O documento discute as diferenças entre nutrição enteral e parenteral. A nutrição enteral mantém a integridade da mucosa intestinal e está associada a melhores resultados, enquanto a nutrição parenteral está associada a hiperglicemia e piores resultados. Em alguns casos, a nutrição enteral e parenteral podem ser usadas em conjunto.
1. Nutrição enteral versus parenteral
Abílio Cardoso Teixeira
Mestre Ciências da Enfermagem | Vogal de Enfermagem da APNEP | Enfermeiro no Serviço de Cuidados Intensivos 1 do CHP-HSA
Coordenador do Grupo de Trabalho de Enfermagem da APNEP | Coordenador do Grupo de Trabalho “Prática Baseada na Evidência” do SCI
2.
3.
4.
5. Maslow (1943): comida e água são duas das mais fundamentais necessidades
fisiológicas
Roper et al. (1996): consideram comer e beber atividades essenciais ao viver. Falhas
nas mesmas requerem suporte de Enfermagem.
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
6. Tudo tem uma explicação!
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
8. Normas de orientação clínica baseadas na evidência em cuidados intensivos são
úteis para suportar decisões clínicas (Marshall et al., 2012)
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
13. Desnutrição – uma
problemática
Desnutrição
duração do internamento
hospitalar
tempo de reabilitação
qualidade de vida
custos
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
16. NE vs NP
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
17. NE vs NP
Nutrição Entérica
Nutrição Parentérica
mantem integridade da mucosa
intestinal.
associada a hiperglicemia (pior
prognóstico)
Associada a: mortalidade;
infeção; tempo de
internamento
melhor relação custo/ beneficio
Inicio precoce de NE vs Inicio precoce de NP: sem alterações na
mortalidade. infeção e outras complicações (quando NP isoladamente)
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
18.
19. NE vs NP
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
24. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Evidência
Estratégias
Nutrição Entérica não deve ser
administrada a doentes que não
estejam desnutridos ou em risco,
que não tenham inadequada ou
Romper com a tradição
Formação
insegura ingestão oral (Nível de
evidência = A)
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
26. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Evidência
Estratégias
Romper com a tradição
Inicio de NE independente de ruídos
intestinais, flatulência ou fezes
Formação
Auditorias
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
27. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Evidência
Estratégias
Formação
Doente hemodicamente estável e
Envolvimento da equipa
com trato GI funcionante:
• NE
Auditoria e monitorização
precoce
admissão na UCI)
(24-48h
após
Apresentação regular dos resultados
Lembretes/ Marketing
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
28. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Evidência
Estratégias
Formação
Envolvimento da equipa
Dever-se-á atingir o objetivo calórico
entre as 48h-72h.
Auditoria e monitorização
Apresentação regular dos resultados
Lembretes/ Marketing
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
30. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Evidência
Estratégias
Aspiração tem sido associada a
Envolvimento da equipa
Avaliação do residuo gástrico: a 500 mL!!!
VRG de... 5 Auditoria e monitorização
Formação
aceitam-se volumes até 500 mL (de
forma a otimizar a demanda)
Apresentação regular dos resultados
Falta de definição em como medir o
VRG adequadamente (Makic et al., 2011)
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
31. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Evidência
Estratégias
Indivíduos com risco nutricional e
risco
de
UP:
oferecer
Formação
suplementos nutricionais
hiperproteicos
Lembretes
Envolvimento da equipa
Auditoria e monitorização
Apresentação regular dos resultados
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
32. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Estratégias
Evidência
Lavagem
da sonda com 30 mL
água:
Formação
• 4/4h (durante nutrição contínua)
Lembretes
• antes e após a administração
intermitente
Auditoria e monitorização
Apresentação regular dos resultados
• após avaliação VRG
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
33. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Evidência
Estratégias
Administração de medicação por
sonda gástrica:
• Não adicionar diretamente à
Formação
fórmula entérica; com Nutrição Entérica contínua!
Envolvimento da equipa
Doente
• Evitar misturar: Diluir cada Conhecimento dos recursos
Deseja alterar a fórmula dos fármacos?
fármaco isoladamente
Sugestão aquando da prescrição para
• Administrar separadamente eventual alteração da fórmula
cada
medicação,
optando,
preferencialmente, por fórmulas
líquidas
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
34. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Rai, SS ; O'Connor, SN ; Lange, K ; Rivett, J ; Chapman, MJ (2010). Enteral nutrition
for patients in septic shock: a retrospective cohort
study. Critical Care And Resuscitation 12 (3), pp. 177-81.
43 indivíduos (média idade: 54 anos, DP 20; média de valor APACHE II 20, DP 8): 33 em
choque
média de tempo de internamento na UCI: 13 dias (3-55 dias); 74% sobreviveram.
17 (40%): receberam 60% das
6 dias)
calorias prescritas durante 7 dias (pico de 86% aos
1,4 dias (média) para inicio do suporte nutricional (varia 0-8 dias): sem diferenças
nos grupos (com choque/ sem choque)
indivíduos em choque: VRG
> (sem diferenças no administrado)
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
35. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Montejo, JC; Miñambres, E; Bordejé, L; Mesejo, A; Acosta, J; et al. (2011) Gastric
residual
volume during enteral nutrition in ICU patients: the REGANE study.
Intensive Care Med. 36(8):1386-93. doi: 10.1007/s00134-010-1856-y. Epub 2010 Mar 16.
28 UCI (Espanha): 329 doentes, entubados e ventilados mecanicamente (selecionados
aleatoriamente em 2 grupos: controlo (VRG = 200 mL) e experimental (VRG = 500 mL)
limite de 500 mL não
está associado a efeitos adversos ou complicações
GI
valor de 500 mL pode ser recomendado como limite normal.
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
36. Nutrição Articial:
nutrição enteral
Quenot, JP; Plantefeve, G; Baudel, JL; Camilatto, I; Bertholet, E; Cailliod, R; Reignier, J; Rigaud, JP (2010).
Bedside adherence to clinical practice guidelines for enteral
nutrition in critically ill patients receiving mechanical ventilation: a
prospective, multi-centre, observational study. Critical Care, 14 (2), pp. R37.
Estudo observacional, multicêntrico, prospetivo (203 doentes: 19 UCI’s, francesas)
média da relação prescrito/ administrado, por dia:
43%
(37-54) ao 1º dia,
aumentando até ao 7º dia.
média da relação prescrito/ administrado ao 4º dia: 80%
no que às diferentes variáveis concerne: apenas com significado estatistico o
VRG
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
38. Nutrição Articial:
nutrição parenteral
24-48h (se nutrição oral não se
espera em 3 dias)
1º - administração de fluidos; em
doentes bem nutridos – inicio
após 7 dias
inicio nas 1as 24h nos casos de
desnutrição
NP não deve ser usado em
doentes com trato GI integro.
Não iniciar até se tentarem todas
as tentativas para otimizar NE
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
40. Nutrição Articial:
nutrição parenteral
Administração: 1 sistema de administração para as 24h
Manipulação: 1 manipulação nas 24h
Risco de contaminação:
risco de contaminação
Tempo de preparação: tempo de preparação
Número de erros:
número de erros
Compatibilidade e estabilidade: documentadas
Tempo de validade: validade
Conservação: conservação mais fácil
Abílio Cardoso Teixeira
abilio.cardosoteixeira@gmail.com | slideshare/abiliocardosoteixeira
O esterótipo de belezamudouaolongo dos tempos. Se antes gorduraéformosura, atualmente o “sermagro” éserbelo.
Uma panóplia de informação e de meios de acederàmesmaencontram-se àdisposição de todos, mas a forma comocada um a gereémuitodiferente. Poderemosparaistoapontardiferentes fatores: a tãofaladacrise, questõesmonetárias, sociais, culturais, estilo de vida…
Uma panóplia de informação e de meios de acederàmesmaencontram-se àdisposição de todos, mas a forma comocada um a gereémuitodiferente. Poderemosparaistoapontardiferentes fatores: a tãofaladacrise, questõesmonetárias, sociais, culturais, estilo de vida…
Assumindoquetudo tem explicação…
Nestaapresentaçãofarei um paralelismo entre evidência e prática, numaapresentaçãoassenteemnormas de orientaçãoclínica, emanadasporinstituições de referência.
No entanto, nãopossoabordarestatemáticasemabordar a desnutrição.
E paraumamaximização do plano de tratamento, éessencial um trabalho (efetivo) emequipa.
Emquetodosassumamclaramente o seupapel, estandoestebemidentificado.
Falar de nutriçãoentéricavsparentéricaécomofalar de um embate entre o Grande ESC e o SLB… fico quasedivididonaminhaescolha! A escolha das vias de administração de Nutrição estábemidentificada e documentada. A opçãoporumaouporoutradeveráseguirumasérie de critérios e propósitos…
If peripherally administered PN does not allowfull provision of the patient’s needs then PN should be centrally administered