Este documento discute inovações recentes nos tratamentos quimioterápicos para câncer veterinário. Ele descreve novos agentes como lipossomas de doxorrubicina, inibidores de tirosina quinase e terapia-alvo com anticorpos monoclonais que podem melhorar a eficácia do tratamento e reduzir efeitos colaterais. O documento também discute novas abordagens como imunoterapia para osteossarcoma.
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Quimioterapia
• Conceito:
O termo quimioterapia se refere ao tratamento de
enfermidades através produtos químicos que afetam a
função celular.
Estes fármacos são utilizados no tratamento de tumores
quando a cirurgia não é possível ou se torna ineficaz na
eliminação total da enfermidade.
Destinam a tentar deter o avanço da enfermidade, aumentar
a sobrevida ou apenas promover uma melhora paliativa.
CICLO CELULAR
A maioria dos agentes quimioterápicos atuam a
fim de evitar a divisão e a proliferação celular.
Muitos agentes quimioterápicos atuam sobre uma
ou mais fases do ciclo celular.
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Objetivos de quimioterapia
Curativa – utilizada em alguns tipos de neoplasias com o objetivo
da remissão completa do tumor.
Adjuvante – empregada após o tratamento cirúrgico, tendo como
objetivo eliminar células residuais locais ou circulantes, diminuindo
a incidência ou o controle das metástases à distância.
Neoadjuvante: indicada a fim de promover uma redução tumoral
antes de um procedimento cirúrgico ou radioterápico. Entretanto
essa terapia não é recomendada em todos os casos; é restrita
apenas em neoplasias que, comprovadamente, reduzirão o seu
tamanho com a quimioterapia de maneira significativa.
Paliativa – sem fins curativos. Se utiliza com o propósito de
melhorar a qualidade de sobrevida do paciente, por meio da
diminuição dos sinais clínicos ocaionados pela evolução do tumor.
QUANDO UTILIZAR ?
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DO
PACIENTE
APÓS CORRETO
ESTADIAMENTO
CLÍNICO E/OU
CIRÚRGICO
COMPROMETIMENTO
DO TUTOR
QUAL
PROTOCOLO?
TRARÁ BENEFÍCIO AO
PACIENTE?
MODALIDADES
Terapia de indução: – Através de protocolos mais agressivos e
em intervalos menores de aplicação, procura-se reduzir o maior
número de células tumorais.
Terapia de manutenção: – Caracteriza-se por utilizar protocolos
menos intensos, objetivando manter a remissão e evitar o relapso
da neoplasia.
Terapia de consolidação: - Modalidade utilizada de forma menos
intensa que as terapias de indução, com a finalidade de diminuir ao
máximo a população de células neoplásicas naqueles pacientes que
não entraram em remissão completa da doença desde o início do
tratamento.
Terapia de resgate: – Utilizada em casos de recidiva tumoral após
uma terapia anterior, ou ainda após a falha no tratamento inicial
estabelecido.
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Toxicidade da Quimioterapia
O quimioterápico não atua exclusivamente sobre as
células tumorais. Estruturas normais que se renovam
constantemente como a medula óssea, a pele e
mucosa do trato digestivo, também são afetadas pela
ação dos mesmos.
Por este motivo as quimioterapias devem ser
administradas em ciclos e em fases pré estabelecidas
determinadas pela recuperação orgânica do paciente.
Assim, a avaliação hematológica deverá ser sempre
realizada antes de qualquer tratamento
quimioterápico.
Doses e Duração da Quimioterapia
Para produzir uma maior destruição das células tumorais, devemos
usar doses máximas toleradas (DMT) administradas por um menor
tempo possível.
Esta dose deve ser ajustada ao estado clínico
do paciente.
As doses utilizadas e a frequencia de administração dependerá da
toxicidade promovida aos tecidos normais. Para a maioria dos
medicamentos contra o câncer, leucopenia e trombocitopenia são
achados evidentes em contagens hematológicas realizadas ao redor
do 7º e 14º dia após a administração da droga quimioterápica.
NADIR
Classificação dos quimioterápicos
antineoplásicos
Agentes alquilantes
Antimetabólicos
Fármacos Naturais
Antibióticos Antitumorais
Hormônios e antagonistas hormonais
Enzimas
Diversos
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Agentes alquilantes
Derivados da mostarda nitrogenada:
Clorambucila
Ciclofosfamida
Ifosfamida
Melfalano
Derivados da etilamina
Tiotepa
Alquil sulfonados
Busulfano
Nitrosuréias
Lomustina, Carmustina, Semustina
Triazenos
Dacarbazina, Procarbazina, Temozolamida
Sais metálicos
Cisplatina e Carboplatina
Agentes antimetabólicos
Análogos do ácido fólico
metotrexato
Análogos da pirimidina
5 – fluorouracil
citosina arabinosídeo ou citarabina
gencitabina
Análogos das purinas
6-mercaptopurina
6-tioguanina
Agentes Antimicrotubulares
Alacalóides vegetais
Sulfato de vincristina
Vimblastina
Vinorelbina
Derivados do Podophyllum peltatum
Etoposídio
Tenoposídio
Derivados do Taxus brevifolia
Paclitaxel
Derivados do Taxus baccata
Docetaxel
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
Via oral
Vantagens
• · Praticidade, pode ser feita pelo TUTOR (orientado)
Desvantagens
• · Uso em felinos
Cuidados de enfermagem na via oral
• Manusear os quimioterápicos com luvas de procedimentos .
• Orientar e assistir o cliente com relação aos efeitos colaterais.
• Administrar antiemético prescrito, se presença de vômitos
persistentes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
Via Endovenosa
• Vantagens
• · Acesso rápido e consequente efeito quimioterápico
imediato.
• Desvantagens
• · Requer correta técnica para colocação do cateter
• Potencias complicações
• · Flebite, necrose tecidual por extravasamento da droga
e choque anafilático agudo.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
Via Intramuscular
• Vantagens
• · Animais muito agressivos de difícil manuseio e felinos.
• Desvantagens
• · Existem poucas drogas disponíveis para esta modalidade de
administração.
• Potenciais complicações
• · Lipodistrofias e abcessos.
• Cuidados de enfermagem na via intramuscular
• Diluir os fármacos em pequena quantidade de diluentes.
• Fazer anti-sepsia rigorosa no local de aplicação.
• Administrar o quimioterápico em até 5 ml para cada aplicação em animais
de grande porte e 3ml para
• De pequeno porte e felinos.
• Utilizar uma agulha de menor calibre.
• Fazer rodízios dos locais de aplicação
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
Via Intravesical
• Vantagens
• · Exposição direta da superfície da vesícula urinária à droga
• Desvantagens
• · Requer contenção química do animal
• Potenciais complicações
• · Infecções do trato urinário, cistite, contratura da bexiga, urgência
urinária, reações alérgicas à droga
• Cuidados de enfermagem na aplicação por via intravesical
• Orientar o paciente a fazer restrição hídrica por 8 a 12 horas antes
da sondagem.
• Fazer o cateterismo vesical com sonda uretral do calibre correto
• Aplicar o quimioterápico antineoplásico.
• Fazer mudança de decúbito de 15 em 15 minutos.
• Orientar que a quimioterapia deverá ficar retida por maior tempo
possível.
• Drenar o quimioterápico e retirar a sonda.
QUIMIOTERAPIA INTRATUMORAL
O que há de atual em tratamentos
quimioterápicos
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ONCEPT –
Trata-se de uma vacina que estimula o sistema
imunológico a reconhecer as células neoplásicas e
consequente destruição.
ONCEPT IL 2
Fibrossarcoma felino
O produto desenvolvido para tratar do fibrossarcoma
felino. Deve ser administrado após 30 dias da
excisão tumoral, evitando com isso a recidiva.
DOXORRUBICINA
LIPOSSOMAL
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DOXORRUBICINA
LIPOSSOMAL
Conceito:
a droga está presente dentro de pequenas
partículas - os lipossomos - que, por sua vez,
liberam a medicação bem mais próximo ao tumor,
conferindo maior segurança ao paciente uma vez
que a molécula não circula no organismo,
diminuindo os efeitos colaterais e alterações da
medula óssea.
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
• Introdução:
– As tirosinaquinases são um importante grupo proteico
que podem estar localizadas na superfície celular, no
citoplasma ou dentro do núcleo.
– As encontradas na superfície da membrana celular é
chamada de receptores de tirosinaquinase (RTQ). Agem
regulando a divisão e a diferenciação celular.
– Se essa sinalização se tornar descontrolada, o
crescimento celular desregula-se, podendo levar ao
desenvolvimento tumoral.
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
TKIs
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Compreendendo os TKIs
• Introdução:
– Células normais recebem sinais externos que são
transmitidos para o interior do citoplasma até o núcleo,
regulando a divisão, diferenciação, sobrevida e morte
celular.
– Esses sinais são induzidos por fatores de crescimento,
citocinas, quimiocinas, hormônios entre outros.
– Esses sinais gerados, induzem uma rede coordenada de
interações proteicas com a formação de complexos que
regulam intimamente os processos celulares.
– Muitos componentes críticos dessas vias de transdução
estão desregulados em células tumorais.
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
• Medicina Veterinária
MASITINIB MESILATO
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
• Medicina Veterinária – inibidores de VEGFR1/2, PDGFRα/B e
Kit (antitumoral e antiangiogênica)
TOCERANIB
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INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
Fator de Crescimento Endotelial Vascular - VEGFR1/2
Desempenha importante papel regulador no desenvolvimento
vascular fisiológico, sendo que tanto a diminuição nos seus
níveis ou sua ausência quanto o aumento provocam danos na
formação vascular .
Receptores do fator de crescimento derivado de plaquetas
PDGFR α / β
Regulam a proliferação ,diferenciação, crescimento e
desenvolvimento celular das neoplasias.
TOCERANIB
Aplicações em Estudos dos TKIs
• Toceranib e piroxican :
dose: 3,25 mg/kg toceranib
dose: 0,3mg/kg/dia piroxican
• Toceranib e vimblastina
toceranib: 3,25mg/kg dias alternados
vimblastina: 1,6mg/m2 a cada 2 semanas
• Toceranib e lomustina
toceranib: 2,75mg/kg ( seg/qua/sex) em ciclos de 21 dias
lomustina: 50 mg/m2
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
• Medicina Veterinária (LMC)
MESILATO DE IMATINIBE
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TERAPIA ALVO ANTITUORAL
• MABS
MABS- anticorpos monoclonais
São medicamentos imunobiológicos,
modificados em laboratório que atuam sobre
determinadas proteínas, eliminando ou
prevenindo o crescimento de células .
Diferente dos tratamentos quimioterápicos, esta
é uma terapia dirigida, uma vez que estimula
as células do sistema imune a atacar somente
células malignas, o que aumenta a eficácia
reduzindo os efeitos deletérios secundarios.
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RITUXIMAB
Mabthera 100mg e 500 mg injetável
É um anticorpo monoclonal dirigido contra o
antígeno CD20, indicado para o tratamento de
pacientes:
linfoma de células B e CD 20 positivo,
leucemia linfocítica,
linfoma primário cutâneo tipo B.
TRASTUZUMABE – Herceptin 440mg inj
É um anticorpo monoclonal derivado de DNA
recombinante que se une com alta afinidade
ao fator de crescimento epidérmico humano
(HER-2).
Está indicado para tratamento de pacientes
com câncer de mama metastásico cujos
tumores sobreexpresan a proteína HER2.
O que a industria farmacêutica
veterinária recentemente lançou?
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O que a industria farmacêutica está
produzindo para um futuro próximo?
AT – 014
Indicação: Imunoterapia para os osteossarcomas
primários.
Doxophos®: é uma formulação de nanopartículas único da
doxorrubicina substância (adriamicina ® ).
TANOVEA(rabacfosadine) –
SAINDO DO CONVENCIONAL
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
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QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
• Quimioterapia Convencional (DMT)
• Quimioterapia Metronômica
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
CONCEITO:
A terapia metronômica oferece um novo conceito no tratamento do
câncer, além de um protocolo citotóxico diferente do convencional.
Protocolos de quimioterapia metronômica baseiam-se na utilização de
fármacos antineoplásicos tradicionalmente empregados em
quimioterapia convencional, administrados VO, em baixas doses,
intervalos curtos e regulares.
A administração metronômica proporciona baixos e contínuos níveis
circulantes dos fármacos antineoplásicos, garantindo efeitos
citotóxicos, antiangiogênicos e imunomoduladores, além de
proporcionar baixos índices de efeitos adversos e de resistência aos
quimioterápicos (Hanahan et al., 2000)
.
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
MECANISMO DE AÇÃO:
Efeitos citotóxicos
Indução da senescências
Efeitos antiangiogênicos
Afeta as células endoteliais de uma maneira muito mais
direta e seletiva quando comparada com outros tipos de
células e tecidos
Modula os níveis de fatores de crescimento angiogênico
Ação direta (apoptose) sobre as células endoteliais
progenitoras
Ação direta sobre as células endoteliais tumorais
Efeitos imunomoduladores
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QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
Indicações:
controle paliativo da neoplasia,
Neoplasias recorrentes,
Neoplasias inoperáveis ou metastáticas,
tratamento pacientes muito debilitados ou cujos
propietários recusam as terapias convencionais
devido o risco de efeitos adversos.
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
Fármacos:
O fármaco citostático mais utilizado em vários estudos da
quimioterapia metronômica é a Ciclofosfamida (Penel y
cols., 2012), sendo que outros fármacos estudados como o
clorambucil, lomustina e metotrexato são também
empregados.
Dois inibidores da tirosina quinase, o masitinib (Masivet) e
o toceranib (Palladia), encontram-se licenciados para
utilização na medicina veterinária para o tratamento de
mastocitomas caninos e podem também ser utilizados como
terapia metronômica.
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
CLORAMBUCILA
Indicações:
Neoplasias linfoproliferativas
Leucemia linfocítica crônica
Substitui a Ciclofosfamida em caso de
cistite hemorrágica
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TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
DOCETAXEL
Indicações:
Tumores epiteliais
Efeitos da quimioterapia
“Apesar de ser frequentemente utilizada por clínicos
veterinários , a quimioterapia na rotina da clínica de pequenos
animais traz diversos riscos relacionados à exposição aos
medicamentos antineoplásicos. Estes riscos referem-se tanto a
profissionais diretamente envolvidos com os procedimentos
clínicos, sejam médicos veterinários ou enfermeiros, quanto aos
tutores dos pacientes. No entanto, apesar de todo o
conhecimento a respeito deste fato, estes riscos tem sido
rotineiramente negligenciados. Seja em nossas escolas e
faculdades de medicina veterinária, seja no exercício
especialista de profissionais habilitados”.
Prof. Dr. Cláudio Mafra
Departamentode Bioquímica e Biologia Molecular
Universidade Federal de Viçosa - MG
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Manejo e Descarte dos
Quimioterápicos:
Cuidados que são negligenciados
Biosegurança
É um conjunto de procedimentos, ações ,
técnicas, metodologias, equipamentos e
dispositivos capazes de eliminar ou minimizar
riscos inerentes as atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, que podem comprometer
a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente ou qualquer dos trabalhos
desenvolvidos.
Grupos de Riscos
Físico
Químico
Ergonômico
Biológicos
Acidentes
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Riscos Químicos
Substâncias, compostos ou produtos que
podem penetrar no organismo por via
respiratória, absorvidos pela pele ou por
ingestão, na forma de gases, vapores,
neblinas, poeiras ou fumos.
Avaliação quantitativa e qualitativa
Riscos Químicos na Manipulação de
Antineoplásicos
As atividades de risco são as capazes de
proporcionar DANO,DOENÇA ou MORTE
Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Conceitos:
É importante que, fique clara a diferença entre risco e
perigo.
Existe perigo na manipulação de determinados produtos
químicos ou biológicos,
Porém o risco dessa atividade pode ser considerado
baixo se forem observados todos os cuidados necessários
e utilizados os equipamentos de proteção adequados
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Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Riscos presentes na produção e preparo de medicamentos
Medicamento
ManipuladorMeio ambiente
O que diz a Lei:
Resolução 288/96 (21/03/96)
CFF – Compete ao farmacêutico assegurar
condições adequadas de formulação, preparo,
armazenagem, conservação, transporte e
segurança quanto ao uso de drogas
antineoplásicas, ratificando como “atribuição
privativa do farmacêutico a competência para o
exercício da atividade da manipulação de drogas
antineoplásicas e similares nos estabelecimentos
de saúde”.
RDC 220 e a Manipulação de
Quimioterápicos
• RESOLUÇÃO - RDC Nº 220, DE 21 DE
SETEMBRO DE 2004.
25. PapoVet
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REGULAMENTO TÉCNICO DE
FUNCIONAMENTO PARA OS SERVIÇOS
DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Este Regulamento Técnico fixa os requisitos
mínimos exigidos para o funcionamento dos
Serviços de Terapia Antineoplásica (STA)
Condições Gerais
A Terapia Antineoplásica (TA) deve abranger,
obrigatoriamente, as seguintes etapas:
Observação clínica e prescrição médica.
Preparação: avaliação da prescrição, manipulação,
controle de qualidade e conservação.
Transporte.
Administração.
Descarte.
Documentação e registros que garantam
rastreabilidade em todas as etapas do processo.
Farmácia
Deve atender às Boas Práticas de Preparação da TA
(Anexo III);
Medicamentos e materiais devem atender a
especificação técnica detalhada pela EMTA (Equipe
Multiprofissional de Terapia Antineoplásica);
Fornecedores de medicamentos e materiais devem
ser qualificados;
26. PapoVet
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Armazenamento
Todos os medicamentos destinados a TA devem ser separados dos
demais, armazenados sob condições apropriadas, de modo a
preservar a identidade e integridade dos mesmos.
No caso de medicamentos que exijam condições especiais de
temperatura, deve existir registro e controle de temperatura que
comprovem o atendimento as exigências.
Análise da Prescrição Médica
Conhecer as propriedades físico-químicas das
drogas antineoplásicas;
Conhecer os protocolos de QT e a
farmacologia das drogas antineoplásicas;
Checar todos os itens da prescrição
identificando todas as drogas ligadas à
quimioterapia (antineoplásicos, pré e pós QT e
outras)
Análise da Prescrição Médica
Calcular todas as doses em ml de acordo com as
tabelas de quimioterapia que são preparadas e
revisadas periodicamente pelo farmacêutico;
Verificar compatibilidade entre droga/soro;
Verificar estabilidade pela relação de
concentração droga(mg) / soro(ml);
Ex: Carboplatina estabilidade 0,5 a 10mg/ml
Preparar rótulos de identificação e advertência.
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Características Físico-Químicas
Etoposídeo ( Concentração Estabilidade)
Genuxal (Difícil reconstituição)
Taxol (Apresenta sorção por PVC)
Cisplatina (Estabilidade dependente dos íons Cl-,
necessita hidratar bastante o paciente devido
elevada nefrotoxicidade, incompatível com SG
5%)
Carboplatina (Estabilidade com SF 0,9%)
Carmustina (Reconstituição hidroalcóolica)
Antibióticos Antitumorais (cardiotoxicidade)
PRESCRIÇÃO E ESTABILIDADE DE ANTINEOPLÁSICOS
Fármaco Administração Estabilidade Diluente
Estabilidade
Equipo Vesicante Irritante Observações
após manipulação
Asparaginase
Infusão 20 a 5000 UI/mL SG5% / SF
8h SR
Descartar soluções turvas. Não agitar
vigorosamente.
Bolus (IM) 5000 UI/mL SF
Bleomicina
Infusão
0,015 a 15 UI/mL SF 7 dias SR
A estabilidade após diluição em TA é de 24 horas.
Proteger da luz.
Bolus (IM, IV, SC)
Carboplatina Infusão 0,5 a 10mg/mL SG5% 24h SR
Degrada em contato com alumínio.
Tem melhor estabilidade em SG5%.
Carmustina Infusão 0,1 a 3,3 mg/mL SG5% / SF 48h SR/AL Âmbar sim
Reage com PVC e EVA.
Ciclofosfamida
Infusão
0,1 a 20 mg/mL SG5% / SF
6 dias SR
Exige agitação intensa para dissolução. Atenção
ao risco de contaminção biológica.Bolus 48h TA
Cisplatina Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SF / SGF 24h TA/AL
Âmbar sim
Não deve ser refrigerada. Interage com alumínio.
Proteger da luz.
Manitol/ SF +
Manitol
48h TA/AL
Doxorrubicina
Infusão 0,1 a 2 mg/mL
SG5% / SF
6 dias SR/AL
Âmbar sim
Pode ser inativada por Cloreto de Sódio 5% .
Ocorre a formação de precipitado em contato
com diluentes bacteriostáricos e alumínio.
Bolus 2 mg/mL 6 dias TA/AL
Epirrubicina
Infusão 0,5 a 2 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim sim x
Bolus 2 mg/mL
Vimblastina
Infusão
0,003 a 1 mg/mL SG5% / SF / RL
28 dias SR
sim sim
A administração IT é fatal. Proteger da luz.
Bolus 24h TA
Vincristina
Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim
A administração intratecal pode ser fatal. Pode
causar sérios danos teciduais em caso de
extravasamento.
Bolus 0,025 a 1 mg/mL
Ambiente de Manipulação
Sala Limpa
Central de Ar Classificado
Fluxo Laminar Vertical
Classe II B2: Para estes equipamentos 100% do ar
insuflado na área de trabalho são retirados do ambiente
(sala), e este volume de ar somado aos 30% que formam
a cortina de ar sob a janela, são totalmente exauridos
para o meio ambiente (fora da sala), não havendo
recirculação de ar. Equipamento adequado para a
manipulação de produtos químicos nocivos,
radioisótopos e voláteis tóxicos em baixos níveis.
28. PapoVet
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Estrutura Física - Farmácia
Exigências RDC Anvisa 67/07:
Sala de paramentação com câmaras fechadas,
preferencialmente com dois ambientes (barreira sujo/
limpo) para troca de roupa;
Sala para limpeza e higienização de medicamentos classe
ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico de ar) contínua à sala
de manipulação;
Sala destinada à manipulação, independente e exclusiva,
em área ISO Classe 7 (10.000 partículas) e cabine de
segurança biológica ISO Classe 5(100 partículas).
Pressão negativa em relação às salas adjacentes.
Equipamentos de Proteção
Individual (EPI´S)
Roupa estéril (avental Tyvek)
Óculos Proteção
Luva sem talco estéril
Mascara PFF2
Degermante para assepsia de mãos
(Clorexidine 2%)
Coletor rígido - PVC
Preparo da Quimioterapia
Antes da Manipulação
Lavagem de Mãos
Paramentação do Manipulador
Higienização e Montagem do Fluxo
30. PapoVet
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Durante a Manipulação
Técnica segura de manipulação
Atentar para aferição das seringas
Atentar para as características físico-químicas de cada
droga
Atentar para tipo e volume adequado dos reconstituintes
de cada droga (ABD e NaCl 0,9%)
Atentar para tipo e volume adequado dos soros diluentes
de cada droga (SF 0,9%, SG 5%, SGF 1:1)
Atentar para tipo de equipo de acordo com a droga, forma
e tempo de infusão (infusão gravitacional ou BIC, bolus,
push, IM, IV)
Técnica Segura para Manipulação de
Quimioterapia
Prevenir formação de aerossóis usando gaze estéril;
Equilibrar pressão existente no interior dos frascos de
drogas;
Evitar movimentos bruscos e não retirar as mãos do
interior do fluxo;
Troca do segundo par de luvas a cada 2 horas de
manipulação ininterrupta;
Uso seguro do fluxo laminar;
Manutenção periódica do fluxo laminar
Medicamentos e drogas de risco também
podem contaminar o ambiente e o manipulador
Substância (droga)
Produto (medicamentos, saneantes, desinfectantes)
31. PapoVet
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RISCO OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO AOS
MEDICAMENTOS DE RISCO (ASHP)
Medicamentos e drogas de risco manuseadas como inócuos
(vitaminas, antineoplásicos (VINCRISTINA, CICLOFOSFAMIDA e
outros)), levam à contaminação do manipulador e do meio
ambiente
Da contaminação resulta a absorção pelos profissionais de saúde. A
absorção é pequena, exceto em situações de grande exposição
O dano é cumulativo. Profissionais que preparam ou administram
esses medicamentos por longos períodos de tempo (veterinários;
enfermeiros-oncologistas e de transplantes, farmacêuticos dos
centros de soluções intravenosas) são os mais expostos
CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE PODEM DETERMINAR O
RISCO OCUPACIONAL (AMERICAN SOCIETY OF HEALTH PHARMACIST –
ASHP)
GENOTOXICIDADE (mutagenicidade e clastogenicidade)
CARCINOGENICIDADE (indução tumoral em modelo
animal, pacientes humanos ou ambos)
TERATOGENICIDADE (alterações sobre a reprodução,
alterações da fertilidade, má-formações congênitas no
feto)
TOXICIDADE SÉRIA E SELETIVA SOBRE ÓRGÃOS E
SISTEMAS (em baixa dose em modelo animal e em
pacientes tratados)
Reação a Exposição de
Antineoplásicos
Manipulador exposto a Bleomicina
32. PapoVet
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Transporte
Recipiente isotérmico exclusivo;
Garantia de conservação;
Treinamento do colaborador para
gerenciamento de riscos e acidentes.
Segurança Ambiental
Kit de derramamento identificado e disponível em
todas as áreas onde são realizadas atividades de
manipulação, armazenamento, administração e
transporte;
Composição do Kit: luvas de procedimento, avental,
compressas absorventes, proteção respiratória,
proteção ocular, sabão, descrição do procedimento e
formulário de notificação, recipiente para recolhimento
dos resíduos;
Classificação de acidentes: pessoal, na cabine,
ambiental.
Plano de Gerenciamento de
Resíduos em Serviços de Saúde
De acordo com a Resolução RDC Nº 306/04 da ANVISA,
o gerenciamento de RSS constitui uma ação de gestão,
envolvendo recursos materiais, físicos e humanos,
devendo ser planejada e implementada
fundamentando-se em bases científicas e técnicas,
normativas e legais. Os objetivos desta ação são
minimizar a geração dos resíduos e fornecer uma
destinação segura a eles, proporcionando a prevenção
de agravos à saúde e ao meio ambiente além de
proteção dos trabalhadores.
33. PapoVet
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A Resolução nº 283 do CONAMA
define o PGRSS
Documento integrante do processo de licenciamento
ambiental, baseado nos princípios da não geração de
resíduos e na minimização da geração de resíduos, que
aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no
âmbito dos estabelecimentos mencionados no art. 2º desta
Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como a
proteção à saúde pública. O PGRSS deve ser elaborado pelo
gerador dos resíduos e de acordo com os critérios
estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio
ambiente federais, estaduais e municipais.
PGRSS
Deve contemplar todas as etapas adequadas ao manejo dos resíduos
de serviços de saúde de acordo com as especificações contidas na
legislação. As etapas de acordo com a RDC nº 306/04 são:
segregação,
acondicionamento,
identificação,
transporte interno,
armazenamento temporário,
tratamento,
armazenamento externo,
coleta,
transporte externo e destinação final
Identificação e Classificação dos
Resíduos
Os resíduos sólidos gerados podem ser
classificados em 05 grupos abaixo definidos:
34. PapoVet
33
Grupo B – Resíduos Químicos
Resíduos contendo substancias químicas que
apresentam risco à saúde pública ou ao meio
ambiente.
É identificado por meio de símbolo de risco
associado.
Grupo D – Resíduos Comuns
Resíduos gerados nos serviços de saúde que não
necessitam de processos diferenciados:
- paramentação;
- Filtros;
- sobras ambulatoriais não contaminadas;
- papeis;
- descartáveis;
- embalagens em geral;
35. PapoVet
34
Grupo E – Perfurocortantes
Agulhas
Ampolas vazias
Seringas
Resíduos gerados na área
Grupo B: medicamentos quimioterápicos com
data de validade expirada, bolsas e equipos
contendo tais medicamentos.
Grupo D contaminado com grupo B: Frascos
vazios de medicamentos quimioterápicos,
paramentação, bolsas e equipos vazios
contaminados.
Grupo E contaminados com Grupo B: agulhas,
seringas e ampolas (vazias) contaminadas.
Obrigada!
Eliana Testa CRF/SP 20298
eliana@farmasintese.com.br
www.farmasintese.com.br
38. PapoVet
1
Manejo e Descarte dos
Quimioterápicos:
Cuidados que são negligenciados
Biosegurança
É um conjunto de procedimentos, ações ,
técnicas, metodologias, equipamentos e
dispositivos capazes de eliminar ou minimizar
riscos inerentes as atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, que podem comprometer
a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente ou qualquer dos trabalhos
desenvolvidos.
Grupos de Riscos
Físico
Químico
Ergonômico
Biológicos
Acidentes
39. PapoVet
2
Riscos Químicos
Substâncias, compostos ou produtos que
podem penetrar no organismo por via
respiratória, absorvidos pela pele ou por
ingestão, na forma de gases, vapores,
neblinas, poeiras ou fumos.
Avaliação quantitativa e qualitativa
Riscos Químicos na Manipulação de
Antineoplásicos
As atividades de risco são as capazes de
proporcionar DANO,DOENÇA ou MORTE
Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Conceitos:
É importante que, fique clara a diferença entre risco e
perigo.
Existe perigo na manipulação de determinados produtos
químicos ou biológicos,
Porém o risco dessa atividade pode ser considerado
baixo se forem observados todos os cuidados necessários
e utilizados os equipamentos de proteção adequados
40. PapoVet
3
Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Riscos presentes na produção e preparo de medicamentos
Medicamento
ManipuladorMeio ambiente
O que diz a Lei:
Resolução 288/96 (21/03/96)
CFF – Compete ao farmacêutico assegurar
condições adequadas de formulação, preparo,
armazenagem, conservação, transporte e
segurança quanto ao uso de drogas
antineoplásicas, ratificando como “atribuição
privativa do farmacêutico a competência para o
exercício da atividade da manipulação de drogas
antineoplásicas e similares nos estabelecimentos
de saúde”.
RDC 220 e a Manipulação de
Quimioterápicos
• RESOLUÇÃO - RDC Nº 220, DE 21 DE
SETEMBRO DE 2004.
41. PapoVet
4
REGULAMENTO TÉCNICO DE
FUNCIONAMENTO PARA OS SERVIÇOS
DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Este Regulamento Técnico fixa os requisitos
mínimos exigidos para o funcionamento dos
Serviços de Terapia Antineoplásica (STA)
Condições Gerais
A Terapia Antineoplásica (TA) deve abranger,
obrigatoriamente, as seguintes etapas:
Observação clínica e prescrição médica.
Preparação: avaliação da prescrição, manipulação,
controle de qualidade e conservação.
Transporte.
Administração.
Descarte.
Documentação e registros que garantam
rastreabilidade em todas as etapas do processo.
Farmácia
Deve atender às Boas Práticas de Preparação da TA
(Anexo III);
Medicamentos e materiais devem atender a
especificação técnica detalhada pela EMTA (Equipe
Multiprofissional de Terapia Antineoplásica);
Fornecedores de medicamentos e materiais devem
ser qualificados;
42. PapoVet
5
Armazenamento
Todos os medicamentos destinados a TA devem ser separados dos
demais, armazenados sob condições apropriadas, de modo a
preservar a identidade e integridade dos mesmos.
No caso de medicamentos que exijam condições especiais de
temperatura, deve existir registro e controle de temperatura que
comprovem o atendimento as exigências.
Análise da Prescrição Médica
Conhecer as propriedades físico-químicas das
drogas antineoplásicas;
Conhecer os protocolos de QT e a
farmacologia das drogas antineoplásicas;
Checar todos os itens da prescrição
identificando todas as drogas ligadas à
quimioterapia (antineoplásicos, pré e pós QT e
outras)
Análise da Prescrição Médica
Calcular todas as doses em ml de acordo com as
tabelas de quimioterapia que são preparadas e
revisadas periodicamente pelo farmacêutico;
Verificar compatibilidade entre droga/soro;
Verificar estabilidade pela relação de
concentração droga(mg) / soro(ml);
Ex: Carboplatina estabilidade 0,5 a 10mg/ml
Preparar rótulos de identificação e advertência.
43. PapoVet
6
Características Físico-Químicas
Etoposídeo ( Concentração Estabilidade)
Genuxal (Difícil reconstituição)
Taxol (Apresenta sorção por PVC)
Cisplatina (Estabilidade dependente dos íons Cl-,
necessita hidratar bastante o paciente devido
elevada nefrotoxicidade, incompatível com SG
5%)
Carboplatina (Estabilidade com SF 0,9%)
Carmustina (Reconstituição hidroalcóolica)
Antibióticos Antitumorais (cardiotoxicidade)
PRESCRIÇÃO E ESTABILIDADE DE ANTINEOPLÁSICOS
Fármaco Administração Estabilidade Diluente
Estabilidade
Equipo Vesicante Irritante Observações
após manipulação
Asparaginase
Infusão 20 a 5000 UI/mL SG5% / SF
8h SR
Descartar soluções turvas. Não agitar
vigorosamente.
Bolus (IM) 5000 UI/mL SF
Bleomicina
Infusão
0,015 a 15 UI/mL SF 7 dias SR
A estabilidade após diluição em TA é de 24 horas.
Proteger da luz.
Bolus (IM, IV, SC)
Carboplatina Infusão 0,5 a 10mg/mL SG5% 24h SR
Degrada em contato com alumínio.
Tem melhor estabilidade em SG5%.
Carmustina Infusão 0,1 a 3,3 mg/mL SG5% / SF 48h SR/AL Âmbar sim
Reage com PVC e EVA.
Ciclofosfamida
Infusão
0,1 a 20 mg/mL SG5% / SF
6 dias SR
Exige agitação intensa para dissolução. Atenção
ao risco de contaminção biológica.Bolus 48h TA
Cisplatina Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SF / SGF 24h TA/AL
Âmbar sim
Não deve ser refrigerada. Interage com alumínio.
Proteger da luz.
Manitol/ SF +
Manitol
48h TA/AL
Doxorrubicina
Infusão 0,1 a 2 mg/mL
SG5% / SF
6 dias SR/AL
Âmbar sim
Pode ser inativada por Cloreto de Sódio 5% .
Ocorre a formação de precipitado em contato
com diluentes bacteriostáricos e alumínio.
Bolus 2 mg/mL 6 dias TA/AL
Epirrubicina
Infusão 0,5 a 2 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim sim x
Bolus 2 mg/mL
Vimblastina
Infusão
0,003 a 1 mg/mL SG5% / SF / RL
28 dias SR
sim sim
A administração IT é fatal. Proteger da luz.
Bolus 24h TA
Vincristina
Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim
A administração intratecal pode ser fatal. Pode
causar sérios danos teciduais em caso de
extravasamento.
Bolus 0,025 a 1 mg/mL
Ambiente de Manipulação
Sala Limpa
Central de Ar Classificado
Fluxo Laminar Vertical
Classe II B2: Para estes equipamentos 100% do ar
insuflado na área de trabalho são retirados do ambiente
(sala), e este volume de ar somado aos 30% que formam
a cortina de ar sob a janela, são totalmente exauridos
para o meio ambiente (fora da sala), não havendo
recirculação de ar. Equipamento adequado para a
manipulação de produtos químicos nocivos,
radioisótopos e voláteis tóxicos em baixos níveis.
44. PapoVet
7
Estrutura Física - Farmácia
Exigências RDC Anvisa 67/07:
Sala de paramentação com câmaras fechadas,
preferencialmente com dois ambientes (barreira sujo/
limpo) para troca de roupa;
Sala para limpeza e higienização de medicamentos classe
ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico de ar) contínua à sala
de manipulação;
Sala destinada à manipulação, independente e exclusiva,
em área ISO Classe 7 (10.000 partículas) e cabine de
segurança biológica ISO Classe 5(100 partículas).
Pressão negativa em relação às salas adjacentes.
Equipamentos de Proteção
Individual (EPI´S)
Roupa estéril (avental Tyvek)
Óculos Proteção
Luva sem talco estéril
Mascara PFF2
Degermante para assepsia de mãos
(Clorexidine 2%)
Coletor rígido - PVC
Preparo da Quimioterapia
Antes da Manipulação
Lavagem de Mãos
Paramentação do Manipulador
Higienização e Montagem do Fluxo
46. PapoVet
9
Durante a Manipulação
Técnica segura de manipulação
Atentar para aferição das seringas
Atentar para as características físico-químicas de cada
droga
Atentar para tipo e volume adequado dos reconstituintes
de cada droga (ABD e NaCl 0,9%)
Atentar para tipo e volume adequado dos soros diluentes
de cada droga (SF 0,9%, SG 5%, SGF 1:1)
Atentar para tipo de equipo de acordo com a droga, forma
e tempo de infusão (infusão gravitacional ou BIC, bolus,
push, IM, IV)
Técnica Segura para Manipulação de
Quimioterapia
Prevenir formação de aerossóis usando gaze estéril;
Equilibrar pressão existente no interior dos frascos de
drogas;
Evitar movimentos bruscos e não retirar as mãos do
interior do fluxo;
Troca do segundo par de luvas a cada 2 horas de
manipulação ininterrupta;
Uso seguro do fluxo laminar;
Manutenção periódica do fluxo laminar
Medicamentos e drogas de risco também
podem contaminar o ambiente e o manipulador
Substância (droga)
Produto (medicamentos, saneantes, desinfectantes)
47. PapoVet
10
RISCO OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO AOS
MEDICAMENTOS DE RISCO (ASHP)
Medicamentos e drogas de risco manuseadas como inócuos
(vitaminas, antineoplásicos (VINCRISTINA, CICLOFOSFAMIDA e
outros)), levam à contaminação do manipulador e do meio
ambiente
Da contaminação resulta a absorção pelos profissionais de saúde. A
absorção é pequena, exceto em situações de grande exposição
O dano é cumulativo. Profissionais que preparam ou administram
esses medicamentos por longos períodos de tempo (veterinários;
enfermeiros-oncologistas e de transplantes, farmacêuticos dos
centros de soluções intravenosas) são os mais expostos
CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE PODEM DETERMINAR O
RISCO OCUPACIONAL (AMERICAN SOCIETY OF HEALTH PHARMACIST –
ASHP)
GENOTOXICIDADE (mutagenicidade e clastogenicidade)
CARCINOGENICIDADE (indução tumoral em modelo
animal, pacientes humanos ou ambos)
TERATOGENICIDADE (alterações sobre a reprodução,
alterações da fertilidade, má-formações congênitas no
feto)
TOXICIDADE SÉRIA E SELETIVA SOBRE ÓRGÃOS E
SISTEMAS (em baixa dose em modelo animal e em
pacientes tratados)
Reação a Exposição de
Antineoplásicos
Manipulador exposto a Bleomicina
48. PapoVet
11
Transporte
Recipiente isotérmico exclusivo;
Garantia de conservação;
Treinamento do colaborador para
gerenciamento de riscos e acidentes.
Segurança Ambiental
Kit de derramamento identificado e disponível em
todas as áreas onde são realizadas atividades de
manipulação, armazenamento, administração e
transporte;
Composição do Kit: luvas de procedimento, avental,
compressas absorventes, proteção respiratória,
proteção ocular, sabão, descrição do procedimento e
formulário de notificação, recipiente para recolhimento
dos resíduos;
Classificação de acidentes: pessoal, na cabine,
ambiental.
Plano de Gerenciamento de
Resíduos em Serviços de Saúde
De acordo com a Resolução RDC Nº 306/04 da ANVISA,
o gerenciamento de RSS constitui uma ação de gestão,
envolvendo recursos materiais, físicos e humanos,
devendo ser planejada e implementada
fundamentando-se em bases científicas e técnicas,
normativas e legais. Os objetivos desta ação são
minimizar a geração dos resíduos e fornecer uma
destinação segura a eles, proporcionando a prevenção
de agravos à saúde e ao meio ambiente além de
proteção dos trabalhadores.
49. PapoVet
12
A Resolução nº 283 do CONAMA
define o PGRSS
Documento integrante do processo de licenciamento
ambiental, baseado nos princípios da não geração de
resíduos e na minimização da geração de resíduos, que
aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no
âmbito dos estabelecimentos mencionados no art. 2º desta
Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como a
proteção à saúde pública. O PGRSS deve ser elaborado pelo
gerador dos resíduos e de acordo com os critérios
estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio
ambiente federais, estaduais e municipais.
PGRSS
Deve contemplar todas as etapas adequadas ao manejo dos resíduos
de serviços de saúde de acordo com as especificações contidas na
legislação. As etapas de acordo com a RDC nº 306/04 são:
segregação,
acondicionamento,
identificação,
transporte interno,
armazenamento temporário,
tratamento,
armazenamento externo,
coleta,
transporte externo e destinação final
Identificação e Classificação dos
Resíduos
Os resíduos sólidos gerados podem ser
classificados em 05 grupos abaixo definidos:
50. PapoVet
13
Grupo B – Resíduos Químicos
Resíduos contendo substancias químicas que
apresentam risco à saúde pública ou ao meio
ambiente.
É identificado por meio de símbolo de risco
associado.
Grupo D – Resíduos Comuns
Resíduos gerados nos serviços de saúde que não
necessitam de processos diferenciados:
- paramentação;
- Filtros;
- sobras ambulatoriais não contaminadas;
- papeis;
- descartáveis;
- embalagens em geral;
51. PapoVet
14
Grupo E – Perfurocortantes
Agulhas
Ampolas vazias
Seringas
Resíduos gerados na área
Grupo B: medicamentos quimioterápicos com
data de validade expirada, bolsas e equipos
contendo tais medicamentos.
Grupo D contaminado com grupo B: Frascos
vazios de medicamentos quimioterápicos,
paramentação, bolsas e equipos vazios
contaminados.
Grupo E contaminados com Grupo B: agulhas,
seringas e ampolas (vazias) contaminadas.
Obrigada!
Eliana Testa CRF/SP 20298
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