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Diagnóstico e tratamento da
neurossífilis
Cláudia Silva, Dilemas no Diagnóstico
e Tratamento da Neurossífilis: sete
questões, sete discussões. Revista
Portuguesa de Doenças Infecciosas
2011;7(3):103-11
17 de Abril de 2012
Sessão Clínica do Serviço de Medicina
Centro Hospitalar do Barlavento
Algarvio
Francisco Vilaça Lopes
Interno do Ano Comum
http://ilovebacteria.com/treponema.htm
A Sífilis

Doença infecciosa
sistémica, crónica,
causada pelo Treponema
pallidum sp. pallidum.

Períodos de actividade
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Transmissão:
− Sexual
− Vertical
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Transplante
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 Notifications of infectious syphilis in selected EU countries and Norway.
Fenton K A , Lowndes C M Sex Transm Infect 2004;80:255-263
©2004 by BMJ Publishing Group Ltd
Sífilis: Classificação
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
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
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
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
LCR normal
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Sífilis Terciária
Lesões progressivas:
– Gumma: lesões
granulomatosas
mucocutâneas,
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aneurisma aórtico, insuf.
aórtica, calcif. aorta asc.
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tabes dorsalis,
paresis sifilítica
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e-1323533/Christopher-Columbus-cleared-
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Neurosífilis
 Neurotropismo do Treponema
– Lipoproteínas semelhantes às Vsp-OspC da
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 Nas fases 1ária
e 2ária
ocorre espiroquetémia
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dos doentes, habitualmente com resolução
espontânea
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resolução espontânea)
– 1/3 evolui para Neurosífilis tardia (sífilis
terciária com alterações meningo-vasculares e
parenquimatosas)
Neurosífilis
 Meningite sifilítica
– Cefaleia, náusea, vómitos, rigidez
cervical, envolv. pares craneanos,
convulsões, alt. estado de consciência
– Uveíte, irite, hipoacúsia
 Sífilis Meningo-vascular:
– Pródromo encefalítico – cefaleia,
vertigens, insónia, e alt. psicol.
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Neurosífilis
Paresis sifilítica:
– Alt. da Personalidade
– Alt. dos Afectos
– Reflexos hiperactivos
– (Eye) Pupilas de Argyll-Robertson
– Sensorium (ilusões, halucinações,
delírios)
– Declínio Cognitivo e Intelectual
– (Speech) Alt. do Discurso
Neurosífilis
Tabes dorsalis
– Desmielinização dos cordões post. da medula,
raízes dorsais e gânglios dos nn. Raq.
– Perda da sens. posicional e termo-álgica
– Marcha atáxica, de base alargada e pé
pendente
– Parestesias
– Alt. da micção
– Impotência sexual
– Arreflexia
Atrofia do n. óptico
No doente com VIH
Maior frequência de meningite sifilítica aguda
nos estados iniciais
Incidência aumentada de doença ocular
Progressão mais precoce para fase 3ária
>50% têm neurosífilis no 1º ano após a infecção
Fact.s preditivos de evolução para neurosífilis:
• sexo masculino
• Linfocitos TCD4+ < 350 céls/μL aqd. do dx.
• RPR ou VDRL ≥ 1:32
Infecção por T.p. assoc. a aum. da carga vírica
TARVc reduz risco de progressão para neurosíf.
Testes Laboratoriais
Inoculação em ratos
Microscopia de campo-escuro
Imunofluorescência,
imunohistoquímica,
colorações com prata
Testes serológicos
– Não-treponémicos e
Treponémicos
Biologia molecular
Ilustração Portugueza, No. 685, Abril 7 1919 - 26
http://revistaantigaportuguesa.blogspot.pt/2010/10/ilustracao-
portugueza-no-685-abril-7_19.html
Testes serológicos
Testes não-treponémicos
– RPRRPR Rapid Plasma Reagin
– VDRLVDRL Venereal Disease Research Laboratory
– IgG e IgM contra complexos antigénicos
cardiolipina-lecitina-colesterol
– Pico durante Fase 2ária
e diminuem
gradualmente
• podendo negativar em 20-25% dos
doentes c/ síf. lat. tardia não-tratada
– Títulos ≥ 1:32 → doença activa
– < 1:32 não exclui infecção activa
– podem persistir indefinidamente ≤ 1:8
– Teste n.-t. repetidamente –vo exclui neurosífilis
Títulos baixos e
não persistentes
Falsos +vos:
- infecções por outras
espiroquetas
- d. auto-imunes
- hipergamaglobulinémia
policlonal (infecção VIH)
- idade avançada
- gravidez
Falsos - vos:
- fenómeno
prozona
- sífilis tardia
-infecção VIH
Testes serológicos
Testes treponémicos
– TPHATPHA T. pallidum Haemagglutination Assay
– FTA-absFTA-abs Fluorescent Treponemal Antibody
absorption
– EIAEIA Enzyme Immunoassy
• detecta IgG e IgM totais anti-Treponema
• automático
• igualmente sensível e mais específico
que o TPHA e o FTA-abs
– Persistem +vos durante toda a vida
– Nos doentes com VIH, os títulos
descem mais lentamente
Falsos +vos:
- d. auto-imunes
- gravidez
- infecção VIH
- subst. ilícitas e.v.
Falsos - vos:
- período janela
(2-4 semanas)
Rastreio da Sífilis
International Union against Sexually Transmitted
Diseases (IUSTI 2008)
Em países de baixa prevalência:
– Teste treponémico inicial (EIA ou TPHA)
• Se +vo:
– Outro teste treponémico, seguido da
– Determinação do título de teste não-
treponémico na mesma amostra.
Punção Lombar
Indicada na presença de manifestações clínicas de
envolvimento neurológico:
– Disfunção de pares craneanos
– Meningite aguda ou crónica
– Enfarte
– Pert. do comportamento de instalação aguda ou
crónica
– Disfunção cognitiva
– Alteração da sensibilidade vibratória
Ou oftalmológico:
– Irite, uveite, retinite, nevrite óptica
Ou na presença de doença 3ária
noutras localizações
(aortite; gomas)
Independentemente
do título sérico de
RPR / VDRL
Punção Lombar (2)
Sempre que o título RPR/VDRL seja ≥ 1:32
(pela maior associação com doença no SNC)
PL nos estadios iniciais, antes do tratamento
– Se alterações do LCR:
• Repetição aos 6 meses e comparar
PL 6 meses depois da txa dos estádios iniciais
No doente com VIH:
– PL em todas as sífilis latentes ou de duração
indeterminada ?
Fxs associados à progressão no SNC:
– RPR/VDRL ≥ 1:32; TCD4+ < 350 céls/μL
Critérios diagnósticos de
Neurosífilis
LCR
– Contagem diferencial de células
– Testes treponémicos e não-treponémicos
– Albumina e Imunoglobulinas
– Não traumática
Critérios diagnósticos de
Neurosífilis
Testes não-treponémicos no LCR
– RPR idêntico ao VDRL
– Não há correlação entre o título sérico e no LCR
– Especificidade próxima de 100%
– +vos fazem o diagnóstico
– Sensibilidade 30-75%
– Se -vos:
• Testes treponémicos
• Estudo citoquímico
• Produção intratecal de imunoglobulinas
Critérios diagnósticos de
Neurosífilis
Testes treponémicos no LCR
– Alta sensibilidade
– TPHA > 1:320 muito sugestivo do dx
Citoquímica do LCR
– Pleocitose à custa de céls. mononucleadas
• Leucocitose 10-100 céls/μL (pred. Linfocitos)
– Hiperproteinorraquia 50-100 mg/dL
– Lig. dim. glicose
– Mais aum. nas meningite e meningovasculite sifilíticas
– Normais na neurosífilis tardia sequelar, com
predomínio de ating. parenquimatoso (tabes dorsalis)
Critérios diagnósticos de
Neurosífilis
Citoquímica do LCR (cont.)
– VIH per se pode causar pleocitose e hiperproteinorraquia
• ≥20 céls/μL e ≥50mg/dL → infecção treponémica
– Avaliação qualitativa das proteínas:
• 50-100% dos d. há síntese intratecal de Acs (IgG)
• Após exclusão de alterações da BHE (quociente alb.)
• Índices de:
– IgG
– IgM
– ITPA (Intrathecal T. pallidum Antibody Index)
– TPHA
Sensibilidade
& especificidade
98-100%
Pode ser usado
como critério dx
isolado
Sensibilidade
& especificidade
98-100%
Pode ser usado
como critério dx
isolado
Métodos não convencionais?
Experimentais
Quando a suspeita é forte e os outros méts. são -vos
Polymerase Chain Reaction
– “Raspados” da lesão 1ária
– Aplicação no LCR?
– Não distingue organismos viáveis de não viáveis
– No doente com VIH: +vo → é razoável tratar
– Mantem-se +vo durante anos
• Não deve ser usada no controlo póst-tratamento
Métodos não convencionais?
Proteína tau τ
– Marcador de degeneração neuronal / dano axonal
– >300 pg/mL sensibilidade 83% & especificidade 94%
– Falsos +vos:
• Doença de Alzheimer > 300 pg/mL
• AVC agudo
• Encefalite e doença de Creutzfeldt-Jakob
Tratamento da Neurosífilis
Penicilina G benzatínica não atinge concentrações
treponemicidas no SNC
1ª Linha:
– Penicilina G aquosa cristalina,18-24 MU/dia; 3-4 MU de
4/4h ou infusão contínua, IV; 10-14 dias
– penicilina G aquosa cristalina, 12-24 MU/dia; 3-4 MU de
4/4h, IV; 18-21 dias
– penicilina G procaínica, 1,2-2,4 MU/dia, intramuscular
assoc. a probenecid 500 mg de 6/6h, via oral;10-17 dias
• No entanto, a interacção entre probenecid e penicilina,
pode resultar na acumulação de penicilina no
parênquima cerebral.
Tratamento da Neurosífilis
Esquema alternativo:
– Ceftriaxona, 2g /dia, IV/IM, durante 10-14 dias
• Mais falências em casos VIH
Esquema em doentes alérgicos à penicilina/β-lactâmicos
– Doxicilina, 200mg de 12/12H PO, durante 28 dias
– Dessensibilização à penicilina
Esquema em grávidas:
– Benzilpenicilina
– Alergia: dessensibilização em internamento
Tratamento da Neurosífilis
Reacções adversas ao tto com penicilina:
– Reacção de Jarisch-Herxheimer
• Quadro febril agudo, com cefaleia, mialgia e calafrio,
entre 2 a 24h após início de terapêutica
• + freq. na síf. precoce e em VIHs
• + grave no envolvimento neuro/oftalmológico e na
gravidez
– Reacção procaínica
• Mania ou psicose com halucinações
• na sequência de penicilina procaínica e.v.
• duração inferior a 20 minutos
– Choque anafilático
Seguimento após o
Tratamento da Neurosífilis
Estudo periódico do LCR
– Normalização dos parâmetros ao fim de 2 anos
– Reversão da pleocitose no LCR
– Reversão da hiperproteinorraquia
• Mais lenta e por vezes incompleta
– Periodicidade?
• 6/6 meses até desaparecimento da pleocitose
• 1 a 2 anos depois do tratamento
Estudo periódico do título sérico do teste não-treponémico
– Estádios precoces: após 3, 6 e 12 meses
– Estádios tardios: após 6, 12 e 24 meses
– VIH+vo: intervalos mais curtos e avaliação mais prolongada
Falência do Tratamento
15-20% dos doentes
Mas
• Na neurosífilis tardia com
título de RPR/VDRL sérico
baixo, não há
seroconversão
VIH:
– 30%
– Normalização do VDRL no
LCR está comprometida
• TCD4 ≤ 200/μL
• Não-TARVc
Ilustração Portugueza, No. 484, 31 Maio 1915 – contra-capa
http://revistaantigaportuguesa.blogspot.pt/2010/06/ilustracao
-portugueza-no-484-maio-31_4022.html
Conclusões
A decisão de realizar PL baseia-se na presença de factores
associados a maior probabilidade de invasão e progressão
da doença no SNC
A educação para os comportamentos
sexuais de risco continua
infrutífera à escala global,
como demonstra o aumento
da incidência da infecção
por VIH, na última década.
Necessários mais
estudos sobre a neurosífilis,
especialmente em doentes
com VIH.
http://in2eastafrica.net/hiv-prevention-efforts-need-more-diligence/
Bibliografia
Cláudia Silva, Dilemas no Diagnóstico e Tratamento da Neurossífilis: sete questões, sete
discussões. Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 2011;7(3):103-11.
Recent trends in the epidemiology of sexually transmitted infections in the European Union. K A
Fenton, C M Lowndes, the European Surveillance of Sexually Transmitted Infections (ESSTI)
Network. Sex Transm Infect 2004;80:255–263. doi: 10.1136/sti.2004.009415
Chapter 169. Syphilis, in Harrison's Principles of Internal Medicine, 18th ed., McGraw-Hill 2012
http://ocaocomeuolivro.blogspot.pt/2008/08/assalto-biblioteca.html

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Diagnóstico e tratamento da neurossífilis

  • 1. Diagnóstico e tratamento da neurossífilis Cláudia Silva, Dilemas no Diagnóstico e Tratamento da Neurossífilis: sete questões, sete discussões. Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 2011;7(3):103-11 17 de Abril de 2012 Sessão Clínica do Serviço de Medicina Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio Francisco Vilaça Lopes Interno do Ano Comum http://ilovebacteria.com/treponema.htm
  • 2. A Sífilis  Doença infecciosa sistémica, crónica, causada pelo Treponema pallidum sp. pallidum.  Períodos de actividade e de latência  Transmissão: − Sexual − Vertical − Transfusional / Transplante − Punção com instrumentos contaminados http://ilovebacteria.com/treponema.htm
  • 3.  Notifications of infectious syphilis in selected EU countries and Norway. Fenton K A , Lowndes C M Sex Transm Infect 2004;80:255-263 ©2004 by BMJ Publishing Group Ltd
  • 4. Sífilis: Classificação  Congénita  Adquirida − Recente  Se infecção há menos de 1 (European Centers for Disease Control and Prevention) ou 2 anos (Organização Mundial de Saúde)  formas 1.ária , 2.ária , e latente precoce − Tardia  Se infecção há mais de 1 ou 2 anos  formas latente tardia e 3.ária
  • 5. História Natural  Incubação de 14- 21 dias (3-90)  Sífilis Primária / Cancro Duro – Lesão mucocutânea genito-anal ou oral, indolor – Linfadenopatia regional http://reocities.com/Athens/Atlantis/1248/mdst.htm
  • 6. Sífilis Secundária  2-8 semanas após o aparecimento do cancro duro.  Eritema maculo- -papular polimórfico, não vesicular, com atingimento palmo- plantar, documentado em 50-80% dos doentes. Fotografia gentilmente cedido pela Dr.ª Domitília, S. Medicina-CHBA
  • 7. Fotografia gentilmente cedido pela Dr.ª Domitília, S. Medicina-CHBA
  • 8. Fotografia gentilmente cedido pela Dr.ª Domitília, S. Medicina-CHBA
  • 9. Sífilis Secundária  Lesões cutâneas necróticas (lues maligna)  Condylomata lata em regiões intertriginosas  Linfadenopatia generalizada  Sintomas constitucionais: – Odinofagia, febre, perda ponderal, mal- estar, anorexia, cefaleia, meningismo  Meningite aguda  Glomerulonefrite mediada por IC's  Hepatite, gastrite, proctite, artrite, periostite...
  • 10. Sífilis Latente  Doente assintomático (não-tratado)  Testes serológicos +vos  LCR normal  Espiroquetémias transitórias
  • 11. Sífilis Terciária Lesões progressivas: – Gumma: lesões granulomatosas mucocutâneas, esqueléticas e parenquimatosas – Cardiovasculares: aortite, aneurisma aórtico, insuf. aórtica, calcif. aorta asc. – Neurosífilis tardia: tabes dorsalis, paresis sifilítica http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/articl e-1323533/Christopher-Columbus-cleared- importing-syphilis-Americas-Europe.html
  • 12. Neurosífilis  Neurotropismo do Treponema – Lipoproteínas semelhantes às Vsp-OspC da Borrelia  Nas fases 1ária e 2ária ocorre espiroquetémia importante, com invasão inicial do SNC em 40% dos doentes, habitualmente com resolução espontânea – Neurosífilis precoce (meningite sifilítica de resolução espontânea) – 1/3 evolui para Neurosífilis tardia (sífilis terciária com alterações meningo-vasculares e parenquimatosas)
  • 13. Neurosífilis  Meningite sifilítica – Cefaleia, náusea, vómitos, rigidez cervical, envolv. pares craneanos, convulsões, alt. estado de consciência – Uveíte, irite, hipoacúsia  Sífilis Meningo-vascular: – Pródromo encefalítico – cefaleia, vertigens, insónia, e alt. psicol. – AVC (ACM; adulto jovem)
  • 14. Neurosífilis Paresis sifilítica: – Alt. da Personalidade – Alt. dos Afectos – Reflexos hiperactivos – (Eye) Pupilas de Argyll-Robertson – Sensorium (ilusões, halucinações, delírios) – Declínio Cognitivo e Intelectual – (Speech) Alt. do Discurso
  • 15. Neurosífilis Tabes dorsalis – Desmielinização dos cordões post. da medula, raízes dorsais e gânglios dos nn. Raq. – Perda da sens. posicional e termo-álgica – Marcha atáxica, de base alargada e pé pendente – Parestesias – Alt. da micção – Impotência sexual – Arreflexia Atrofia do n. óptico
  • 16. No doente com VIH Maior frequência de meningite sifilítica aguda nos estados iniciais Incidência aumentada de doença ocular Progressão mais precoce para fase 3ária >50% têm neurosífilis no 1º ano após a infecção Fact.s preditivos de evolução para neurosífilis: • sexo masculino • Linfocitos TCD4+ < 350 céls/μL aqd. do dx. • RPR ou VDRL ≥ 1:32 Infecção por T.p. assoc. a aum. da carga vírica TARVc reduz risco de progressão para neurosíf.
  • 17. Testes Laboratoriais Inoculação em ratos Microscopia de campo-escuro Imunofluorescência, imunohistoquímica, colorações com prata Testes serológicos – Não-treponémicos e Treponémicos Biologia molecular Ilustração Portugueza, No. 685, Abril 7 1919 - 26 http://revistaantigaportuguesa.blogspot.pt/2010/10/ilustracao- portugueza-no-685-abril-7_19.html
  • 18. Testes serológicos Testes não-treponémicos – RPRRPR Rapid Plasma Reagin – VDRLVDRL Venereal Disease Research Laboratory – IgG e IgM contra complexos antigénicos cardiolipina-lecitina-colesterol – Pico durante Fase 2ária e diminuem gradualmente • podendo negativar em 20-25% dos doentes c/ síf. lat. tardia não-tratada – Títulos ≥ 1:32 → doença activa – < 1:32 não exclui infecção activa – podem persistir indefinidamente ≤ 1:8 – Teste n.-t. repetidamente –vo exclui neurosífilis Títulos baixos e não persistentes Falsos +vos: - infecções por outras espiroquetas - d. auto-imunes - hipergamaglobulinémia policlonal (infecção VIH) - idade avançada - gravidez Falsos - vos: - fenómeno prozona - sífilis tardia -infecção VIH
  • 19. Testes serológicos Testes treponémicos – TPHATPHA T. pallidum Haemagglutination Assay – FTA-absFTA-abs Fluorescent Treponemal Antibody absorption – EIAEIA Enzyme Immunoassy • detecta IgG e IgM totais anti-Treponema • automático • igualmente sensível e mais específico que o TPHA e o FTA-abs – Persistem +vos durante toda a vida – Nos doentes com VIH, os títulos descem mais lentamente Falsos +vos: - d. auto-imunes - gravidez - infecção VIH - subst. ilícitas e.v. Falsos - vos: - período janela (2-4 semanas)
  • 20. Rastreio da Sífilis International Union against Sexually Transmitted Diseases (IUSTI 2008) Em países de baixa prevalência: – Teste treponémico inicial (EIA ou TPHA) • Se +vo: – Outro teste treponémico, seguido da – Determinação do título de teste não- treponémico na mesma amostra.
  • 21. Punção Lombar Indicada na presença de manifestações clínicas de envolvimento neurológico: – Disfunção de pares craneanos – Meningite aguda ou crónica – Enfarte – Pert. do comportamento de instalação aguda ou crónica – Disfunção cognitiva – Alteração da sensibilidade vibratória Ou oftalmológico: – Irite, uveite, retinite, nevrite óptica Ou na presença de doença 3ária noutras localizações (aortite; gomas) Independentemente do título sérico de RPR / VDRL
  • 22. Punção Lombar (2) Sempre que o título RPR/VDRL seja ≥ 1:32 (pela maior associação com doença no SNC) PL nos estadios iniciais, antes do tratamento – Se alterações do LCR: • Repetição aos 6 meses e comparar PL 6 meses depois da txa dos estádios iniciais No doente com VIH: – PL em todas as sífilis latentes ou de duração indeterminada ? Fxs associados à progressão no SNC: – RPR/VDRL ≥ 1:32; TCD4+ < 350 céls/μL
  • 23. Critérios diagnósticos de Neurosífilis LCR – Contagem diferencial de células – Testes treponémicos e não-treponémicos – Albumina e Imunoglobulinas – Não traumática
  • 24. Critérios diagnósticos de Neurosífilis Testes não-treponémicos no LCR – RPR idêntico ao VDRL – Não há correlação entre o título sérico e no LCR – Especificidade próxima de 100% – +vos fazem o diagnóstico – Sensibilidade 30-75% – Se -vos: • Testes treponémicos • Estudo citoquímico • Produção intratecal de imunoglobulinas
  • 25. Critérios diagnósticos de Neurosífilis Testes treponémicos no LCR – Alta sensibilidade – TPHA > 1:320 muito sugestivo do dx Citoquímica do LCR – Pleocitose à custa de céls. mononucleadas • Leucocitose 10-100 céls/μL (pred. Linfocitos) – Hiperproteinorraquia 50-100 mg/dL – Lig. dim. glicose – Mais aum. nas meningite e meningovasculite sifilíticas – Normais na neurosífilis tardia sequelar, com predomínio de ating. parenquimatoso (tabes dorsalis)
  • 26. Critérios diagnósticos de Neurosífilis Citoquímica do LCR (cont.) – VIH per se pode causar pleocitose e hiperproteinorraquia • ≥20 céls/μL e ≥50mg/dL → infecção treponémica – Avaliação qualitativa das proteínas: • 50-100% dos d. há síntese intratecal de Acs (IgG) • Após exclusão de alterações da BHE (quociente alb.) • Índices de: – IgG – IgM – ITPA (Intrathecal T. pallidum Antibody Index) – TPHA
  • 27. Sensibilidade & especificidade 98-100% Pode ser usado como critério dx isolado
  • 28. Sensibilidade & especificidade 98-100% Pode ser usado como critério dx isolado
  • 29. Métodos não convencionais? Experimentais Quando a suspeita é forte e os outros méts. são -vos Polymerase Chain Reaction – “Raspados” da lesão 1ária – Aplicação no LCR? – Não distingue organismos viáveis de não viáveis – No doente com VIH: +vo → é razoável tratar – Mantem-se +vo durante anos • Não deve ser usada no controlo póst-tratamento
  • 30. Métodos não convencionais? Proteína tau τ – Marcador de degeneração neuronal / dano axonal – >300 pg/mL sensibilidade 83% & especificidade 94% – Falsos +vos: • Doença de Alzheimer > 300 pg/mL • AVC agudo • Encefalite e doença de Creutzfeldt-Jakob
  • 31. Tratamento da Neurosífilis Penicilina G benzatínica não atinge concentrações treponemicidas no SNC 1ª Linha: – Penicilina G aquosa cristalina,18-24 MU/dia; 3-4 MU de 4/4h ou infusão contínua, IV; 10-14 dias – penicilina G aquosa cristalina, 12-24 MU/dia; 3-4 MU de 4/4h, IV; 18-21 dias – penicilina G procaínica, 1,2-2,4 MU/dia, intramuscular assoc. a probenecid 500 mg de 6/6h, via oral;10-17 dias • No entanto, a interacção entre probenecid e penicilina, pode resultar na acumulação de penicilina no parênquima cerebral.
  • 32. Tratamento da Neurosífilis Esquema alternativo: – Ceftriaxona, 2g /dia, IV/IM, durante 10-14 dias • Mais falências em casos VIH Esquema em doentes alérgicos à penicilina/β-lactâmicos – Doxicilina, 200mg de 12/12H PO, durante 28 dias – Dessensibilização à penicilina Esquema em grávidas: – Benzilpenicilina – Alergia: dessensibilização em internamento
  • 33. Tratamento da Neurosífilis Reacções adversas ao tto com penicilina: – Reacção de Jarisch-Herxheimer • Quadro febril agudo, com cefaleia, mialgia e calafrio, entre 2 a 24h após início de terapêutica • + freq. na síf. precoce e em VIHs • + grave no envolvimento neuro/oftalmológico e na gravidez – Reacção procaínica • Mania ou psicose com halucinações • na sequência de penicilina procaínica e.v. • duração inferior a 20 minutos – Choque anafilático
  • 34. Seguimento após o Tratamento da Neurosífilis Estudo periódico do LCR – Normalização dos parâmetros ao fim de 2 anos – Reversão da pleocitose no LCR – Reversão da hiperproteinorraquia • Mais lenta e por vezes incompleta – Periodicidade? • 6/6 meses até desaparecimento da pleocitose • 1 a 2 anos depois do tratamento Estudo periódico do título sérico do teste não-treponémico – Estádios precoces: após 3, 6 e 12 meses – Estádios tardios: após 6, 12 e 24 meses – VIH+vo: intervalos mais curtos e avaliação mais prolongada
  • 35.
  • 36. Falência do Tratamento 15-20% dos doentes Mas • Na neurosífilis tardia com título de RPR/VDRL sérico baixo, não há seroconversão VIH: – 30% – Normalização do VDRL no LCR está comprometida • TCD4 ≤ 200/μL • Não-TARVc Ilustração Portugueza, No. 484, 31 Maio 1915 – contra-capa http://revistaantigaportuguesa.blogspot.pt/2010/06/ilustracao -portugueza-no-484-maio-31_4022.html
  • 37. Conclusões A decisão de realizar PL baseia-se na presença de factores associados a maior probabilidade de invasão e progressão da doença no SNC A educação para os comportamentos sexuais de risco continua infrutífera à escala global, como demonstra o aumento da incidência da infecção por VIH, na última década. Necessários mais estudos sobre a neurosífilis, especialmente em doentes com VIH. http://in2eastafrica.net/hiv-prevention-efforts-need-more-diligence/
  • 38. Bibliografia Cláudia Silva, Dilemas no Diagnóstico e Tratamento da Neurossífilis: sete questões, sete discussões. Revista Portuguesa de Doenças Infecciosas 2011;7(3):103-11. Recent trends in the epidemiology of sexually transmitted infections in the European Union. K A Fenton, C M Lowndes, the European Surveillance of Sexually Transmitted Infections (ESSTI) Network. Sex Transm Infect 2004;80:255–263. doi: 10.1136/sti.2004.009415 Chapter 169. Syphilis, in Harrison's Principles of Internal Medicine, 18th ed., McGraw-Hill 2012 http://ocaocomeuolivro.blogspot.pt/2008/08/assalto-biblioteca.html

Notas do Editor

  1. A sífilis é uma doença infecciosa crónica causada pelo Treponema pallidum sp. pallidum transmitida habitualmente por contacto sexual não protegido com lesões ou fluidos corporais infectados. Menos comum é a sua transmissão por via vertical e, mais raramente, por via transfusional ou punção com instrumentos contaminados.
  2.  Notifications of infectious syphilis in selected EU countries and Norway. Data from the WHO Computerized Information System for Infectious Diseases (CISID)73 and national surveillance databases.31
  3. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  4. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  5. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  6. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  7. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  8. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  9. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  10. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  11. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  12. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  13. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  14. A infecção é classificada em congénita ou adquirida, sendo esta última dividida em sífilis recente ou tardia, dependendo do tempo decorrido entre a aquisição da infecção e a manifestação clínica ou detecção de teste serológico reactivo. A definição é, no entanto, variável de acordo com as entidades reguladoras. Assim, considera-se sífilis recente aquela 105 com menos de um ano (European Center for Disease Control and Prevention - ECDC) ou menos de dois anos (Organização Mundial de Saúde - OMS), e sífilis tardia quando a infecção tem provavelmente mais do que este intervalo de tempo. 1 A sífilis recente inclui as formas primária, secundária e latente precoce da infecção. A sífilis tardia, por sua vez, engloba as formas latente tardia (se adquirida há mais de um ano) e a sífilis terciária.
  15. Terapêutica AntiRetroViral Combinada
  16. Trepanomatoses endémicas, leptospiroses, borrelioses
  17. Trepanomatoses endémicas, leptospiroses, borrelioses
  18. Um teste treponémico positivo isolado pode significar: resultado falso positivo; sífilis no passado, com resolução espontânea ou após tratamento; sífilis com teste não-treponémico falso negativo.
  19. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  20. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  21. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  22. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  23. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  24. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  25. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  26. Todos os critérios de diagnóstico citados acima carecem de estudos na população de doente com infecção por VIH.
  27. Todos os critérios de diagnóstico citados acima carecem de estudos na população de doente com infecção por VIH.
  28. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  29. Este algoritmo permitirá diminuir os casos falsos positivos e falsos negativos dos testes não-treponémicos, estratégia esta mais custo-eficaz
  30. (2010 STD Treatment Guidelines, CDC 2010).
  31. (2010 STD Treatment Guidelines, CDC 2010).
  32. (2010 STD Treatment Guidelines, CDC 2010).
  33. (2010 STD Treatment Guidelines, CDC 2010).
  34. (2010 STD Treatment Guidelines, CDC 2010).
  35. (2010 STD Treatment Guidelines, CDC 2010).
  36. (2010 STD Treatment Guidelines, CDC 2010).