1. Tipos de Tratamentos do CÂNCER
[ Cirurgia | Quimioterapia | Radioterapia | Hormonioterapia | Imunoterapia ]
Para o tratamento do câncer existem várias técnicas, dentre elas temos a cirurgia,
a quimioterapia e a radioterapia, que representam as principais armas na luta
contra o câncer. Estas podem ser utilizadas isoladamente, mas o seu uso
combinado tem proporcionado excelentes resultados. A Imunoterapia e a
Hormonioterapia também são utilizadas para o tratamento de alguns tipos de
tumores.
Cirurgia
A cirurgia é uma das formas mais utilizadas para o controle das neoplasias. As
técnicas cirúrgicas têm melhorado muito nos últimos anos, evoluindo para as
micro-cirurgias, com a intenção de poder devolver a esses pacientes uma condição
de vida mais estável.
A cirurgia é utilizada desde o início do diagnóstico, quando são realizadas as
biópsias, que nada mais são do que retiradas de fragmentos do tecido
comprometido para sua análise e determinação do tipo de tumor encontrado.
A cirurgia para remoção de tumores malignos envolve não só a retirada do tumor in
loco, mas também dos tecidos adjacentes, no que chamamos de margem de
segurança, para evitarmos desta forma a recidiva ou a volta da neoplasia no
mesmo local. Às vezes se faz necessária a ressecção cirúrgica do sistema de
proteção que atua na remoção e transporte de sustâncias do organismo para o
sistema linfático (gânglios linfáticos) que, nesses casos, pode atuar como
disseminador das células tumorais à distância, provocando o que chamamos de
metástase.
Quimioterapia
É o tratamento de certas doenças por meio de compostos químicos que
eletivamente atuam sobre certos organismos patogênicos ou sobre certos órgãos
doentes.
Os quimioterápicos são drogas que, quando ingeridas ou injetadas no paciente,
destroem as células tumorais. Estas são mais ativas em tumores que apresentam
uma intensa atividade mitótica e deficientes naqueles que têm uma grande
quantidade de células em repouso. São mais eficientes em tumores de pequeno
porte, mesmo que múltiplos, do que naqueles que apresentam uma extensa massa
tumoral.
Sua ação é sistêmica, ou seja, não se limitará a área do tumor o que será um
importante fator quando se pensa em atingir eventuais disseminações.
Dada a sua ação sistêmica, não podemos nos esquecer dos seus efeitos sobre os
tecidos sadios do organismo (os chamados efeitos colaterais), que são mais
sentidos nos tecidos com alto índice de renovação celular, como são o sangue e as
mucosas que revestem o trato digestivo.
2. Radioterapia
É o método de tratamento terapêutico pela aplicação de raios de rádio, de polônio,
de cobalto 60, e etc. A ação da radioterapia nas células neoplásicas é semelhante à
da quimioterapia, no entanto ela é restrita ao local tratado.
A radioterapia está fundamentada nas radiações ionizantes que podem ser ondas
eletromagnéticas ou corpusculares, dependendo de estarem formadas por
partículas ou não. São denominadas ionizantes por terem a propriedade de romper
a estrutura molecular dando lugar a formação de iones, os quais causam a morte
celular.
Esta modalidade pode complementar o tratamento cirúrgico, no sentido da
eliminação de pequenos focos microscópicos que, se deixados, podem fazer o
tumor voltar localmente.
Dentre os efeitos colaterais temos leves queimaduras ou irritações na pele,
inflamações das mucosas, cáries de radiação e osteorradionecrose, queda de
cabelos nas áreas irradiadas e redução da contagem celular sanguínea,
relacionados com as doses-intensidade observadas.
Hormonioterapia
Os hormônios funcionam como uma espécie de mensageiros químicos, circulantes
no sangue, e que atuariam em várias reações internas do organismo. Esta
terapêutica é de muita utilidade no tratamento do câncer de mama e de próstata.
Para exemplificar, o crescimento das mamas nas mulheres é determinado pela
presença de hormônios sexuais femininos. Este papel e bastante útil no tratamento
oncológico pois alguns tipos de tumores mantém relação com hormônios e o
bloqueio nesta ação hormonal pode inibir seu crescimento. Esta é a base para o uso
do bloqueio hormonal após a retirada de um tumor de mama hormônio
dependente, por exemplo.
Imunoterapia
Está fundamentada no fato de que algumas substâncias podem estimular as células
imunocompetentes fazendo com que atuem de forma mais enérgica. Esta
estimulação pode ser seletiva a certas populações celulares ou atuar de forma
inespecífica através da ativação de qualquer grupo celular. A partir da idéia de que
o câncer é um elemento estranho ao organismo, algumas drogas foram criadas com
o objetivo de interferir no sistema imunológico do paciente, controlando o tumor.
Estas drogas são utilizadas apenas em certos tipos de neoplasias.