SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 37
Baixar para ler offline
A CRISE CONTEMPORÂNEA DOS MODELOS
DE ATENÇÃO À SAÚDE:
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
EUGENIO VILAÇA MENDES
CONASS DEBATES
BRASÍLIA, 13 DE MAIO DE 2014
A TRANSIÇÃO DA SAÚDE
•  A TRANSIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE:
DETERMINADA POR FATORES CONTEXTUAIS DOS SISTEMAS DE
ATENÇÃO À SAÚDE
•  A TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE:
DETERMINADAS POR FATORES INTERNOS DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO
À SAÚDE
Fontes:
Frenk J. et al. - La transición epidemiologica en America Latina. Boletín de la Oficina Sanitaria Panamericana, 111:
458-496, 1991.
Schramm JMA et al. - Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva,
9: 897-908, 2004.
	
  	
  
UM FUNDAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO
SOCIAL DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À
SAÚDE: O POSTULADO DA COERÊNCIA
•  OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO RESPOSTAS
SOCIAIS DELIBERADAS EFETIVAS, EFICIENTES, DE
QUALIDADE E EQUITATIVAS ÀS NECESSIDADES DE SAÚDE
DA POPULAÇÃO
•  LOGO DEVE HAVER UMA COERÊNCIA ENTRE NECESSIDADES
DE SAÚDE EXPRESSAS NA SITUAÇÃO DE SAÚDE E O
SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE QUE SE PRATICA
SOCIALMENTE
FONTE: Mendes EV. Os sistemas de serviços de saúde: o que os gestores deveriam saber sobre essas organizações
complexas. Fortaleza, Escola de Saúde Pública do Ceará, 2002
	
  
A RUPTURA DO POSTULADO DA
COERÊNCIA NOS SISTEMAS DE ATENÇÃO
À SAÚDE CONTEMPORÂNEOS
	
  
•  A RUPTURA DO POSTULADO DA COERÊNCIA OCORRE QUANDO SE
ESTABELECE UM DESENCONTRO ENTRE A SITUAÇÃO DE SAÚDE
(TRANSIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE) E AS RESPOSTAS
SOCIAIS ORGANIZADAS PELOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE
(TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE SAÚDE), COMO OCORRE HOJE EM
ESCALA UNIVERSAL
•  ESSA RUPTURA EXPRESSA-SE NA INCOERÊNCIA ENTRE UMA
SITUAÇÃO DE SAÚDE DETERMINADA POR TRANSIÇÕES
DEMOGRÁFICA, NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E EPIDEMIOLÓGICA
RÁPIDAS E PROFUNDAS E A INCAPACIDADE DOS SISTEMAS DE
ATENÇÃO À SAÚDE EM SE ADAPTAREM, OPORTUNAMENTE, A
ESSAS MUDANÇAS CONTEXTUAIS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
	
  
AS MUDANÇAS NOS CONTEXTOS DOS
SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE	
  
•  ELAS SE DÃO EM QUATRO MOVIMENTOS DE TRANSIÇÃO
CONCOMITANTES:
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA
•  ELAS SINALIZAM PROPECTIVAMENTE PARA UMA SITUAÇÃO
DE SAÚDE COM PARTICIPAÇÃO RELATIVA CRESCENTE DAS
CONDIÇÕES CRÔNICAS, ESPECIALMENTE DAS DOENÇAS
CRÔNICAS, NA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
•  ELAS SUSCITAM NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS
SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
	
  
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL
Fontes:
IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2004. Rio de Janeiro, IBGE, 2004
Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
BRASIL:Distribuição da população por grupos etários (%), 1950-2050
41.6 40.3
29.6
20.1
14.7
55.5 55.8
64.9
70.4
62.8
3 3.9 5.5
9.6
22.5
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1950 1975 2000 2020 2050
0-­‐14 15-­‐64 65+
AS DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL, 2008
•  31,3% (59,5 milhões de pessoas) afirmaram
ter pelo menos uma doença crônica
•  5,9% declararam ter três ou mais doenças
crônicas
A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL
1974-2009
POPULAÇÃO ADULTA POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS
Fonte: Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
A TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA
•  O PARADOXO DA TECNOLOGIA MÉDICA
•  O CRESCIMENTO EXPONENCIAL DAS TECNOLOGIAS
MÉDICAS
•  O AUMENTO DA COMPLEXIDADE CLÍNICA
•  A INCORPORAÇÃO E O USO CRESCENTE DE TECNOLOGIA
DE ALTA DENSIDADE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
O PARADOXO DA TECNOLOGIA MÉDICA
OS AVANÇOS NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA TÊM MELHORADO
A HABILIDADE DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE EM
DIAGNOSTICAR E TRATAR AS CONDIÇÕES DE SAÚDE, MAS O
ALTO VOLUME DAS TECNOLOGIAS DESENVOLVIDAS
SUPERA A CAPACIDADE DOS SISTEMAS EM APLICÁ-LAS DE
FORMA RACIONAL
Fonte: Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America.
Washington, Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013	
  
NÚMERO DE ARTIGOS PUBLICADOS EM
REVISTAS MÉDICAS POR ANO
1970/2010
Fontes:
Bastian H et al. Seventy-five trials and eleven systematic reviews a day: how will we ever keep up? PLoS
Medicine, 7: e1000326, 2010
Dados obtidos em PubMed: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/. In: Smith M et al. Best care at lower cost:
the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of Medicine, The National
Academies Press, 2013
A PRODUÇÃO DIÁRIA MÉDIA DOS PESQUISADORES É DE 75 ENSAIOS
CLÍNICOS E DE 11 REVISÕES SISTEMÁTICAS POR DIA
	
  
O AUMENTO DA COMPLEXIDADE CLÍNICA
•  AUMENTO DA COMPLEXIDADE CLÍNICA SIGNIFICA QUE PROFISSIONAIS
DE SAÚDE E PESSOAS USUÁRIAS DOS SISTEMAS DE SAÚDE TÊM
CRESCENTEMENTE MAIS INFORMAÇÕES A CONSIDERAR E MAIS
DECISÕES A TOMAR
•  HÁ UMA INCONSISTÊNCIA ESTRUTURAL ENTRE O TEMPO CLÍNICO
DISPONÍVEL E O INCREMENTO DA COMPLEXIDADE
•  AS DECISÕES A TOMAR SÃO DIFÍCEIS EM FUNÇÃO DE VARIADAS
OPÇÕES DE BENEFÍCIOS, RISCOS E TRADE-OFFS
•  AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS PELAS PESSOAS USUÁRIAS SÃO EM
GERAL INSUFICIENTES PARA UMA TOMADA RACIONAL DE DECISÕES
•  PESQUISAS DEMONSTRAM QUE APENAS METADE DAS PESSOAS
USUÁRIAS RECEBEM INFORMAÇÕES SUFICIENTEMENTE CLARAS
SOBRE OS BENEFÍCIOS E TRADE-OFFS DOS TRATAMENTOS
PROPOSTOS
Fontes:
Sepucha KR et al. How does feeling informed relate to being informed? The decision survey. Medical Decision Making,
30: S77-S84, 2010
Zikmund-Fisher BJ et al. Deficits and variations in patients´experience with makink 9 common medical decisions: The
decision survey. Medical Decision Making, 30:S85-S95, 2010
Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of
Medicine, The National Academies Press, 2013
A CRISE NO PLANO MICRO DA CLÍNICA
•  50% DAS PESSOAS DEIXARAM AS CONSULTAS SEM
COMPREENDER O QUE OS MÉDICOS LHES DISSERAM
•  50% DAS PESSOAS COMPREENDERAM EQUIVOCADAMENTE AS
ORIENTAÇÕES RECEBIDAS DOS MÉDICOS
•  50% DAS PESSOAS NÃO FORAM CAPAZES DE ENTENDER AS
PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS
•  O MÉDICO INTERROMPE O PACIENTE 23 SEGUNDOS DEPOIS O
INÍCIO DE SUA FALA
Fontes:
Rother DL & Hall JA. Studies of doctor-patient interaction. Annu. Rev. Public Health. 10: 163-180, 1989
Marvel MK. Et al. Soliciting the patient´s agenda: have we improved? JAMA. 281: 283-287, 1999
Schillinger D et al. Closing the loop: physician communication with diabetic patients who have low health literacy. Arch.
Intern. Med. 163: 83-90, 2003
Roumie CL et al. Improving blood pressure control through provider education, provider alerts, and patient education.
Ann. Intern. Med. 145: 165-175, 2006
Bodenheimer T & Grumbach K. Improving primery care: strategies and tools for a better practice. New York, Lange
Medical Books, 2007
O LADO POSITIVO DA TECNOLOGIA MÉDICA:
A INCORPORAÇÃO TECNOLÓGICA NO
TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO E DO CÂNCER
Fontes:
Nabel EG, Braunwald E. A tale of coronary artery disease and myocardial infarction. New England Journal of
Medicine. 366: 54-63, 2012
DeVita Jr VT, Rosenberg AS. Two hundred years of cancer research. New England Journal of Medicine,
366:2207-2214, 2012
 O LADO NEGATIVO DA TECNOLOGIA MÉDICA
“OS ESTADOS UNIDOS
GASTAM COM
INTERVENÇÕES MÉDICAS
DESNECESSÁRIAS 30% A 50%
DO GASTO TOTAL EM SAÚDE
E ESSES PROCEDIMENTOS
INJUSTIFICADOS SÃO
RESPONSÁVEIS POR 30 MIL
MORTES A CADA
ANO” (Brownlee, 2008).
Fontes:
Brownlee S. Overtreated: why too much medicine is making us sicker and poorer. New York, Bloomsbury USA, 2007
Welch HG, Schwartz LM, Woloshin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston, Beacon Press, 2011
A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
•  UMA NOVA TIPOLOGIA: AS CONDIÇÕES DE SAÚDE
•  A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE TRIPLA CARGA DE
DOENÇAS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
	
  
AS CONDIÇÕES DE SAÚDE
•  CONDIÇÕES AGUDAS
•  CONDIÇÕES CRÔNICAS
Fonte: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes
estruturais de ação. Brasília, Organização Mundial da Saúde, 2003.
AS CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  AS DOENÇAS CRÔNICAS:
DOENÇAS CARDIOVASCULARES, CÂNCERES, DIABETES, DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS
•  AS CONDIÇÕES GERAIS E INESPECÍFICAS DE CURSO MAIS LONGO
•  OS FATORES DE RISCO INDIVIDUAIS BIOPSICOLÓGICOS:
COLESTEROL ELEVADO, DEPRESSÃO, HIPERTENSÃO ARTERIAL,
NÍVEL GLICÊMICO ALTERADO, SOBREPESO OU OBESIDADE
•  AS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DE CURSO LONGO:
HANSENÍASE, HIV/AIDS, HEPATITES B E C
•  AS CONDIÇÕES MATERNAS E PERINATAIS
	
  	
  	
  	
  	
  
Fontes:
Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de
ação. Brasília, OMS, 2003.
Gray M. Evidence-based healthcare and public health: how to make decisions about health and public health.
Edinburgh, Churchill Livingstone, 3d. Ed., 2009
McWhinney I. The importance of being different. Brit.J.Gen.Pract., 46: 433-436, 1996
Valla VV. Globalização e saúde no Brasil: a busca da sobrevivência pelas classes populares via questão
religiosa. In: Vasconcelos EM. A saúde nas palavras e nos gestos. São Paulo, Hucitec, 2001
Meador CK. The art and science of nondisease. New England J. Medicine. 14: 92-95, 1965
Quinet A. A lição de Charcot. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2005.
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
AS CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  A MANUTENÇÃO DA SAÚDE POR CICLOS DE VIDA :
PUERICULTURA, HEBICULTURA E SENICULTURA
•  AS ENFERMIDADES (ILLNESSES)
•  OS DISTÚRBIOS MENTAIS DE LONGO PRAZO
•  AS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E ESTRUTURAIS CONTÍNUAS:
AMPUTAÇÕES E DEFICIÊNCIAS MOTORAS PERSISTENTES
•  AS DOENÇAS BUCAIS
Fontes:
Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação.
Brasília, OMS, 2003.
Gray M. Evidence-based healthcare and public health: how to make decisions about health and public health.
Edinburgh, Churchill Livingstone, 3d. Ed., 2009
McWhinney I. The importance of being different. Brit.J.Gen.Pract., 46: 433-436, 1996
Valla VV. Globalização e saúde no Brasil: a busca da sobrevivência pelas classes populares via questão religiosa.
In: Vasconcelos EM. A saúde nas palavras e nos gestos. São Paulo, Hucitec, 2001
Meador CK. The art and science of nondisease. New England J. Medicine. 14: 92-95, 1965
Quinet A. A lição de Charcot. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2005.
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
CONDIÇÕES AGUDAS CONDIÇÕES CRÔNICAS
EPISÓDICAS CONTÍNUAS
REATIVAS PROATIVAS
INTEGRADAS INTEGRADAS
ORGANIZAÇÃO DAS RESPOSTAS SOCIAIS
ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS
PELOS SISTEMAS DE SAÚDE
Fontes:
Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação.
Brasília, OMS, 2003 Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde,
2011
OS FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO ÀS
CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  A ESTABILIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  O AUTOCUIDADO APOIADO
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
	
  
HbA1c (%) CUSTO MÉDIO
(EM US $)
AUMENTO %
6 8.576 -
7 8.954 5%
8 9.555 11%
9 10.424 21%
10 11.629 36%
A ESTABILIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES
CRÔNICAS
Fontes:
Skyler JS. Diabetes control and complications trial. Endocrinol. Metab. Clin. North Am., 25: 243-254,1996
Gilmer TP et al. The cost to health plans of poor glycemic control. Diabetes Care. 20: 1847-1853, 1997.
Os profissionais de saúde só interagem com portadores de
doenças crônicas por poucas horas num ano...
o resto do ano estas pessoas cuidam de si mesmas...
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½
Fonte: Ham C. Developing integrated care in the UK: adapting lessons from Kaiser. Birmingham, Health
Services Management Centre, 2006
A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO
APOIADO
Na Inglaterra, uma pessoa portadora de diabetes recebe, em
média, 3 horas de cuidados profissionais por ano, num total de
8.760 horas de um ano.
GRUPO I
GRUPO II
GRUPO III
A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA
PERDIDOS AJUSTADOS POR INCAPACIDADE
(DALYs)- BRASIL, 1998
Fonte: Schramm M et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva.
9: 897-908, 2004
GRUPO 1: 23,6%
Doenças
infecciosas e
causas maternas e
perinatais
GRUPO 2: 66,2%
Doenças crônicas
GRUPO 3: 10,2%
Causas externas
A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS
•  UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES,
DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE REPRODUTIVA
•  O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS
•  A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS
CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO
TABAGISMO, INATIVIDADE FÍSICA, USO EXCESSIVO DE
ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E ALIMENTAÇÃO INADEQUADA
Fontes:
Frenk J. Bridging the divide: comprehensive reform to improve health in Mexico. Nairobi, Commission on Social
Determinants of Health, 2006
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da	
  Saúde,	
  2011	
  
A EXPLICAÇÃO DA CRISE
CONTEMPORÂNEA DOS MODELOS DE
ATENÇÃO À SAÚDE
UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO SÉCULO XXI,
COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DE
CONDIÇÕES CRÔNICAS, SENDO RESPONDIDA
SOCIALMENTE POR UM MODELO DE
ATENÇÃO À SAÚDE DESENVOLVIDO NA
PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX QUANDO
PREDOMINAVAM AS CONDIÇÕES AGUDAS
POR QUÊ?
O DESCOMPASSO ENTRE OS FATORES
CONTINGENCIAIS QUE EVOLUEM
RAPIDAMENTE (TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA,
NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E
EPIDEMIOLÓGICA ) E OS FATORES INTERNOS
(CULTURA ORGANIZACIONAL, RECURSOS,
SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS DE
LIDERANÇA, MODELOS DE ATENÇÃO E
ARRANJOS ORGANIZATIVOS)	
  
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
BRECHA
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009
Infecciosaseparasitárias Neoplasias Causasexternas
Aparelhocirculatório Outrasdoenças
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 2 3 4
Série1
	
  
• CASOS	
  TOTAIS	
  
• 	
  CASOS	
  DIAGNOSTICADOS	
  
• 	
  CASOS	
  CONTROLADOS	
  
• 	
  CASOS	
  COM	
  PROGRAMAS	
  DE	
  PREVENÇÃO	
  
	
  
100%	
  
50%	
  
25%	
  
12,5%	
  
A REGRA DA METADE NA ATENÇÃO ÀS
DOENÇAS CRÔNICAS
Fonte: Hart JT. Rules of halves: implications of increasing diagnosis and reducing dropout for future
workloads and prescribing costs in primary care. British Medical Journal. 42: 116-119, 1992.
O CONTROLE DO DIABETES
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  NO BRASIL
	
  
•  APENAS 10% DOS PORTADORES
DE DIABETES TIPO 1
APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
•  APENAS 27% DOS PORTADORES
DE DIABETES TIPO 2
APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
•  45% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
SINAIS DE RETINOPATIAS
•  44% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
•  16% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
ALTERAÇÕES RENAIS
•  GASTO PER CAPITA/ANO EM
SAUDE: US 721,00
	
  
NOS ESTADOS UNIDOS
	
  
•  17,9 MILHÕES DE PORTADORES DE
DIABETES, 5,7% MILHÕES SEM
DIAGNÓSTICO (32%)
•  APENAS 37% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM NÍVEIS
GLICÊMICOS CONTROLADOS
•  35% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM SINAIS
DE RETINOPATIAS
•  58% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
•  30% A 70% DOS PORTADORES DE
DIABETES APRESENTARAM
NEUROPATIAS
•  15% DOS PORTADORES DE
DIABETES SUBMETERAM-SE A
AMPUTAÇÕES
•  GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE:
US 7.164,00
Fontes:
Dominguez BC. Controle ainda é baixo no Brasil. RADIS, 59: 11, 2007.
National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Disease. National Diabetes Statistics 2007. Disponível em:
www.diabetes.niddk.gov
World Health Organization. World Health Statistics 2011. Geneva, WHO, 2011
O CONCEITO DE MODELO DE ATENÇÃO À
SAÚDE
O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE É UM SISTEMA LÓGICO QUE
ORGANIZA O FUNCIONAMENTO DAS REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE, ARTICULANDO, DE FORMA SINGULAR, AS RELAÇÕES
ENTRE OS COMPONENTES DA REDE E AS INTERVENÇÕES
SANITÁRIAS, DEFINIDO EM FUNÇÃO DA VISÃO PREVALECENTE
DA SAÚDE, DA SITUAÇÃO DE E DOS DETERMINANTES SOCIAIS
DA SAÚDE, VIGENTES EM DETERMINADO TEMPO E EM
DETERMINADA SOCIEDADE
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
•  OS MODELO DE ATENÇÃO AOS EVENTOS AGUDOS
•  OS MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
O	
  MODELO	
  DE	
  ATENÇÃO	
  CRÔNICA	
  (CHRONIC	
  
CARE	
  MODEL)	
  
Fonte:	
  Wagner	
  EH.	
  Chronic	
  disease	
  management:	
  what	
  will	
  take	
  to	
  improve	
  care	
  for	
  chronic	
  illness?	
  EffecUve	
  Clinical	
  PracUce,	
  1:	
  
2-­‐4,	
  1998	
  (Direito	
  de	
  uso	
  de	
  imagem	
  concedido	
  pelo	
  American	
  College	
  of	
  Physicians/Tradução	
  de	
  responsabilidade	
  do	
  autor)	
  
 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
• 	
  	
  
MODELO	
  ORIGINAL	
  
ESTADOS	
  UNIDOS	
   HOLANDA	
   DINAMARCA	
  
CANADÁ	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
BRITISH	
  COLUMBIA	
  
REINO	
  UNIDO	
   ALEMANHA	
  	
  	
  	
   RÚSSIA	
   PAÍSES	
  EM	
  
DESENVOLVIMENTO	
  -­‐	
  OMS	
  
O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA NO
MUNDO
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO
MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA
•  ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE
•  A organização da atenção às condições crônicas é parte do plano estratégico
da organização;
•  Os líderes da organização dão suporte à implantação do modelo;
•  Os processos de melhoria da atenção às condições crônicas estão integrados
nos programas de qualidade da organização.
•  DESENHO DA ATENÇÃO À SAÚDE
•  Há uma clara divisão de papéis na equipe multidisciplinar em função dos
estratos de risco das condições crônicas;
•  Há oferta da atenção programada e não programada;
•  Há oferta regular da atenção programada, individual e em grupo;
•  Utiliza-se regularmente o agente comunitário de saúde no acompanhamento
das pessoas usuárias na comunidade.
•  SUPORTE ÀS DECISÕES
•  Utilizam-se regularmente as diretrizes clínicas;
•  A APS está integrada com os especialistas que dão suporte às suas ações;
•  Há um sistema regular de educação permanente dos profissionais de saúde;
•  Há uma oferta regular de educação em saúde para as pessoas usuárias.
Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective
Clinical Practice, 1: 2-4, 1998
AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO
MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA
•  AUTOCUIDADO APOIADO
•  Utilizam-se rotineiramente os instrumentos de autocuidado apoiado;
•  Há um plano de autocuidado apoiado elaborado, em conjunto, pela equipe de
saúde e pela pessoa usuária, com metas pactuadas;
•  O plano de autocuidado apoiado é monitorado regularmente;
•  A equipe multidisciplinar está capacitada para apoiar a pessoa usuária no seu
autocuidado.
•  SISTEMA DE INFORMAÇÃO CLÍNICA
•  Há um prontuário clínico eletrônico capaz de gerar o registro das pessoas
usuárias por condições de saúde e por estratos de risco;
•  O prontuário clínico eletrônico é capaz de prover lembretes e alertas para as
pessoas usuárias e para os profissionais de saúde e contém informações
necessárias para elaborar e acompanhar o plano de cuidado;
•  O prontuário clínico eletrônico é capaz de dar feedbacks para a equipe de
saúde e para as pessoas usuárias.
•  RECURSOS DA COMUNIDADE
•  Há uma ligação estreita entre os serviços de saúde e as organizações da
comunidade que possam prover serviços complementares;
•  Há um Conselho Local de Saúde que faz o controle social efetivo das unidades
de saúde, incluindo a elaboração e o monitoramento da programação.
Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness?
Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998
O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCO
Fontes:
Department of Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model to support local innovation
and integration. Leeds, Long Term Conditions Team Primary Care/Department of Health, 2005
Porter M, Kellogg M. Kaiser Permanente : an integrated health care experience. Revista de Innovacion Sanitaria y Atencion
Integrada. 1:1, 2008
O DECÁLOGO DE CHRIS HAM PARA OS
SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ALTA
PERFORMANCE EM CONDIÇÕES CRÔNICAS
•  COBERTURA UNIVERSAL
•  AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DIRETO NO PONTO DE ATENÇÃO
•  FOCO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS
•  APOIO ÀS PESSOAS USUÁRIAS, CUIDADORES E FAMÍLIAS PARA O
AUTOCUIDADO
•  PRIORIDADE PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
•  GESTÃO DE BASE POPULACIONAL
•  INTEGRAÇÃO DO CUIDADO
•  SUPORTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
•  COORDENAÇÃO EFETIVA DO CUIDADO
•  ESTAS CARACTERÍSTICAS DEVEM SER INTEGRADAS NUM TODO
COERENTE, OU SEJA, EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Fonte: Ham C. The ten characteristics of the high-performing chronic care system. Health Economics, Policy and
Law, 5: 71-90, 2010
A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE
ADVERTE:
“OS SISTEMAS DE SAÚDE
PREDOMINANTES EM TODO
MUNDO ESTÃO FALHANDO
POIS NÃO ESTÃO
CONSEGUINDO ACOMPANHAR
A TENDÊNCIA DE DECLÍNIO
DOS PROBLEMAS AGUDOS E
DE ASCENSÃO DAS
CONDIÇÕES CRÔNICAS.
QUANDO OS PROBLEMAS SÃO
CRÔNICOS, O MODELO DE
TRATAMENTO AGUDO NÃO
FUNCIONA”
Fonte: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de
ação. Brasília, Organização Mundial da Saúde, 2003.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Saúde pública no Brasil
Saúde pública no BrasilSaúde pública no Brasil
Saúde pública no BrasilAndreia Morais
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaRuth Milhomem
 
Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAroldo Gavioli
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia Stefane Rayane
 
2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)Leonardo Savassi
 
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...Gesaworld do Brasil
 
Reforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoReforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoLuanapqt
 
01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptx
01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptx01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptx
01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptxMarianaPerson
 
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDEINTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDEValdirene1977
 
Aula promoao a saude
Aula promoao a saudeAula promoao a saude
Aula promoao a saudedavinci ras
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherFernanda Marinho
 

Mais procurados (20)

Saúde pública no Brasil
Saúde pública no BrasilSaúde pública no Brasil
Saúde pública no Brasil
 
Transição Epidemiológica
Transição EpidemiológicaTransição Epidemiológica
Transição Epidemiológica
 
Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da família
 
Saúde Mental
Saúde MentalSaúde Mental
Saúde Mental
 
Processo saúde doença
Processo saúde doençaProcesso saúde doença
Processo saúde doença
 
Aula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátricaAula reforma psiquiátrica
Aula reforma psiquiátrica
 
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia  QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
QUALIDADE DE VIDA geriatria e gerontologia
 
2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)2. sistema único de saúde (SUS)
2. sistema único de saúde (SUS)
 
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
Apresentação da Dra. Catherine Moura "Redes de atenção à saúde: Do concei...
 
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEMSAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
SAÚDE DO IDOSO: ENFERMAGEM
 
SAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEM
SAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEMSAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEM
SAÚDE DA MULHER: ENFERMAGEM
 
Controle social
Controle socialControle social
Controle social
 
Slides sus
Slides susSlides sus
Slides sus
 
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APS
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APSO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APS
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APS
 
Reforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoReforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidação
 
01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptx
01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptx01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptx
01 Aula Psicologia Aplicada a Saúde.pptx
 
Aula Saúde Mental
Aula Saúde MentalAula Saúde Mental
Aula Saúde Mental
 
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDEINTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À GERÊNCIA EM SAÚDE
 
Aula promoao a saude
Aula promoao a saudeAula promoao a saude
Aula promoao a saude
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
 

Destaque

Aula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de SaúdeAula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de SaúdeJesiele Spindler
 
Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965
Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965
Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965otineto
 
Políticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesa
Políticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesaPolíticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesa
Políticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesaLuis Alexandre
 
Conflitos no trabalho
Conflitos no trabalhoConflitos no trabalho
Conflitos no trabalhoMarta
 
Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1profsempre
 
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUSAula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUSGhiordanno Bruno
 
Plano de aula crônica
Plano de aula crônicaPlano de aula crônica
Plano de aula crônicaLucianaProf
 

Destaque (15)

Frederico Guanais
Frederico GuanaisFrederico Guanais
Frederico Guanais
 
Luis Fernando Rolim
Luis Fernando RolimLuis Fernando Rolim
Luis Fernando Rolim
 
Claunara Schilling
Claunara SchillingClaunara Schilling
Claunara Schilling
 
SOSTENIBILIDAD DE LA SANIDAD . HAY SOLUCIONES
SOSTENIBILIDAD DE LA SANIDAD . HAY SOLUCIONESSOSTENIBILIDAD DE LA SANIDAD . HAY SOLUCIONES
SOSTENIBILIDAD DE LA SANIDAD . HAY SOLUCIONES
 
Exposição 02 redes de atenção a saúde
Exposição 02 redes de atenção a saúdeExposição 02 redes de atenção a saúde
Exposição 02 redes de atenção a saúde
 
Acesso e qualidade da atenção ao diabetes entre idosos: iniquidades sociais e...
Acesso e qualidade da atenção ao diabetes entre idosos: iniquidades sociais e...Acesso e qualidade da atenção ao diabetes entre idosos: iniquidades sociais e...
Acesso e qualidade da atenção ao diabetes entre idosos: iniquidades sociais e...
 
Aula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de SaúdeAula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de Saúde
 
Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965
Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965
Políticas.Publicas.Saúde.1945/1965
 
Políticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesa
Políticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesaPolíticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesa
Políticas Públicas de Saúde, Transporte, Segurança e defesa
 
Conflitos no trabalho
Conflitos no trabalhoConflitos no trabalho
Conflitos no trabalho
 
Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1Saúde Pública aula 1
Saúde Pública aula 1
 
Os modelos de Atenção à Saúde_Eugenio Vilaça
Os modelos de Atenção à Saúde_Eugenio VilaçaOs modelos de Atenção à Saúde_Eugenio Vilaça
Os modelos de Atenção à Saúde_Eugenio Vilaça
 
Modelo de atenção à saúde
Modelo de atenção à saúdeModelo de atenção à saúde
Modelo de atenção à saúde
 
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUSAula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
Aula 01 - Sistemas de informação em saúde para gestão do SUS
 
Plano de aula crônica
Plano de aula crônicaPlano de aula crônica
Plano de aula crônica
 

Semelhante a Transição epidemiológica e modelos de saúde

2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato Couto
2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato Couto2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato Couto
2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato CoutoCNseg
 
Epidemiologia -Prevenção quaternária
Epidemiologia -Prevenção quaternáriaEpidemiologia -Prevenção quaternária
Epidemiologia -Prevenção quaternáriaVinicius Moreira
 
Saúde Mental - Dr. Paulo R. Rapsod
Saúde Mental - Dr. Paulo R. RapsodSaúde Mental - Dr. Paulo R. Rapsod
Saúde Mental - Dr. Paulo R. RapsodMarco Aurélio Dias
 
Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...
Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...
Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...Ministério da Saúde
 
Dra. lina - 20/09/2012
Dra. lina - 20/09/2012Dra. lina - 20/09/2012
Dra. lina - 20/09/2012Anais IV CBED
 
Redes de atenção a Saude - Doriane Campos
Redes de atenção a Saude - Doriane CamposRedes de atenção a Saude - Doriane Campos
Redes de atenção a Saude - Doriane CamposDORIANNE CAMPOS
 
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. RilvaMedicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. RilvaRilva Lopes de Sousa Muñoz
 

Semelhante a Transição epidemiológica e modelos de saúde (20)

CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (E...
CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (E...CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (E...
CONASS Debate – Uma Agenda de Eiciência para o SUS – Gestão Clínica no SUS (E...
 
FGV / IBRE – As Redes de Atenção á Saúde
FGV / IBRE – As Redes de Atenção á SaúdeFGV / IBRE – As Redes de Atenção á Saúde
FGV / IBRE – As Redes de Atenção á Saúde
 
2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato Couto
2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato Couto2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato Couto
2º Fórum da Saúde Suplementar - Renato Couto
 
O Papel da APS na Organização das Redes de Atenção à Saúde_Eugenio Vilaça
O Papel da APS na Organização das Redes de Atenção à Saúde_Eugenio VilaçaO Papel da APS na Organização das Redes de Atenção à Saúde_Eugenio Vilaça
O Papel da APS na Organização das Redes de Atenção à Saúde_Eugenio Vilaça
 
Eugênio Vilaça – O futuro do SUS
Eugênio Vilaça – O futuro do SUSEugênio Vilaça – O futuro do SUS
Eugênio Vilaça – O futuro do SUS
 
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APS
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APSO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APS
O MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) NA APS
 
A IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDEA IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
A IMPORTÂNCIA DA APS NAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
 
Desafios do SUS
Desafios do SUS Desafios do SUS
Desafios do SUS
 
Apresentação - Consultor Opas - Eugênio Vilaça
Apresentação - Consultor Opas - Eugênio VilaçaApresentação - Consultor Opas - Eugênio Vilaça
Apresentação - Consultor Opas - Eugênio Vilaça
 
Txt 690106550
Txt 690106550Txt 690106550
Txt 690106550
 
Epidemiologia -Prevenção quaternária
Epidemiologia -Prevenção quaternáriaEpidemiologia -Prevenção quaternária
Epidemiologia -Prevenção quaternária
 
HealthCOollection
HealthCOollectionHealthCOollection
HealthCOollection
 
Saúde Mental - Dr. Paulo R. Rapsod
Saúde Mental - Dr. Paulo R. RapsodSaúde Mental - Dr. Paulo R. Rapsod
Saúde Mental - Dr. Paulo R. Rapsod
 
Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...
Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...
Apresentação | Pesquisa vai avaliar uso de medicamentos pela população brasil...
 
Dra. lina - 20/09/2012
Dra. lina - 20/09/2012Dra. lina - 20/09/2012
Dra. lina - 20/09/2012
 
Redes de atenção a Saude - Doriane Campos
Redes de atenção a Saude - Doriane CamposRedes de atenção a Saude - Doriane Campos
Redes de atenção a Saude - Doriane Campos
 
Ressumo do ary professora karol
Ressumo do ary  professora karolRessumo do ary  professora karol
Ressumo do ary professora karol
 
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. RilvaMedicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
Medicina Baseada em Evidências - GESME - Profa. Rilva
 
A atenção primária nas Redes de Atenção à Saúde
A atenção primária nas Redes de Atenção à SaúdeA atenção primária nas Redes de Atenção à Saúde
A atenção primária nas Redes de Atenção à Saúde
 
Um sistema de saúde autoeducável centrado na criação de valor
Um sistema de saúde autoeducável centrado na criação de valorUm sistema de saúde autoeducável centrado na criação de valor
Um sistema de saúde autoeducável centrado na criação de valor
 

Mais de Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS

Mais de Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS (20)

Modelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do Sul
Modelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do SulModelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do Sul
Modelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do Sul
 
O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...
O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...
O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...
 
Banners – II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde
Banners – II Seminário da Planificação da Atenção à SaúdeBanners – II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde
Banners – II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde
 
A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...
A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...
A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...
 
PIMENTEIRAS DO OESTE - RO
PIMENTEIRAS DO OESTE - ROPIMENTEIRAS DO OESTE - RO
PIMENTEIRAS DO OESTE - RO
 
CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...
CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...
CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...
 
Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...
Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...
Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...
 
INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...
INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...
INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...
 
Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...
Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...
Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...
 
Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...
Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...
Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...
 
Jornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
Jornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e HipertensãoJornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
Jornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
 
A Segurança do Paciente na Construção Social da APS
A Segurança do Paciente na Construção Social da APSA Segurança do Paciente na Construção Social da APS
A Segurança do Paciente na Construção Social da APS
 
Estratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DF
Estratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DFEstratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DF
Estratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DF
 
Cuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicas
Cuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicasCuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicas
Cuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicas
 
Sala de Situação Regional de Saúde Sudoeste I
Sala de Situação  Regional de Saúde  Sudoeste I Sala de Situação  Regional de Saúde  Sudoeste I
Sala de Situação Regional de Saúde Sudoeste I
 
Por um cuidado certo - Sociedade Brasileira de Diabetes
Por um cuidado certo - Sociedade Brasileira de DiabetesPor um cuidado certo - Sociedade Brasileira de Diabetes
Por um cuidado certo - Sociedade Brasileira de Diabetes
 
O pediatra e sua presença na Assistência no Brasil
O pediatra e sua presença na Assistência no BrasilO pediatra e sua presença na Assistência no Brasil
O pediatra e sua presença na Assistência no Brasil
 
Notas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à Saúde
Notas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à SaúdeNotas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à Saúde
Notas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à Saúde
 
Ministério Público em Defesa da APS
Ministério Público em Defesa da APSMinistério Público em Defesa da APS
Ministério Público em Defesa da APS
 
II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
 

Transição epidemiológica e modelos de saúde

  • 1. A CRISE CONTEMPORÂNEA DOS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA EUGENIO VILAÇA MENDES CONASS DEBATES BRASÍLIA, 13 DE MAIO DE 2014
  • 2. A TRANSIÇÃO DA SAÚDE •  A TRANSIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE: DETERMINADA POR FATORES CONTEXTUAIS DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE •  A TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: DETERMINADAS POR FATORES INTERNOS DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE Fontes: Frenk J. et al. - La transición epidemiologica en America Latina. Boletín de la Oficina Sanitaria Panamericana, 111: 458-496, 1991. Schramm JMA et al. - Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 9: 897-908, 2004.    
  • 3. UM FUNDAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO SOCIAL DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: O POSTULADO DA COERÊNCIA •  OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO RESPOSTAS SOCIAIS DELIBERADAS EFETIVAS, EFICIENTES, DE QUALIDADE E EQUITATIVAS ÀS NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO •  LOGO DEVE HAVER UMA COERÊNCIA ENTRE NECESSIDADES DE SAÚDE EXPRESSAS NA SITUAÇÃO DE SAÚDE E O SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE QUE SE PRATICA SOCIALMENTE FONTE: Mendes EV. Os sistemas de serviços de saúde: o que os gestores deveriam saber sobre essas organizações complexas. Fortaleza, Escola de Saúde Pública do Ceará, 2002  
  • 4. A RUPTURA DO POSTULADO DA COERÊNCIA NOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE CONTEMPORÂNEOS   •  A RUPTURA DO POSTULADO DA COERÊNCIA OCORRE QUANDO SE ESTABELECE UM DESENCONTRO ENTRE A SITUAÇÃO DE SAÚDE (TRANSIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE) E AS RESPOSTAS SOCIAIS ORGANIZADAS PELOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE (TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE SAÚDE), COMO OCORRE HOJE EM ESCALA UNIVERSAL •  ESSA RUPTURA EXPRESSA-SE NA INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DETERMINADA POR TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA, NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E EPIDEMIOLÓGICA RÁPIDAS E PROFUNDAS E A INCAPACIDADE DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE EM SE ADAPTAREM, OPORTUNAMENTE, A ESSAS MUDANÇAS CONTEXTUAIS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011  
  • 5. AS MUDANÇAS NOS CONTEXTOS DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE   •  ELAS SE DÃO EM QUATRO MOVIMENTOS DE TRANSIÇÃO CONCOMITANTES: A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA TRANSIÇÃO NUTRICIONAL TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA •  ELAS SINALIZAM PROPECTIVAMENTE PARA UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE COM PARTICIPAÇÃO RELATIVA CRESCENTE DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS, ESPECIALMENTE DAS DOENÇAS CRÔNICAS, NA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA •  ELAS SUSCITAM NOVAS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011  
  • 6. A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL Fontes: IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2004. Rio de Janeiro, IBGE, 2004 Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011 BRASIL:Distribuição da população por grupos etários (%), 1950-2050 41.6 40.3 29.6 20.1 14.7 55.5 55.8 64.9 70.4 62.8 3 3.9 5.5 9.6 22.5 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1950 1975 2000 2020 2050 0-­‐14 15-­‐64 65+
  • 7. AS DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL, 2008 •  31,3% (59,5 milhões de pessoas) afirmaram ter pelo menos uma doença crônica •  5,9% declararam ter três ou mais doenças crônicas
  • 8. A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL 1974-2009 POPULAÇÃO ADULTA POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS Fonte: Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
  • 9. A TRANSIÇÃO TECNOLÓGICA •  O PARADOXO DA TECNOLOGIA MÉDICA •  O CRESCIMENTO EXPONENCIAL DAS TECNOLOGIAS MÉDICAS •  O AUMENTO DA COMPLEXIDADE CLÍNICA •  A INCORPORAÇÃO E O USO CRESCENTE DE TECNOLOGIA DE ALTA DENSIDADE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 10. O PARADOXO DA TECNOLOGIA MÉDICA OS AVANÇOS NA CIÊNCIA E TECNOLOGIA TÊM MELHORADO A HABILIDADE DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE EM DIAGNOSTICAR E TRATAR AS CONDIÇÕES DE SAÚDE, MAS O ALTO VOLUME DAS TECNOLOGIAS DESENVOLVIDAS SUPERA A CAPACIDADE DOS SISTEMAS EM APLICÁ-LAS DE FORMA RACIONAL Fonte: Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013  
  • 11. NÚMERO DE ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS MÉDICAS POR ANO 1970/2010 Fontes: Bastian H et al. Seventy-five trials and eleven systematic reviews a day: how will we ever keep up? PLoS Medicine, 7: e1000326, 2010 Dados obtidos em PubMed: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/. In: Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013 A PRODUÇÃO DIÁRIA MÉDIA DOS PESQUISADORES É DE 75 ENSAIOS CLÍNICOS E DE 11 REVISÕES SISTEMÁTICAS POR DIA  
  • 12. O AUMENTO DA COMPLEXIDADE CLÍNICA •  AUMENTO DA COMPLEXIDADE CLÍNICA SIGNIFICA QUE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PESSOAS USUÁRIAS DOS SISTEMAS DE SAÚDE TÊM CRESCENTEMENTE MAIS INFORMAÇÕES A CONSIDERAR E MAIS DECISÕES A TOMAR •  HÁ UMA INCONSISTÊNCIA ESTRUTURAL ENTRE O TEMPO CLÍNICO DISPONÍVEL E O INCREMENTO DA COMPLEXIDADE •  AS DECISÕES A TOMAR SÃO DIFÍCEIS EM FUNÇÃO DE VARIADAS OPÇÕES DE BENEFÍCIOS, RISCOS E TRADE-OFFS •  AS INFORMAÇÕES RECEBIDAS PELAS PESSOAS USUÁRIAS SÃO EM GERAL INSUFICIENTES PARA UMA TOMADA RACIONAL DE DECISÕES •  PESQUISAS DEMONSTRAM QUE APENAS METADE DAS PESSOAS USUÁRIAS RECEBEM INFORMAÇÕES SUFICIENTEMENTE CLARAS SOBRE OS BENEFÍCIOS E TRADE-OFFS DOS TRATAMENTOS PROPOSTOS Fontes: Sepucha KR et al. How does feeling informed relate to being informed? The decision survey. Medical Decision Making, 30: S77-S84, 2010 Zikmund-Fisher BJ et al. Deficits and variations in patients´experience with makink 9 common medical decisions: The decision survey. Medical Decision Making, 30:S85-S95, 2010 Smith M et al. Best care at lower cost: the path to continuously learning health care in America. Washington, Institute of Medicine, The National Academies Press, 2013
  • 13. A CRISE NO PLANO MICRO DA CLÍNICA •  50% DAS PESSOAS DEIXARAM AS CONSULTAS SEM COMPREENDER O QUE OS MÉDICOS LHES DISSERAM •  50% DAS PESSOAS COMPREENDERAM EQUIVOCADAMENTE AS ORIENTAÇÕES RECEBIDAS DOS MÉDICOS •  50% DAS PESSOAS NÃO FORAM CAPAZES DE ENTENDER AS PRESCRIÇÕES DE MEDICAMENTOS •  O MÉDICO INTERROMPE O PACIENTE 23 SEGUNDOS DEPOIS O INÍCIO DE SUA FALA Fontes: Rother DL & Hall JA. Studies of doctor-patient interaction. Annu. Rev. Public Health. 10: 163-180, 1989 Marvel MK. Et al. Soliciting the patient´s agenda: have we improved? JAMA. 281: 283-287, 1999 Schillinger D et al. Closing the loop: physician communication with diabetic patients who have low health literacy. Arch. Intern. Med. 163: 83-90, 2003 Roumie CL et al. Improving blood pressure control through provider education, provider alerts, and patient education. Ann. Intern. Med. 145: 165-175, 2006 Bodenheimer T & Grumbach K. Improving primery care: strategies and tools for a better practice. New York, Lange Medical Books, 2007
  • 14. O LADO POSITIVO DA TECNOLOGIA MÉDICA: A INCORPORAÇÃO TECNOLÓGICA NO TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E DO CÂNCER Fontes: Nabel EG, Braunwald E. A tale of coronary artery disease and myocardial infarction. New England Journal of Medicine. 366: 54-63, 2012 DeVita Jr VT, Rosenberg AS. Two hundred years of cancer research. New England Journal of Medicine, 366:2207-2214, 2012
  • 15.  O LADO NEGATIVO DA TECNOLOGIA MÉDICA “OS ESTADOS UNIDOS GASTAM COM INTERVENÇÕES MÉDICAS DESNECESSÁRIAS 30% A 50% DO GASTO TOTAL EM SAÚDE E ESSES PROCEDIMENTOS INJUSTIFICADOS SÃO RESPONSÁVEIS POR 30 MIL MORTES A CADA ANO” (Brownlee, 2008). Fontes: Brownlee S. Overtreated: why too much medicine is making us sicker and poorer. New York, Bloomsbury USA, 2007 Welch HG, Schwartz LM, Woloshin S. Overdiagnosed: making people sick in the pursuit of health. Boston, Beacon Press, 2011
  • 16. A TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA •  UMA NOVA TIPOLOGIA: AS CONDIÇÕES DE SAÚDE •  A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE TRIPLA CARGA DE DOENÇAS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011  
  • 17. AS CONDIÇÕES DE SAÚDE •  CONDIÇÕES AGUDAS •  CONDIÇÕES CRÔNICAS Fonte: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília, Organização Mundial da Saúde, 2003.
  • 18. AS CONDIÇÕES CRÔNICAS •  AS DOENÇAS CRÔNICAS: DOENÇAS CARDIOVASCULARES, CÂNCERES, DIABETES, DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS •  AS CONDIÇÕES GERAIS E INESPECÍFICAS DE CURSO MAIS LONGO •  OS FATORES DE RISCO INDIVIDUAIS BIOPSICOLÓGICOS: COLESTEROL ELEVADO, DEPRESSÃO, HIPERTENSÃO ARTERIAL, NÍVEL GLICÊMICO ALTERADO, SOBREPESO OU OBESIDADE •  AS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS DE CURSO LONGO: HANSENÍASE, HIV/AIDS, HEPATITES B E C •  AS CONDIÇÕES MATERNAS E PERINATAIS           Fontes: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília, OMS, 2003. Gray M. Evidence-based healthcare and public health: how to make decisions about health and public health. Edinburgh, Churchill Livingstone, 3d. Ed., 2009 McWhinney I. The importance of being different. Brit.J.Gen.Pract., 46: 433-436, 1996 Valla VV. Globalização e saúde no Brasil: a busca da sobrevivência pelas classes populares via questão religiosa. In: Vasconcelos EM. A saúde nas palavras e nos gestos. São Paulo, Hucitec, 2001 Meador CK. The art and science of nondisease. New England J. Medicine. 14: 92-95, 1965 Quinet A. A lição de Charcot. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2005. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 19. AS CONDIÇÕES CRÔNICAS •  A MANUTENÇÃO DA SAÚDE POR CICLOS DE VIDA : PUERICULTURA, HEBICULTURA E SENICULTURA •  AS ENFERMIDADES (ILLNESSES) •  OS DISTÚRBIOS MENTAIS DE LONGO PRAZO •  AS DEFICIÊNCIAS FÍSICAS E ESTRUTURAIS CONTÍNUAS: AMPUTAÇÕES E DEFICIÊNCIAS MOTORAS PERSISTENTES •  AS DOENÇAS BUCAIS Fontes: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília, OMS, 2003. Gray M. Evidence-based healthcare and public health: how to make decisions about health and public health. Edinburgh, Churchill Livingstone, 3d. Ed., 2009 McWhinney I. The importance of being different. Brit.J.Gen.Pract., 46: 433-436, 1996 Valla VV. Globalização e saúde no Brasil: a busca da sobrevivência pelas classes populares via questão religiosa. In: Vasconcelos EM. A saúde nas palavras e nos gestos. São Paulo, Hucitec, 2001 Meador CK. The art and science of nondisease. New England J. Medicine. 14: 92-95, 1965 Quinet A. A lição de Charcot. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 2005. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 20. CONDIÇÕES AGUDAS CONDIÇÕES CRÔNICAS EPISÓDICAS CONTÍNUAS REATIVAS PROATIVAS INTEGRADAS INTEGRADAS ORGANIZAÇÃO DAS RESPOSTAS SOCIAIS ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS PELOS SISTEMAS DE SAÚDE Fontes: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília, OMS, 2003 Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 21. OS FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS •  A ESTABILIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS •  O AUTOCUIDADO APOIADO Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011  
  • 22. HbA1c (%) CUSTO MÉDIO (EM US $) AUMENTO % 6 8.576 - 7 8.954 5% 8 9.555 11% 9 10.424 21% 10 11.629 36% A ESTABILIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS Fontes: Skyler JS. Diabetes control and complications trial. Endocrinol. Metab. Clin. North Am., 25: 243-254,1996 Gilmer TP et al. The cost to health plans of poor glycemic control. Diabetes Care. 20: 1847-1853, 1997.
  • 23. Os profissionais de saúde só interagem com portadores de doenças crônicas por poucas horas num ano... o resto do ano estas pessoas cuidam de si mesmas... ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ ½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½½ Fonte: Ham C. Developing integrated care in the UK: adapting lessons from Kaiser. Birmingham, Health Services Management Centre, 2006 A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO APOIADO Na Inglaterra, uma pessoa portadora de diabetes recebe, em média, 3 horas de cuidados profissionais por ano, num total de 8.760 horas de um ano.
  • 24. GRUPO I GRUPO II GRUPO III A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA PERDIDOS AJUSTADOS POR INCAPACIDADE (DALYs)- BRASIL, 1998 Fonte: Schramm M et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 9: 897-908, 2004 GRUPO 1: 23,6% Doenças infecciosas e causas maternas e perinatais GRUPO 2: 66,2% Doenças crônicas GRUPO 3: 10,2% Causas externas
  • 25. A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS •  UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES, DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE REPRODUTIVA •  O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS •  A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO TABAGISMO, INATIVIDADE FÍSICA, USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E ALIMENTAÇÃO INADEQUADA Fontes: Frenk J. Bridging the divide: comprehensive reform to improve health in Mexico. Nairobi, Commission on Social Determinants of Health, 2006 Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da  Saúde,  2011  
  • 26. A EXPLICAÇÃO DA CRISE CONTEMPORÂNEA DOS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO SÉCULO XXI, COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, SENDO RESPONDIDA SOCIALMENTE POR UM MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE DESENVOLVIDO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX QUANDO PREDOMINAVAM AS CONDIÇÕES AGUDAS POR QUÊ? O DESCOMPASSO ENTRE OS FATORES CONTINGENCIAIS QUE EVOLUEM RAPIDAMENTE (TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA, NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E EPIDEMIOLÓGICA ) E OS FATORES INTERNOS (CULTURA ORGANIZACIONAL, RECURSOS, SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS DE LIDERANÇA, MODELOS DE ATENÇÃO E ARRANJOS ORGANIZATIVOS)   Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011 BRECHA 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009 Infecciosaseparasitárias Neoplasias Causasexternas Aparelhocirculatório Outrasdoenças
  • 27. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 2 3 4 Série1   • CASOS  TOTAIS   •   CASOS  DIAGNOSTICADOS   •   CASOS  CONTROLADOS   •   CASOS  COM  PROGRAMAS  DE  PREVENÇÃO     100%   50%   25%   12,5%   A REGRA DA METADE NA ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS Fonte: Hart JT. Rules of halves: implications of increasing diagnosis and reducing dropout for future workloads and prescribing costs in primary care. British Medical Journal. 42: 116-119, 1992.
  • 28. O CONTROLE DO DIABETES                          NO BRASIL   •  APENAS 10% DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO 1 APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS •  APENAS 27% DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO 2 APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS •  45% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM SINAIS DE RETINOPATIAS •  44% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NEUROPATIAS •  16% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM ALTERAÇÕES RENAIS •  GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE: US 721,00   NOS ESTADOS UNIDOS   •  17,9 MILHÕES DE PORTADORES DE DIABETES, 5,7% MILHÕES SEM DIAGNÓSTICO (32%) •  APENAS 37% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS •  35% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM SINAIS DE RETINOPATIAS •  58% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM DOENÇAS CARDIOVASCULARES •  30% A 70% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NEUROPATIAS •  15% DOS PORTADORES DE DIABETES SUBMETERAM-SE A AMPUTAÇÕES •  GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE: US 7.164,00 Fontes: Dominguez BC. Controle ainda é baixo no Brasil. RADIS, 59: 11, 2007. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Disease. National Diabetes Statistics 2007. Disponível em: www.diabetes.niddk.gov World Health Organization. World Health Statistics 2011. Geneva, WHO, 2011
  • 29. O CONCEITO DE MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE É UM SISTEMA LÓGICO QUE ORGANIZA O FUNCIONAMENTO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE, ARTICULANDO, DE FORMA SINGULAR, AS RELAÇÕES ENTRE OS COMPONENTES DA REDE E AS INTERVENÇÕES SANITÁRIAS, DEFINIDO EM FUNÇÃO DA VISÃO PREVALECENTE DA SAÚDE, DA SITUAÇÃO DE E DOS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, VIGENTES EM DETERMINADO TEMPO E EM DETERMINADA SOCIEDADE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 30. OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE •  OS MODELO DE ATENÇÃO AOS EVENTOS AGUDOS •  OS MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 31. O  MODELO  DE  ATENÇÃO  CRÔNICA  (CHRONIC   CARE  MODEL)   Fonte:  Wagner  EH.  Chronic  disease  management:  what  will  take  to  improve  care  for  chronic  illness?  EffecUve  Clinical  PracUce,  1:   2-­‐4,  1998  (Direito  de  uso  de  imagem  concedido  pelo  American  College  of  Physicians/Tradução  de  responsabilidade  do  autor)  
  • 32.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           •      MODELO  ORIGINAL   ESTADOS  UNIDOS   HOLANDA   DINAMARCA   CANADÁ                                 BRITISH  COLUMBIA   REINO  UNIDO   ALEMANHA         RÚSSIA   PAÍSES  EM   DESENVOLVIMENTO  -­‐  OMS   O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA NO MUNDO Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 33. AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA •  ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE •  A organização da atenção às condições crônicas é parte do plano estratégico da organização; •  Os líderes da organização dão suporte à implantação do modelo; •  Os processos de melhoria da atenção às condições crônicas estão integrados nos programas de qualidade da organização. •  DESENHO DA ATENÇÃO À SAÚDE •  Há uma clara divisão de papéis na equipe multidisciplinar em função dos estratos de risco das condições crônicas; •  Há oferta da atenção programada e não programada; •  Há oferta regular da atenção programada, individual e em grupo; •  Utiliza-se regularmente o agente comunitário de saúde no acompanhamento das pessoas usuárias na comunidade. •  SUPORTE ÀS DECISÕES •  Utilizam-se regularmente as diretrizes clínicas; •  A APS está integrada com os especialistas que dão suporte às suas ações; •  Há um sistema regular de educação permanente dos profissionais de saúde; •  Há uma oferta regular de educação em saúde para as pessoas usuárias. Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998
  • 34. AS MUDANÇAS PROPOSTAS PELO MODELO DA ATENÇÃO CRÔNICA •  AUTOCUIDADO APOIADO •  Utilizam-se rotineiramente os instrumentos de autocuidado apoiado; •  Há um plano de autocuidado apoiado elaborado, em conjunto, pela equipe de saúde e pela pessoa usuária, com metas pactuadas; •  O plano de autocuidado apoiado é monitorado regularmente; •  A equipe multidisciplinar está capacitada para apoiar a pessoa usuária no seu autocuidado. •  SISTEMA DE INFORMAÇÃO CLÍNICA •  Há um prontuário clínico eletrônico capaz de gerar o registro das pessoas usuárias por condições de saúde e por estratos de risco; •  O prontuário clínico eletrônico é capaz de prover lembretes e alertas para as pessoas usuárias e para os profissionais de saúde e contém informações necessárias para elaborar e acompanhar o plano de cuidado; •  O prontuário clínico eletrônico é capaz de dar feedbacks para a equipe de saúde e para as pessoas usuárias. •  RECURSOS DA COMUNIDADE •  Há uma ligação estreita entre os serviços de saúde e as organizações da comunidade que possam prover serviços complementares; •  Há um Conselho Local de Saúde que faz o controle social efetivo das unidades de saúde, incluindo a elaboração e o monitoramento da programação. Fonte: Wagner EH. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998
  • 35. O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCO Fontes: Department of Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model to support local innovation and integration. Leeds, Long Term Conditions Team Primary Care/Department of Health, 2005 Porter M, Kellogg M. Kaiser Permanente : an integrated health care experience. Revista de Innovacion Sanitaria y Atencion Integrada. 1:1, 2008
  • 36. O DECÁLOGO DE CHRIS HAM PARA OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ALTA PERFORMANCE EM CONDIÇÕES CRÔNICAS •  COBERTURA UNIVERSAL •  AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DIRETO NO PONTO DE ATENÇÃO •  FOCO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS •  APOIO ÀS PESSOAS USUÁRIAS, CUIDADORES E FAMÍLIAS PARA O AUTOCUIDADO •  PRIORIDADE PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE •  GESTÃO DE BASE POPULACIONAL •  INTEGRAÇÃO DO CUIDADO •  SUPORTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO •  COORDENAÇÃO EFETIVA DO CUIDADO •  ESTAS CARACTERÍSTICAS DEVEM SER INTEGRADAS NUM TODO COERENTE, OU SEJA, EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Ham C. The ten characteristics of the high-performing chronic care system. Health Economics, Policy and Law, 5: 71-90, 2010
  • 37. A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ADVERTE: “OS SISTEMAS DE SAÚDE PREDOMINANTES EM TODO MUNDO ESTÃO FALHANDO POIS NÃO ESTÃO CONSEGUINDO ACOMPANHAR A TENDÊNCIA DE DECLÍNIO DOS PROBLEMAS AGUDOS E DE ASCENSÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS. QUANDO OS PROBLEMAS SÃO CRÔNICOS, O MODELO DE TRATAMENTO AGUDO NÃO FUNCIONA” Fonte: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília, Organização Mundial da Saúde, 2003.