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FARMACOTERAPIA DO CARCINOMA DE
MAMA
FATORES DE RISCO/OCORRÊNCIA
• Gênero: mulheres > homens
• Idade: > idade, > ocorrência
• Fatores endócrinos: menarca precoce,
menopausa tardia, 1a gestação tardia,
terapia de reposição hormonal
• Fatores genéticos: parentes de 1º grau com
carcinoma de mama pré-menopausa)
• Mutações nos genes supressores BRCA1 e
BRCA2
• Fatores ambientais/do estilo de vida:
exposição a radiações, obesidade, má
alimentação, medicamentos, álcool,
tabagismo.
EVOLUÇÃO
• Carcinoma in situ: localizado
• Carcinoma infiltrativo: acomete células
vizinhas e linfonodos, podendo atingir
circulação de sangue e linfa
• Carcinoma metastásico: células
cancerosas atingem outros tecidos
pela circulação
ESTADIAMENTO
Resumindo:
-Carcinoma em estágio inicial:
• 0: CM in situ ou CM que não invadiu
a membrana basal
• I: CM primário invasivo, mas pequeno
e sem comprometer LN
• II: comprometimento de linfonodos
regionais
-Carcinoma localmente avançado:
• III: tumor grande com extenso
envolvimento de LN; tumor fixado
à parede torácica. Inclui CM
inflamatório, que progride
rapidamente
-Carcinoma metastásico:
• IV: metástases em órgãos
distantes do primário
Fatores que alteram o prognóstico:
• Idade quando do diagnóstico, etnia
• Tamanho do tumor, envolvimento de LN
axilares,
Estadio no momento do diagnóstico, presença de
invasão linfática ou sanguínea, índice de
proliferação.
• Presença de receptores hormonais (HR)
• Overexpressão de receptores para o fator de
crescimento do epitélio humano (HER2),
relacionada a maior agressividade, maior taxa
de recorrência e maior mortalidade
CARCINOMA DE MAMA:
• Hormônio dependente ou não: expressa
receptores de estrogênios e/ou
progestagênios (ER/PR positivo ou
negativo)
• Dependente ou não de fator de crescimento
do epitélio humano (HER2 positivo ou
negativo)
TRATAMENTO
FARMACOLÓGICO
QUIMIOTERAPIA
• ADJUVANTE: Realizada após
procedimento cirúrgico
• NEOADJUVANTE: Realizada antes
do procedimento cirúrgico
OBJETIVOS:
• QT adjuvante em tumores em estágio
inicial e avançados localizados: ‘curativa’
• QT em tumores metastásicos: objetiva a
melhoria da qualidade de vida e ao
aumento da sobrevida
• QT neoadjuvante: pode permitir cirurgias
conservativas em vez de mastectomias
radicais.
DIRETRIZ
CM FASES I E II
• QT combinada mostrou-se mais eficaz que
monoterapia
• Protocolos contendo antibióticos antracíclicos
(doxorrubicina e epirrubicina, por exemplo)
permitem menores taxas de recorrência
quando comparados aos que contêm
ciclofosfamida, metotrexato e fluoracil (CMF)
• Adição de taxanos (paclitaxel e docetaxel)
resulta em reduçao da recorrência e da
mortalidade geral, mas a utilidade dessas
drogas é controversa em CMs nodo negativos
• Inicia-se a QT adjuvante nas 1as 12 semanas
pós-operatórias. A duração ótima da QT
adjuvante é controversa, mas parece estar
entre 12 e 24 semanas
• Regimes de alta densidade ‘dose densos'
(doses elevadas, tempo reduzido entre doses
ou ambos) em CMs nodo positivos resultam
em aumento da sobrevida assintomática e em
aumento da sobrevida geral. Nesse caso, a
terapia sequencial mostra-se superior à
combinada, sobretudo usando-se taxano +
antracíclico
• Aumentos e reduções de doses devem ser evitados
nos protocolos padronizados de QT
• Toxicidade imediata dos agentes usados na QT
adjuvante é geralmente bem tolerada quando se
adicionam drogas como anti-eméticos antagonistas
da 5HT e da subst.P/neurocinina, bem como fatores
de crescimento de mielócitos que fazem frente à
neutropenia
• Os aumentos das taxas de sobrevida relacionados
ao uso de QT adjuvante em tumores nas fases I e II
nodo negativos são modestas, mas a redução da
recorrência é significativa
QT adjuvante com anticorpos monoclonais:
• Trastuzumab: anticorpo anti-HER2; reduz
em 50% o risco de recorrência; esquemas
de QT concomitante, doses, esquemas de
administração e duração da QT
permanecem controversos.
Hormonioterapia adjuvante:
• Tamoxifeno, ooforectomia, irradiação dos
ovários, agonistas do hormônio liberador de
LH (LHRH) e inibidores da aromatase são
usados em CMs primários ou em fase inicial.
• O tamoxifeno é o padrão-ouro; 1a escolha em
mulheres na pré-menopausa; dependendo do
tecido ou do gene em questão, ele tem ação
estrogênica ou anti-estrogênica
• Usam-se 20 mg diárias de tamoxifeno, com
início logo após o término do protocolo de
QT e estendendo-se por 5 anos para se
reduzirem os riscos de recorrência e de
mortalidade.
• Apesar de bem tolerado, o tamoxifeno pode
promover efeitos adversos anti-
estrogênicos, como ondas de calor e
sangramento vaginal
• O tamoxifeno reduz os riscos de fraturas de
quadril e espinha, mas eleva os de derrame,
embolia pulmonar, TVP e cancer de
• Pré menopausa: TMF, agonistas LHRH + TMF,
ooforectomia podem ser usados para se reduzir a
quantidade de estrogênios
• Pós menopausa: usam-se os inibidores da
aromatase, enzima que transforma androgênios
em estrogênios em tecidos como pele, fígado e
rins; os de 3a geração, como anastrozol, letrozol e
exemestano têm as melhores relações
risco/benefício; em caso de HER2 superexpresso,
AIs são superiores a TMF, quando associados ao
trastuzumab
• Principais efeitos adversos dos Ais: osteoporose,
ondas de calor, mialgia/artralgia
CMs NA FASE III
• 1a escolha: QT primária ou neoadjuvante
• QT neoadjuvante: reduz tamanho do
tumor, tornando operáveis tumores que
não o eram
• QT primária com taxano e antracíclico: 1a
escolha; adicionar trastuzumab em
tumores HER2 positivos
• Objeivo: ‘cura'
CMs metastásicos
• Terapia hormonal: 1a escolha em CMs
hormônio dependentes
• Usa-se a terapia hormonal até o tumor parar
de responder e, só então, inicia-se a QT
• O agente utilizado na hormonioterapia
depende de seu mecanismo básico de ação,
de seus efeitos adversos e da preferência da
paciente
• Na pós-menopausa, a 1a escolha são os
Ais; na pré-menopausa, tamoxifeno,
ooforectomia e agonistas LHRH
• QT: terapia inicial em CMs hormônio-
independentes, em casos de metástases
pulmonares, hepáticas ou de medula
sintomáticas ou de progressão rápida, e em
casos de perda da resposta à
hormonioterapia
• Monoterapia está associada a respostas
mais lentas, mas as taxas de sobrevida
geral são semelhantes às da QT
combinada; monoterapia tem maior
tolerabilidade, o que é importante no
tratamento paliativo
• Antraciclinas e taxanos produzem respostas
de 50 a 60%; capecitabina, vinorelbina e
gemcitabina (antimetabólitos) têm taxas
entre 20 e 25%, quando usadas após
antraciclina e/ou taxano
• Ixabepilona (antimicrotúbulos) é usado em
monoterapia ou associado à capecitabina;
eribulina, também antimicrotúbulos, pode ser
usado após no mínimo dois ciclos completos
de QT
• Anticorpos: trastuzumab, bevacizumab
(antiangiogênico), pertuzumab
• Lapatinib: inibidor da tirosina-quinase, de
uso oral, que atua nos receptores para
HER2; aumenta a eficiência da QT com
capecitabina
• Trastuzumab apresenta risco de
cardiotoxicidade de cerca de 5%, mas esse
risco aumenta muito quando se adicionam
antracíclicos à QT
Capecitabina: além dos comuns ao grupo de QT cittóxicos, induz
principalmente diarréia, cardiotoxicidade e síndrome mão/pé
(eritrodisestesia plantar/palmar). Alguma mielossupressão pode
aparecer. É usado por via oral
Ixabepilone: além dos associados ao grupo, pode desencadear
neuropatia periférica. A droga pode, como todos os taxanos, induzir
neutropenia febril importante, que pode ser motivo para descontinuação
do tratamento ou, se menos grave, para tratamento com fator de
crescimento de granulócitos. O uso desse fator de crescimento pode
ser profilático, mas o risco/benefício deve ser considerado. O
ixabepilone deve ser usado por via endovenosa, em infusão lenta, ao
longo de 3 horas.
Pacientes com osteoporose/metástases ósseas devem usar
bisfosfonados, tanto orais, como o alendronato, quanto endovenosos,
como o ácido zoledrônico, para prevenir a degradação do tecido ósseo
EFEITOS ADVERSOS DA TERAPIA ENDÓCRINA/
MONITORAMENTO
No Brasil:
• Fases I, II e III:
-hormônio dependentes, nodos positivos, pré-
menopausa: até 6 ciclos de antracíclicos seguidos
de TMX por 5 anos
-hormônio dependentes, nodos negativos, pré-
menopausa: até 6 ciclos de antracíclicos ou de
CMF seguidos de TMX por 5 anos
-pós-menopausa: AIs por 5 anos ou até 6 ciclos de
antracíclicos seguidos de Ais por 5 anos
-hormônio independentes: até 6 ciclos de
antracíclicos, em quaisquer situações
• Fase IV:
Hormônio independentes:
-1a linha: CMF ou FAC
-2a linha: taxanos, capecitabina ou vinorelbina
-3a linha: os medicamentos da 2a linha que não tenham
ainda sido usados
Hormônio dependentes:
-pré-menopausa: TMF, agonista LHRH ou agonista
LHRH + TMF; como 2a linha, Ais; como 3a linha,
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-pós-menopausa: Ais como 1a linha, TMX ou TMX + Ais
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  • 2. FATORES DE RISCO/OCORRÊNCIA • Gênero: mulheres > homens • Idade: > idade, > ocorrência • Fatores endócrinos: menarca precoce, menopausa tardia, 1a gestação tardia, terapia de reposição hormonal • Fatores genéticos: parentes de 1º grau com carcinoma de mama pré-menopausa) • Mutações nos genes supressores BRCA1 e BRCA2
  • 3. • Fatores ambientais/do estilo de vida: exposição a radiações, obesidade, má alimentação, medicamentos, álcool, tabagismo.
  • 4. EVOLUÇÃO • Carcinoma in situ: localizado • Carcinoma infiltrativo: acomete células vizinhas e linfonodos, podendo atingir circulação de sangue e linfa • Carcinoma metastásico: células cancerosas atingem outros tecidos pela circulação
  • 6. Resumindo: -Carcinoma em estágio inicial: • 0: CM in situ ou CM que não invadiu a membrana basal • I: CM primário invasivo, mas pequeno e sem comprometer LN • II: comprometimento de linfonodos regionais
  • 7. -Carcinoma localmente avançado: • III: tumor grande com extenso envolvimento de LN; tumor fixado à parede torácica. Inclui CM inflamatório, que progride rapidamente -Carcinoma metastásico: • IV: metástases em órgãos distantes do primário
  • 8. Fatores que alteram o prognóstico: • Idade quando do diagnóstico, etnia • Tamanho do tumor, envolvimento de LN axilares, Estadio no momento do diagnóstico, presença de invasão linfática ou sanguínea, índice de proliferação. • Presença de receptores hormonais (HR) • Overexpressão de receptores para o fator de crescimento do epitélio humano (HER2), relacionada a maior agressividade, maior taxa de recorrência e maior mortalidade
  • 9. CARCINOMA DE MAMA: • Hormônio dependente ou não: expressa receptores de estrogênios e/ou progestagênios (ER/PR positivo ou negativo) • Dependente ou não de fator de crescimento do epitélio humano (HER2 positivo ou negativo)
  • 11. QUIMIOTERAPIA • ADJUVANTE: Realizada após procedimento cirúrgico • NEOADJUVANTE: Realizada antes do procedimento cirúrgico
  • 12. OBJETIVOS: • QT adjuvante em tumores em estágio inicial e avançados localizados: ‘curativa’ • QT em tumores metastásicos: objetiva a melhoria da qualidade de vida e ao aumento da sobrevida • QT neoadjuvante: pode permitir cirurgias conservativas em vez de mastectomias radicais.
  • 13.
  • 15. CM FASES I E II
  • 16. • QT combinada mostrou-se mais eficaz que monoterapia • Protocolos contendo antibióticos antracíclicos (doxorrubicina e epirrubicina, por exemplo) permitem menores taxas de recorrência quando comparados aos que contêm ciclofosfamida, metotrexato e fluoracil (CMF) • Adição de taxanos (paclitaxel e docetaxel) resulta em reduçao da recorrência e da mortalidade geral, mas a utilidade dessas drogas é controversa em CMs nodo negativos
  • 17. • Inicia-se a QT adjuvante nas 1as 12 semanas pós-operatórias. A duração ótima da QT adjuvante é controversa, mas parece estar entre 12 e 24 semanas • Regimes de alta densidade ‘dose densos' (doses elevadas, tempo reduzido entre doses ou ambos) em CMs nodo positivos resultam em aumento da sobrevida assintomática e em aumento da sobrevida geral. Nesse caso, a terapia sequencial mostra-se superior à combinada, sobretudo usando-se taxano + antracíclico
  • 18. • Aumentos e reduções de doses devem ser evitados nos protocolos padronizados de QT • Toxicidade imediata dos agentes usados na QT adjuvante é geralmente bem tolerada quando se adicionam drogas como anti-eméticos antagonistas da 5HT e da subst.P/neurocinina, bem como fatores de crescimento de mielócitos que fazem frente à neutropenia • Os aumentos das taxas de sobrevida relacionados ao uso de QT adjuvante em tumores nas fases I e II nodo negativos são modestas, mas a redução da recorrência é significativa
  • 19.
  • 20. QT adjuvante com anticorpos monoclonais: • Trastuzumab: anticorpo anti-HER2; reduz em 50% o risco de recorrência; esquemas de QT concomitante, doses, esquemas de administração e duração da QT permanecem controversos.
  • 21.
  • 22. Hormonioterapia adjuvante: • Tamoxifeno, ooforectomia, irradiação dos ovários, agonistas do hormônio liberador de LH (LHRH) e inibidores da aromatase são usados em CMs primários ou em fase inicial. • O tamoxifeno é o padrão-ouro; 1a escolha em mulheres na pré-menopausa; dependendo do tecido ou do gene em questão, ele tem ação estrogênica ou anti-estrogênica
  • 23. • Usam-se 20 mg diárias de tamoxifeno, com início logo após o término do protocolo de QT e estendendo-se por 5 anos para se reduzirem os riscos de recorrência e de mortalidade. • Apesar de bem tolerado, o tamoxifeno pode promover efeitos adversos anti- estrogênicos, como ondas de calor e sangramento vaginal • O tamoxifeno reduz os riscos de fraturas de quadril e espinha, mas eleva os de derrame, embolia pulmonar, TVP e cancer de
  • 24. • Pré menopausa: TMF, agonistas LHRH + TMF, ooforectomia podem ser usados para se reduzir a quantidade de estrogênios • Pós menopausa: usam-se os inibidores da aromatase, enzima que transforma androgênios em estrogênios em tecidos como pele, fígado e rins; os de 3a geração, como anastrozol, letrozol e exemestano têm as melhores relações risco/benefício; em caso de HER2 superexpresso, AIs são superiores a TMF, quando associados ao trastuzumab • Principais efeitos adversos dos Ais: osteoporose, ondas de calor, mialgia/artralgia
  • 25. CMs NA FASE III
  • 26. • 1a escolha: QT primária ou neoadjuvante • QT neoadjuvante: reduz tamanho do tumor, tornando operáveis tumores que não o eram • QT primária com taxano e antracíclico: 1a escolha; adicionar trastuzumab em tumores HER2 positivos • Objeivo: ‘cura'
  • 28. • Terapia hormonal: 1a escolha em CMs hormônio dependentes • Usa-se a terapia hormonal até o tumor parar de responder e, só então, inicia-se a QT • O agente utilizado na hormonioterapia depende de seu mecanismo básico de ação, de seus efeitos adversos e da preferência da paciente • Na pós-menopausa, a 1a escolha são os Ais; na pré-menopausa, tamoxifeno, ooforectomia e agonistas LHRH
  • 29.
  • 30. • QT: terapia inicial em CMs hormônio- independentes, em casos de metástases pulmonares, hepáticas ou de medula sintomáticas ou de progressão rápida, e em casos de perda da resposta à hormonioterapia • Monoterapia está associada a respostas mais lentas, mas as taxas de sobrevida geral são semelhantes às da QT combinada; monoterapia tem maior tolerabilidade, o que é importante no tratamento paliativo
  • 31. • Antraciclinas e taxanos produzem respostas de 50 a 60%; capecitabina, vinorelbina e gemcitabina (antimetabólitos) têm taxas entre 20 e 25%, quando usadas após antraciclina e/ou taxano • Ixabepilona (antimicrotúbulos) é usado em monoterapia ou associado à capecitabina; eribulina, também antimicrotúbulos, pode ser usado após no mínimo dois ciclos completos de QT • Anticorpos: trastuzumab, bevacizumab (antiangiogênico), pertuzumab
  • 32. • Lapatinib: inibidor da tirosina-quinase, de uso oral, que atua nos receptores para HER2; aumenta a eficiência da QT com capecitabina • Trastuzumab apresenta risco de cardiotoxicidade de cerca de 5%, mas esse risco aumenta muito quando se adicionam antracíclicos à QT
  • 33.
  • 34. Capecitabina: além dos comuns ao grupo de QT cittóxicos, induz principalmente diarréia, cardiotoxicidade e síndrome mão/pé (eritrodisestesia plantar/palmar). Alguma mielossupressão pode aparecer. É usado por via oral Ixabepilone: além dos associados ao grupo, pode desencadear neuropatia periférica. A droga pode, como todos os taxanos, induzir neutropenia febril importante, que pode ser motivo para descontinuação do tratamento ou, se menos grave, para tratamento com fator de crescimento de granulócitos. O uso desse fator de crescimento pode ser profilático, mas o risco/benefício deve ser considerado. O ixabepilone deve ser usado por via endovenosa, em infusão lenta, ao longo de 3 horas. Pacientes com osteoporose/metástases ósseas devem usar bisfosfonados, tanto orais, como o alendronato, quanto endovenosos, como o ácido zoledrônico, para prevenir a degradação do tecido ósseo
  • 35. EFEITOS ADVERSOS DA TERAPIA ENDÓCRINA/ MONITORAMENTO
  • 36. No Brasil: • Fases I, II e III: -hormônio dependentes, nodos positivos, pré- menopausa: até 6 ciclos de antracíclicos seguidos de TMX por 5 anos -hormônio dependentes, nodos negativos, pré- menopausa: até 6 ciclos de antracíclicos ou de CMF seguidos de TMX por 5 anos -pós-menopausa: AIs por 5 anos ou até 6 ciclos de antracíclicos seguidos de Ais por 5 anos -hormônio independentes: até 6 ciclos de antracíclicos, em quaisquer situações
  • 37. • Fase IV: Hormônio independentes: -1a linha: CMF ou FAC -2a linha: taxanos, capecitabina ou vinorelbina -3a linha: os medicamentos da 2a linha que não tenham ainda sido usados Hormônio dependentes: -pré-menopausa: TMF, agonista LHRH ou agonista LHRH + TMF; como 2a linha, Ais; como 3a linha, progestinas -pós-menopausa: Ais como 1a linha, TMX ou TMX + Ais como 2a linha

Notas do Editor

  1. • Two variables most strongly associated with occurrence of breast cancer are gender and advancing age. Additional risk factors include endocrine factors (eg, early men- arche, nulliparity, late age at first birth, and hormone replacement therapy), genetic factors (eg, personal and family history, mutations of tumor suppresser genes [BRCA1 and BRCA2]), and environmental and lifestyle factors (eg, radiation exposure). •Breast cancer cells often spread undetected by contiguity, lymph channels, and through the blood early in the course of the disease, resulting in metastatic disease after local therapy. The most common metastatic sites are lymph nodes, skin, bone, liver, lungs, and brain.
  2. • Two variables most strongly associated with occurrence of breast cancer are gender and advancing age. Additional risk factors include endocrine factors (eg, early men- arche, nulliparity, late age at first birth, and hormone replacement therapy), genetic factors (eg, personal and family history, mutations of tumor suppresser genes [BRCA1 and BRCA2]), and environmental and lifestyle factors (eg, radiation exposure). •Breast cancer cells often spread undetected by contiguity, lymph channels, and through the blood early in the course of the disease, resulting in metastatic disease after local therapy. The most common metastatic sites are lymph nodes, skin, bone, liver, lungs, and brain.
  3. Principais sítios do carcinoma metastásico decorrente do primário de mama: linfonodos, pele, ossos, fígado, pulmões e cérebro.
  4. CM: carcinoma de mama LN: linfonodos
  5. Tumores >/= 1 cm ou com nodos positivos: o tratamento depende da expressão de receptores para HER2 e para hormônios (HR).
  6. A quimioterapia citotóxica consiste em variações do esquema antibiótico/alquilante/antimetabólito/produto natural antimitótico.
  7. O Trastuzumab mostrou-se efetivo em tumores de mama HER2 positivos de alto risco em estágios iniciais e em tumores HER2+com nodos positivos.
  8. TMF: tamoxifeno; AI: inibidor da aromatase
  9. Caso o tumor seja HR positivo, adiciona-se a terapia endócrina.
  10. SERMs: antiestrogênios muduladores; SERDs: antiestrogênios downreguladores