O documento discute os desafios para a atuação da enfermagem especializada em dermatologia na assistência domiciliar, incluindo a tendência de associar saúde de qualidade à estrutura hospitalar, a história da assistência domiciliar no Egito, Grécia e Brasil, e os principais desafios para o especialista como deslocamento, comunicação e registro.
Desafios da enfermagem especializada em dermatologia na assistência domiciliar
1. DESAFIOS PARA ATUAÇAO DA ENFERMAGEM
ESPECIALIZADA EM DERMATOLOGIA
ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
Lina Monetta
2. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA AD
TENDÊNCIA A ASSOCIAR ASSITÊNCIA À SAÚDE DE QUALIDADE À
ESTRUTURA HOSPITALAR
PARADIGMA EQUIVOCADO E PRECONCEITUOSO
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-CONCEITUAL
Egito
Grécia - Asklépios
Hipócrates
Ressaltou a importância das condições domiciliares no
bom êxito do atendimento médico.
“Tratado sobre os ares, as águas e os lugares”
Velho Testamento
– falta de metodologia assistencial
– prática pela caridade
TAVOLARI, FERNANDES, MEDINA 20000
3. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
HISTÓRIA
Séc XIX - sistematização metodológica da AD
1º Serviço de Enfermagem em Saúde Pública Domiciliária em Liverpool
Sir Willian Rathbone - inspirou Florence Nightingale
TAVOLARI, FERNANDES, MEDINA 2000
4. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
HISTÓRIA - BRASIL
Estreita relação com a Enfermagem
# 1919 – Serviço de Enfermeiras Visitadoras – RJ
áreas da tisiologia e materno-infantil
Epidemias: peste e febre amarela
Comprometimento econômico
Carlos Chagas – trouxe grupo de enfermeiras americanas
Curso de Enfermeiras Visitadoras - Saúde Pública
Escola Ana Néri
# A implantação da AD como uma atividade planejada
multidisciplinasr se iniciou pelo setor público
1963 - Serviço de AD do Hospital de Servidores do Estado de São Paulo
DUARTE, YAO; DIOGO, MJDD, Atendimento Domiciliar: um enfoque gerontológico, 2000
5. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
Modalidade de atenção que vem sendo fortemente
adotada no âmbito dos sistemas de saúde, aliando
motivações racionalizadoras e humanitárias
Racionalizadoras Humanitárias
Redução de Custos Mantém referências de vida (abrigo)
Liberação de vagas hospitalares Acompanhamento familiar
Redução de complicações Diminuição do estresse
(riscos erro,acidentes, iatrogenias) Auxilia no enfrentamento da doença
CQ ; Acreditação Potencializa a educação em saúde
6. ATENÇÃO A SAÚDE DOMICILIAR NO BRASIL
Ministério da Saúde
PORTARIA Nº 2.029, DE 24 DE AGOSTO DE 2011
Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
1. Considerando art.198 da Constituição de 1988 ( ações e serviços públicos que integram
uma rede regionalizada e hierarquizada -SUS);
2. art. 7º da Lei nº 8.080, de 1990 ( princípios e diretrizes do SUS: de universalidade do
acesso e integralidade da atenção e descentralização político-administrativa com
direção única em cada esfera de governo;
3. art. 15, Lei nº 10.741, de 2003, que institui o Estatuto do Idoso;
4. Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da ANVISA 2006 ( o Regulamento Técnico de
Funcionamento de Serviços que prestam Atenção Domiciliar; (EMAD)
NORMAS
I - Considera um serviço substitutivo ou complementar à internação hospitalar ou
ao atendimento ambulatorial
II - Nova modalidade de atenção à saúde caracterizada por um conjunto de ações
de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas
em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de
atenção à saúde;
7. Tendências da AD no Brasil
1. Aumento da demanda na AD
2. Ampliação nas áreas da prevenção e na reabilitação
3. Aumento da idade média dos pacientes e sua complexidade
4. Aumento da tecnologia disponível
5. Aumento do custo da assistência
11. PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O ESPECIALISTA
COMUNICAÇÃO
equipe
paciente / cuidador / familiar
CONTROLE DOS RISCOS
mudança do quadro
condução inadequada
12. PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O ESPECIALISTA
REGISTRO
segurança do profissional
cumprimento de suas determinações
equipe
cuidador /família
13. PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O ESPECIALISTA
conhecer os objetivos da Instituição
garantir sua autonomia :
definição dos cuidados, nº visitas
definição dos recursos
ESTRATÉGIAS:
definir o papel do cuidador e enfermeiro clínico (limites da atuação)
monitoramento dos resultados
gerenciamento de custos
14. QUAIS SÃO OS LIMITES NA
ATENÇÃO À SAÚDE DOMICILIAR??
15. TCTH – ATENDIMENTO DOMICILIÁRIA
Experiências Internacionais
– Viabilidade
– Segurança
– Manutenção dos Resultados
1. At home management of aplastic phase following high-dose chemotherapy with
stem-cell rescue for hematological and non-hematological malignancies.
Westermann,AM et al Ann Oncol. 1999 May;10(5): 511-7.
2. Performing bone marrow harvest on na outpatient basis: a single center UK
experience. Aleem, et al Acta haematol.2004;112(4):200-2.
3. Outpatient-based peripheral blood stem cell transplantation for patients with
multiple myeloma. Ferrara, et al Hematol J. 2004;5(3);222-6
16. TCTH - ATENDIMENTO DOMICILIÁRIA
Home care during the pancytopenic phase after allogeneic hematopoietic stem cell
transplantation is advantageous compared with hospital care. Blood, 2002 Dec
15;100(13):4317-24.
Estudo com grupo controle pareado, 90 pacientes com dça hematológica maligna,
submetidos a TCTH alogênico
Resultados:
menos transfusão de hemáceas, antibióticoterapia EV, analgésicos e NPP
menor ocorrência de infecção bacteremia
alta precoce
menor ocorrência de GVHD grau II-IV (17% X 45%)
menor índice de mortalidade relacionada ao tratamento (8% X 42%)
maior índice de sobrevida (70% X 55%)
Avaliação positiva - Qualidade de Vida
Custos - Média do tratamento do dia 0 ao +76
– Hospitalar: 35.000 dólares
– Domiciliar: 25.000 dólares
17. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA - REFLEXÃO
O HOMEM SOMENTE ATINGE SEUS FINS ESSENCIAIS VINCULADO SOCIALMENTE
ENTRE AS FORMAS DE ASSOCIAÇÃO HUMANA A FAMÍLIA DETEM A PRIMAZIA!
NELA, SOMOS RECONHECIDOS E ACEITOS PELO QUE SOMOS
18. ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
REFLEXÕES
DOMICÍLIO: É O AMBIENTE ECOLÓGICO DO SER HUMANO,
O MAIS SAUDÁVEL (BEM ESTAR FÍSICO, PSÍQUICO E SOCIAL)
EM PERÍODOS DE MENOR CAPACIDADE DE AUTO-CUIDADO, É ESSENCIAL QUE O
INDIVÍDUO SINTA-SE UMA PESSOA, COM SUAS REFERÊNCIAS
O SER HUMANO É UM SER BIOLÓGICO E BIOGRÁFICO!!
NO SEU HABITAT MEU PACIENTE É MAIS FORTE!!
NÃO É MAIS TÃO PACI ENTE
??ESTAMOS PREPARADAS PARA PRESTAR ESTA MODALIDADE DE ASSISTÊNCIA??
19. CAMPANHA CONTRA CA DE PELE SBD/SOBENDE 2010
OBRIGADA!!! Lina Monetta
www.biosanas.com.br