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SÍNDROME DE
GUILLAIN-BARRÉ
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
2º período – Curso de Fisioterapia
Disciplina: Neuroanatomia
Professor: Elder Nascimento
Equipe:
Denilsi Gonçalves
Jorge Wellington
Karoline Carvalho
Sônia Rolim
Definição Clínica
 Polirradiculoneuropatia aguda de caráter
autoimune, ascendente, cuja causa é
pouco compreendida e que afeta os
nervos periféricos, principalmente
motores, diminuindo sua condutividade.
Fonte Imagem: Internet - domínio publico
• SUBTIPOS:
• Neuropatia axonial motora aguda
• Neuropatia axonial motora e sensorial
aguda
• Síndrome de Miller-Fischer
História
 Em 1859, Jean B. Landry
descreveu uma doença que
paralisava o tronco e os
membros – Paralisia
ascendente de Landry;
 Em 1916, Georges Guillain,
Jean Barré e André Strohl
relacionaram a paralisia
com o excesso de proteínas
no líquor.Jean Landry Georges Guillain
Fonte Imagem: Internet - domínio publico
Correlação anatômica – Regiões afetadas
 A bainha de mielina dos
nervos periféricos
(formada pelo
enovelamento das
células de schwann ao
redor do axônio) é o
alvo do ataque imune.
Correlação anatômica – Regiões afetadas
 Mais intensa nas Raízes
ventrais motoras raquidianas
e cranianas e partes
adjacentes de nervos
raquidianos e cranianos
 Dependendo da variante da
síndrome, o axônio também
pode ser destruído;
 Também podem surgir
alterações no sistema
nervoso autônomo.
Correlação anatômica – Regiões afetadas
Anatomia do nervo
Axônios de neurônio mielinizados
Fonte Imagem: Atlas de Histologia digital da UFRGS - microscopia
eletrônica
Fisiopatologia
Figura: http://www.neim.org/doi/full/10.1056/neimra1114525
Fisiopatologia
 A SGB possui quatro subtipos, mas,
para fins didáticos, foi separada em
dois grupos:
 Destruição da bainha – antígenos
desconhecidos sofrem opsonização
na bainha de mielina e posterior
fagocitose.
 Destruição do axônio – Anticorpos
antigangliosídeos formam um
complexo de sinalização para
fagocitose nos gangliosídeos da
membrana neuronal.
Figura: http://www.neim.org/doi/full/10.1056/neimra1114525
Fisiopatologia - evolução
 A SGB progride rapidamente e
se mantém estável após 4
semanas. Logo o organismo
passa por uma recuperação
gradual.
 Quadros que ultrapassam oito
semanas saem do grupo da
SGB.
 A esclerose múltipla afeta o
sistema nervoso central, e isto
a difere da SGB.
Animação: https://en.m.wikipedia.org/wiki/Guillain%E2%80%93Barr%C3%A9_syndrome
Causas e dados epidemiológicos
 A síndrome não possui uma causa
específica;
 Ocorre 1 a 2:100.000 hb;
 Adultos mais afetados;
 Primeiros sintomas são precedidos por
infecções no trato respiratório ou
digestivo e até mesmo por vacinas
(raros casos);
 Campylobacter jejuni, citomegalovirus
e Zika vírus têm sido associados à SGB.
Fonte Imagem: Internet - domínio publico
Sintomas
 INICIAIS:fraqueza nos membros inferiores (que
segue ascendendo para o tronco), parestesia
(formigamento) e dor neuropática;
 FASE AGUDA, os sintomas são: paralisia flácida
simétrica dos membros, possíveis dificuldades
para deglutir e respirar e alterações sensoriais
(comprometimento de neurônios sensitivos).
 Alguns sintomas apresentados excluem o
diagnóstico de Guillain-Barré: descontrole dos
esfíncteres da bexiga e do reto, paralisia
assimétrica e paralisia por mais de 8 semanas
(como já mencionado).
Diagnóstico
 Através da punção do Líquido
cerebroespinhal, no qual pode-
se verificar altos níveis de
proteínas, acompanhado por
células monoclueadas.
 A eletrofisiologia também pode
detectar a lentidão dos impulsos
motores e sensitivos (após duas
semanas do início dos sintomas).
Fonte Imagem: Internet - domínio publico
Complicações
 As possíveis complicações são:
oftalmoplegia, ataxias, disfagia
e, se os nervos autônomos forem
afetados, arritmias cardíacas e
alterações na pressão
sanguínea;
 A complicação mais grave é a
paralisia dos músculos acessório
da respiração. Nestes casos, o
paciente deve ser submetido à
ventilação mecânica.
Tratamento
 Os tratamentos
recomendados durante a
fase aguda são:
 Plasmaferese;
 Aplicação de IgG
(Imunoglobulina)
Albumina – proteína responsável pelo
transporte de substâncias no sangue e
regulação osmótica.
Prognóstico
 Normalmente, o prognóstico da
síndrome é positivo.
 Maioria consegue se recuperar 60
a 90% das funcionalidades;
 Em raros casos o paciente
recupera completamente;
 A marcha pode permanecer
instável, a coordenação motora
fina e o tato não são restaurados
completamente e, em alguns
casos, o problema na deglutição
permanece;
 A taxa de mortalidade é menor que 10% e deve-
se principalmente à paralisia dos músculos da
respiração, bem como de um tratamento
inadequado e/ou fatores de risco: idade
avançada, portadores de doenças crônicas,
etc.
O papel do fisioterapeuta
O fisioterapeuta atuará em dois momentos distintos:
1. FASE AGUDA:
• Na UTI:
 Prevenção de contraturas e úlceras de
pressão,
 controle da dor,
 cuidados respiratórios(prevenir pneumonias,
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 Evitar formação de trombos por imobilização
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O papel do fisioterapeuta
2. FASE DE RECUPERAÇÃO: No hospital e após a
alta, variando de caso a caso em
intensidade e tempo.
 Restauração da ADM - amplitude dos
movimentos;
 Recuperação da força muscular;
 Coordenação dos movimentos
 Controle do tronco;
 Executar transferências;
 Treinamento das habilidades
funcionais(vestir-se, alimentar-se, etc);
 Restauração do equilíbrio e
propriocepção;
 Restauração da marcha
Depoimento – Estudo de Caso
Síndrome de Guillan-Barret em um paciente do Núcleo de
Pesquisas de Neurofisioterapia da Faculdade de
Fisioterapia - FEFF – UFAM
Nossos agradecimentos e profundo respeito ao Sr.
P.P.L. que inspirou nosso trabalho, e vem relatar
sua experiência na busca da reabilitação após
sequelas da SGB.
REFERÊNCIAS
• ABBAS, Abdul K.; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay. Robinbins & Cotran - Patologia: bases
patológicas das Doenças. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
• Tuacek TA, Tsukimoto GR, Figliola CS, Cardoso MCC, Tsukimoto DR, Rosa CDP et al.
Neuropatias - Síndrome de Guillian-Barré: reabilitação. Afta Fisiatria:2013,20(2):89-85
• SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada.5 ed.Porto
Alegre: Artmed,2010.
• http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_sindrome_guillan_barre_livro_2010.pdf
• ABBAS, Abdul K.; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay. Robinbins & Cotran - Patologia: bases
patológicas das Doenças. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
• https://en.m.wikipedia.org/wiki/Guillain–Barré_syndrome
• Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e diretrizes terapêuticas: Síndrome de Guillan-Barré.
• www.Novafisio.com.br/sindrome-de-guillan-barre-revisao-de-literatura-x-tratamento-
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Síndrome de Guillain-Barré: causa, sintomas e tratamento

  • 1. SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ Universidade Federal do Amazonas – UFAM 2º período – Curso de Fisioterapia Disciplina: Neuroanatomia Professor: Elder Nascimento Equipe: Denilsi Gonçalves Jorge Wellington Karoline Carvalho Sônia Rolim
  • 2. Definição Clínica  Polirradiculoneuropatia aguda de caráter autoimune, ascendente, cuja causa é pouco compreendida e que afeta os nervos periféricos, principalmente motores, diminuindo sua condutividade. Fonte Imagem: Internet - domínio publico • SUBTIPOS: • Neuropatia axonial motora aguda • Neuropatia axonial motora e sensorial aguda • Síndrome de Miller-Fischer
  • 3. História  Em 1859, Jean B. Landry descreveu uma doença que paralisava o tronco e os membros – Paralisia ascendente de Landry;  Em 1916, Georges Guillain, Jean Barré e André Strohl relacionaram a paralisia com o excesso de proteínas no líquor.Jean Landry Georges Guillain Fonte Imagem: Internet - domínio publico
  • 4. Correlação anatômica – Regiões afetadas  A bainha de mielina dos nervos periféricos (formada pelo enovelamento das células de schwann ao redor do axônio) é o alvo do ataque imune.
  • 5. Correlação anatômica – Regiões afetadas  Mais intensa nas Raízes ventrais motoras raquidianas e cranianas e partes adjacentes de nervos raquidianos e cranianos  Dependendo da variante da síndrome, o axônio também pode ser destruído;  Também podem surgir alterações no sistema nervoso autônomo.
  • 6. Correlação anatômica – Regiões afetadas Anatomia do nervo Axônios de neurônio mielinizados Fonte Imagem: Atlas de Histologia digital da UFRGS - microscopia eletrônica
  • 8. Fisiopatologia  A SGB possui quatro subtipos, mas, para fins didáticos, foi separada em dois grupos:  Destruição da bainha – antígenos desconhecidos sofrem opsonização na bainha de mielina e posterior fagocitose.  Destruição do axônio – Anticorpos antigangliosídeos formam um complexo de sinalização para fagocitose nos gangliosídeos da membrana neuronal. Figura: http://www.neim.org/doi/full/10.1056/neimra1114525
  • 9. Fisiopatologia - evolução  A SGB progride rapidamente e se mantém estável após 4 semanas. Logo o organismo passa por uma recuperação gradual.  Quadros que ultrapassam oito semanas saem do grupo da SGB.  A esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central, e isto a difere da SGB.
  • 11. Causas e dados epidemiológicos  A síndrome não possui uma causa específica;  Ocorre 1 a 2:100.000 hb;  Adultos mais afetados;  Primeiros sintomas são precedidos por infecções no trato respiratório ou digestivo e até mesmo por vacinas (raros casos);  Campylobacter jejuni, citomegalovirus e Zika vírus têm sido associados à SGB. Fonte Imagem: Internet - domínio publico
  • 12. Sintomas  INICIAIS:fraqueza nos membros inferiores (que segue ascendendo para o tronco), parestesia (formigamento) e dor neuropática;  FASE AGUDA, os sintomas são: paralisia flácida simétrica dos membros, possíveis dificuldades para deglutir e respirar e alterações sensoriais (comprometimento de neurônios sensitivos).  Alguns sintomas apresentados excluem o diagnóstico de Guillain-Barré: descontrole dos esfíncteres da bexiga e do reto, paralisia assimétrica e paralisia por mais de 8 semanas (como já mencionado).
  • 13. Diagnóstico  Através da punção do Líquido cerebroespinhal, no qual pode- se verificar altos níveis de proteínas, acompanhado por células monoclueadas.  A eletrofisiologia também pode detectar a lentidão dos impulsos motores e sensitivos (após duas semanas do início dos sintomas). Fonte Imagem: Internet - domínio publico
  • 14. Complicações  As possíveis complicações são: oftalmoplegia, ataxias, disfagia e, se os nervos autônomos forem afetados, arritmias cardíacas e alterações na pressão sanguínea;  A complicação mais grave é a paralisia dos músculos acessório da respiração. Nestes casos, o paciente deve ser submetido à ventilação mecânica.
  • 15. Tratamento  Os tratamentos recomendados durante a fase aguda são:  Plasmaferese;  Aplicação de IgG (Imunoglobulina) Albumina – proteína responsável pelo transporte de substâncias no sangue e regulação osmótica.
  • 16. Prognóstico  Normalmente, o prognóstico da síndrome é positivo.  Maioria consegue se recuperar 60 a 90% das funcionalidades;  Em raros casos o paciente recupera completamente;  A marcha pode permanecer instável, a coordenação motora fina e o tato não são restaurados completamente e, em alguns casos, o problema na deglutição permanece;  A taxa de mortalidade é menor que 10% e deve- se principalmente à paralisia dos músculos da respiração, bem como de um tratamento inadequado e/ou fatores de risco: idade avançada, portadores de doenças crônicas, etc.
  • 17. O papel do fisioterapeuta O fisioterapeuta atuará em dois momentos distintos: 1. FASE AGUDA: • Na UTI:  Prevenção de contraturas e úlceras de pressão,  controle da dor,  cuidados respiratórios(prevenir pneumonias, atelectasia)  Evitar formação de trombos por imobilização que podem levar a trombose profunda ou embolia. http://sobratimanaus.blogspot.com.br/2011/12/monitorizacao-respiratoria.html Imagens: http://fisioteraloucos.com.br/fisioterapia-na-uti-do-hge-agiliza-a-recuperacao-de-pacientes/
  • 18. O papel do fisioterapeuta 2. FASE DE RECUPERAÇÃO: No hospital e após a alta, variando de caso a caso em intensidade e tempo.  Restauração da ADM - amplitude dos movimentos;  Recuperação da força muscular;  Coordenação dos movimentos  Controle do tronco;  Executar transferências;  Treinamento das habilidades funcionais(vestir-se, alimentar-se, etc);  Restauração do equilíbrio e propriocepção;  Restauração da marcha
  • 19. Depoimento – Estudo de Caso Síndrome de Guillan-Barret em um paciente do Núcleo de Pesquisas de Neurofisioterapia da Faculdade de Fisioterapia - FEFF – UFAM Nossos agradecimentos e profundo respeito ao Sr. P.P.L. que inspirou nosso trabalho, e vem relatar sua experiência na busca da reabilitação após sequelas da SGB.
  • 20. REFERÊNCIAS • ABBAS, Abdul K.; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay. Robinbins & Cotran - Patologia: bases patológicas das Doenças. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. • Tuacek TA, Tsukimoto GR, Figliola CS, Cardoso MCC, Tsukimoto DR, Rosa CDP et al. Neuropatias - Síndrome de Guillian-Barré: reabilitação. Afta Fisiatria:2013,20(2):89-85 • SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada.5 ed.Porto Alegre: Artmed,2010. • http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_sindrome_guillan_barre_livro_2010.pdf • ABBAS, Abdul K.; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay. Robinbins & Cotran - Patologia: bases patológicas das Doenças. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. • https://en.m.wikipedia.org/wiki/Guillain–Barré_syndrome • Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e diretrizes terapêuticas: Síndrome de Guillan-Barré. • www.Novafisio.com.br/sindrome-de-guillan-barre-revisao-de-literatura-x-tratamento- fisioterapico