SlideShare uma empresa Scribd logo
Morfofisiologia Comparada 1
Sangue
Unidade 2: Oxigênio
Prof. Caio Maximino
Pigmentos respiratórios
transportam O2
● O O2
pode estar presente no sangue de 2 formas: dissolvido, como gás livre, ou
ligado a uma proteína ou pigmento respiratório:
1)Hemoglobinas (Hb), que apresentam uma porção globina e um grupamento prostético heme,
que contém ferro
● Intracelulares
●
Normalmente consistem em duas ou mais subunidades (mamíferos = tetrâmeros)
●
Presentes em vertebrados, anelídeos, alguns moluscos, e crustáceos
●
Vermelha quando oxigenada, azul quando desoxigenada
2)Hemocianas (Hc), que usam cobre ligado diretamente a cadeias laterais de AAs para ligar O2
●
Extracelulares
●
Artrópodes apresentam hexâmeros (muitos podem ligar-se entre si), anelídeos e moluscos apresentam decâmeros (muitos
podem ligar-se entre si)
●
Azul quando oxigenada, sem cor quando desoxigenada
3)Hemeritrina, que usam ferro (mas não no grupo heme) para ligar O2
●
Intracelulares
● Alguns invertebrados marinhos (sipuncúlidos, priapúlidos, braquiópodos, e anelídeos do gênero Magelona)
4)Clorocruorina e eritrocruorina, que usam grupo heme para ligar O2
● Extracelulares
●
Alguns anelídeos
A mioglobina muscular
● Monômero que armazena O2
no músculo de vertebrados
– Fibras esqueléticas Tipo I e músculo cardíaco
● Como a contração desses músculos diminui o fluxo sanguíneo,
a Mb pode liberar O2
para compensar
● Uma hipótese é que a Mb também representa uma via
alternativa à difusão, captando O2
próximo à membrana celular
(onde o PO2
é mais alto) e transportando-o até as mitocôndrias
A importância dos
pigmentos respiratórios
● A quantidade de O2
dissolvida no sangue de um mamífero é
diretamente proporcional à PO2
do sangue
– Considerando PO2
arterial normal de 100 mmHg e temperatura corporal
de 37 ºC, somente 3 mL de O2
podem se dissolver em 1 L de sangue
– Em seres humanos, somente 15 mL de O2
/min podem ser dissolvidos
no fluxo pulmonar normal de 5 L/min
● Mesmo em condições de repouso, as células humanas
consomem 250 mL O2
/min, e esse consumo pode crescer até 25
x em atividade estenuante
Hemoglobina e grupamento heme
Sherwood et al., 2011
Um exemplo extremo: O peixe-gelo
da Antártida
● Baixa taxa metabólica, estilo de vida “moroso”
● Não apresentam eritrócitos e hemoglobina
●
O sangue é amarelado transparente, as brânquias são
creme pálido e a carne é extremamente branca.
● PO2
arterial alto (110 mmHg), devido à maior
concentração de O2
em águas geladas
● Débito cardíaco alto, coração grande, volume
sanguíneo grande, resistência periférica pequena
● 40% do O2
captado pela pele
Peixe-gelo da espécie Chionodraco hamatus
(Lönnberg,1905) -
http://en.wikipedia.org/wiki/Channichthyidae
Fatores que mudam a concentração
de Hb no plasma
1) Mudanças sazonais: [Hb] aumenta conforme a temperatura diminui
2) Atividade locomotora: Em alguns animais (p. ex., cavalos, mamíferos
que mergulham, peixes), a atividade locomotora estimula a liberação de
eritrócitos do baço, e a atividade aeróbica prolongada induz estimulação
hormonal (eritropoietina)
3) Altitude: Exposição prolongada a altas altitudes e/ou baixas [O2
]
ambientais pode induzir eritropoietina
4) Estresse e doenças: O cortisol e citocinas imunes podem induzir
anemia
A função da Hb
● Todos os gnatostomados apresentam Hb tetramérica;
cada um dos 4 átomos de ferro liga-se reversivelmente a
1 molécula de O2
● Quando não está ligada ao O2
, a Hb é referida como
reduzida (ou desoxi-Hb); quando liga-se (liberando
prótons), é chamada oxi-Hb (HbO2
)
HbH4
+
+ 4O2
↔4Hb(O2
) + 4H+
Desoxihemoglobina Oxihemoglobina
A saturação da Hb é
determinada pela PO2
● A Hb tetramérica é considerada completamente saturada quando toda
a Hb presente está carregando sua carga máxima (4 O2
s/Hb)
● O fator mais importante na determinação da saturação é a PO2
do
sangue
– A lei da ação das massas determina que, quando a PO2
do sangue é
aumentada (p. ex., como nos capilares pulmonares), a reação vai na direção
da formação de HbO2
– Quando a PO2
é diminuída (p. ex., como nos capilares sistêmicos), a reação vai
na direção da formação de HbH4
+
(e, portanto, da liberação de O2
)
Cooperatividade entre as sub-
unidades da Hb
● Diferente da maioria das
proteínas, que apresentam
curva de ligação hiperbólica, a
Hb apresenta curva de
dissociação O2
-Hb senóide
● Isso ocorre porque a Hb
tetramérica apresenta
alosterismo positivo
Sherwood et al., 2011
Mudanças evolutivas da afinidade
Animal Habitat; Tamanho corporal P50
Hb (mmHg)
Elefante africano Baixa altitude; 5.000 kg 20
Humano Baixa altitude; 70 kg 27
Cervo Sika Baixa altitude; 40 kg 28
Vicunha 3.500 – 5.000 m; 40 kg 21
Roedores (ratos, mussaranhos,
&c)
Baixa altitude; 0,005 – 0,8 kg 36+
Chichilla de rabo longo Até 3.000 m; 0,55 kg 27
Chinchilla de rabo curto 3.000 – 5.000 m; 0,5 kg 23
Toupeira européia Subterrâneo; 0,05 kg 21
Ganso-bravo Baixa altitude; 3,5 kg 39,5
Ganso andino 4 – 6.000 m; 3 kg 34
Ganso-cabeça-listrada
(Himalaia)
9.000 m; 3 kg 30
Sherwood et al., 2011
Fatores que influenciam a afinidade
Sherwood et al., 2011
Efeitos Bohr e Root
● Efeito Bohr: Tanto o CO2
quanto H+
podem se ligar à
Hb, em sítios alostéricos, resultando em alteração
conformacional e reduzindo a afinidade pelo O2
– A magnitude desse efeito depende do tamanho corporal;
pequenos mamíferos com alta taxa metabólica são mais
sensíveis, e a acidez ajuda a levar O2
para os tecidos
– Em peixes, o efeito Bohr resulta do aumento de H+
, mas não
CO2
● Efeito Root: A ligação do H+
reduz a capacidade total
de carrear O2
ao se ligar a isoformas específicas da Hb
– Importante para estabelecer o PO2
elevado das bexigas de
gás
– Pode ter um papel importante durante períodos de acúmulo
de lactato associado à atividade estenuante
Sherwood et al., 2011
O efeito da temperatura
● Diminui a afinidade da Hb por O2
, deslocando a curva de dissociação para a
direita → promove a liberação de mais O2
para uma dada PO2
– Particularmente importante para ectotermos, porque muitos deles passam rotineiramente
por aumentos na temperatura corporal e, portanto, da taxa metabólica
– O aumento da demanda de O2
em temperaturas mais altas pode ser compensado pelo
aumento na liberação de O2
– Em endotermos, o aumento de temperatura causado pela atividade muscular (ou de
outras células em metabolismo ativo) também aumenta a liberação de O2
● Kevin Campbell: clonagem do gene de uma Hb de mamute produziu proteína
que não é afetada pela temperatura, sugerindo um mecanismo que permite a
liberação de O2
nas extremidades (que provavelmente eram muito frias)
Efeito dos fosfatos orgânicos
●
Produtos do metabolismo nos eritrócitos
– 2,3-difosfoglicerato (2,3-DPG) na maioria dos mamíferos
– Inositol pentafosfato (IPP) em aves
– Trifosfatos de nucleosídeos (ATP em salmonídeos, tubarões, e arraias; GTP em enguias e ciprinídeos)
● Ligam-se reversivelmente à Hb, reduzindo sua afinidade por O2
– ≠ dos outros mecanismos, esse mecanismo está presente por todo o sistema circulatório
– Assim, os fosfatos orgânicos também podem aumentar a liberação de O2
no nível pulmonar
● Para favorecer a carga de O2
nos órgãos respiratórios, os peixes diminuem os nucleosídeos
em resposta à hipóxia crônica
●
Mamíferos que evoluíram em altas atitudes tem menos DPG do que espécies que evoluíram
no nível do mar
Efeito Root e o preenchimento das
bexigas de gás
● Para manter a flutuabilidade, a bexiga natatória deve ser capaz de
variar a quantidade total de gás
– Se a bexiga contivesse sempre a mesma quantidade de gás, afundaria em
maiores profundidades (bexiga comprimida pela maior pressão) e fluturia
em menores profundidades (bexiga espandida pela menor pressão)
● Essa capacidade surge de 3 fatores:
1) Uma glândula de gás na parede da bexiga que opera anaerobicamente
secretando lactato no sangue, diminuindo o pH
2) Um sistema de suprimento de sangue (rete mirabile) que perfunde a
glângula, e está arranjado de maneira contra-corrente
3) Hb exibindo efeito Root
Efeito Root e o preenchimento das
bexigas de gás
● O processo de inflar a bexiga é um processo
ativo, que ocorre contra o gradiente de pressão
da bexiga
1) O sangue que chega na bexiga transporta gás com
uma pressão igual ao da água que passa pelas
guelras; a maior parte do O2
, no entanto, estará na
forma de HbO2
2) A glândula de gás secreta lactato nos capilares,
iniciando a liberação de O2
das isoformas sensíveis
ao pH (efeitos Bohr e Root); a PO2
cresce, mas ainda
está equilibrada com a da bexiga natatória
3) Como há fluxo contra-corrente com os capilares
venosos, o gás se difunde deste para os capilares
arteriais, sobrepujando a PO2
da bexiga
● O esvaziamento da bexiga é um processo
passivo que depende da diminuição da atividade
da glândula
Sherwood et al., 2011
O CO2
é transportado
principalmente como bicarbonato
Sherwood et al., 2011
O CO2
é transportado
principalmente como bicarbonato
● Em mamíferos, cerca de 60%-70% do CO2
é transportado como bicarbonato
● Em peixes, como os resíduos NH2
da Hb são acetilados para não se ligar ao
CO2
, cerca de 90%-95% do CO2
é transportado como bicarbonato
● Sem anidrase carbônica (reação lenta):
CO2
+ H2
O ↔ H2
CO3
↔H+
+ HCO3
−
●
Com anidrase carbônica:
CO2
+ OH-
↔ HCO3
-
– Essa reação gera um H+
, porque consome o OH-
da ionização da água
Desvio/fuga de cloreto
● Conforme a reação avança, HCO3
-
e H+
acumulam nos eritrócitos de
capilares sistêmicos
● A membrana do eritrócito expressa um carreador antiporte de HCO3
-
/Cl-
,
que facilita a difusão em direções diferentes
● Assim, o HCO3
-
pode ser transportado para as guelras ou pulmões
● Como o HCO3
-
é um ânion, o movimento dos íons Cl-
para dentro dos
eritrócitos (contra o gradiente elétrico gerado pelo movimento do HCO3
-
)
restaura a eletroneutralidade
Efeito Haldane
● A desoxi-Hb tem mais afinidade por CO2
e H+
do que a HbO2
● Portanto, a liberação de O2
da Hb nos capilares dos tecidos facilita a
captação de CO2
e H+
● Esse Efeito Haldane, em sincronia com o Efeito Bohr, facilita a troca de gás:
– Aumento do CO2
e H+
levam ao aumento da liberação de O2
(efeito Bohr)
– O O2
liberado levam ao aumento da captação de CO2
e H+
pela Hb (efeito Haldane)
Anormalidades de PO2
arterial
● Hipóxia hipóxica: PO2
arterial baixo acompanhado de saturação inadequada. Causas:
– Troca gasosa inadequada (PO2
normal nos alvéolos ou guelras, mas redução no PO2
arterial)
– Exposição a ambiente com PO2
ambiental baixo
● Hipóxia anêmica: Diminuição na capacidade de transportar O2
pelo sangue. Causas:
– Redução de eritrócitos circulantes
– Baixa [Hb]
– Envenenamento de CO
● Hipóxia circulatória: Diminiuição do sangue oxigenado que chega nos tecidos. Causas:
– Bloqueio local (p. ex., espasmo vascular, trombo)
– Insuficiência cardíaca congestiva, choque circulatório
● Hipóxia histotóxica: O fluxo de O2
para os tecidos é normal, mas estes não podem usar o O2
disponível (p. ex.,envenenamento por cianeto)
Respostas organísmicas de
aclimatação à hipóxia
https://elifesciences.org/articles/27467
Respostas intracelulares de
aclimatação à hipóxia
● Efeitos (vertebrados):
– Aumento da eritropoiese
– Síntese de transportadores de glicose
– Síntese de enzimas de glicólise anaeróbica
– Síntese de uma isoforma da citocromo c oxidase mais eficiente no uso do O2
– Angiogênese
Hill et al., 2012

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínica
Arquivo-FClinico
 
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularFisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Herbert Santana
 
Aula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômeAula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdôme
dapab
 
Cópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxCópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tórax
Jucie Vasconcelos
 
Fisiologia muscular
Fisiologia muscularFisiologia muscular
Fisiologia muscular
Paulo José Dias Costa
 
Fígado margarida
Fígado margaridaFígado margarida
Fígado margarida
Margarida Fernandes
 
Interpretação de curvas e loops em ventilação mecânica
Interpretação de curvas e loops em ventilação mecânicaInterpretação de curvas e loops em ventilação mecânica
Interpretação de curvas e loops em ventilação mecânica
IAPES - Instituto Amazonense de Aprimoramento e Ensino em Saúde
 
Exame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e PescoçoExame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e Pescoço
Paulo Alambert
 
Sistema arterial da cabeça e do pescoço
Sistema arterial da cabeça e do pescoçoSistema arterial da cabeça e do pescoço
Sistema arterial da cabeça e do pescoço
Dr.João Calais.:
 
Fisiologia vascular
Fisiologia vascularFisiologia vascular
Fisiologia vascular
LAC
 
Aula 03 radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulna
Aula 03   radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulnaAula 03   radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulna
Aula 03 radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulna
Hamilton Nobrega
 
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia HumanaFisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Herbert Santana
 
Síndrome piramidal
Síndrome piramidalSíndrome piramidal
Síndrome piramidal
Dr. Rafael Higashi
 
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônioFisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Pedro Miguel
 
Gasometria Arterial
Gasometria ArterialGasometria Arterial
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema EndócrinoFisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Herbert Santana
 
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatriaVentilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Fábio Falcão
 
Aula 04 de fisiologia ventilação-perfusão
Aula 04 de fisiologia   ventilação-perfusãoAula 04 de fisiologia   ventilação-perfusão
Aula 04 de fisiologia ventilação-perfusão
Flávia Salame
 
Quarta à oitava semana
Quarta à oitava semanaQuarta à oitava semana
Quarta à oitava semana
João Monteiro
 
Sistema Respiratório
Sistema Respiratório Sistema Respiratório
Sistema Respiratório
Ana Carolina
 

Mais procurados (20)

Cristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínicaCristalóides e colóides na prática clínica
Cristalóides e colóides na prática clínica
 
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema CardiovascularFisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
Fisiologia Humana 5 - Sistema Cardiovascular
 
Aula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômeAula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdôme
 
Cópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tóraxCópia de semiologia do tórax
Cópia de semiologia do tórax
 
Fisiologia muscular
Fisiologia muscularFisiologia muscular
Fisiologia muscular
 
Fígado margarida
Fígado margaridaFígado margarida
Fígado margarida
 
Interpretação de curvas e loops em ventilação mecânica
Interpretação de curvas e loops em ventilação mecânicaInterpretação de curvas e loops em ventilação mecânica
Interpretação de curvas e loops em ventilação mecânica
 
Exame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e PescoçoExame Físico Cabeça e Pescoço
Exame Físico Cabeça e Pescoço
 
Sistema arterial da cabeça e do pescoço
Sistema arterial da cabeça e do pescoçoSistema arterial da cabeça e do pescoço
Sistema arterial da cabeça e do pescoço
 
Fisiologia vascular
Fisiologia vascularFisiologia vascular
Fisiologia vascular
 
Aula 03 radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulna
Aula 03   radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulnaAula 03   radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulna
Aula 03 radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - radio e ulna
 
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia HumanaFisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
Fisiologia Humana 1 - Introdução à Fisiologia Humana
 
Síndrome piramidal
Síndrome piramidalSíndrome piramidal
Síndrome piramidal
 
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônioFisiologia - Potencial de Ação no neurônio
Fisiologia - Potencial de Ação no neurônio
 
Gasometria Arterial
Gasometria ArterialGasometria Arterial
Gasometria Arterial
 
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema EndócrinoFisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
Fisiologia Humana 8 - Sistema Endócrino
 
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatriaVentilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
 
Aula 04 de fisiologia ventilação-perfusão
Aula 04 de fisiologia   ventilação-perfusãoAula 04 de fisiologia   ventilação-perfusão
Aula 04 de fisiologia ventilação-perfusão
 
Quarta à oitava semana
Quarta à oitava semanaQuarta à oitava semana
Quarta à oitava semana
 
Sistema Respiratório
Sistema Respiratório Sistema Respiratório
Sistema Respiratório
 

Semelhante a Sangue

Fisiologia respiratória- transporte de Gás
Fisiologia respiratória- transporte de GásFisiologia respiratória- transporte de Gás
Fisiologia respiratória- transporte de Gás
Flávia Salame
 
pH e Sangue.ppt
pH e Sangue.pptpH e Sangue.ppt
pH e Sangue.ppt
Rogério Pietro
 
fisiologia do Sistema respiratório MED VET
fisiologia do Sistema respiratório MED VETfisiologia do Sistema respiratório MED VET
fisiologia do Sistema respiratório MED VET
Camila Lourenço
 
M4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdf
M4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdfM4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdf
M4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdf
ThalitaRosalen2
 
Equilíbrio ácido
Equilíbrio ácidoEquilíbrio ácido
Equilíbrio ácido
Claudio Poeta
 
Distúrbios do Equílibrio Ácido-Base
Distúrbios do Equílibrio Ácido-BaseDistúrbios do Equílibrio Ácido-Base
Distúrbios do Equílibrio Ácido-Base
Hugo Fialho
 
Eab e fluidoterapia
Eab e fluidoterapiaEab e fluidoterapia
áGua tampões
áGua tampõesáGua tampões
áGua tampões
Rondinelly Rodrigues
 
Equilíbrio ácido base tampão
Equilíbrio ácido base   tampãoEquilíbrio ácido base   tampão
Equilíbrio ácido base tampão
Tinin Winchester
 
Controle (e descontrole) do pH sanguíneo
Controle (e descontrole) do pH sanguíneoControle (e descontrole) do pH sanguíneo
Controle (e descontrole) do pH sanguíneo
Fabio Magalhães
 
SLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptx
SLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptxSLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptx
SLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptx
GomesLeal1
 
Problemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no ar
Problemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no arProblemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no ar
Problemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no ar
Caio Maximino
 
Fisiologia - Sistema Respiratório 3
Fisiologia - Sistema Respiratório 3Fisiologia - Sistema Respiratório 3
Fisiologia - Sistema Respiratório 3
Pedro Miguel
 
Questionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renalQuestionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renal
Vanessa Cunha
 
18 regul osmolaridade
18 regul osmolaridade18 regul osmolaridade
18 regul osmolaridade
Ana Karoline Costa
 
Aula completa sobre Água, Ácidos, Bases e Tampões
Aula completa sobre Água, Ácidos, Bases e TampõesAula completa sobre Água, Ácidos, Bases e Tampões
Aula completa sobre Água, Ácidos, Bases e Tampões
antoniohenriquedesou2
 
Aula Ê deus quimica equilibrio
Aula Ê deus quimica equilibrio Aula Ê deus quimica equilibrio
Aula Ê deus quimica equilibrio
fernando lucas
 
Aula _ Água_bioquimica.ppt
Aula _ Água_bioquimica.pptAula _ Água_bioquimica.ppt
Aula _ Água_bioquimica.ppt
Tiago dos Reis Almeida
 
EqbEquilibrio acido base
EqbEquilibrio acido baseEqbEquilibrio acido base
EqbEquilibrio acido base
alexandrefigdo
 
Simp 6 equilibrio_acido_base
Simp 6 equilibrio_acido_baseSimp 6 equilibrio_acido_base
Simp 6 equilibrio_acido_base
rasg75
 

Semelhante a Sangue (20)

Fisiologia respiratória- transporte de Gás
Fisiologia respiratória- transporte de GásFisiologia respiratória- transporte de Gás
Fisiologia respiratória- transporte de Gás
 
pH e Sangue.ppt
pH e Sangue.pptpH e Sangue.ppt
pH e Sangue.ppt
 
fisiologia do Sistema respiratório MED VET
fisiologia do Sistema respiratório MED VETfisiologia do Sistema respiratório MED VET
fisiologia do Sistema respiratório MED VET
 
M4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdf
M4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdfM4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdf
M4-SLIDES-pH e Tampões-2022-versão resumida.ppt.pdf
 
Equilíbrio ácido
Equilíbrio ácidoEquilíbrio ácido
Equilíbrio ácido
 
Distúrbios do Equílibrio Ácido-Base
Distúrbios do Equílibrio Ácido-BaseDistúrbios do Equílibrio Ácido-Base
Distúrbios do Equílibrio Ácido-Base
 
Eab e fluidoterapia
Eab e fluidoterapiaEab e fluidoterapia
Eab e fluidoterapia
 
áGua tampões
áGua tampõesáGua tampões
áGua tampões
 
Equilíbrio ácido base tampão
Equilíbrio ácido base   tampãoEquilíbrio ácido base   tampão
Equilíbrio ácido base tampão
 
Controle (e descontrole) do pH sanguíneo
Controle (e descontrole) do pH sanguíneoControle (e descontrole) do pH sanguíneo
Controle (e descontrole) do pH sanguíneo
 
SLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptx
SLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptxSLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptx
SLIDE O EQUILÍBRIO QUÍMICO E A HEMOGLOBINA FETAL 1.pptx
 
Problemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no ar
Problemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no arProblemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no ar
Problemas gerais da respiração / Respiração na água / Respiração no ar
 
Fisiologia - Sistema Respiratório 3
Fisiologia - Sistema Respiratório 3Fisiologia - Sistema Respiratório 3
Fisiologia - Sistema Respiratório 3
 
Questionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renalQuestionario de fisiologia renal
Questionario de fisiologia renal
 
18 regul osmolaridade
18 regul osmolaridade18 regul osmolaridade
18 regul osmolaridade
 
Aula completa sobre Água, Ácidos, Bases e Tampões
Aula completa sobre Água, Ácidos, Bases e TampõesAula completa sobre Água, Ácidos, Bases e Tampões
Aula completa sobre Água, Ácidos, Bases e Tampões
 
Aula Ê deus quimica equilibrio
Aula Ê deus quimica equilibrio Aula Ê deus quimica equilibrio
Aula Ê deus quimica equilibrio
 
Aula _ Água_bioquimica.ppt
Aula _ Água_bioquimica.pptAula _ Água_bioquimica.ppt
Aula _ Água_bioquimica.ppt
 
EqbEquilibrio acido base
EqbEquilibrio acido baseEqbEquilibrio acido base
EqbEquilibrio acido base
 
Simp 6 equilibrio_acido_base
Simp 6 equilibrio_acido_baseSimp 6 equilibrio_acido_base
Simp 6 equilibrio_acido_base
 

Mais de Caio Maximino

Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraPapel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Caio Maximino
 
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoEfectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Caio Maximino
 
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasImpacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Caio Maximino
 
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosEl pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
Caio Maximino
 
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Caio Maximino
 
A cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoA cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquico
Caio Maximino
 
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneHuman physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Caio Maximino
 
Vertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeVertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under change
Caio Maximino
 
The nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachThe nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approach
Caio Maximino
 
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeO monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
Caio Maximino
 
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaPor um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Caio Maximino
 
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Caio Maximino
 
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoMétodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Caio Maximino
 
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciênciaAula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Caio Maximino
 
Inferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisInferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentais
Caio Maximino
 
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoAprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Caio Maximino
 
A importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalA importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mental
Caio Maximino
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimento
Caio Maximino
 
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaEvidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Caio Maximino
 
Transtornos alimentares
Transtornos alimentaresTranstornos alimentares
Transtornos alimentares
Caio Maximino
 

Mais de Caio Maximino (20)

Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebraPapel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
Papel de receptores 5-HT2CL en la socialidad del pez cebra
 
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipoEfectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
Efectos de fluoxetina sobre la agresión del pez cebra dependiente del fenotipo
 
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurocienciasImpacto del pez cebra en biología y neurociencias
Impacto del pez cebra en biología y neurociencias
 
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacosEl pez cebra en el estudio de psicofarmacos
El pez cebra en el estudio de psicofarmacos
 
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
Minicurso "Primeiros socorros: Em caso de ataque de pânico"
 
A cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquicoA cerebralização do sofrimento psíquico
A cerebralização do sofrimento psíquico
 
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitaloceneHuman physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
Human physiological response in perspective: Focus on the capitalocene
 
Vertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under changeVertebrate stress mechanisms under change
Vertebrate stress mechanisms under change
 
The nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approachThe nervous system: an evolutionary approach
The nervous system: an evolutionary approach
 
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividadeO monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
O monstruoso do capital: Ansiedades culturais e subjetividade
 
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaPor um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência crítica
 
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
Genética dos transtornos mentais: Cultura, genética e epigenética em uma pers...
 
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensinoMétodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
Métodos quantitativos na pesquisa em educação e ensino
 
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciênciaAula 2: Um pouco de filosofia da ciência
Aula 2: Um pouco de filosofia da ciência
 
Inferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentaisInferência estatística nas ciências experimentais
Inferência estatística nas ciências experimentais
 
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remotoAprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
Aprendizagem baseada em problemas: Adaptações ao ensino remoto
 
A importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mentalA importância das práticas corporais para a saúde mental
A importância das práticas corporais para a saúde mental
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimento
 
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapiaEvidências científicas de eficácia em farmacoterapia
Evidências científicas de eficácia em farmacoterapia
 
Transtornos alimentares
Transtornos alimentaresTranstornos alimentares
Transtornos alimentares
 

Último

UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdf
UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdfUFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdf
UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdf
Manuais Formação
 
-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt
-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt
-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt
fagnerlopes11
 
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....pptA Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
WilianeBarbosa2
 
Aula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdf
Aula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdfAula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdf
Aula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdf
Marília Pacheco
 
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
JoanaFigueira11
 
planejamento maternal 2 atualizado.pdf e
planejamento maternal 2 atualizado.pdf eplanejamento maternal 2 atualizado.pdf e
planejamento maternal 2 atualizado.pdf e
HelenStefany
 
FUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.ppt
FUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.pptFUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.ppt
FUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.ppt
MarceloMonteiro213738
 
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
MatheusSousa716350
 
Apostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdf
Apostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdfApostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdf
Apostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdf
bmgrama
 
A importância das conjunções- Ensino Médio
A importância das conjunções- Ensino MédioA importância das conjunções- Ensino Médio
A importância das conjunções- Ensino Médio
nunesly
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Zenir Carmen Bez Trombeta
 
UFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdf
UFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdfUFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdf
UFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdf
Manuais Formação
 
Atividade Bio evolução e especiação .docx
Atividade Bio evolução e especiação .docxAtividade Bio evolução e especiação .docx
Atividade Bio evolução e especiação .docx
MARCELARUBIAGAVA
 
Aula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdf
Aula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdfAula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdf
Aula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdf
AntonioAngeloNeves
 
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptxTudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
IACEMCASA
 
UFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdf
UFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdfUFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdf
UFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdf
Manuais Formação
 
Resumo de Química 10º ano Estudo exames nacionais
Resumo de Química 10º ano Estudo exames nacionaisResumo de Química 10º ano Estudo exames nacionais
Resumo de Química 10º ano Estudo exames nacionais
beatrizsilva525654
 
7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx
7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx
7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx
alphabarros2
 
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptxAtpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
joaresmonte3
 
O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4
O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4
O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4
DouglasMoraes54
 

Último (20)

UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdf
UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdfUFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdf
UFCD_6580_Cuidados na saúde a populações mais vulneráveis_índice.pdf
 
-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt
-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt
-Rudolf-Laban-e-a-teoria-do-movimento.ppt
 
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....pptA Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
 
Aula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdf
Aula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdfAula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdf
Aula Aberta_Avaliação Digital no ensino basico e secundário.pdf
 
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
 
planejamento maternal 2 atualizado.pdf e
planejamento maternal 2 atualizado.pdf eplanejamento maternal 2 atualizado.pdf e
planejamento maternal 2 atualizado.pdf e
 
FUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.ppt
FUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.pptFUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.ppt
FUNCAO EQUAÇÃO DO 2° GRAU SLIDES AULA 1.ppt
 
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
 
Apostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdf
Apostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdfApostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdf
Apostila-Microbiologia-e-Parasitologia-doc.pdf
 
A importância das conjunções- Ensino Médio
A importância das conjunções- Ensino MédioA importância das conjunções- Ensino Médio
A importância das conjunções- Ensino Médio
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
 
UFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdf
UFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdfUFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdf
UFCD_10789_Metodologias de desenvolvimento de software_índice.pdf
 
Atividade Bio evolução e especiação .docx
Atividade Bio evolução e especiação .docxAtividade Bio evolução e especiação .docx
Atividade Bio evolução e especiação .docx
 
Aula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdf
Aula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdfAula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdf
Aula 02 - Introducao a Algoritmos.pptx.pdf
 
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptxTudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
 
UFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdf
UFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdfUFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdf
UFCD_4667_Preparação e confeção de molhos e fundos de cozinha_índice.pdf
 
Resumo de Química 10º ano Estudo exames nacionais
Resumo de Química 10º ano Estudo exames nacionaisResumo de Química 10º ano Estudo exames nacionais
Resumo de Química 10º ano Estudo exames nacionais
 
7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx
7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx
7 ano - Rede e hierarquia urbana - Geografia - Alpha.pptx
 
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptxAtpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
 
O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4
O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4
O Profeta Jeremias - A Biografia de Jeremias.pptx4
 

Sangue

  • 1. Morfofisiologia Comparada 1 Sangue Unidade 2: Oxigênio Prof. Caio Maximino
  • 2. Pigmentos respiratórios transportam O2 ● O O2 pode estar presente no sangue de 2 formas: dissolvido, como gás livre, ou ligado a uma proteína ou pigmento respiratório: 1)Hemoglobinas (Hb), que apresentam uma porção globina e um grupamento prostético heme, que contém ferro ● Intracelulares ● Normalmente consistem em duas ou mais subunidades (mamíferos = tetrâmeros) ● Presentes em vertebrados, anelídeos, alguns moluscos, e crustáceos ● Vermelha quando oxigenada, azul quando desoxigenada 2)Hemocianas (Hc), que usam cobre ligado diretamente a cadeias laterais de AAs para ligar O2 ● Extracelulares ● Artrópodes apresentam hexâmeros (muitos podem ligar-se entre si), anelídeos e moluscos apresentam decâmeros (muitos podem ligar-se entre si) ● Azul quando oxigenada, sem cor quando desoxigenada 3)Hemeritrina, que usam ferro (mas não no grupo heme) para ligar O2 ● Intracelulares ● Alguns invertebrados marinhos (sipuncúlidos, priapúlidos, braquiópodos, e anelídeos do gênero Magelona) 4)Clorocruorina e eritrocruorina, que usam grupo heme para ligar O2 ● Extracelulares ● Alguns anelídeos
  • 3. A mioglobina muscular ● Monômero que armazena O2 no músculo de vertebrados – Fibras esqueléticas Tipo I e músculo cardíaco ● Como a contração desses músculos diminui o fluxo sanguíneo, a Mb pode liberar O2 para compensar ● Uma hipótese é que a Mb também representa uma via alternativa à difusão, captando O2 próximo à membrana celular (onde o PO2 é mais alto) e transportando-o até as mitocôndrias
  • 4. A importância dos pigmentos respiratórios ● A quantidade de O2 dissolvida no sangue de um mamífero é diretamente proporcional à PO2 do sangue – Considerando PO2 arterial normal de 100 mmHg e temperatura corporal de 37 ºC, somente 3 mL de O2 podem se dissolver em 1 L de sangue – Em seres humanos, somente 15 mL de O2 /min podem ser dissolvidos no fluxo pulmonar normal de 5 L/min ● Mesmo em condições de repouso, as células humanas consomem 250 mL O2 /min, e esse consumo pode crescer até 25 x em atividade estenuante
  • 5. Hemoglobina e grupamento heme Sherwood et al., 2011
  • 6. Um exemplo extremo: O peixe-gelo da Antártida ● Baixa taxa metabólica, estilo de vida “moroso” ● Não apresentam eritrócitos e hemoglobina ● O sangue é amarelado transparente, as brânquias são creme pálido e a carne é extremamente branca. ● PO2 arterial alto (110 mmHg), devido à maior concentração de O2 em águas geladas ● Débito cardíaco alto, coração grande, volume sanguíneo grande, resistência periférica pequena ● 40% do O2 captado pela pele Peixe-gelo da espécie Chionodraco hamatus (Lönnberg,1905) - http://en.wikipedia.org/wiki/Channichthyidae
  • 7. Fatores que mudam a concentração de Hb no plasma 1) Mudanças sazonais: [Hb] aumenta conforme a temperatura diminui 2) Atividade locomotora: Em alguns animais (p. ex., cavalos, mamíferos que mergulham, peixes), a atividade locomotora estimula a liberação de eritrócitos do baço, e a atividade aeróbica prolongada induz estimulação hormonal (eritropoietina) 3) Altitude: Exposição prolongada a altas altitudes e/ou baixas [O2 ] ambientais pode induzir eritropoietina 4) Estresse e doenças: O cortisol e citocinas imunes podem induzir anemia
  • 8. A função da Hb ● Todos os gnatostomados apresentam Hb tetramérica; cada um dos 4 átomos de ferro liga-se reversivelmente a 1 molécula de O2 ● Quando não está ligada ao O2 , a Hb é referida como reduzida (ou desoxi-Hb); quando liga-se (liberando prótons), é chamada oxi-Hb (HbO2 ) HbH4 + + 4O2 ↔4Hb(O2 ) + 4H+ Desoxihemoglobina Oxihemoglobina
  • 9. A saturação da Hb é determinada pela PO2 ● A Hb tetramérica é considerada completamente saturada quando toda a Hb presente está carregando sua carga máxima (4 O2 s/Hb) ● O fator mais importante na determinação da saturação é a PO2 do sangue – A lei da ação das massas determina que, quando a PO2 do sangue é aumentada (p. ex., como nos capilares pulmonares), a reação vai na direção da formação de HbO2 – Quando a PO2 é diminuída (p. ex., como nos capilares sistêmicos), a reação vai na direção da formação de HbH4 + (e, portanto, da liberação de O2 )
  • 10. Cooperatividade entre as sub- unidades da Hb ● Diferente da maioria das proteínas, que apresentam curva de ligação hiperbólica, a Hb apresenta curva de dissociação O2 -Hb senóide ● Isso ocorre porque a Hb tetramérica apresenta alosterismo positivo Sherwood et al., 2011
  • 11. Mudanças evolutivas da afinidade Animal Habitat; Tamanho corporal P50 Hb (mmHg) Elefante africano Baixa altitude; 5.000 kg 20 Humano Baixa altitude; 70 kg 27 Cervo Sika Baixa altitude; 40 kg 28 Vicunha 3.500 – 5.000 m; 40 kg 21 Roedores (ratos, mussaranhos, &c) Baixa altitude; 0,005 – 0,8 kg 36+ Chichilla de rabo longo Até 3.000 m; 0,55 kg 27 Chinchilla de rabo curto 3.000 – 5.000 m; 0,5 kg 23 Toupeira européia Subterrâneo; 0,05 kg 21 Ganso-bravo Baixa altitude; 3,5 kg 39,5 Ganso andino 4 – 6.000 m; 3 kg 34 Ganso-cabeça-listrada (Himalaia) 9.000 m; 3 kg 30 Sherwood et al., 2011
  • 12. Fatores que influenciam a afinidade Sherwood et al., 2011
  • 13. Efeitos Bohr e Root ● Efeito Bohr: Tanto o CO2 quanto H+ podem se ligar à Hb, em sítios alostéricos, resultando em alteração conformacional e reduzindo a afinidade pelo O2 – A magnitude desse efeito depende do tamanho corporal; pequenos mamíferos com alta taxa metabólica são mais sensíveis, e a acidez ajuda a levar O2 para os tecidos – Em peixes, o efeito Bohr resulta do aumento de H+ , mas não CO2 ● Efeito Root: A ligação do H+ reduz a capacidade total de carrear O2 ao se ligar a isoformas específicas da Hb – Importante para estabelecer o PO2 elevado das bexigas de gás – Pode ter um papel importante durante períodos de acúmulo de lactato associado à atividade estenuante Sherwood et al., 2011
  • 14. O efeito da temperatura ● Diminui a afinidade da Hb por O2 , deslocando a curva de dissociação para a direita → promove a liberação de mais O2 para uma dada PO2 – Particularmente importante para ectotermos, porque muitos deles passam rotineiramente por aumentos na temperatura corporal e, portanto, da taxa metabólica – O aumento da demanda de O2 em temperaturas mais altas pode ser compensado pelo aumento na liberação de O2 – Em endotermos, o aumento de temperatura causado pela atividade muscular (ou de outras células em metabolismo ativo) também aumenta a liberação de O2 ● Kevin Campbell: clonagem do gene de uma Hb de mamute produziu proteína que não é afetada pela temperatura, sugerindo um mecanismo que permite a liberação de O2 nas extremidades (que provavelmente eram muito frias)
  • 15. Efeito dos fosfatos orgânicos ● Produtos do metabolismo nos eritrócitos – 2,3-difosfoglicerato (2,3-DPG) na maioria dos mamíferos – Inositol pentafosfato (IPP) em aves – Trifosfatos de nucleosídeos (ATP em salmonídeos, tubarões, e arraias; GTP em enguias e ciprinídeos) ● Ligam-se reversivelmente à Hb, reduzindo sua afinidade por O2 – ≠ dos outros mecanismos, esse mecanismo está presente por todo o sistema circulatório – Assim, os fosfatos orgânicos também podem aumentar a liberação de O2 no nível pulmonar ● Para favorecer a carga de O2 nos órgãos respiratórios, os peixes diminuem os nucleosídeos em resposta à hipóxia crônica ● Mamíferos que evoluíram em altas atitudes tem menos DPG do que espécies que evoluíram no nível do mar
  • 16. Efeito Root e o preenchimento das bexigas de gás ● Para manter a flutuabilidade, a bexiga natatória deve ser capaz de variar a quantidade total de gás – Se a bexiga contivesse sempre a mesma quantidade de gás, afundaria em maiores profundidades (bexiga comprimida pela maior pressão) e fluturia em menores profundidades (bexiga espandida pela menor pressão) ● Essa capacidade surge de 3 fatores: 1) Uma glândula de gás na parede da bexiga que opera anaerobicamente secretando lactato no sangue, diminuindo o pH 2) Um sistema de suprimento de sangue (rete mirabile) que perfunde a glângula, e está arranjado de maneira contra-corrente 3) Hb exibindo efeito Root
  • 17. Efeito Root e o preenchimento das bexigas de gás ● O processo de inflar a bexiga é um processo ativo, que ocorre contra o gradiente de pressão da bexiga 1) O sangue que chega na bexiga transporta gás com uma pressão igual ao da água que passa pelas guelras; a maior parte do O2 , no entanto, estará na forma de HbO2 2) A glândula de gás secreta lactato nos capilares, iniciando a liberação de O2 das isoformas sensíveis ao pH (efeitos Bohr e Root); a PO2 cresce, mas ainda está equilibrada com a da bexiga natatória 3) Como há fluxo contra-corrente com os capilares venosos, o gás se difunde deste para os capilares arteriais, sobrepujando a PO2 da bexiga ● O esvaziamento da bexiga é um processo passivo que depende da diminuição da atividade da glândula Sherwood et al., 2011
  • 18. O CO2 é transportado principalmente como bicarbonato Sherwood et al., 2011
  • 19. O CO2 é transportado principalmente como bicarbonato ● Em mamíferos, cerca de 60%-70% do CO2 é transportado como bicarbonato ● Em peixes, como os resíduos NH2 da Hb são acetilados para não se ligar ao CO2 , cerca de 90%-95% do CO2 é transportado como bicarbonato ● Sem anidrase carbônica (reação lenta): CO2 + H2 O ↔ H2 CO3 ↔H+ + HCO3 − ● Com anidrase carbônica: CO2 + OH- ↔ HCO3 - – Essa reação gera um H+ , porque consome o OH- da ionização da água
  • 20. Desvio/fuga de cloreto ● Conforme a reação avança, HCO3 - e H+ acumulam nos eritrócitos de capilares sistêmicos ● A membrana do eritrócito expressa um carreador antiporte de HCO3 - /Cl- , que facilita a difusão em direções diferentes ● Assim, o HCO3 - pode ser transportado para as guelras ou pulmões ● Como o HCO3 - é um ânion, o movimento dos íons Cl- para dentro dos eritrócitos (contra o gradiente elétrico gerado pelo movimento do HCO3 - ) restaura a eletroneutralidade
  • 21. Efeito Haldane ● A desoxi-Hb tem mais afinidade por CO2 e H+ do que a HbO2 ● Portanto, a liberação de O2 da Hb nos capilares dos tecidos facilita a captação de CO2 e H+ ● Esse Efeito Haldane, em sincronia com o Efeito Bohr, facilita a troca de gás: – Aumento do CO2 e H+ levam ao aumento da liberação de O2 (efeito Bohr) – O O2 liberado levam ao aumento da captação de CO2 e H+ pela Hb (efeito Haldane)
  • 22. Anormalidades de PO2 arterial ● Hipóxia hipóxica: PO2 arterial baixo acompanhado de saturação inadequada. Causas: – Troca gasosa inadequada (PO2 normal nos alvéolos ou guelras, mas redução no PO2 arterial) – Exposição a ambiente com PO2 ambiental baixo ● Hipóxia anêmica: Diminuição na capacidade de transportar O2 pelo sangue. Causas: – Redução de eritrócitos circulantes – Baixa [Hb] – Envenenamento de CO ● Hipóxia circulatória: Diminiuição do sangue oxigenado que chega nos tecidos. Causas: – Bloqueio local (p. ex., espasmo vascular, trombo) – Insuficiência cardíaca congestiva, choque circulatório ● Hipóxia histotóxica: O fluxo de O2 para os tecidos é normal, mas estes não podem usar o O2 disponível (p. ex.,envenenamento por cianeto)
  • 23. Respostas organísmicas de aclimatação à hipóxia https://elifesciences.org/articles/27467
  • 24. Respostas intracelulares de aclimatação à hipóxia ● Efeitos (vertebrados): – Aumento da eritropoiese – Síntese de transportadores de glicose – Síntese de enzimas de glicólise anaeróbica – Síntese de uma isoforma da citocromo c oxidase mais eficiente no uso do O2 – Angiogênese Hill et al., 2012