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PÓS GRADUAÇÃO EM
      GESTÃO HOSPITALAR


Gestão de Serviços de Atenção Direta ao Paciente.
             Nutrição e Dietética
    Profa. Msc. Marisa Helena de Oliveira
HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO
A sociedade nômade (pré - urbana) - o
                      homem coletor/caçador
             •Alimentava-se de frutas, raízes,
   PRÉ –     legumes, peixes e caracóis;
 HISTÓRIA     •Desenvolveu armas (arpões, lanças,
Da origem do redes, arcos e flechas) e armadilhas.
homem até o Começou a caçar renas, cabras, porcos,
aparecimento galinhas, etc;
da escrita em • Organizou-se em grupos para caçar;
4000 anos
A.C.          •Passou a usar o sal;
             •Dominou o fogo → carne crua X carne
             assada
A sociedade agrícola (o homem
                fixou-se em aldeias)
                •Semeou e colheu trigo, cevada, milho,
                batata, feijão, mandioca;
PRÉ –
                •Desenvolveu utensílios para conservar
HISTÓRIA        alimentos;
Da origem do    •Domesticou animais;
homem até o
                •Observou o sol, a lua, a chuva → época de
aparecimento
                semear e colher;
da escrita em
4000 anos       •Dominou o Fogo → cereais assados ou em
A.C.            remolho que após aquecidos formavam
                mingaus;
                •Extraiu o sal da ardósia e mais tarde do
                mar.
                          Início da culinária
•Pão (egípcios);
                  •Vinho, mel, cerveja;
                   -

                  •Civilizações antigas como:
  IDADE
 ANTIGA           sumérios, babilômios, assírios,
 De 4000 A.C.
 (invenção da     egípcios, hebreus, fenícios, persas,
 escrita) até o
século 5º D.C.
                  hindus, chineses, gregos, romanos.
                        diferentes culturas / religiões e
                  diferentes formas de alimentação;
                  •Reis e chefes passaram a ter
                  pessoas para preparar alimentos: os
                  cozinheiros;
                  •Grandes festas e banquetes.
•Feudos → O rico e o miserável. O senhor
            e o servo. Época de muita fome;
            •Os monges → simplificaram a preparação
Idade       dos alimentos enriqueceram as suas
Média       qualidades; exploraram minas de sal,
Do século   praticaram a pecuária, curtiram o couro,
5º D.C.     aprimoraram a conservação dos
 até o      alimentos;
século XV
            •Usavam-se muitas especiarias como
            pimenta, noz-moscada, gengibre, canela,
            cravo, cominho, hortelã, anis, açafrão;
            •Começou-se a usar o vinagre para
            preparar conservas;
            •China → o macarrão levado para Itália
            por Marco Polo;
            •O arroz foi trazido da Ásia para o
            Ocidente.
Grandes descobrimentos
               •Da Ásia foram trazidos a cana de açúcar,
               laranja, manga, tangerina, chás, arroz, etc
               •Da América foram levados a farinha de
 IDADE         mandioca, caju, peru, milho, amendoim,
MODERNA        batata, feijão, abóbora, cacau, pimentão
Do século XV
               entre outros;
até a          •A África exportou bananas, inhame, erva
Revolução      doce, palmeira de dendê e o coco.
Francesa, em
1789           •A Europa enviou o gado bovino, eqüino,
               muar e ovino;
               •O café foi trazido do Oriente para a Europa.
               •Grandes chefs – La Verenne e Vatel;
               •Lavoisieur e Pasteur→ evolução científica
•Revolução Industrial;
                   •Tecnologia;
                   •1° e 2° Guerras mundiais
    IDADE
CONTEMPORÂNEA
                   Conservantes e outros
Da Revolução
                   aditivos alimentares
Francesa até
                   •Os efeitos da industrialização
os dias de hoje.   sobre a população e o meio
                   ambiente;
                   •Alteração nos hábitos
                   alimentares;
                   •Modismos alimentares;
                   •Fast food X Slow food
Personalidades
JOSUÉ DE CASTRO (1908-            Recife / 1973 – Paris)

  •Médico, cientista, escritor e político;
  •Membro da “Comissão de Inquérito para Estudo da
  Alimentação do Povo Brasileiro”- 1936;
  •Idealizador, Organizador e Diretor do Serviço Central de
  Alimentação depois transformado em Serviço de
  Alimentação da Previdência Social (SAPS), 1939 a 1941;
  •Idealizador e Diretor do Instituto de Nutrição da
  Universidade do Brasil, 1946.
  •Presidente do Conselho da Organização para Alimentação
  e Agricultura das Nações Unidas (FAO), 1952 a 1956;
  •Presidente eleito do Comitê Governamental da Campanha
  da Luta Contra a Fome, ONU, 1960;
“Denunciei a fome como flagelo fabricado pelos
  homens contra outros homens” .
Trata-se de um dos mais importantes brasileiros do
século 20, cuja vida foi dedicada a desvendar e
denunciar as condições de vida – ou não vida – de
milhões de seres humanos, fadados a morrer de fome,
não por causa dos maus humores da natureza, mas
sim pelo resultado das relações
sociais,responsabilidade
pura e exclusiva da ação
política dos homens”.
Jornal da APROPUC-SP,
LIESELOTTE HOESCHL ORNELLAS
•Nascida em Florianópolis;
•Diplomada pela Escola de Enfermagem
Ana Néri da UFRJ e dietista pelo Instituto
Nacional de Nutrição de Buenos Aires
(Pedro Escudeiro);
•Foi a 1° nutricionista do Brasil, professora
do SAPS (UNIRIO) e da UFRJ;
 •Autora de 7 livros entre
 os mais importantes :
 Técnica Dietética
 Alimentação através
 dos tempos
“Repartir com os vizinhos a caça abundante
parece ter sido reação natural de tribos
primitivas, e ainda o é, entre grupos
sobreviventes, na época atual. Depois, descobriu
o homem que era sábio para armazenar para os
dias de escassez. Muito cedo utilizou o sal para
conservar alimentos, usando também como
elemento de troca e de valor econômico,
conciliatório ou de amizade. Enquanto o alimento
valeu na medida justa do que representava, tudo
ia bem, até que, ao começar a ser cotado a preço
de moeda, passou a sobrar para alguns e faltar
para muitos.”
“Na era em que vivemos, em que se
defronta o mundo com o problema de
escassez alimentar, diante de um
crescimento populacional assustador, é
necessário formar em cada indivíduo
uma consciência alimentar. Saber por
que se come, o que se come, quanto
come e o que deve comer.”
A ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS ,1978
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:
• A ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS – Lieselotte
Hoeschl Ornellas, 1978/2000
•A HISTÓRIA DA GASTRONOMIA – SENAC,1998
•500 ANOS DE SABOR – BRASIL 1500 A 2000 - Eda
Romio, 2000
•A HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO NO BRASIL – Luiz da
Câmara Cascudo
•A FISIOLOGIA DO GOSTO – Brillat – Savarin, 1800/1995
•SAL : UMA HISTÓRIA DO MUNDO – Mark Kurlansky
•BACALHAU: A HISTÓRIA DO PEIXE QUE MUDOU O
MUNDO – Mark Kurlansky
•SEIS MIL ANOS DE PÃO: A CIVILIZAÇÃO HUMANA
ATRAVÉS DE SEU PRINCIPAL ALIMENTO – Felipe
Fernandes - Armesto
ALIMENTAÇÃO COLETIVA
        ALIMENTAÇÃO INSTITUCIONAL
•Restaurante palavra oriunda de restaurants que é
restaurativo em francês. Em função de um local em
Paris que vendia sopas restaurativas, na época de
Luís XVI.
Boulanger, o proprietário do restaurante dizia:
“Vinde a mim; vós que trabalhais, e restaurarei vosso
estômago”.
Soares Leal, SENAC, 1998.

•No início do século XX surge a 1° lei francesa
regulamentado a necessidade do fornecimento de
local para refeições;
•1° e 2° Guerras mundiais cresce o conceito de
alimentação institucional e os cursos de
formação profissional na área de nutrição;
•Na década de 30, Getúlio Vargas, pela Lei n°
1.228 de 02/05/39 exige que empresas com
mais de 500 empregados tenham refeitório para
seus funcionários;

•SAPS – Serviço de Alimentação da Previdência
Social

“Vontade governamental em momento de busca
de legitimação social, constitui-se em
instrumento de alívio das tensões sociais”.
Ypiranga & Gil, 1989
•O restaurante do SAPS na UNE no Rio de
Janeiro foi o marco inicial da alimentação
voltada para o ensino;
•Na década de 40 começaram a ser
fabricados no Brasil os primeiros
equipamentos para cozinhas industriais;
•Na década de 40 – Cozinhas industriais do
SESI e SESC;
•Década de 50 surgiram os RUs;
•1954 a 1° lei que regulamentou a merenda
escolar no Brasil.
Proença, 1997; Vasconcelos, 2000
PAT
Programa de Alimentação do Trabalhador.

Criado em 1976 para: Reduzir o índice de
  acidentes de trabalho, o absenteísmo e a
  rotatividade nas empresas
•   Incentivos fiscais;
•   Para o setor Serviços foi criado o Tiquete
    Refeição ou Alimentação

           Alimentação institucional




                 Salário indireto
UAN
 Unidade de Alimentação e Nutrição
           Nomenclatura oficial.

SAN – Serviço de Alimentação e
Nutrição → empresas, escolas,
quartéis, etc;
SND – Serviço de Nutrição e
Dietética → Hospitais, centros de
saúde e asilos.
•Atividade meio → em escolas, empresas,
forças armadas, etc, quando o objetivo da
empresa é o fornecimento de alimentação
para reduzir índices de acidentes, taxas de
absenteísmo, rotatividade, melhorar a
aprendizagem, prevenir e manter a saúde
daqueles que são atendidos.
• Atividade fim → em hospitais, centros de
saúde, asilos, onde a UAN colabora
diretamente com o objetivo final da
entidade, uma vez que presta um conjunto
de bens e serviços destinados a prevenir,
melhorar e/ou recuperar a população
atendida.
Proença, 1997
ALIMENTAÇÃO HOSPITALAR
FUNÇÕES: Higiênica (alimentos seguros)
             Dietética ( parte do tratamento)
             Convivial (individuo social)
             Hedônica (prazer)

Principais motivos causadores da rejeição
à alimentação hospitalar:
• Paladar alterado pelo uso de medicamentos;
• Stress pela internação ou futura cirurgia;
• Hábitos modificados pela rotina hospitalar;
• Dietas especiais.
“As refeições consumidas em hospitais
pelos pacientes internados,
habitualmente, são analisadas
sensorialmente de maneira negativa.
Prioriza-se a terapêutica sem ser levado
em consideração o apelo sensorial,
muitas vezes indispensável para o
consumo de alimentos. A terapia
nutricional deve ser reavaliada nestes
casos, pois sendo um momento em que
esforços devem se unir para a
recuperação do paciente, o prazer de
comer não deve ser esquecido”.
GIRANI & ARAÚJO, 2002
CONCEITOS BÁSICOS


Alimento é todo o material que o
organismo recebe para satisfazer suas
necessidades de manutenção,
crescimento, trabalho e restauração dos
tecidos.

Alimentação é o processo voluntário e
consciente pelo qual o ser humano
obtém produtos alimentares para o seu
consumo.
Nutrição é a ciência que estuda o
conjunto de processos por meio dos quais
o organismo vivo recolhe e transforma
substâncias sólidas e líquidas exteriores,
de que precisa para manutenção,
desenvolvimento orgânico e produção de
energia.

Nutrientes são os compostos que
constituem os alimentos;
- Orgânicos Proteínas, lipídeos, fibras,
carboidratos, e vitaminas;
- Inorgânicos Água e minerais.
Nutrientes Plásticos - fornecem
substâncias necessárias ao crescimento,
formação das células e tecidos e para a
reparação e substituição das células que
vão se perdendo.
- Proteínas e lipídeos.
Nutrientes Energéticos - fornecem
energia para o funcionamento do
organismo, para a produção
de trabalho e para a manutenção da
temperatura do corpo.
- Carboidratos e lipídeos.
Nutrientes Reguladores / Protetores –
controlam as funções vitais e contribuem
para o funcionamento do organismo, para
proteção contra doenças e para o
crescimento.
- Proteínas, vitaminas, sais minerais,
água.
 A maioria dos alimentos fornece mais do
 que um nutriente, em qualidades variáveis.


 Diversificar o quanto possível a alimentação.
Caloria é a unidade padrão de medida do
calor produzido pelo metabolismo dos
alimentos.

Definição: é a energia calorífica necessária
para elevar 1ºC a temperatura de 1 kilograma
de água.
Krause & Mahan, 1995

•1g de carboidratos e proteínas fornecem 4
calorias;

•1g de lipídeos fornece 9 calorias;

•Vitaminas, sais minerais, fibras e água não
têm calorias.
GERENCIAMENTO DE
        UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E
                 NUTRIÇÃO
                   UANs
Planejamento físico    Atividades       Recursos humanos:
-funcional:            desenvolvidas:


•Dimensionamento,      •Produção;       •Dimensionamento;

projeto e ambiência;   •Dietética;      •Profissionais;

•Setores de uma UAN    •Ambulatório;    •Escolaridade     e
hospitalar;            •Educação.       capacitação;
•Equipamentos.                          •Segurança e saúde do
                                        trabalhador.
PLANEJAMENTO FÍSICO - FUNCIONAL
     DIMENSIONAMENTO,
    PROJETO E AMBIÊNCIA
1,80 m2 por leito – sistema descentralizado
2,00 m2 por leito – sistema centralizado

 Deve ser considerado:
 • Número de refeições servidas;
 • Diversidade do serviço;
 • Número de funcionários;
 • Equipamentos;
 • Sistema de distribuição.
∀•    Respeitar o fluxo do alimento de maneira a
não haver retrocesso, seguindo um caminho
lógico do recebimento da matéria prima até a
distribuição da refeição pronta;
•    Configuração geométrica retangular
(comprimento = 2 X a largura);
•     Preferentemente no pavimento térreo;
•     Fácil acesso para o abastecimento;
•     Fácil remoção de lixo;
•     Iluminação natural → não alterar as
características sensoriais
      ( Luz artificial – luminárias protegidas).
•Instalações de fácil manutenção;
•Ambiente protegido de insetos e roedores;
•Ventilação natural
-Para facilitar a dissipação de gases, vapores
e fumaça;
-Temperatura recomendada de 22 a26º C;
-Umidade relativa de 50 a 60%;
-Área de preparo de carnes deve ter
temperatura controlada.
•Cores claras (alto índice de refração da luz);
•Piso antiderrapante, resistente,
impermeável, resistente à substâncias
corrosivas, com inclinação para
direcionamento da água para os ralos, ralos
sifonados, para dificultar entrada de insetos e
odores;

•Paredes lisas de cores claras, pintadas com
tinta impermeável ou azulejo até 2 m pelo
menos, sem falhas, rachaduras, umidade ou
bolores. Podem ser usadas cantoneiras ou
barras em locais de grande movimento de
carros;
•Janelas lisas, de fácil manutenção, em
bom estado de conservação, com telas
removíveis;

•Portas de superfícies lisas, não
absorventes, fechamento automático,
abertura máxima de 1 cm do piso
(impedir entrada de roedores), largura de
1,00 X 2,10 m. Borracha de vedação nas
áreas de depósito de alimentos.
Portas maiores onde circulam carros;
•Forros e tetos lisos, impermeáveis,
laváveis, de cores claras, sem bolores,
infiltrações, rachaduras, goteiras, etc.;


•Instalações: eletricidade monofásica e
trifásica, gás, vapor, água quente e fria,
esgoto, caixa de gordura e sistema de
exaustão.
Setores de uma UAN hospitalar

 Abastecimento

 Produção

 Copas

 Área administrativa
Abastecimento
RECEPÇÃO
Deve ter:
•Plataforma de descarga;
•Balança;
•Local para pré - higienização de vegetais e
frutas;
•Carros tipo plataforma para transporte de
caixas.
Abastecimento
Depósito (despensa ou almoxarifado)
Depósito de alimentos à temperatura ambiente
 (máximo de 27º C);
Prateleiras afastadas das paredes, a 30 cm do
chão;
Estrados fenestrados para sacarias a 40 cm do
piso;
Material de limpeza separado de gêneros
 alimentícios;
Sem tubulações aparentes;
Chefia e controle preferentemente fora do local
 de armazenagem.
Abastecimento
Área de armazenamento à temperatura
controlada (estocagem de perecíveis)

Câmaras frigoríficas devem ter:
Ante-câmara;
Ralos sifonados e com vedação;
Termômetro e mostrador;
Prateleiras em aço inox;
Pintura lavável e resistente;
Porta hermética com dispositivo de segurança.
Abastecimento
Área de armazenamento à temperatura
controlada(estocagem de perecíveis)

Câmaras frigoríficas devem ter:
Até 4ºC para carnes;
Até 8ºC para laticínios sobremesas;
Até 10ºC para frutas vegetais e ovos;
Refrigeradores de 4 a 8º C.
Produção
Área de preparações prévias
     (pré - preparo)

Áreas separadas para preparo prévio de
carnes, vegetais, massas, sobremesas e
lanches;
Devem ter bancadas, cubas e torneiras
de acordo com o que será preparado;
Equipamentos específicos (periféricos).
Produção
Área de cocção (cozinha geral)

Localizada entre a área de preparo prévio
e a área de distribuição;
Deve ter mesas de apoio e cubas;
Equipamentos instalados como
caldeirões, fogões, fritadeiras, frigideiras,
estufas, panelas basculantes e sistema de
exaustão.
Produção
Área de cocção (cozinha dietética)
Mesas de apoio e cubas
Equipamentos como fogão, banho – maria,
forno.

Área de distribuição
Para copas → balcão quente e frio com
barreira, tanto para o sistema centralizado
 como para o sistema descentralizado.
Para o refeitório → balcão de distribuição
para o refeitório.
Produção
Refeitório
Área de 1,2 m2 por pessoa;
Balcão de distribuição
Lavatório para os comensais;
Mesas para 4 a 6 pessoas;
Bem ventilado e iluminado;
Evitar cruzamento de fluxo;
Música ambiente e decoração agradável.
Produção
Área de higienização de utensílios

Recepção de utensílios do refeitório;
Recepção da louça do paciente;
Higienização da louça do paciente;
Deverá ter cubas grandes, máquina
 de lavar louças e paneleiros.

Área de higienização e guarda de carros
Esguicho de pressão e sistema de drenagem
Produção
Instalações sanitárias e vestiários
Exclusivos para funcionário da UAN, completas,
 com chuveiro;
Pias para lavação de mãos com sabonete líquido e
       papel em vários locais da área de produção e
 abastecimento.

Área para botijões de gás
Na parte externa da UAN.

Área para guarda de materiais de
limpeza
Produtos e utensílios;
Cubas para higienização de materiais de limpeza.
Copas
Localizadas nas unidades de internação;

Deverão ter bancadas, refrigerador,
cubas, equipamentos para preparo de
lanches (?), prateleiras para guarda de
utensílios.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO:

Centralizado → as refeições são porcionadas e
acondicionadas na área de processamento;

Descentralizado → as refeições são
transportadas em carros térmicos e porcionadas
na copa pela copeira (sistema fora de uso). Na
copa são preparados lanches;

Misto → as refeições são porcionadas na área
de processamento e acondicionadas na copa
pela copeira. Na copa são preparados lanches.
Área Administrativa
Sala da chefia e responsável pela
produção;

Sala dos profissionais da dietética e
comunicação de dietas;

Controles diversos.
Equipamentos
Para a escolha e dimensionamento dos
equipamentos devem ser considerados os
seguintes aspectos:
Padrão do cardápio;
Número de refeições;
Sistema de distribuição;
Planta física;
Tipo de alimentação (gás, elétrica, vapor);
Manutenção preventiva;
Forma de aquisição de gêneros alimentícios
(carnes e vegetais)

Ilha de cocção
Forno combinado
GERENCIAMENTO DE
   UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E
           NUTRIÇÃO
             UANs

Atividades desenvolvidas:

•Produção;
•Dietética;
•Ambulatório;
•Educação.
Produção
Principais atividades:
Planejamento de refeições;
Elaboração dos cardápios;
Previsão do material necessário;
Supervisão das atividades de abastecimento
 (pedidos, recepção, estoque, controle,...);
Orientação e acompanhamento da execução dos
 cardápios;
Orientação e supervisão dos processos de
 higienização;
Acompanhamento da distribuição para copas e
 refeitório;
Avaliação do resto – ingestão.
Dietética



Dietética é o uso do alimento como fator
     auxiliar no restabelecimento da
    enfermidade, relacionando a arte
          e a ciência da nutrição
       com os sintomas da doença.
          Krause & Mahan, 1995
Dietética
Principais atividades:
Avaliação Nutricional
    Peso, altura, medição de dobras cutâneas,
    circunferência do braço, dados laboratoriais;
    avaliação do consumo alimentar;
Definição da terapia nutricional e cálculo da dieta;
Definição e orientação quanto ao porcionamento;
Acompanhamento da aceitação da dieta e da
 evolução do tratamento;
Orientação ao paciente;
Supervisão e acompanhamento das atividades
 desenvolvidas pelas copeiras;
Elaboração do cardápio da cozinha dietética
 baseado no cardápio da cozinha geral.
Dietas Terapêuticas
São modificações do padrão dietético normal
 ou adequado.
Dieta normal, geral ou livre é a dieta que fornece
ao organismo todos os nutrientes necessários ao
crescimento e reparação dos tecidos e ao
funcionamento geral dos órgãos.

Proporção recomendada de nutrientes:
15 a 20% de proteínas
55 a 60% de carboidratos
25 a 30% de lipídeos

     Proporção sugerida para uso hospitalar
Progressão dietoterápica:
Dieta líquida restrita, líquida completa,
pastosa e branda.

Dietas específicas para diferentes
patologias:
Diabetes (restrição calórica), renal
(restrição de proteínas e sódio), hipossódica
(restrição de sódio), laxativa (acréscimo de
fibras), doença celíaca (sem glutem), etc.

Vias: oral ou enteral

Cada UAN hospitalar deve ter seu Manual
de dietas
Ambulatório
Principais atividades:
Avaliação Nutricional
     Peso, altura, medição de dobras cutâneas,
     circunferência do braço, dados laboratoriais;
     avaliação do consumo alimentar;
Definição da terapia nutricional e cálculo da
dieta;
Orientação específica quanto ao cumprimento
da dieta;
Orientação quanto ao porcionamento;
Orientação quanto aos hábitos alimentares;
Acompanhamento.
Educação

Orientação a pacientes e funcionários sobre:
Hábitos alimentares;
Utilização correta dos alimentos;
Participação em campanhas diversas;
Conscientização quanto ao valor e função da
 alimentação recebida.
GERENCIAMENTO DE
 UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E
         NUTRIÇÃO
           UANs

Recursos humanos:
•Dimensionamento;
•Profissionais;
•Escolaridade e capacitação;
•Estrutura organizacional;
•Segurança e saúde do trabalhador.
Dimensionamento
Devem ser considerados os seguintes aspectos:

Política de recursos humanos;
Jornada de trabalho;
Padrão de atendimento;
Recursos físicos e materiais;
Padrão de cardápio;
Sistema de aquisição de gêneros alimentícios;
Sistema de distribuição;
Dimensionamento
Cálculo (40 horas semanais)

Baseando-se no nº de funcionários do hospital:
10 a 15% do quadro geral do hospital, não
incluídos substitutos de férias e folgas.

Baseando-se no nº de leitos do hospital:
1 funcionário para cada 8 leitos + 20% para faltas,
licenças, etc.
Ou

1 funcionário para cada 3,5 a 3,8 leitos, incluindo
férias e folgas.
Dimensionamento
Baseando-se no tempo necessário para a
Produção de refeições:

15’ em média para o preparo de 1 refeição

    Nº de refeições X 15’         = X
Jornada de trabalho em minutos
+ substitutos de férias e folgas.

Na prática usa-se outros parâmetros tais
como:
Nº de leitos por copeira (20 para cada copeira);
Nº de cozinheiros por plantão;
Nº de auxiliares para cada atividade
Dimensionamento
                de técnicos
O Ato CRN2 nº 09/2000 estabelece parâmetros
quantitativos e qualitativos de nutricionistas:
1:50 – unidades de grau primário (obstetrícia,
psiquiatria, etc);
1:30 – unidades de grau secundário (cardiologia,
pneumologia, neurologia, etc);
1:15 – unidades de grau terciário (terapia intensiva,
cirurgia pediátrica e outros centros especializados)
Ambulatório – 1:4 consultas iniciais e 7
subseqüentes.
Acrescentar 10% para férias, licenças, etc.
Profissionais das
      UANs hospitalares
ASG - Copeiro
      - Auxiliar de cozinha
      - Auxiliar de higienização
      - Auxiliar de despensa
Cozinheiro
TAA
Nutricionista


Técnico em nutrição e dietética
Despenseiro
Magarefe, garçom, confeiteiro, chef.
Escolaridade e capacitação
Hoje:
Auxiliares – Primário incompleto;
Cozinheiros – Primário incompleto e
comprovação de experiência por mais de 2
anos.
Futuro:
Auxiliares - Curso de manipulador de alimentos
e 1º grau completo;
Cozinheiros – Curso de manipulador de
alimentos, curso de cozinheiro com no mínimo
40 horas e curso de dietética com no mínimo 40
horas.
Estrutura organizacional

                    Chefia

        Produção               Dietética


Abastecimento   Cozinha      Copas   Ambulatório
Segurança e saúde do
        trabalhador
“As UANs hospitalares apresentam riscos
consideráveis de acidentes, em decorrência do intenso
movimento, aliado, em geral, à inexperiência pessoal
e a um ambiente dotado de grande variedade de
equipamentos elétricos.
Está demonstrado que os acidentes em uma UAN têm
causa conhecida e podem ser prevenidos. As causas
são: condições inseguras, equipamento defeituoso,
iluminação inadequada, falta de equipamento de
proteção individual adequados, atos inseguros,
negligentes, excesso de confiança, falta de supervisão
e indiferença à segurança”.
Conceição & Cavalcanti, 2002
Segurança e saúde do
            trabalhador
EPIs são dispositivo de uso pessoal
destinados a preservar a incolumidade do
empregado, quando do desempenho de
suas funções. Todo EPI deverá ser
registrado no Departamento Nacional de
Segurança e Higiene do Trabalho –DNSHT.
Conceição & Cavalcanti, 2002
Segurança e saúde do
       trabalhador
EPIs
Uniforme;
Calçados e botas;
Luvas;
Máscaras;
Casacos para câmara frigorífica;
Aventais.
Segurança e saúde do
          trabalhador
Coprocultura e parasitológico de fezes:
para pesquisa do portadores de
Salmomella sp e Shigella sp além de
protozoários e helmintos.

Sangue - Hemograma e VDRL: avaliação
geral, anemia, alergia, parasitose, infecções
agudas e crônicas e sífilis.

Periodicidade anual.
Planejamento de refeições
 •Elaboração de cardápios


 •Previsão e provisão de gêneros
 alimentícios
Elaboração de cardápios
Leis da alimentação de Pedro Escudero
Lei da qualidade → Nutrientes necessários
ao organismo;
Lei da quantidade → Total calórico e de
nutrientes;
Lei da adequação → Peso, altura, clima,
sexo, estado fisiológico, coletividade, ....
Lei da harmonia → Distribuição de macro e
micro nutrientes
Planejamento de cardápios

 Saber constituído da Nutrição
              +
          Variáveis




      Cardápio elaborado

      Satisfação do
      cliente
Fatores a considerar:
•Caracterização da clientela;
•Número de refeições;
•Disponibilidade de alimentos (aspectos
financeiros e sazonalidade);
•Padrão de cardápio;
•Hábitos alimentares;
continua...
continuação

•Número e habilitação de funcionários;
•Equipamentos e área física disponível;
•Outros como: Adequação ao clima,
digestibilidade, consistência, equilíbrio de
cores, repetição de alimentos em
diferentes preparações, etc.
Definição de per - cápitas
 •Equilíbrio dos cardápios;
 •Orientação na previsão de compras e
 requisições;
 •Educação dos funcionários do serviço e
 comensais;
 •Manual de definição dos per - cápitas de
 carnes
 •Utensílios utilizados para determinação das
 porções individuais.
Previsão e provisão de gêneros
alimentícios
Baseando-se nos cardápios, nos per- cápitas,
no número de refeições, tipo de preparação e
outros aspectos, estima-se a necessidade de
alimentos.
Fator de correção : Estimativa das perdas
com cascas, aparas, etc.
Relação entre o Peso Bruto e o Peso líquido.
Ex: Batata inglesa bruta 50 kg         1,4
   Batata inglesa descascada 35 kg

Alimentos de melhor qualidade têm menor
            fator de correção
Pedidos de material
Almoxarifado do hospital:
Material de limpeza;
Descartáveis;
Material de expediente.

Fornecedores:
Gêneros alimentícios → pedidos por AF ou por
fax.

Entregas: diárias, 2 x por semana, semanais,
quinzenais ou mensais.

Na despensa (almoxarifado da nutrição) deve ser
          feito o controle do estoque
Requisição à despensa

É o pedido de gêneros alimentícios e
outros materiais necessários para todas
as refeições do dia.
A requisição é usada para o cálculo do
custo diário (coluna relativa aos preços).
Considerar:
Cardápio;
Número estimado de refeições;
Per-cápita pré-estabelecido;
Fator de correção.
IMPORTANTE:

Controlar do número de refeições servidas;

Controlar as sobras para avaliar:
aceitação do cardápio;
correção do porcionamento;
correção dos per-cápitas;
planejamento das refeições.
Custos
Custos diretos:
Matéria prima (gêneros alimentícios);
Descartáveis;
Material de limpeza;
Material de expediente;
Salários;
Depreciação dos equipamentos.
Custos indiretos: contabilizados através
de rateio (água, energia, telefone,...).

Custos fixos: mão de obra, contratos de
manutenção, etc.
Custos variáveis: gêneros alimentícios,
materiais de limpeza, ...
Fatores intervenientes
Política de compras
Impedimento na escolha dos
fornecedores;
Qualidade e disponibilidade da matéria
prima.

Armazenagem dos insumos;

Controle do processo durante o
preparo e a distribuição;

Qualificação da mão de obra.
Exemplos de custos de cardápios
                 para 300 refeições

Rizoto de frango                Frango assado
40 kg de frango (3,54) 141,60   70 kg de frango (3,54) 247,80
4 vd Azeitonas (3.17) 12,69
2 kg Milho V. (3,37)     6,94
60 ovos (0,14)           8,40
Legumes                         Macarrão
Arroz                           Arroz
Feijão                          Feijão
Salada                          Salada
Custo por refeição:             Custo por refeição:
       R$ 1,15                          R$ 2,81
Para 70 refeições

Panqueca                       Bife à rolê
9 kg de carne moída de 2º      12,4 kg de carne de 1º
   (4,37)              39,33   (6,37)                 78,98
2 kg Far. trigo (1,16)  2,33
30 ovos (0,14)          4,20
Legumes                        Aipim
Arroz                          Arroz
Salada                         Salada

Custo por refeição:            Custo por refeição:
       R$ 0,94                        R$ 1,25
Curva ABC
Classificação ABC ou Curva 80 - 20
Vilfredo Paretto -1897

Administração de estoques

Consiste na separação dos itens de estoque em 3
grupos de acordo com o valor de demanda anual.


   Classe A: alto valor de demanda - 20%
   Classe B: médio valor de demanda - 30%
   Classe C: baixo valor de demanda - 50%
Padronização
Gêneros Alimentícios
Perecíveis - Carnes e laticínios;
Perecíveis - Hortigrangeiros;
Não perecíveis;
Dietas, módulos e leites;

Utensílios de copa e cozinha
Vidros, plásticos, alumínios, talheres e aço
inox;

Rouparia
Uniformes, calçados e EPIs.

Higiene e limpeza
1325001      COXA E SOBRECOXA DE FRANGO PEÇAS COM
250 A 300 GRAMAS, CONGELADA, (EMBALAGEM DE 1 KG). KG

1325002    FRANGO INTEIRO SEM MIÚDOS, CONGELADO,
EMBALAGEM UNITÁRIA PESANDO ENTRE 1.000 e 1.350
GRAMAS     KG

1368011    MARGARINA COM SAL E NO MÁXIMO 0,5 G DE
GORDURAS TRANS A CADA 10 G DE MARGARINA E LACRE DE
PROTEÇÃO INTERNO, (EMBALAGEM COM 500 GRAMAS).
PEÇA

1368012      MARGARINA SEM SAL, COM NO MÁXIMO 40% DE
LÍPIDEOS NO MÁXIMO 0,5 G DE GORDURAS TRANS A CADA 10
G DE MARGARINA E LACRE DE PROTEÇÃO INTERNO
(EMBALAGEM COM 500 GRAMAS).    PEÇA

1368005      MARGARINA SEM SAL, TEOR DE LIPÍDEOS
ENTRE 35 E 70%, (SACHÊ COM 10 GRAMAS).      PEÇA

1376007     QUEIJO PRATO (EMBALAGEM COM 2 KG
1384019   CEBOLA: CLASSE 4 TIPO
ESPECIAL , PORT 529 DE 18 AGOSTO DE 1995
     kg
1384021   CENOURA: GRUPO NANTES,
CLASSE 14 E CAT 1 CONFORME PROGRAMA
DE ADESÃO VOLUNTARIA DO CEAGESP.
kg
1384023   CHUCHU: CLASSE MÉDIO, TIPO 2
OU ESPECIAL, CONFORME: Portaria N.º 76/75
kg
1384024   COUVE-FLOR: CLASSE 4 A 6 ,
TONALIDADE: BRANCA OU CREME E TIPO I,
CONFORME PROGRAMA DE ADESÃO
VOLUNTARIA DO CEAGESP         kg
1562001    ALIMENTO ACHOCOLATADO EM PÓ A
BASE DE CACAU SOLUBILIZADO, SORO DE LEITE
EM PÓ, AÇÚCAR E MALTO DEXTRINA ENRIQUECIDO
DE VITAMINAS, ISENTO DE AMIDO, EM LATA OU
POTE PLÁSTICO (EMBALAGEM COM 500 GRAMAS
COM LACRE INTERNO OU EXTERNO). PEÇA

1511001  AMIDO DE MILHO OU MAISENA
(EMBALAGEM EXTERNA DE PAPELÃO COM 500
GRAMAS) PEÇA

1457002    ARROZ AMARELÃO/ BENEFICIADO
PARBOILIZADO, LONGO, FINO, TIPO 1 (EMBALAGEM
COM 5 KG) PORTARIA MINISTERIAL Nº 269 DE
17/11/88   KG
1945019     Dieta sintética polimérica para
uso oral e enteral, com adição de sabor, para
pacientes que necessitam de restrição de
sódio e sacarose. Proteínas de 10 a 16% e
demais macronutrientes de acordo com
FAO/OMS e ANAD, conteúdo de sódio até
2000 mg em 2000 Cal, vitaminas e demais
oligoelementos de acordo com as RDAs,
isenta de sacarose ou com até 10% de
sacarose do total de carbohidratos e no
máximo 10% do VET em ácidos graxos
saturados.

Unidade de aquisição    Caloria
Sistema de gestão
Auto gestão: A empresa encarrega-se de
providenciar instalações e equipamentos,
contratar e treinar equipe especializada,
adquirir matéria prima e gerir o processo.

Terceirização: Contratação de empresa
do ramo de administração de Unidades de
Alimentação e Nutrição (concessionárias).


AUTO GESTÃO x
TERCEIRIZAÇÃO
Setores específicos de
     algumas UANs
•Copa de preparo de Nutrição Enteral

•Lactário

•Banco de leite humano

•Padaria
Nutrição enteral
Nutrição enteral: é a infusão de uma dieta
líquida por meio de uma sonda colocada no
estômago ou no intestino.
• Sondas nasoentéricas, gastrostomias e
jejunostomias.

•Ibranutri - Inquérito Brasileiro de Avaliação
Nutricional Hospitalar
Foram estudados 4000 pacientes da rede
pública em 14 cidades brasileiras.
48% dos pacientes apresentaram desnutrição
12% desnutrição grave
Waitzberg et. al. 1999
Copa de preparo de Nutrição
Enteral

Local exclusivo para preparo, envase e
armazenagem de fórmulas enterais.
Deve ter:
•Área limpa, área suja e vestiário;
•Funcionário exclusivo;
•Equipamentos adequados (liqüidificador de
fácil higienização e refrigerador com
temperatura controlada);
•Materiais de limpeza próprios;
•Água de qualidade garantida;
Reembolso da terapia nutricional enteral
 Portarias:
 MS / SVS nº 337 de 14/04/99
 MS / SE nº 29/09/99
 ANVISA Resolução nº 63 de 06/07/00
 O que precisa:
 •Equipe multidisciplinar constituída;
 •Manual de procedimentos;
 •Alvará sanitário da instituição;
 •Uso de dietas em sistema fechado;
 •Aprovação da rotina pela VISA.
Lactário
Área responsável pelo preparo de
fórmulas infantis.

Objetivo: preparar fórmulas infantis
que tenham qualidade nutricional
adequada e que sejam
bacteriológicamente seguras.

Localização: preferentemente
próxima ao berçário ou à Nutrição.
Instalações de um lactário:

•Sala de limpeza (cubas e autoclave);

•Sala de preparo ( filtro de água, fogão,
resfriador, refrigerador com temperatura
controlada, banho - maria com
temperatura controlada e ar condicionado
com filtro limpo);

•Ante - sala (vestiário);

•Sala de supervisão.
Lactário grande (HIJG)

Aproximadamente 500 mamadeiras / dia

•Leite de vaca (Leite tipo B ou em pó);
•Fórmulas lácteas especiais;
•Chás;
•Fórmulas enterais;
•Leite Materno.
Testes bacteriológicos :
Feitos 1 x por semana em 4 amostras:
•1 de leite de vaca
•1 de leite modificado
•1 de fórmula enteral
•1 de água
Análises de fórmulas : Coliformes totais,
Stafilococcos, Bacilos Cereus e
Salmonella.
Análises de água: organoléptica e
microbiológica (coliformes totais e
termotolerantes).
Banco de leite humano
Em 1985 o Ministério da Saúde juntamente com
a Fundação Osvaldo Cruz criaram o Programa
Nacional de Incentivo ao Aleitamento materno -
PNIAM
Objetivos:
•Coletar excedentes de leite humano;
•Armazenar para uso posterior por prematuros,
recém nascidos de baixo peso ou internados;
•Incentivar, promover e proteger o aleitamento
materno.

Tratamento térmico a 62º C por 30 minutos
Equipamentos que um Banco
de Leite Humano deve ter :

•Freezers;
•Refrigeradores
•Pasteurizador;
•Resfriador;
•Microondas;
•Ar condicionado.
Coleta

Freezer

Refrigerador

Pasteurizador   Análises:
                Acidez de Dornic;
Resfriador      Microbiológico;
                Crematócrito.
Freezer

Lactário
Padaria
Padaria do IPQ

Produz em média 1300 pães de 500g por dia.

Computando matéria prima, folha de
pagamento, água, energia e transporte temos
o custo estimado de R$ 2,50 a unidade.

Preço de mercado entre R$ 4,00 e 6,00 / kg
Segurança e higiene dos
alimentos
   O objetivo de uma UAN hospitalar é
   fornecer refeições nutricionalmente
   adequadas com segurança e higiene.

Segurança            sem contaminantes:
• Químicos (agrotóxicos, inseticidas, dejetos
industriais, materiais de limpeza);
• Físicos (pedras, pedaços de metal, plástico,
papel, etc.
• Microbiológicos (microrganismos
patogênicos)
Higiene dos alimentos é a proteção,
inibição e/ou destruição, nos
alimentos, de quaisquer bactérias
prejudiciais à saúde.
•Proteção: armazenagem adequada,
prevenção à contaminação cruzada,
acondicionamento correto, etc;
•Inibição: refrigeração ou calor;
•Destruição: cocção
Microrganismos patogênicos : Bactérias,
fungos e vírus
Reprodução bacteriana

Fissão binária (progressão
geométrica)

A cada 20’ a bactéria se divide, dando
origem a duas bactérias e em 1 hora
existem 8 bactérias idênticas à primeira.

 Tempo X Temperatura
Intoxicação → Pelo consumo do alimento
contendo a toxina produzida pela bactéria.

Infecção → Pelo consumo do alimento com
a bactéria capaz de se multiplicar no trato
digestivo ou mucosa intestinal.

Toxi-infecção → Pelo consumo de alimento
com a bactéria que produz a toxina no trato
digestivo.

Parasitoses → Pelo consumo de alimentos
com parasitas que se desenvolvem no
organismo humano.
DTAs - Doenças transmitidas
por
 alimentos

Ocorrem quando existe:

•Falha no processo de higienização;

•Cocção inadequada;

•Abuso do binômio Tempo x
DTAs - Doenças transmitidas
por
 alimentos
       Staphylococcus aureus
   Está presente nas mãos, fossas nasais,
   boca, cortes e queimaduras do homem.
 Pode ser transmitida de uma pessoa para o
          alimento através da saliva.
  Multiplica-se rapidamente na temperatura
     ambiente, por isso pode ser evitada
 mantendo-se os alimentos em geladeira ou
  aquecidos a temperatura acima de 60°C.

Márcia M M Paranaguá
DTAs - Doenças transmitidas por
alimentos
              Salmonella
     Pode ser encontrada na carne
    crua, de aves, bovinos e suínos,
        ovos e derivados do leite,
     infectando o alimento por meio
     de contaminação cruzada. Por
         exemplo: uso da mesma
    superfícies de preparo para crus
               e cozidos.

   Márcia M M Paranaguá
DTAs - Doenças transmitidas por
alimentos
                Bacillus cereus
  É um contaminante ambiental. Está presente
  no solo, na poeira doméstica e assim passa
       para as mãos dos manipuladores de
   alimentos. Os alimentos preferidos por esta
     bactéria são: arroz temperado e risotos,
  feijões e cremes para cobertura de saladas.

Márcia M M Paranaguá
DTAs - Doenças transmitidas por
 alimentos
                       Listeria
 Tem mortalidade alta entre as pessoas de menor
 resistência e pode provocar abortos. Pode ser
 encontrada no leite cru, carnes e vegetais, se
 desenvolvendo mesmo em alimentos mantidos
 sob refrigeração.

                       Escherichia coli

 Pode ser transmitida através do consumo de aves
  ou carne bovina mal cozida ou, ainda, mãos mal
 higienizadas. O cozimento adequado é suficiente
                   para matá-la.
Márcia M M Paranaguá
Temperaturas a serem
observadas:
100º C   Fervura

63ºC Zona de perigo Tempo máximo
                      de 2 horas

8º C

5º C     Temperatura de refrigeração

         para perecíveis
0º C     Ponto de congelamento
Vídeo APPCC
    mesa
Boas práticas de higiene e
  manipulação de alimentos

“Boas práticas são normas de procedimentos
para atingir um determinado padrão de
identidade e qualidade de um produto e/ ou de
um serviço na área de alimentos, cuja eficácia e
efetividade deve ser avaliada através da
inspeção e/ou da investigação. Incluem-se
também produtos tais como bebidas, aditivos,
embalagens, utensílios, e materiais em contato
com alimentos”.
Higiene      Controle
                                    Controle      Responsabilidade
   Manipulação        Higiene                      Responsabilidade
   Manipulação       Ambiental   Integrado de
                                  Integrado de         Técnica
                     Ambiental                          Técnica
                                    Pragas
                                     Pragas
                                                       Qualidade
                                                        Qualidade
 Controle de Saúde
 Controle de Saúde                                    Assegurada
                                                       Assegurada
  dos funcionários
   dos funcionários                                 de Fornecedores
                                                     de Fornecedores
         Descarte               PRÉ
                                PRÉ
         Descarte                                  Adequação dos
                                                    Adequação dos
          de lixo
           de lixo          RE QUISIT OS
                            RE QUISIT OS               utensílios
                                                        utensílios
                              PARA O
                               PARA O              e equipamentos
                                                    e equipamentos
    Promoção da
     Promoção da
   Higiene Pessoal
                               HAC C P
                               HAC C P
   Higiene Pessoal                                  Lay out
                                                     Lay out
    Acesso a
     Acesso a                                    Estrutura Física do
                                                  Estrutura Física do
    Visitantes
    Visitantes                                       Restaurante
                                                      Restaurante

            Transporte
             Transporte     Higiene
                            Higiene     Controle da água
                                        Controle da água
                                        para o consumo
                                         para o consumo
Márcia M M Paranaguá
Pontos importantes:

•PCC - ponto crítico de controle;
•Contaminação cruzada;
•Finalização de alimentos crus;
•Cuidados com armazenagem de
alimentos prontos;
•Controle do tempo e temperatura.
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História da alimentação

  • 1. PÓS GRADUAÇÃO EM GESTÃO HOSPITALAR Gestão de Serviços de Atenção Direta ao Paciente. Nutrição e Dietética Profa. Msc. Marisa Helena de Oliveira
  • 3. A sociedade nômade (pré - urbana) - o homem coletor/caçador •Alimentava-se de frutas, raízes, PRÉ – legumes, peixes e caracóis; HISTÓRIA •Desenvolveu armas (arpões, lanças, Da origem do redes, arcos e flechas) e armadilhas. homem até o Começou a caçar renas, cabras, porcos, aparecimento galinhas, etc; da escrita em • Organizou-se em grupos para caçar; 4000 anos A.C. •Passou a usar o sal; •Dominou o fogo → carne crua X carne assada
  • 4. A sociedade agrícola (o homem fixou-se em aldeias) •Semeou e colheu trigo, cevada, milho, batata, feijão, mandioca; PRÉ – •Desenvolveu utensílios para conservar HISTÓRIA alimentos; Da origem do •Domesticou animais; homem até o •Observou o sol, a lua, a chuva → época de aparecimento semear e colher; da escrita em 4000 anos •Dominou o Fogo → cereais assados ou em A.C. remolho que após aquecidos formavam mingaus; •Extraiu o sal da ardósia e mais tarde do mar. Início da culinária
  • 5. •Pão (egípcios); •Vinho, mel, cerveja; - •Civilizações antigas como: IDADE ANTIGA sumérios, babilômios, assírios, De 4000 A.C. (invenção da egípcios, hebreus, fenícios, persas, escrita) até o século 5º D.C. hindus, chineses, gregos, romanos. diferentes culturas / religiões e diferentes formas de alimentação; •Reis e chefes passaram a ter pessoas para preparar alimentos: os cozinheiros; •Grandes festas e banquetes.
  • 6. •Feudos → O rico e o miserável. O senhor e o servo. Época de muita fome; •Os monges → simplificaram a preparação Idade dos alimentos enriqueceram as suas Média qualidades; exploraram minas de sal, Do século praticaram a pecuária, curtiram o couro, 5º D.C. aprimoraram a conservação dos até o alimentos; século XV •Usavam-se muitas especiarias como pimenta, noz-moscada, gengibre, canela, cravo, cominho, hortelã, anis, açafrão; •Começou-se a usar o vinagre para preparar conservas; •China → o macarrão levado para Itália por Marco Polo; •O arroz foi trazido da Ásia para o Ocidente.
  • 7. Grandes descobrimentos •Da Ásia foram trazidos a cana de açúcar, laranja, manga, tangerina, chás, arroz, etc •Da América foram levados a farinha de IDADE mandioca, caju, peru, milho, amendoim, MODERNA batata, feijão, abóbora, cacau, pimentão Do século XV entre outros; até a •A África exportou bananas, inhame, erva Revolução doce, palmeira de dendê e o coco. Francesa, em 1789 •A Europa enviou o gado bovino, eqüino, muar e ovino; •O café foi trazido do Oriente para a Europa. •Grandes chefs – La Verenne e Vatel; •Lavoisieur e Pasteur→ evolução científica
  • 8. •Revolução Industrial; •Tecnologia; •1° e 2° Guerras mundiais IDADE CONTEMPORÂNEA Conservantes e outros Da Revolução aditivos alimentares Francesa até •Os efeitos da industrialização os dias de hoje. sobre a população e o meio ambiente; •Alteração nos hábitos alimentares; •Modismos alimentares; •Fast food X Slow food
  • 10. JOSUÉ DE CASTRO (1908- Recife / 1973 – Paris) •Médico, cientista, escritor e político; •Membro da “Comissão de Inquérito para Estudo da Alimentação do Povo Brasileiro”- 1936; •Idealizador, Organizador e Diretor do Serviço Central de Alimentação depois transformado em Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), 1939 a 1941; •Idealizador e Diretor do Instituto de Nutrição da Universidade do Brasil, 1946. •Presidente do Conselho da Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), 1952 a 1956; •Presidente eleito do Comitê Governamental da Campanha da Luta Contra a Fome, ONU, 1960; “Denunciei a fome como flagelo fabricado pelos homens contra outros homens” .
  • 11. Trata-se de um dos mais importantes brasileiros do século 20, cuja vida foi dedicada a desvendar e denunciar as condições de vida – ou não vida – de milhões de seres humanos, fadados a morrer de fome, não por causa dos maus humores da natureza, mas sim pelo resultado das relações sociais,responsabilidade pura e exclusiva da ação política dos homens”. Jornal da APROPUC-SP,
  • 12. LIESELOTTE HOESCHL ORNELLAS •Nascida em Florianópolis; •Diplomada pela Escola de Enfermagem Ana Néri da UFRJ e dietista pelo Instituto Nacional de Nutrição de Buenos Aires (Pedro Escudeiro); •Foi a 1° nutricionista do Brasil, professora do SAPS (UNIRIO) e da UFRJ; •Autora de 7 livros entre os mais importantes : Técnica Dietética Alimentação através dos tempos
  • 13. “Repartir com os vizinhos a caça abundante parece ter sido reação natural de tribos primitivas, e ainda o é, entre grupos sobreviventes, na época atual. Depois, descobriu o homem que era sábio para armazenar para os dias de escassez. Muito cedo utilizou o sal para conservar alimentos, usando também como elemento de troca e de valor econômico, conciliatório ou de amizade. Enquanto o alimento valeu na medida justa do que representava, tudo ia bem, até que, ao começar a ser cotado a preço de moeda, passou a sobrar para alguns e faltar para muitos.”
  • 14. “Na era em que vivemos, em que se defronta o mundo com o problema de escassez alimentar, diante de um crescimento populacional assustador, é necessário formar em cada indivíduo uma consciência alimentar. Saber por que se come, o que se come, quanto come e o que deve comer.” A ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS ,1978
  • 15. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA: • A ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS – Lieselotte Hoeschl Ornellas, 1978/2000 •A HISTÓRIA DA GASTRONOMIA – SENAC,1998 •500 ANOS DE SABOR – BRASIL 1500 A 2000 - Eda Romio, 2000 •A HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO NO BRASIL – Luiz da Câmara Cascudo •A FISIOLOGIA DO GOSTO – Brillat – Savarin, 1800/1995 •SAL : UMA HISTÓRIA DO MUNDO – Mark Kurlansky •BACALHAU: A HISTÓRIA DO PEIXE QUE MUDOU O MUNDO – Mark Kurlansky •SEIS MIL ANOS DE PÃO: A CIVILIZAÇÃO HUMANA ATRAVÉS DE SEU PRINCIPAL ALIMENTO – Felipe Fernandes - Armesto
  • 16. ALIMENTAÇÃO COLETIVA ALIMENTAÇÃO INSTITUCIONAL •Restaurante palavra oriunda de restaurants que é restaurativo em francês. Em função de um local em Paris que vendia sopas restaurativas, na época de Luís XVI. Boulanger, o proprietário do restaurante dizia: “Vinde a mim; vós que trabalhais, e restaurarei vosso estômago”. Soares Leal, SENAC, 1998. •No início do século XX surge a 1° lei francesa regulamentado a necessidade do fornecimento de local para refeições; •1° e 2° Guerras mundiais cresce o conceito de alimentação institucional e os cursos de formação profissional na área de nutrição;
  • 17. •Na década de 30, Getúlio Vargas, pela Lei n° 1.228 de 02/05/39 exige que empresas com mais de 500 empregados tenham refeitório para seus funcionários; •SAPS – Serviço de Alimentação da Previdência Social “Vontade governamental em momento de busca de legitimação social, constitui-se em instrumento de alívio das tensões sociais”. Ypiranga & Gil, 1989 •O restaurante do SAPS na UNE no Rio de Janeiro foi o marco inicial da alimentação voltada para o ensino;
  • 18. •Na década de 40 começaram a ser fabricados no Brasil os primeiros equipamentos para cozinhas industriais; •Na década de 40 – Cozinhas industriais do SESI e SESC; •Década de 50 surgiram os RUs; •1954 a 1° lei que regulamentou a merenda escolar no Brasil. Proença, 1997; Vasconcelos, 2000
  • 19. PAT Programa de Alimentação do Trabalhador. Criado em 1976 para: Reduzir o índice de acidentes de trabalho, o absenteísmo e a rotatividade nas empresas • Incentivos fiscais; • Para o setor Serviços foi criado o Tiquete Refeição ou Alimentação Alimentação institucional Salário indireto
  • 20. UAN Unidade de Alimentação e Nutrição Nomenclatura oficial. SAN – Serviço de Alimentação e Nutrição → empresas, escolas, quartéis, etc; SND – Serviço de Nutrição e Dietética → Hospitais, centros de saúde e asilos.
  • 21. •Atividade meio → em escolas, empresas, forças armadas, etc, quando o objetivo da empresa é o fornecimento de alimentação para reduzir índices de acidentes, taxas de absenteísmo, rotatividade, melhorar a aprendizagem, prevenir e manter a saúde daqueles que são atendidos. • Atividade fim → em hospitais, centros de saúde, asilos, onde a UAN colabora diretamente com o objetivo final da entidade, uma vez que presta um conjunto de bens e serviços destinados a prevenir, melhorar e/ou recuperar a população atendida. Proença, 1997
  • 22. ALIMENTAÇÃO HOSPITALAR FUNÇÕES: Higiênica (alimentos seguros) Dietética ( parte do tratamento) Convivial (individuo social) Hedônica (prazer) Principais motivos causadores da rejeição à alimentação hospitalar: • Paladar alterado pelo uso de medicamentos; • Stress pela internação ou futura cirurgia; • Hábitos modificados pela rotina hospitalar; • Dietas especiais.
  • 23. “As refeições consumidas em hospitais pelos pacientes internados, habitualmente, são analisadas sensorialmente de maneira negativa. Prioriza-se a terapêutica sem ser levado em consideração o apelo sensorial, muitas vezes indispensável para o consumo de alimentos. A terapia nutricional deve ser reavaliada nestes casos, pois sendo um momento em que esforços devem se unir para a recuperação do paciente, o prazer de comer não deve ser esquecido”. GIRANI & ARAÚJO, 2002
  • 24. CONCEITOS BÁSICOS Alimento é todo o material que o organismo recebe para satisfazer suas necessidades de manutenção, crescimento, trabalho e restauração dos tecidos. Alimentação é o processo voluntário e consciente pelo qual o ser humano obtém produtos alimentares para o seu consumo.
  • 25. Nutrição é a ciência que estuda o conjunto de processos por meio dos quais o organismo vivo recolhe e transforma substâncias sólidas e líquidas exteriores, de que precisa para manutenção, desenvolvimento orgânico e produção de energia. Nutrientes são os compostos que constituem os alimentos; - Orgânicos Proteínas, lipídeos, fibras, carboidratos, e vitaminas; - Inorgânicos Água e minerais.
  • 26. Nutrientes Plásticos - fornecem substâncias necessárias ao crescimento, formação das células e tecidos e para a reparação e substituição das células que vão se perdendo. - Proteínas e lipídeos. Nutrientes Energéticos - fornecem energia para o funcionamento do organismo, para a produção de trabalho e para a manutenção da temperatura do corpo. - Carboidratos e lipídeos.
  • 27. Nutrientes Reguladores / Protetores – controlam as funções vitais e contribuem para o funcionamento do organismo, para proteção contra doenças e para o crescimento. - Proteínas, vitaminas, sais minerais, água. A maioria dos alimentos fornece mais do que um nutriente, em qualidades variáveis. Diversificar o quanto possível a alimentação.
  • 28. Caloria é a unidade padrão de medida do calor produzido pelo metabolismo dos alimentos. Definição: é a energia calorífica necessária para elevar 1ºC a temperatura de 1 kilograma de água. Krause & Mahan, 1995 •1g de carboidratos e proteínas fornecem 4 calorias; •1g de lipídeos fornece 9 calorias; •Vitaminas, sais minerais, fibras e água não têm calorias.
  • 29. GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO UANs Planejamento físico Atividades Recursos humanos: -funcional: desenvolvidas: •Dimensionamento, •Produção; •Dimensionamento; projeto e ambiência; •Dietética; •Profissionais; •Setores de uma UAN •Ambulatório; •Escolaridade e hospitalar; •Educação. capacitação; •Equipamentos. •Segurança e saúde do trabalhador.
  • 30. PLANEJAMENTO FÍSICO - FUNCIONAL DIMENSIONAMENTO, PROJETO E AMBIÊNCIA 1,80 m2 por leito – sistema descentralizado 2,00 m2 por leito – sistema centralizado Deve ser considerado: • Número de refeições servidas; • Diversidade do serviço; • Número de funcionários; • Equipamentos; • Sistema de distribuição.
  • 31. ∀• Respeitar o fluxo do alimento de maneira a não haver retrocesso, seguindo um caminho lógico do recebimento da matéria prima até a distribuição da refeição pronta; • Configuração geométrica retangular (comprimento = 2 X a largura); • Preferentemente no pavimento térreo; • Fácil acesso para o abastecimento; • Fácil remoção de lixo; • Iluminação natural → não alterar as características sensoriais ( Luz artificial – luminárias protegidas).
  • 32. •Instalações de fácil manutenção; •Ambiente protegido de insetos e roedores; •Ventilação natural -Para facilitar a dissipação de gases, vapores e fumaça; -Temperatura recomendada de 22 a26º C; -Umidade relativa de 50 a 60%; -Área de preparo de carnes deve ter temperatura controlada. •Cores claras (alto índice de refração da luz);
  • 33. •Piso antiderrapante, resistente, impermeável, resistente à substâncias corrosivas, com inclinação para direcionamento da água para os ralos, ralos sifonados, para dificultar entrada de insetos e odores; •Paredes lisas de cores claras, pintadas com tinta impermeável ou azulejo até 2 m pelo menos, sem falhas, rachaduras, umidade ou bolores. Podem ser usadas cantoneiras ou barras em locais de grande movimento de carros;
  • 34. •Janelas lisas, de fácil manutenção, em bom estado de conservação, com telas removíveis; •Portas de superfícies lisas, não absorventes, fechamento automático, abertura máxima de 1 cm do piso (impedir entrada de roedores), largura de 1,00 X 2,10 m. Borracha de vedação nas áreas de depósito de alimentos. Portas maiores onde circulam carros;
  • 35. •Forros e tetos lisos, impermeáveis, laváveis, de cores claras, sem bolores, infiltrações, rachaduras, goteiras, etc.; •Instalações: eletricidade monofásica e trifásica, gás, vapor, água quente e fria, esgoto, caixa de gordura e sistema de exaustão.
  • 36. Setores de uma UAN hospitalar Abastecimento Produção Copas Área administrativa
  • 37. Abastecimento RECEPÇÃO Deve ter: •Plataforma de descarga; •Balança; •Local para pré - higienização de vegetais e frutas; •Carros tipo plataforma para transporte de caixas.
  • 38. Abastecimento Depósito (despensa ou almoxarifado) Depósito de alimentos à temperatura ambiente (máximo de 27º C); Prateleiras afastadas das paredes, a 30 cm do chão; Estrados fenestrados para sacarias a 40 cm do piso; Material de limpeza separado de gêneros alimentícios; Sem tubulações aparentes; Chefia e controle preferentemente fora do local de armazenagem.
  • 39. Abastecimento Área de armazenamento à temperatura controlada (estocagem de perecíveis) Câmaras frigoríficas devem ter: Ante-câmara; Ralos sifonados e com vedação; Termômetro e mostrador; Prateleiras em aço inox; Pintura lavável e resistente; Porta hermética com dispositivo de segurança.
  • 40. Abastecimento Área de armazenamento à temperatura controlada(estocagem de perecíveis) Câmaras frigoríficas devem ter: Até 4ºC para carnes; Até 8ºC para laticínios sobremesas; Até 10ºC para frutas vegetais e ovos; Refrigeradores de 4 a 8º C.
  • 41. Produção Área de preparações prévias (pré - preparo) Áreas separadas para preparo prévio de carnes, vegetais, massas, sobremesas e lanches; Devem ter bancadas, cubas e torneiras de acordo com o que será preparado; Equipamentos específicos (periféricos).
  • 42. Produção Área de cocção (cozinha geral) Localizada entre a área de preparo prévio e a área de distribuição; Deve ter mesas de apoio e cubas; Equipamentos instalados como caldeirões, fogões, fritadeiras, frigideiras, estufas, panelas basculantes e sistema de exaustão.
  • 43. Produção Área de cocção (cozinha dietética) Mesas de apoio e cubas Equipamentos como fogão, banho – maria, forno. Área de distribuição Para copas → balcão quente e frio com barreira, tanto para o sistema centralizado como para o sistema descentralizado. Para o refeitório → balcão de distribuição para o refeitório.
  • 44. Produção Refeitório Área de 1,2 m2 por pessoa; Balcão de distribuição Lavatório para os comensais; Mesas para 4 a 6 pessoas; Bem ventilado e iluminado; Evitar cruzamento de fluxo; Música ambiente e decoração agradável.
  • 45. Produção Área de higienização de utensílios Recepção de utensílios do refeitório; Recepção da louça do paciente; Higienização da louça do paciente; Deverá ter cubas grandes, máquina de lavar louças e paneleiros. Área de higienização e guarda de carros Esguicho de pressão e sistema de drenagem
  • 46. Produção Instalações sanitárias e vestiários Exclusivos para funcionário da UAN, completas, com chuveiro; Pias para lavação de mãos com sabonete líquido e papel em vários locais da área de produção e abastecimento. Área para botijões de gás Na parte externa da UAN. Área para guarda de materiais de limpeza Produtos e utensílios; Cubas para higienização de materiais de limpeza.
  • 47. Copas Localizadas nas unidades de internação; Deverão ter bancadas, refrigerador, cubas, equipamentos para preparo de lanches (?), prateleiras para guarda de utensílios.
  • 48. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO: Centralizado → as refeições são porcionadas e acondicionadas na área de processamento; Descentralizado → as refeições são transportadas em carros térmicos e porcionadas na copa pela copeira (sistema fora de uso). Na copa são preparados lanches; Misto → as refeições são porcionadas na área de processamento e acondicionadas na copa pela copeira. Na copa são preparados lanches.
  • 49. Área Administrativa Sala da chefia e responsável pela produção; Sala dos profissionais da dietética e comunicação de dietas; Controles diversos.
  • 50. Equipamentos Para a escolha e dimensionamento dos equipamentos devem ser considerados os seguintes aspectos: Padrão do cardápio; Número de refeições; Sistema de distribuição; Planta física; Tipo de alimentação (gás, elétrica, vapor); Manutenção preventiva; Forma de aquisição de gêneros alimentícios (carnes e vegetais) Ilha de cocção Forno combinado
  • 51.
  • 52. GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO UANs Atividades desenvolvidas: •Produção; •Dietética; •Ambulatório; •Educação.
  • 53. Produção Principais atividades: Planejamento de refeições; Elaboração dos cardápios; Previsão do material necessário; Supervisão das atividades de abastecimento (pedidos, recepção, estoque, controle,...); Orientação e acompanhamento da execução dos cardápios; Orientação e supervisão dos processos de higienização; Acompanhamento da distribuição para copas e refeitório; Avaliação do resto – ingestão.
  • 54. Dietética Dietética é o uso do alimento como fator auxiliar no restabelecimento da enfermidade, relacionando a arte e a ciência da nutrição com os sintomas da doença. Krause & Mahan, 1995
  • 55. Dietética Principais atividades: Avaliação Nutricional Peso, altura, medição de dobras cutâneas, circunferência do braço, dados laboratoriais; avaliação do consumo alimentar; Definição da terapia nutricional e cálculo da dieta; Definição e orientação quanto ao porcionamento; Acompanhamento da aceitação da dieta e da evolução do tratamento; Orientação ao paciente; Supervisão e acompanhamento das atividades desenvolvidas pelas copeiras; Elaboração do cardápio da cozinha dietética baseado no cardápio da cozinha geral.
  • 56. Dietas Terapêuticas São modificações do padrão dietético normal ou adequado. Dieta normal, geral ou livre é a dieta que fornece ao organismo todos os nutrientes necessários ao crescimento e reparação dos tecidos e ao funcionamento geral dos órgãos. Proporção recomendada de nutrientes: 15 a 20% de proteínas 55 a 60% de carboidratos 25 a 30% de lipídeos Proporção sugerida para uso hospitalar
  • 57. Progressão dietoterápica: Dieta líquida restrita, líquida completa, pastosa e branda. Dietas específicas para diferentes patologias: Diabetes (restrição calórica), renal (restrição de proteínas e sódio), hipossódica (restrição de sódio), laxativa (acréscimo de fibras), doença celíaca (sem glutem), etc. Vias: oral ou enteral Cada UAN hospitalar deve ter seu Manual de dietas
  • 58. Ambulatório Principais atividades: Avaliação Nutricional Peso, altura, medição de dobras cutâneas, circunferência do braço, dados laboratoriais; avaliação do consumo alimentar; Definição da terapia nutricional e cálculo da dieta; Orientação específica quanto ao cumprimento da dieta; Orientação quanto ao porcionamento; Orientação quanto aos hábitos alimentares; Acompanhamento.
  • 59. Educação Orientação a pacientes e funcionários sobre: Hábitos alimentares; Utilização correta dos alimentos; Participação em campanhas diversas; Conscientização quanto ao valor e função da alimentação recebida.
  • 60. GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO UANs Recursos humanos: •Dimensionamento; •Profissionais; •Escolaridade e capacitação; •Estrutura organizacional; •Segurança e saúde do trabalhador.
  • 61. Dimensionamento Devem ser considerados os seguintes aspectos: Política de recursos humanos; Jornada de trabalho; Padrão de atendimento; Recursos físicos e materiais; Padrão de cardápio; Sistema de aquisição de gêneros alimentícios; Sistema de distribuição;
  • 62. Dimensionamento Cálculo (40 horas semanais) Baseando-se no nº de funcionários do hospital: 10 a 15% do quadro geral do hospital, não incluídos substitutos de férias e folgas. Baseando-se no nº de leitos do hospital: 1 funcionário para cada 8 leitos + 20% para faltas, licenças, etc. Ou 1 funcionário para cada 3,5 a 3,8 leitos, incluindo férias e folgas.
  • 63. Dimensionamento Baseando-se no tempo necessário para a Produção de refeições: 15’ em média para o preparo de 1 refeição Nº de refeições X 15’ = X Jornada de trabalho em minutos + substitutos de férias e folgas. Na prática usa-se outros parâmetros tais como: Nº de leitos por copeira (20 para cada copeira); Nº de cozinheiros por plantão; Nº de auxiliares para cada atividade
  • 64. Dimensionamento de técnicos O Ato CRN2 nº 09/2000 estabelece parâmetros quantitativos e qualitativos de nutricionistas: 1:50 – unidades de grau primário (obstetrícia, psiquiatria, etc); 1:30 – unidades de grau secundário (cardiologia, pneumologia, neurologia, etc); 1:15 – unidades de grau terciário (terapia intensiva, cirurgia pediátrica e outros centros especializados) Ambulatório – 1:4 consultas iniciais e 7 subseqüentes. Acrescentar 10% para férias, licenças, etc.
  • 65. Profissionais das UANs hospitalares ASG - Copeiro - Auxiliar de cozinha - Auxiliar de higienização - Auxiliar de despensa Cozinheiro TAA Nutricionista Técnico em nutrição e dietética Despenseiro Magarefe, garçom, confeiteiro, chef.
  • 66. Escolaridade e capacitação Hoje: Auxiliares – Primário incompleto; Cozinheiros – Primário incompleto e comprovação de experiência por mais de 2 anos. Futuro: Auxiliares - Curso de manipulador de alimentos e 1º grau completo; Cozinheiros – Curso de manipulador de alimentos, curso de cozinheiro com no mínimo 40 horas e curso de dietética com no mínimo 40 horas.
  • 67. Estrutura organizacional Chefia Produção Dietética Abastecimento Cozinha Copas Ambulatório
  • 68. Segurança e saúde do trabalhador “As UANs hospitalares apresentam riscos consideráveis de acidentes, em decorrência do intenso movimento, aliado, em geral, à inexperiência pessoal e a um ambiente dotado de grande variedade de equipamentos elétricos. Está demonstrado que os acidentes em uma UAN têm causa conhecida e podem ser prevenidos. As causas são: condições inseguras, equipamento defeituoso, iluminação inadequada, falta de equipamento de proteção individual adequados, atos inseguros, negligentes, excesso de confiança, falta de supervisão e indiferença à segurança”. Conceição & Cavalcanti, 2002
  • 69. Segurança e saúde do trabalhador EPIs são dispositivo de uso pessoal destinados a preservar a incolumidade do empregado, quando do desempenho de suas funções. Todo EPI deverá ser registrado no Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho –DNSHT. Conceição & Cavalcanti, 2002
  • 70. Segurança e saúde do trabalhador EPIs Uniforme; Calçados e botas; Luvas; Máscaras; Casacos para câmara frigorífica; Aventais.
  • 71. Segurança e saúde do trabalhador Coprocultura e parasitológico de fezes: para pesquisa do portadores de Salmomella sp e Shigella sp além de protozoários e helmintos. Sangue - Hemograma e VDRL: avaliação geral, anemia, alergia, parasitose, infecções agudas e crônicas e sífilis. Periodicidade anual.
  • 72. Planejamento de refeições •Elaboração de cardápios •Previsão e provisão de gêneros alimentícios
  • 73. Elaboração de cardápios Leis da alimentação de Pedro Escudero Lei da qualidade → Nutrientes necessários ao organismo; Lei da quantidade → Total calórico e de nutrientes; Lei da adequação → Peso, altura, clima, sexo, estado fisiológico, coletividade, .... Lei da harmonia → Distribuição de macro e micro nutrientes
  • 74. Planejamento de cardápios Saber constituído da Nutrição + Variáveis Cardápio elaborado Satisfação do cliente
  • 75. Fatores a considerar: •Caracterização da clientela; •Número de refeições; •Disponibilidade de alimentos (aspectos financeiros e sazonalidade); •Padrão de cardápio; •Hábitos alimentares; continua...
  • 76. continuação •Número e habilitação de funcionários; •Equipamentos e área física disponível; •Outros como: Adequação ao clima, digestibilidade, consistência, equilíbrio de cores, repetição de alimentos em diferentes preparações, etc.
  • 77. Definição de per - cápitas •Equilíbrio dos cardápios; •Orientação na previsão de compras e requisições; •Educação dos funcionários do serviço e comensais; •Manual de definição dos per - cápitas de carnes •Utensílios utilizados para determinação das porções individuais.
  • 78. Previsão e provisão de gêneros alimentícios Baseando-se nos cardápios, nos per- cápitas, no número de refeições, tipo de preparação e outros aspectos, estima-se a necessidade de alimentos. Fator de correção : Estimativa das perdas com cascas, aparas, etc. Relação entre o Peso Bruto e o Peso líquido. Ex: Batata inglesa bruta 50 kg 1,4 Batata inglesa descascada 35 kg Alimentos de melhor qualidade têm menor fator de correção
  • 79. Pedidos de material Almoxarifado do hospital: Material de limpeza; Descartáveis; Material de expediente. Fornecedores: Gêneros alimentícios → pedidos por AF ou por fax. Entregas: diárias, 2 x por semana, semanais, quinzenais ou mensais. Na despensa (almoxarifado da nutrição) deve ser feito o controle do estoque
  • 80. Requisição à despensa É o pedido de gêneros alimentícios e outros materiais necessários para todas as refeições do dia. A requisição é usada para o cálculo do custo diário (coluna relativa aos preços). Considerar: Cardápio; Número estimado de refeições; Per-cápita pré-estabelecido; Fator de correção.
  • 81. IMPORTANTE: Controlar do número de refeições servidas; Controlar as sobras para avaliar: aceitação do cardápio; correção do porcionamento; correção dos per-cápitas; planejamento das refeições.
  • 82. Custos Custos diretos: Matéria prima (gêneros alimentícios); Descartáveis; Material de limpeza; Material de expediente; Salários; Depreciação dos equipamentos. Custos indiretos: contabilizados através de rateio (água, energia, telefone,...). Custos fixos: mão de obra, contratos de manutenção, etc. Custos variáveis: gêneros alimentícios, materiais de limpeza, ...
  • 83. Fatores intervenientes Política de compras Impedimento na escolha dos fornecedores; Qualidade e disponibilidade da matéria prima. Armazenagem dos insumos; Controle do processo durante o preparo e a distribuição; Qualificação da mão de obra.
  • 84. Exemplos de custos de cardápios para 300 refeições Rizoto de frango Frango assado 40 kg de frango (3,54) 141,60 70 kg de frango (3,54) 247,80 4 vd Azeitonas (3.17) 12,69 2 kg Milho V. (3,37) 6,94 60 ovos (0,14) 8,40 Legumes Macarrão Arroz Arroz Feijão Feijão Salada Salada Custo por refeição: Custo por refeição: R$ 1,15 R$ 2,81
  • 85. Para 70 refeições Panqueca Bife à rolê 9 kg de carne moída de 2º 12,4 kg de carne de 1º (4,37) 39,33 (6,37) 78,98 2 kg Far. trigo (1,16) 2,33 30 ovos (0,14) 4,20 Legumes Aipim Arroz Arroz Salada Salada Custo por refeição: Custo por refeição: R$ 0,94 R$ 1,25
  • 86. Curva ABC Classificação ABC ou Curva 80 - 20 Vilfredo Paretto -1897 Administração de estoques Consiste na separação dos itens de estoque em 3 grupos de acordo com o valor de demanda anual. Classe A: alto valor de demanda - 20% Classe B: médio valor de demanda - 30% Classe C: baixo valor de demanda - 50%
  • 87. Padronização Gêneros Alimentícios Perecíveis - Carnes e laticínios; Perecíveis - Hortigrangeiros; Não perecíveis; Dietas, módulos e leites; Utensílios de copa e cozinha Vidros, plásticos, alumínios, talheres e aço inox; Rouparia Uniformes, calçados e EPIs. Higiene e limpeza
  • 88. 1325001 COXA E SOBRECOXA DE FRANGO PEÇAS COM 250 A 300 GRAMAS, CONGELADA, (EMBALAGEM DE 1 KG). KG 1325002 FRANGO INTEIRO SEM MIÚDOS, CONGELADO, EMBALAGEM UNITÁRIA PESANDO ENTRE 1.000 e 1.350 GRAMAS KG 1368011 MARGARINA COM SAL E NO MÁXIMO 0,5 G DE GORDURAS TRANS A CADA 10 G DE MARGARINA E LACRE DE PROTEÇÃO INTERNO, (EMBALAGEM COM 500 GRAMAS). PEÇA 1368012 MARGARINA SEM SAL, COM NO MÁXIMO 40% DE LÍPIDEOS NO MÁXIMO 0,5 G DE GORDURAS TRANS A CADA 10 G DE MARGARINA E LACRE DE PROTEÇÃO INTERNO (EMBALAGEM COM 500 GRAMAS). PEÇA 1368005 MARGARINA SEM SAL, TEOR DE LIPÍDEOS ENTRE 35 E 70%, (SACHÊ COM 10 GRAMAS). PEÇA 1376007 QUEIJO PRATO (EMBALAGEM COM 2 KG
  • 89. 1384019 CEBOLA: CLASSE 4 TIPO ESPECIAL , PORT 529 DE 18 AGOSTO DE 1995 kg 1384021 CENOURA: GRUPO NANTES, CLASSE 14 E CAT 1 CONFORME PROGRAMA DE ADESÃO VOLUNTARIA DO CEAGESP. kg 1384023 CHUCHU: CLASSE MÉDIO, TIPO 2 OU ESPECIAL, CONFORME: Portaria N.º 76/75 kg 1384024 COUVE-FLOR: CLASSE 4 A 6 , TONALIDADE: BRANCA OU CREME E TIPO I, CONFORME PROGRAMA DE ADESÃO VOLUNTARIA DO CEAGESP kg
  • 90. 1562001 ALIMENTO ACHOCOLATADO EM PÓ A BASE DE CACAU SOLUBILIZADO, SORO DE LEITE EM PÓ, AÇÚCAR E MALTO DEXTRINA ENRIQUECIDO DE VITAMINAS, ISENTO DE AMIDO, EM LATA OU POTE PLÁSTICO (EMBALAGEM COM 500 GRAMAS COM LACRE INTERNO OU EXTERNO). PEÇA 1511001 AMIDO DE MILHO OU MAISENA (EMBALAGEM EXTERNA DE PAPELÃO COM 500 GRAMAS) PEÇA 1457002 ARROZ AMARELÃO/ BENEFICIADO PARBOILIZADO, LONGO, FINO, TIPO 1 (EMBALAGEM COM 5 KG) PORTARIA MINISTERIAL Nº 269 DE 17/11/88 KG
  • 91. 1945019 Dieta sintética polimérica para uso oral e enteral, com adição de sabor, para pacientes que necessitam de restrição de sódio e sacarose. Proteínas de 10 a 16% e demais macronutrientes de acordo com FAO/OMS e ANAD, conteúdo de sódio até 2000 mg em 2000 Cal, vitaminas e demais oligoelementos de acordo com as RDAs, isenta de sacarose ou com até 10% de sacarose do total de carbohidratos e no máximo 10% do VET em ácidos graxos saturados. Unidade de aquisição Caloria
  • 92. Sistema de gestão Auto gestão: A empresa encarrega-se de providenciar instalações e equipamentos, contratar e treinar equipe especializada, adquirir matéria prima e gerir o processo. Terceirização: Contratação de empresa do ramo de administração de Unidades de Alimentação e Nutrição (concessionárias). AUTO GESTÃO x TERCEIRIZAÇÃO
  • 93. Setores específicos de algumas UANs •Copa de preparo de Nutrição Enteral •Lactário •Banco de leite humano •Padaria
  • 94. Nutrição enteral Nutrição enteral: é a infusão de uma dieta líquida por meio de uma sonda colocada no estômago ou no intestino. • Sondas nasoentéricas, gastrostomias e jejunostomias. •Ibranutri - Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar Foram estudados 4000 pacientes da rede pública em 14 cidades brasileiras. 48% dos pacientes apresentaram desnutrição 12% desnutrição grave Waitzberg et. al. 1999
  • 95. Copa de preparo de Nutrição Enteral Local exclusivo para preparo, envase e armazenagem de fórmulas enterais. Deve ter: •Área limpa, área suja e vestiário; •Funcionário exclusivo; •Equipamentos adequados (liqüidificador de fácil higienização e refrigerador com temperatura controlada); •Materiais de limpeza próprios; •Água de qualidade garantida;
  • 96. Reembolso da terapia nutricional enteral Portarias: MS / SVS nº 337 de 14/04/99 MS / SE nº 29/09/99 ANVISA Resolução nº 63 de 06/07/00 O que precisa: •Equipe multidisciplinar constituída; •Manual de procedimentos; •Alvará sanitário da instituição; •Uso de dietas em sistema fechado; •Aprovação da rotina pela VISA.
  • 97. Lactário Área responsável pelo preparo de fórmulas infantis. Objetivo: preparar fórmulas infantis que tenham qualidade nutricional adequada e que sejam bacteriológicamente seguras. Localização: preferentemente próxima ao berçário ou à Nutrição.
  • 98. Instalações de um lactário: •Sala de limpeza (cubas e autoclave); •Sala de preparo ( filtro de água, fogão, resfriador, refrigerador com temperatura controlada, banho - maria com temperatura controlada e ar condicionado com filtro limpo); •Ante - sala (vestiário); •Sala de supervisão.
  • 99. Lactário grande (HIJG) Aproximadamente 500 mamadeiras / dia •Leite de vaca (Leite tipo B ou em pó); •Fórmulas lácteas especiais; •Chás; •Fórmulas enterais; •Leite Materno.
  • 100. Testes bacteriológicos : Feitos 1 x por semana em 4 amostras: •1 de leite de vaca •1 de leite modificado •1 de fórmula enteral •1 de água Análises de fórmulas : Coliformes totais, Stafilococcos, Bacilos Cereus e Salmonella. Análises de água: organoléptica e microbiológica (coliformes totais e termotolerantes).
  • 101. Banco de leite humano Em 1985 o Ministério da Saúde juntamente com a Fundação Osvaldo Cruz criaram o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento materno - PNIAM Objetivos: •Coletar excedentes de leite humano; •Armazenar para uso posterior por prematuros, recém nascidos de baixo peso ou internados; •Incentivar, promover e proteger o aleitamento materno. Tratamento térmico a 62º C por 30 minutos
  • 102. Equipamentos que um Banco de Leite Humano deve ter : •Freezers; •Refrigeradores •Pasteurizador; •Resfriador; •Microondas; •Ar condicionado.
  • 103. Coleta Freezer Refrigerador Pasteurizador Análises: Acidez de Dornic; Resfriador Microbiológico; Crematócrito. Freezer Lactário
  • 104. Padaria Padaria do IPQ Produz em média 1300 pães de 500g por dia. Computando matéria prima, folha de pagamento, água, energia e transporte temos o custo estimado de R$ 2,50 a unidade. Preço de mercado entre R$ 4,00 e 6,00 / kg
  • 105. Segurança e higiene dos alimentos O objetivo de uma UAN hospitalar é fornecer refeições nutricionalmente adequadas com segurança e higiene. Segurança sem contaminantes: • Químicos (agrotóxicos, inseticidas, dejetos industriais, materiais de limpeza); • Físicos (pedras, pedaços de metal, plástico, papel, etc. • Microbiológicos (microrganismos patogênicos)
  • 106. Higiene dos alimentos é a proteção, inibição e/ou destruição, nos alimentos, de quaisquer bactérias prejudiciais à saúde. •Proteção: armazenagem adequada, prevenção à contaminação cruzada, acondicionamento correto, etc; •Inibição: refrigeração ou calor; •Destruição: cocção Microrganismos patogênicos : Bactérias, fungos e vírus
  • 107. Reprodução bacteriana Fissão binária (progressão geométrica) A cada 20’ a bactéria se divide, dando origem a duas bactérias e em 1 hora existem 8 bactérias idênticas à primeira. Tempo X Temperatura
  • 108. Intoxicação → Pelo consumo do alimento contendo a toxina produzida pela bactéria. Infecção → Pelo consumo do alimento com a bactéria capaz de se multiplicar no trato digestivo ou mucosa intestinal. Toxi-infecção → Pelo consumo de alimento com a bactéria que produz a toxina no trato digestivo. Parasitoses → Pelo consumo de alimentos com parasitas que se desenvolvem no organismo humano.
  • 109. DTAs - Doenças transmitidas por alimentos Ocorrem quando existe: •Falha no processo de higienização; •Cocção inadequada; •Abuso do binômio Tempo x
  • 110. DTAs - Doenças transmitidas por alimentos Staphylococcus aureus Está presente nas mãos, fossas nasais, boca, cortes e queimaduras do homem. Pode ser transmitida de uma pessoa para o alimento através da saliva. Multiplica-se rapidamente na temperatura ambiente, por isso pode ser evitada mantendo-se os alimentos em geladeira ou aquecidos a temperatura acima de 60°C. Márcia M M Paranaguá
  • 111. DTAs - Doenças transmitidas por alimentos Salmonella Pode ser encontrada na carne crua, de aves, bovinos e suínos, ovos e derivados do leite, infectando o alimento por meio de contaminação cruzada. Por exemplo: uso da mesma superfícies de preparo para crus e cozidos. Márcia M M Paranaguá
  • 112. DTAs - Doenças transmitidas por alimentos Bacillus cereus É um contaminante ambiental. Está presente no solo, na poeira doméstica e assim passa para as mãos dos manipuladores de alimentos. Os alimentos preferidos por esta bactéria são: arroz temperado e risotos, feijões e cremes para cobertura de saladas. Márcia M M Paranaguá
  • 113. DTAs - Doenças transmitidas por alimentos Listeria Tem mortalidade alta entre as pessoas de menor resistência e pode provocar abortos. Pode ser encontrada no leite cru, carnes e vegetais, se desenvolvendo mesmo em alimentos mantidos sob refrigeração. Escherichia coli Pode ser transmitida através do consumo de aves ou carne bovina mal cozida ou, ainda, mãos mal higienizadas. O cozimento adequado é suficiente para matá-la. Márcia M M Paranaguá
  • 114. Temperaturas a serem observadas: 100º C Fervura 63ºC Zona de perigo Tempo máximo de 2 horas 8º C 5º C Temperatura de refrigeração para perecíveis 0º C Ponto de congelamento
  • 115. Vídeo APPCC mesa
  • 116. Boas práticas de higiene e manipulação de alimentos “Boas práticas são normas de procedimentos para atingir um determinado padrão de identidade e qualidade de um produto e/ ou de um serviço na área de alimentos, cuja eficácia e efetividade deve ser avaliada através da inspeção e/ou da investigação. Incluem-se também produtos tais como bebidas, aditivos, embalagens, utensílios, e materiais em contato com alimentos”.
  • 117. Higiene Controle Controle Responsabilidade Manipulação Higiene Responsabilidade Manipulação Ambiental Integrado de Integrado de Técnica Ambiental Técnica Pragas Pragas Qualidade Qualidade Controle de Saúde Controle de Saúde Assegurada Assegurada dos funcionários dos funcionários de Fornecedores de Fornecedores Descarte PRÉ PRÉ Descarte Adequação dos Adequação dos de lixo de lixo RE QUISIT OS RE QUISIT OS utensílios utensílios PARA O PARA O e equipamentos e equipamentos Promoção da Promoção da Higiene Pessoal HAC C P HAC C P Higiene Pessoal Lay out Lay out Acesso a Acesso a Estrutura Física do Estrutura Física do Visitantes Visitantes Restaurante Restaurante Transporte Transporte Higiene Higiene Controle da água Controle da água para o consumo para o consumo Márcia M M Paranaguá
  • 118. Pontos importantes: •PCC - ponto crítico de controle; •Contaminação cruzada; •Finalização de alimentos crus; •Cuidados com armazenagem de alimentos prontos; •Controle do tempo e temperatura.