O documento discute brevemente a história da psicologia, definindo-a como a ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais. Também aborda conceitos como motivação, aprendizagem, ansiedade, estresse e a terapia cognitivo-comportamental.
2. PSICOLOGIA
O que é Psicologia?
Psicologia é uma ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais
(razão, pensamento, emoção e comportamento).
Os primeiros pensadores a se envolver com questões relacionadas à psicologia foram os
filósofos gregos clássicos, por volta de 200 anos A.C. Como marco simbólico, tem-se
1879, ano em que foi criado um laboratório de pesquisas em psicofísica na Alemanha.
No Brasil a psicologia teve dois caminhos de entrada: no início do século XX pelos cursos
de formação de professores e de pedagogia; alguns anos mais tarde pela "psicologia
industrial", como a maior industrialização dos centros urbanos.
O Psicólogo, dentro de suas especificidades profissionais, atua no âmbito da educação,
saúde, lazer, trabalho, segurança, justiça, comunidades e comunicação com o objetivo de
promover, em seu trabalho, o respeito à dignidade e integridade do ser humano.
3. PSICOLOGIA
Contribui para a produção do conhecimento científico da psicologia através da
observação, descrição e análise dos processos de
desenvolvimento, inteligência, aprendizagem, personalidade e outros aspectos do
comportamento humano e animal; analisa a influência de fatores
hereditários, ambientais e psicossociais sobre os sujeitos na sua dinâmica intrapsíquica e
nas suas relações sociais, para orientar-se no psicodiagnóstico e atendimento psicológico;
promove a saúde mental na prevenção e no tratamento dos distúrbios psíquicos, atuando
para favorecer um amplo desenvolvimento psicossocial; elabora e aplica técnicas de
exame psicológico, utilizando seu conhecimento e práticas metodológicas
específicas, para conhecimento das condições do desenvolvimento da personalidade, dos
processos intrapsíquicos e das relações interpessoais, efetuando ou encaminhando para
atendimento apropriado, conforme a necessidade.
4. PSICOLOGIA
Participa da elaboração, adaptação e construção de instrumentos e técnicas
psicológicas através da pesquisa, nas instituições acadêmicas, associações
profissionais e outras entidades cientificamente reconhecidas. Realiza divulgação e
troca de experiência nos eventos da profissão e comunidade científica e, à população
em geral, difunde as possibilidades de utilização de seus recursos.
5. PSICOLOGIA
O psicólogo desempenha suas funções e tarefas profissionais individualmente e em
equipes multiprofissionais, em instituições privadas ou públicas, em organizações
sociais formais ou informais, atuando em: hospitais, ambulatórios, centros e postos de
saúde, consultórios, creches, escolas, associações comunitárias, empresas, sindicatos,
fundações, varas da criança e do adolescente, varas de família, sistema penitenciário,
associações profissionais e/ou esportivas, clínicas especializadas, psicotécnicos,
núcleos rurais e nas demais áreas onde as questões concernentes à profissão se façam
presentes e sua atuação seja pertinente.
6. PSICOLOGIA
TEORIA DA APRENDIZAGEM
“Nenhum tópico é mais próximo da essência da psicologia que a aprendizagem, uma
mudança relativamente permanente no comportamento de um organismo em
decorrência da experiência (Myers, David 1998)”.
O que é passível de ser aprendido pode, potencialmente, ser ensinado.
A psicoterapia acredita que o que foi aprendido pode ser mudado por uma nova
aprendizagem.
Aristóteles por volta 343 a.C. afirmou que a aprendizagem é o resultado de
associação, ou seja, nossas mentes ligam eventos que ocorrem em sequencia.
7. PSICOLOGIA
PRINCIPIO DO REFORÇO
Principio do Reforço é um tipo de aprendizagem que consiste em associar
comportamentos com as consequências, a esse tipo de aprendizagem chamamos de
Condicionamento Operante. Nele qualquer evento aumenta a frequência de uma reação
precedente.
A maioria das pessoas pensa no reforço como uma recompensa, mas na verdade há dois
tipos: o positivo e o negativo.
Enquanto o reforço positivo tende a aumentar o comportamento (ex. alimento aos
animais de circo) o negativo fortalece uma reação ao diminuir ou remover um estímulo
aversivo (ex. despertador).
O reforço negativo NÃO é um evento punitivo; é a remoção do evento punitivo.
8. PSICOLOGIA
PUNIÇÃO
O efeito da punição é o oposto ao do reforço. O reforço aumenta um comportamento
enquanto a punição diminui, ou seja, uma punição é uma consequência aversiva que
diminuí a frequência de um comportamento precedente.
Há psicólogos que acreditam que esse comportamento não se extingue, somente há
uma supressão temporária do mesmo.
9. PSICOLOGIA
TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
A Terapia Cognitiva Comportamental é uma abordagem terapêutica desenvolvida
por Aaron T. Beck no início da década de 60.
“É conhecido como uma psicoterapia breve, estruturada, voltada ao presente,
direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os pensamentos e os
comportamentos disfuncionais. (Beck, Judith S. 2007)”
10. PSICOLOGIA
A Terapia Cognitiva Comportamental se baseia em 10 princípios, são eles:
1. Formulação contínua do desenvolvimento do paciente e de seus problemas em
termos cognitivos. (Ex. pensamento momentâneo e comportamentos seguintes).
2. Aliança terapêutica segura, empatia.
3. Colaboração e participação ativa. (Ex. dever de casa)
4. Criação de metas e foco nos problemas.
5. Foco no presente. Volta ao passado em 3 situação, 1. Quando o presente não
funciona, 2. Quando há predileção nessa época pelo paciente, 3. Quando há a
necessidade de se averiguar algo.
6. É uma terapia educativa, ou seja, visa ensinar ao paciente a ser seu próprio
terapeuta e enfatiza a prevenção da recaída.
11. 7. Visa um tempo limitado.
8. As sessões são estruturadas.
9. A TCC ensina o paciente a identificar, avaliar e responder seus pensamentos e
crenças disfuncionais.
10. Utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e
comportamento.
PSICOLOGIA
12. MOTIVAÇÃO
PSICOLOGIA
A motivação é uma necessidade, um desejo que motiva um determinado
comportamento e o orienta para um objetivo.
É uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde
direciona e intensifica os objetivos de um individuo.
“A motivação é encarada como uma espécie de força interna que emerge, regula e
sustenta todas as nossas ações mais importantes. Contudo, é evidente que motivação é
uma experiência interna que não pode ser estudada diretamente”.(Vernon, 1973,
p.11).
13. PSICOLOGIA
Segundo Abraham Maslow, o homem se motiva quando suas necessidades são todas
suprimidas de forma hierárquica. Maslow organiza tais necessidades da seguinte
forma:
14. PSICOLOGIA
MOTIVAÇÃO
Nas salas de aula, no trabalho e nas quadras esportivas, há dois tipos de motivação. A
motivação intrínseca e extrínseca.
A motivação intrínseca, também chamada de motivação pessoal ou inconsciente, é a
motivação que vem do prazer que alguém obtém da tarefa em si, da satisfação
resultante de completar uma tarefa ou simplesmente de trabalhar nessa mesma tarefa.
Por outro lado, a motivação extrínseca, também conhecida por motivação ambiental
ou consciente, são os fatores motivacionais externos, traduzidos em recompensas
como dinheiro ou ganhos em competições (no caso do esporte). Estas recompensas
proporcionam a satisfação ou o prazer que a tarefa em si não proporciona.
15. No que diz respeito ao comportamento do indivíduo, é difícil distinguir um tipo de
motivação do outro, residindo a diferença essencialmente no motivo que leva a pessoa a
agir.
MOTIVAÇÃO
PSICOLOGIA
16. DIFERENCIANDO STRESS E ANSIEDADE NA PSICOLOGIA DO ESPORTE E
PSICOLOGIA CLÍNICA
PSICOLOGIA
Stress
Rodrigues (1997) traz uma definição de estresse como "uma relação particular entre
uma pessoa, seu ambiente e as circunstâncias às quais está submetida, que é avaliada
pela pessoa como uma ameaça ou algo que exige dela mais que suas próprias
habilidades ou recursos e que põe em perigo o seu bem-estar" (op. cit., p.24). Esta é uma
visão biopsicossocial do estresse, que considera os estímulos estressores provenientes
tanto do meio externo (estímulos de ordem física ou social, como o trabalho), quanto do
interno (pensamentos, emoções, fantasias e sentimentos, como angústia, medo, alegria e
tristeza).
17. PSICOLOGIA
Para a Psicologia Clínica o estresse pode ser causado por qualquer situação ou sensação
que o faz se sentir frustrado, irritado ou ansioso. O que é estressante para uma pessoa
pode não o ser para outra.
DIFERENCIANDO STRESS E ANSIEDADE NA PSICOLOGIA DO ESPORTE E
PSICOLOGIA CLÍNICA
A Psicologia do Esporte entende que o estresse ocorre quando há um desequilíbrio
substancial entre as demandas físicas e psicológicas impostas a um indivíduo e sua
capacidade de resposta. O estresse se manifesta no corpo, na mente, no comportamento
e nas emoções do indivíduo. Dores de cabeça, irritações na pele, cansaço, dores
musculares, dificuldade de tomar decisões, pensamentos negativos, pesadelos,
diminuição da confiança, irritabilidade, insônia, diminuição da libido e do apetite são
alguns dos sintomas que podem ser causados pelo estresse. No caso de um atleta, não é
difícil imaginar que isso prejudique e muito o desempenho nos treinos e competições, o
que, por sua vez, aumenta o estresse e a pressão sofrida por ele.
18. PSICOLOGIA
Ansiedade
A ansiedade é uma sensação de apreensão, nervosismo ou medo. A origem desse
desconforto nem sempre é identificada ou reconhecida, o que pode piorar a angústia.
Gould (1996) acredita que a habilidade de manejar os fatores geradores de ansiedade no
esporte é parte importante do atleta para conseguir apresentar bom rendimento nas
competições. Grande parte dos estudos da ansiedade no esporte está relacionado com a
influencia da mesma sobre o rendimento do atleta (Murphy, 1988).
19. PSICOLOGIA
A ansiedade é um estado emocional caracterizado por nervosismo, preocupações e
apreensões que se manifestam fisiologicamente, gerando uma agitação no corpo da
pessoa.
Existe a ansiedade-traço, que faz parte da personalidade do indivíduo, e a ansiedade-
estado, que, como o nome diz, é um estado emocional temporário.
No primeiro caso, já faz parte da personalidade da pessoa perceber as circunstâncias
como ameaçadoras ou preocupantes, mesmo que a princípio não sejam.
No segundo caso, são os estímulos ambientais que geram, temporariamente,
sentimentos de apreensão e tensão.
É importante entender que a ansiedade, o estresse e mesmo o medo nem sempre são
negativos para um atleta.
Um certo nível de ansiedade é necessário para que aconteça a ativação física e
psicológica do indivíduo, a qual permite que o atleta esteja preparado para apresentar
um desempenho no nível ótimo.
20. A ativação é uma mistura de atividades fisiológicas e psicológicas numa pessoa, e
refere-se às dimensões de intensidade de motivação em um determinado momento.
Fisiologicamente, ela varia em um continuum que vai do sono profundo à imensa
agitação.
Há um nível ótimo, ideal de ativação, e uma vez que o corpo e o cérebro da pessoa
continuam recebendo estímulos e ficando mais agitados, passa-se ao estado de fadiga,
no qual o atleta está tão agitado e ansioso que não consegue atuar adequadamente.
PSICOLOGIA
21. PSICOLOGIA
BIBLIOGRAFIA:
•Angelo, L. F. &Rubio, K. Instrumentos de avaliação em Psicologia do Esporte. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
• Barreto, J. A. Psicologia do esporte: para o atleta de alto rendimento. Rio de Janeiro:
Shape, 2002.
• Beck, Aaron. Terapia Cognitiva da Depressão. R.J. Ed. Zahar, 1982.
•Beck Judith S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.
•Caballo, V. Manual de técnicas de Terapia e Modificação do comportamento. S.P. Ed.
Santos, 1996.
•Myers, David. Introdução à psicologia geral. Rio de Janeiro: LTC, 1995.
•Range, B. Psicoterapia Comportamental e Cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e
problemas. S.P.Psy, 1995.
•Range, B. Psicoterapia Comportamental e cognitiva: transtornos psiquiátricos. S.P.
Ed. Psy, 1995.
•Samulski, D.M.Psicologia do esporte: manual para a eduação física, psicologia e
fisioterapia. Barueri, SP: Editora Manole, 2002.