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Transtornos alimentares

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Aula ministrada na disciplina Estudos dos Fenômenos Psicopatológicos II, para a Turma 2017 do Curso de Psicologia da Unifesspa

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Transtornos alimentares

  1. 1. Transtornos alimentares Estudos dos Fenômenos Psicopatológicos II
  2. 2. Slides
  3. 3. Objetivos • Discutir os principais tipos de transtorno alimentar • Delimitar contribuições biológicas, psicológicas, e sociais para os transtornos alimentares • Apresentar os instrumentos para avaliação de transtornos alimentares
  4. 4. Dimensões do comportamento alimentar • Dimensão fisiológico-nutritiva: Relaciona-se a aspectos metabólicos, endócrinos e neuronais, que regulam a demanda e a satisfação das necessidades nutricionais. • Dimensão psicodinâmica e afetiva: Aqui, a fome e a alimentação vinculam-se à satisfação e ao prazer oral. O prazer alimentar oral tem, segundo a psicanálise, uma conotação nitidamente libidinal. • Dimensão relacional. No desenvolvimento da criança, a boca é o mediador da primeira relação interpessoal; a relação mãe-bebê. A incorporação oral pode representar simbolicamente diversas coisas: o amor, a destruição, a conservação no interior do Eu e a apropriação das qualidades do objeto amado, etc. DALGALARRONDO. P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2000.
  5. 5. Transtornos alimentares • A anorexia nervosa caracteriza-se pela perda de peso auto-induzida por abstenção de alimentos que engordam ou por comportamentos como vômitos e/ou purgação auto-induzidos, exercício excessivo e uso de anorexígenos e/ou diuréticos. • A bulimia nervosa (BN) caracteriza-se por preocupação persistente com o comer e um desejo irresistível de comida, sucumbindo a paciente a repetidos episódios de hiperfagia (“ataques” à geladeira, a uma sor veteria, etc.). Caracteriza-se ainda por preocupação excessiva com controle de peso corporal, levando a paciente a tomar medidas extremas, como vômitos, purgação, enemas e diuréticos, a fim de mitigar os efeitos do aumento de peso pela ingestão de alimentos • No transtorno da compulsão alimentar, os indivíduos podem comer compulsivamente de maneira repetida e acham isso angustiante, mas não tentam purgar os alimentos. DALGALARRONDO. P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2000.
  6. 6. Quadro comparativo: Características Transtorno Características Bulimia nervosa ● Consumo fora de controle de quantidades excessivas de alimentos em sua maioria não nutritivos, dentro de um curto período de tempo ● Eliminação da comida por meio de vômito autoinduzido e/ou abuso de laxantes ou diuréticos ● Para compensar a compulsão, alguns indivíduos com bulimia se exercitam excessivamente ou jejuam entre as compulsões ● Vômitos podem aumentar as glândulas salivares, desgastar o esmalte dental, e causar desequilíbrio eletrolítico, que resulta em problemas nos rins ou falha cardíaca ● Peso geralmente dentro de 10% do normal ● A idade de início é tipicamente entre 18 e 21 anos de idade, embora possa surgir tão cedo quanto aos 10 anos Anorexia nervosa ● Medo intenso de obseidade e persistente busca por magreza; insatisfação perpétuda com a perda de peso ● Restrição calórica grave, muitas vezes com excesso de exercícios físicos, e, por vezes, com purgação, a ponto de semi-inanição ● Grave limitação de ingestão calórica pode causar amenorréia, lanugo, pele seca, cabelos e unhas quebradiços, sensibilidade ao frio, risco de insuficiência cardíaca ou renal ● Peso pelo menos 1% abaixo do normal ● Idade média de início entre 18 e 21 anos, com os casos mais jovens iniciando aos 15 anos Compulsão alimentar ● Similar à bulimia, com compulsões alimentares fora de controle, mas sem tentativas de purgação da comida ou compensação pela ingestão excessiva ● Estresse físico e emocional macante; alguns particam a compulsão para aliviar afetos negativos ● Comedores compulsivos compartilham com os indivíduos com anorexia e bulimia algumas preocupações sobre peso e forma física ● Tende a aftetar pessoas mais velhas do que a bulimia ou anorexia
  7. 7. Bulimia nervosa no CID-10 • F50.2 Bulimia nervosa: A bulimia é uma síndrome caracterizada por acessos repetidos de hiperfagia e uma preocupação excessiva com relação ao controle do peso corporal conduzindo a uma alternância de hiperfagia e vômitos ou uso de purgativos. Este transtorno partilha diversas características psicológicas com a anorexia nervosa, dentre as quais uma preocupação exagerada com a forma e peso corporais. Os vômitos repetidos podem provocar perturbações eletrolíticas e complicações somáticas. Nos antecedentes encontra-se frequentemente, mas nem sempre, um episódio de anorexia nervosa ocorrido de alguns meses a vários anos antes. • F50.3 Bulimia nervosa atípica: Transtornos que apresentam algumas características da bulimia nervosa mas cujo quadro clínico global não justifica tal diagnóstico. Por exemplo, pode haver acessos repetidos de hiperfagia e de uso exagerado de laxativos sem uma alteração significativa de peso ou então a preocupação típica e exagerada com a forma e peso corporais pode estar ausente.
  8. 8. 307.51 Bulimia nervosa A)Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos: 1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). B)Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso. C) A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses. D) A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais. E) A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa.
  9. 9. Especificadores • De remissão (parcial ou completa) • De gravidade – Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. – Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. – Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. – Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios inapropriados por semana.
  10. 10. Anorexia nervosa no CID-10 • F50.0 Anorexia nervosa: Anorexia nervosa é um transtorno caracterizado por perda de peso intencional, induzida e mantida pelo paciente. O transtorno ocorre comumente numa mulher adolescente ou jovem, mas pode igualmente ocorrer num homem adolescente ou jovem, como numa criança próxima à puberdade ou numa mulher de mais idade até na menopausa. A doença está associada a uma psicopatologia específica, compreendendo um medo de engordar e de ter uma silhueta arredondada, intrusão persistente de uma idéia supervalorizada. Os pacientes se impõem a si mesmos um baixo peso. Existe comumente desnutrição de grau variável que se acompanha de modificações endócrinas e metabólicas secundárias e de perturbações das funções fisiológicas. Os sintomas compreendem uma restrição das escolhas alimentares, a prática excessiva de exercícios físicos, vômitos provocados e a utilização de laxantes, anorexígeros e de diuréticos. • F50.1 Anorexia nervosa atípica: Transtornos que apresentam algumas das características da anorexia nervosa mas cujo quadro clínico global não justifica tal diagnóstico. Por exemplo, um dos sintomas-chave, tal como um temor acentuado de ser gordo ou a amenorréia, pode estar ausente na presença de uma acentuada perda de peso e de um comportamento para emagrecer. Este diagnóstico não deve ser feito na presença de transtornos físicos conhecidos associados à perda de peso.
  11. 11. Subtipos • F50.01 Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episó dios recorrentes de compulsão alimentar ou comportamento purgativo (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo. • F50.02 Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas).
  12. 12. 307.1 Anorexia nervosa A)Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. Peso significativamente baixo é definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou, no caso de crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado. B)Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo. C)Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual.
  13. 13. Especificadores • De remissão • De gravidade – Leve: IMC ≥ 17 kg/m² – Moderada: IMC 16-16,99 kg/m² – Grave: IMC 15-15,99 kg/m² – Extrema: IMC < 15 kg/m²
  14. 14. 307.51 Transtorno de compulsão alimentar A) Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos seguintes aspectos: 1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). B) Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes aspectos 1. Comer mais rapidamente do que o normal. 2.Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 3.Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome. 4.Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. 5.Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. C) Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar. D) Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma vez por semana durante três meses. E) A compulsão alimentar não está associada ao uso recorrente de comportamento compensatório inapropriado como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa ou anorexia nervosa.
  15. 15. Árvore de decisão Baixo peso? Medo de ganhar peso? Anorexia nervosa Outra alteração emocional? Transtorno Excluir doença física Comer compulsivo? Alimentação limitada a alguns tipos de alimentos? Purgação? Transtorno alimentar restritivo / evitativo Compulsão alimentar Bulimia nervosa SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO
  16. 16. Estatísticas Homens Mulheres Total Prevalência acumulada Anorexia 0,3% 0,9% 0,6% Bulimia 0,5% 1,5% 1% Compulsão alimentar 2,0% 3,5% 2,8% Compulsão alimentar sublimiar 1,9% 0,6% 1,2% Qualquer compulsão alimentar 4,0% 4,9% 4,5% Prevalência de 12 meses Bulimia 0,1% 0,5% 0,3% Compulsão alimentar 0,8% 1,6% 1,2% Compulsão alimentar sublimiar 0,8% 0,4% 0,6% Qualquer compulsão alimentar 1,7% 2,5% 2,1%
  17. 17. Riscos sócio-culturais • Riscos associados ao sistema de valores: cultivo de um ideal de magreza pela cultura dominante • Riscos associados ao gênero: mulheres têm risco 10x maior do que homens • Riscos ocupacionais: prevalentes em sub- grupos onde a magreza é a licença para o sucesso (dançarinos, modelos, e atletas) • Risco urbano: Mobilidade social, mudanças na estrutura familiar, nos padrões de alimentação, e nas preferências alimentares NASSER. M. “Culture and eating disorders”. IN: Textbook of Cultural Psychiatry. Porto Alegre: Artmed, 2000.
  18. 18. Transtornos alimentares como marcadores de culturas em transição • “Países que passam por grandes e rápidas mudanças culturais, bem como imigrantes e grupos minoritários à margem de uma corrente principal de culturas, correm mais risco de desenvolver 'formas desordenadas de regulação corporal', sejam distúrbios alimentares ou outros.” • “A questão em jogo aqui é a ameaça à identidade cultural e a necessidade de autodefinição, o que é comumente feito hoje em dia através do vocabulário do corpo.” NASSER. M. “Culture and eating disorders”. IN: Textbook of Cultural Psychiatry. Porto Alegre: Artmed, 2000.
  19. 19. Fatores biológicos • Componente genético: parentes de pessoas com transtornos alimentares têm 4-5x mais chance de desenvolver o transtorno do que a população geral • Não há consenso acerca do que é herdado: traços de personalidade não-específicos (instabilidade emocional, baixo controle de impulsos)? Neurotransmissores hipotalâmicos? – Alterações neurobiológicas podem ser consequência da inanição, e contribuirem para a manutenção do transtorno, mas não para o início dele
  20. 20. Fatores psicológicos • Senso de controle pessoal e autoconfiança diminuídos; atitudes de perfeccionismo – Se manifesta quando há percepção de sobrepeso e baixa auto-estima • Ansiedade focada na aparência e na apresentação aos outros • Imagem corporal distorcida
  21. 21. Modelo integrativo
  22. 22. Escalas de avaliação • Diários alimentares: os pacientes são solicitados a oferecer uma visão de sua ingestão alimentar (quantidade e qualidade), mecanismos de controle compensatórios, cognições e afetos relacionados • Eating Attitudes Inventory (EAT-26): 26 itens, auto- aplicável, deve ser usado como um índice da gravidade de preocupações típicas de pacientes com transtorno alimentar • Questionário sobre imagem corporal
  23. 23. Slides

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