7. LE – cutâneo subagudo
10 % dos pacientes
ANA negativo
Acentuada fotossensibilidade
Lesões podem ser semelhantes às da
psoríase / eritema polimorfo
Raro acometimento renal e SN
10. LES de início tardio
Início após 50 anos
15 % dos casos
Raro acometimento renal e SN
11. LE induzido por
medicamento
Raramente duram mais de 6 meses com a
suspensão do medicamento.
Raro acometimento renal e SN
ANA positivo
Drogas implicadas: hidralazina, procai-
namida, clorpromazina, isoniazida,
penicilamina, fenitoína, metildopa,
infliximab...
12.
13.
14. LES - Critérios diagnósticos
1. Erupção malar Poupa sulcos nasolabiais
2. Erupção discóide Pode ocorrer atrofia
cicatricial em lesões mais
antigas
3. Fotossensibilidade Erupção cutânea em
conseqüência da exposição
a luz solar de modo
incomum
15. LES - Critérios diagnósticos
4. Úlceras orais Geralmente indolores.
Mais comuns no pálato
5. Artrite Não erosiva, comprometendo 2
ou mais articulações. <5%
causa deformidade (Jaccoud)
6. Serosite Pleurite ( derrame pleural
inflamatório ou atrito pleural)
Pericardite ( ECG, atrito ou
derrame pericárdico)
16. LES - Critérios diagnósticos
7. Distúrbio renal Proteinúria > 500 mg /24 h
Cilindros celulares
(hemáticos, granulosos...)
8. Distúrbio
neurológico
Convulsões ou Psicose sem
outra explicação
17. LES - Critérios diagnósticos
9. Distúrbio
hematológico
Anemia hemolítica
ou
Leucopenia (< 4000 em pelo
menos duas ocasiões)
ou
linfocitopenia (< 1500 em pelo
menos duas ocasiões)
ou
trombocitopenia (< 100.000 ,
na ausência de medicamentos
agressores )
18. LES - Critérios diagnósticos
10. Distúrbio
imunológico
Células LE ou Anti DNA ou Anti
Sm ou falso positivo para sífilis
por pelo menos 6 meses
11. Anticorpo
antinuclear
Na ausência de medicamentos
que possam positivá-lo.
Grande sensibilidade
19. Considera-se que a pessoa tenha
lupus eritematoso sistêmico quando
4 ou mais critérios estão presentes ,
de modo simultâneo ou em série.
34. LES - ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- Anemia de doença crônica (normocítica ou
microcítica);
Anemia hemolítica Coombs positiva;
Leucopenia;
Linfocitopenia;
Trombocitopenia;
- VSG elevada; PCR costuma ser normal na
ausência de infecções
35. LES - ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- Anticoagulante lúpico (TP e/ou KTTP
alterado);
- Falso positivo para Sífilis, em 25 % dos
pacientes
- Alterações no Ex Qualitativo de Urina:
proteinúria, cilindrúria, hematúria...
36. LES - ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- ANA (FAN) positivo em > 95 %; anticorpos
anti DNA ds e anti Sm são menos
sensíveis mas muito mais específicos;
Aumento policlonal da gama globulina
- Diminuição dos níveis de complemento
sérico total (CH 50), C3 e C4 durante a
atividade da doença. CH 50 baixo
constantemente sugere deficiência de C2.
37. ANTICORPOS
ANTINUCLEARES
Imagens por
imunofluorescência
Anticorpo associado
- Homogênea Antidesoxirribonucleo-
proteina (1)
- Periférica Anti-DNA nativo (2)
- Moteada ( salpicada,
pontilhada)
Anti-ENA: RNPn, Sm(2),
SS-A, SS-B(3)
- Nucleolar ARN-nucleolar
(1) responsável pela formação de células LE
(2) especificidade muito grande para LES
(3) relacionado à síndr. de Sjögren
43. LES - outros autoanticorpos
CONTRA DETERMINANTES DA M. CELULAR:
Hemácias: podem determinar ou não hemólise.
Teste de Coombs direto positivo
Leucócitos: contra neutrófilos, linfócitos B e T
Plaquetas: comuns. Com ou sem
trombocitopenia
Contra fatores da coagulação ( II, VIII, IX eXII ) :
associados a graves episódios hemorrágicos
Neuronal: na doença ativa do SNC
44. LES - outros autoanticorpos
CONTRA PROTEINA P RIBOSSÔMICA:
na doença ativa do SNC
ANTICORPOS ANTIFOSFOLIPÍDEOS
Reação para Sífilis falso-positiva
• (VDRL positivo e FTA-ABS negativo)
Anticoagulante lúpico
• Determina anticoagulação in-vitro, não
corrigida por adição de plasma normal
Anticardiolipina
47. Síndrome antifosfolipídica
Decorrentes da presença de anticorpos
anticardiolipina / anticoagulante lúpico.
Pode ser primária ou secundária,
geralmente ao LES (mais raramente AR,
síndrome de Behçet).
48. Síndrome antifosfolipídica
Manifestações clínicas
Abortos de repetição
RN de baixo peso
Pré eclâmpsia
Tromboses venosas e arteriais (AVE,
coronariopatia, AVE isquêmico transitório,
enxaqueca, gangrena de extremidades,
hipertensão pulmonar, síndrome cardíaca
pós parto...)
Convulsões
53. LES e GESTAÇÃO
Uso de estrogênios: implicado na exacerbação
do LES (Discutível). Evitar estrogênios nas
pacientes portadoras de anticorpos AFL.
Gestação:
quadro sem sinais de atividade geralmente tem
boa evolução
LES em atividade, especialmente se há lesão
renal: maior risco de exacerbação.
risco aumentado de aborto, parto prematuro,
natimorto especialmente se estiverem pre-sentes
anticorpos anticardiolipina.
55. LE neonatal
Transmissão de anticorpos via
placentária.
A transmissão de anticorpos anti- Ro
é a mais importante.
Manifestações clínicas:
Eritema cutâneo transitório
Bloqueio AV.
Trombocitopenia
58. LES - tratamento
AINES
Glicocorticóides
Antimaláricos
Quimioterápicos (Citostáticos)
Outras medidas
59. Tratamento do LES – AINES
Indicados principalmente para:
a) manifestações articulares
b) serosites leves
c) manifestações sistêmicas leves
Qualquer AINE pode ser utilizado
60. Tratamento do LES –
antimaláricos
Manifestações cutâneas
Manifestações articulares
Serosites leves
61. Tratamento do LES –
antimaláricos
Evidências recentes mostraram que a
hidroxicloroquina não melhora apenas o
lúpus cutâneo, mas também
hiperlipidemias, artrites e sintomas
constitucionais, é considerada segura na
grávida, tem ação antiplaquetária e pode
atuar melhorando na síndrome de
Sjögren.
62. Tratamento do LES –
antimaláricos
CONSENSO BRASILEIRO 2004
Independente do órgão ou sistema afetado, o
uso contínuo de antimaláricos (difosfato de
cloroquina: 4 mg/kg/dia ou sulfato de
hidroxicloroquina: 6 mg/kg/dia) é indicado
com a finalidade de reduzir a atividade da
doença e tentar poupar corticóide em todos
os pacientes com LES.
63. Tratamento do LES –
glicocorticóides
a) Manifestações articulares,
serosites ou sistêmicas severas ou
que não responderam aos AINES
b) Comprometimento de
órgãos/tecidos importantes: rins,
SNC, pericárdio, miocardio...
c) Vasculites
64. Tratamento da Síndrome
antifosfolipídica
Antiagregantes plaquetários (AAS)
Anticoagulantes (heparina, antivi-
taminas K)
Pentoxifilina
Nos casos secundários ou existindo
plaquetopenia severa:
corticosteróides (prednisona ou
pulsoterapia com metil-prednisolona)
66. LES - prognóstico
Remissão completa em até 20 %
Mortes: ocorrem principalmente
por infecções, insuficiência renal,
comprometimento do SNC
Sobrevida em 5 anos: 95 %
Sobrevida em 10 anos: 90 %
68. Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004
1) Prasterone (Prestara), uma forma sintética do hormônio DHEA
Desenvolvido pela Genelabs Technologies, está na fase III do teste clínico
para determinar se é benéfico para osteoporose induzida por corticóides em
mulheres lúpicas.
2) LJP394 (Riquent), bloqueador do anti-DNA
La Jolla Pharmaceutical Company espera desenvolver um tratamento que
bloqueie a produção de anticorpos DNA sem minimizar o sistema imunológico
ou causar efeitos adversos, o que poderia prevenir crises de nefrite.
3) BLyS, supressão de linfócitos B
O estimulador do linfócito B (BLyS) assegura a sobrevivência do linfócito B, a
célula branca do sangue que produz anticorpos. O propósito desta pesquisa,
que está na fase II, é suprimir o processo BLyS.
69. As Mais Recentes Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004
4) Rituximab (Rituxan), que elimina os linfócitos B
Desenvolvido pela Genentech/IDEC, Rituximab é uma droga que mata
os linfócitos B.
5) CD154, contra os linfócitos T
A atividade em lúpicos e doentes renais apresentaram melhoras com
esta terapia que ataca células T ativas.
6) LJP1082, para a síndrome antifosfolipídica
A droga foi desenvolvida pela La Jolla Pharmaceutical Company para
minimizar a ação das células B.
7) Bromocriptina (Parlodel), que suprime a prolactina
Estudos têm mostrado que a prolactina está ligada a atividade lúpica.
Produzida pela Novartis, Parlodel suprime o sistema imunológico
hiperativo.
70. As Mais Recentes Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004
8) Micofenolato de mofetila– CellCept, no acometimento renal
Indicação comum para evitar a rejeição de transplantes, o CellCept,
produzido pela Roche, tem sido usado para controlar uma série de
doenças reumáticas e nefrite lúpica.
9) Ciclosporina (Sandimmune e Neoral), na atividade lúpica
É uma droga imunossupressora usada para minimizar a atividade
lúpica, permitindo a redução do uso de corticóides. Sandimmune e
Neoral são produzidos pela Novertis.
10) Eculizumab, como agente antiinflamatório
É um inibidor do complemento C5 desenvolvido pela Alexion
Pharmaceuticals para doenças crônicas, incluindo o lupus, quando uma
atividade antiinflamatória longa é desejada.
71. As Mais Recentes Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004
11) Leflunomida (Arava), como agente antireumático
A droga, produzida pela Aventis, interrompe a produção de células do
sistema imunológico responsável pelo inchaço, inflamação, rigidez e
dor da artrite reumatóide.
12) Talidomida, Tacrolimo (Protopic) e Pimecrolimo (Elidel), para
lesões cutâneas
Essas drogas têm sido usadas no tratamento cutâneo, permitindo a
redução da dosagem de corticóides. A Talidomida é fabricada pela
Celgene, Protopic pela Fujisawa e Elidel pela Novartis.
Notas do Editor
Alguns antígenos leucocitários humanos (HLA - histocompatibility leukocyte antigen) se associam a risco aumentado de LES, como HLA-DR3 e o DR2, mas as associações são mais consistentes com manifestações clínico-laboratoriais ou mecanismos fisiopatogênicos. Assim, há maior risco de produção de alguns autoanticorpos (auto-Ac) na presença dos alelos DQB1 e DQA1 produção de Ac antifosfolípides, anti-Sm e anti-DNA na presença de HLA-DR/DQ LES neuropsiquiátrico na presença de HLA-DR3 e HLA-DR9 e Ac antifosfolípides e apoptose na presença de HLA-DRB1*03.