics and Gynecology, Article ID 561909, 13 pages doi:10.1155/2011/561909
  • 12. Apresentações clínicas  Doença Inflamatória Pélvica (DIP)  Infecção do trato genital superior – Endometrite – Salpingite – Abscesso tuboovariano – Peritonite • Ascensão e disseminação de microrganismos provenientes da vagina/endocérvice – menstruação?
  • 13. Apresentações clínicas  Doença Inflamatória Pélvica (DIP)  Quadro clínico: – Assintomáticas – Descarga cervical purulenta – Dor pélvica ou abdominal baixa – Febre (30-40%) – Sangramento uterino anormal – Dispareunia – Sintomas urinários
  • 14. Apresentações clínicas  Doença Inflamatória Pélvica (DIP)  Exame físico: – Mucopus cervical – Dor à mobilização do colo – Dor à palpação abdominal – Descompressão dolorosa – Massa palpável em fossas ilíacas – Dor em hipocôndrio direito
  • 16. Apresentações clínicas  Doença Inflamatória Pélvica (DIP)  Sequelas Fonte: Mylonas, I. Female genital Chlamydia trachomatis infection: where are we heading?(2012) Arch Gynecol Obstet 285:1271–1285 DOI 10.1007/s00404-012-2240-7
  • 17. Apresentações clínicas  Doença Inflamatória Pélvica (DIP)  Sequelas Fonte: Mylonas, I. Female genital Chlamydia trachomatis infection: where are we heading?(2012) Arch Gynecol Obstet 285:1271–1285 DOI 10.1007/s00404-012-2240-7
  • 18. Diagnóstico  Rastreio anual de TODAS as mulheres sexualmente ativas ≤ 25 anos ou com fatores de risco
  • 19. Diagnóstico  Clínica – teste do cotonete  Exame a fresco (exclui tricomoníase)
  • 20. Diagnóstico Métodos de rastreio: Kits NAATs ou NATs (Testes de amplificação de ácido nucleico) Captura hibrida ELISA Imunoensaio enzimático (EIA) Imunofluorescência direta (DFA)
  • 22. Diagnóstico Thayer-Martin: Neisseria gonorrhoeae Cultura em células de Mc Coy : Chlamydia trachomatis Cultura Thayer-Martin modificado McCoy
  • 23. Diagnóstico  Point of Care Tests:  Testes rápidos para Chlamydia  Gram para Neisseria
  • 24. Resistência UFRJ- CCS: 2006-2010: 6% resistente a ciprofloxacina 2010-2013: 15% resistente a ciprofloxacina
  • 25. Resistência  Nova variante Sueca (nvCT)- 2006  Resistência a macrolídeos e tetraciclina
  • 26. Tratamento MS em MANUAL DE CONTROLE DAS DSTs -2006  Cervicite
  • 27. Tratamento MS em MANUAL DE CONTROLE DAS DSTs -2006  DIP- Tratamento Ambulatorial:
  • 28. Resumindo Antibióticos  Neisseria Gonorrhoeae Recomendado: CEFTRIAXONE 250mg IM, DU OU CEFIXIMA 400mg VO, DU Alternativo: Dose única de cefalosporina injetável TRATAMENTO CONCOMITANTE PARA CLAMÍDIA
  • 29. Resumindo Antibióticos  Chlamydia trachomatis Recomendado: AZITROMICINA 1g VO, DU Ou DOXICICLINA 100mg VO, 12/12h por 7 dias Alternativo: ESTEARATO DE ERITROMICINA 500mg VO 6/6h por 7 dias Ou ETINILSUCCINATO DE ERITROMICINA 800mg VO 6/6h por 7 dias Ou OFLOXACINO 300mg VO 12/12h por 7 dias Ou LEVOFLOXACINO 500mg VO 12/12h por 7 dias
  • 30. Tratamento  Chlamydia trachomatis GESTANTE Recomendado: AZITROMICINA 1g VO, DU Ou AMOXICILINA 500mg VO, 8/8h por 7 dias Repetir teste diagnóstico 3 semanas após tratamento
  • 31. Tratamento  Tratar parceiros sexuais  Mulheres diagnosticadas com gonorréia ou clamídia devem ser retestadas 3-6 meses após tratamento- alto índice de REINFECÇÃO  Oferecer teste para HIV e Sífilis  Persistência dos sintomas (gonorréia)= CULTURA  DIU? • MS recomenda remoção após 6hs do início de antibiótico • CDC- não há evidências que suportem a remoção do dispositivo.
  • 33. Bibliografia 1)Centers for Disease Control and Prevention. National prevention information network: STD treatment guidlines. http://www.cdcnpin.org/scripts/std.asp. Updated 2010. 2)Clark, I. N. (2011), Evolution of Chlamydia trachomatis. Ann. N.Y. Acad. Sci. ISSN 007-8923 3)Mylonas, I. (2012). Female genital Chlamydia trachomatis infection: where are we heading?. Arch Gynecol Obstet 285: 1271-1285. 4)Unemo, M. and Nicholas, R. A. (2012). Emergence of multidrug-resistant, extensively drug-resistant and untreatable gonorrhea. Future Microbiol. 7(12). 1401-1422. 5)Sweet, L. R (2011). Review Article: Treatment of Acute Pelvic Inflammatory Disease. Infec. Diseases in Obstet and Gynec. ID 561909. 13 pages. 6)Brunhan, R. C. and Rappuoli, R. (2013). Chlamydia trachomatis control requires a vaccine. Vaccine 31. 1892-1897. 7)Centers for Disease Control and Prevention. National prevention information network:Screening Tests To Detect Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae Infections, 2002. http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/rr/rr5115.pdf