O documento discute o empoderamento profissional em enfermagem, apresentando a tradução e validação de duas escalas para medir este construto. O estudo envolveu a tradução do "Conditions of Work Effectiveness Questionnaire – II" e do "Psychological Empowerment Instrument" para português e sua aplicação em enfermeiros de um hospital no norte de Portugal. Os resultados sugerem que as escalas traduzidas são válidas para avaliar as dimensões do empoderamento profissional nestes enfermeiros.
Empoderamento Profissional - Preditor da satisfação profissional? Uma revisão...
Encontro - Enfermagem e Empoderamento Comunitário: Empoderamento Profissional em Enfermagem
1. Empoderamento Profissional em Enfermagem
Tradução, adaptação e validação de duas escalas
Abílio Cardoso Teixeira (SCI1: CHP – HSA); Mestre em Ciências de Enfermagem | Pós-Graduado: Administração dos Serviços de Saúde
Encontro - Enfermagem e Empoderamento Comunitário
Universidade Católica – Instituto de Ciências da Saúde: Porto, 15 de setembro de 2014
8. INTRODUÇÃO
“A sabedoria consiste em compreender que o tempo dedicado ao trabalho
nunca é perdido.” (Ralph Waldo Emerson)
Introdução | Enquadramento| Um estudo | Resultados | Conclusão| Limitações | Sugestões
9. 0. Introdução
Atividades médicas: principais indicadores de produtividade e de
resultados no Sistema de Saúde (Ribeiro, 2009; Carapinheiro, 2005).
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
8
Vigência do modelo biomédico;
privilegiar do tratamento em detrimento do cuidado;
caraterísticas institucionais
(Ribeiro, 2009)
10.
11. 0. Introdução
Como se justifica a dificuldade do enfermeiro em exercer e
justificar o seu poder?
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
10
12. 0. Introdução
Do empoderar do enfermeiro:
Aumento da satisfação profissional,
Promoção da autonomia,
Aumento da qualidade dos cuidados
Comprometimento organizacional e profissional
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
11
13.
14. 0. Introdução
Estudo transversal, que segue uma orientação metodológica, com a
tradução e adaptação transcultural do “Conditions of Work Effectiveness
Questionnaire – II” (CWEQ-II) e do “Psychological Empowerment Instrument” (PEI) ,
com base numa análise factorial das escalas.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
13
Na nossa realidade: não existem instrumentos capazes de mensurar Empoderamento
Profissional.
15. 0. Introdução
Objetivos:
Traduzir, para a língua portuguesa, o “PEI” e o “CWEQ-II”;
Adaptar, para o contexto em estudo, o “PEI” e o “CWEQ-II”;
Validar, para a população em estudo, enfermeiros de um hospital escola do
norte de Portugal, o “PEI” e o “CWEQ-II”.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
14
16. 0. Introdução
Finalidade:
Contribuir para a melhoria dos cuidados prestados;
Contribuir para a expansão dos conhecimentos científicos na área, em
Portugal;
Contribuir para investigações futuras, com a identificação de domínios
específicos.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
15
17. ENQUADRAMENTO
“Não há nada tão prático como uma boa teoria” (atribuída a Kurt Lewin)
Introdução | Enquadramento | Um estudo | Resultados | Conclusão| Limitações | Sugestões
18. 1. Enfermagem - Contextualização
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
17
Enfermagem –
Profissão de
mulheres
História da
Enfermagem
história do feminino
Estereótipos
Socialização
Poder e suas
relações no sistema
de saúde
Instituições:
paradigma
biomédico
Cumpridor de
prescrições médicas
Teorias
Educação e
Formação em
Enfermagem
“Competência” (tem
por base a educação)
Desenvolvimento do
conhecimento
(Manojlovich, 2007).
Construir a
Enfermagem do
século XXI
Ordem dos
Enfermeiros
REPE
19. 2. Empoderamento Profissional
“As questões de poder ocupam um papel central nas organizações, não porque
os indivíduos anseiem mais, mas porque alguns sentem-se incapacitados sem
ele” (Kanter, 1977)
Empoderamento Profissional em
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18
Desmontando o conceito “Empoderamento”, temos que: In (em) é uma preposição
latina que pede acusativo e significa “lugar para onde”. O substantivo
“ponderamento” deriva da flexão verbal latina possum, potes, potesse, potui que
significa “poder, poder fazer, ter capacidade, ter ocasião ou oportunidade de” (Ernout
& Meillet, 1932).
20. 2. Empoderamento Profissional
Relação de Empoderamento com resultados ao nível da organização, tais como
autonomia e participação na tomada de decisão, satisfação profissional e reduzidos níveis
de stresse.
(Cai, Zhou, Yeh & Hu, 2011; Hauck, Griffin & Fitzpatrick, 2011; Armellino, Quinn & Fitzpatrick, 2010; Chang, Shih & Lin, 2010; Iliopoulou & While,
2010; Purdy, Laschinger, Finegan, Kerr & Olivera, 2010; Stewart, McNulty, Griffin & Fitzpatrick, 2010; Lautizi, Laschinger & Ravazzolo, 2009;
Laschinger, Wilk, Cho & Greco, 2009; Ning, Zhong, Libo & Quijie, 2009; Cai & Zhou, 2009; Zurmehly, Martin & Fitzpatrick, 2009; Lachinger, Leiter,
Day & Gilin, 2009; Faulkner & Laschinger, 2008; Li, Chen & Kuo, 2008; Laschinger, 2008; Laschinger, Purdy & Almost, 2008; Kuokkanen et al., 2007;
Davies, Laschinger & Andrusyszyn, 2006; Laschinger & Finegan, 2005b)
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
19
21. Numa perspetiva profissional:
Teoria estrutural
ênfase nas condições oferecidas pelo
ambiente organizacional.
2. Empoderamento Profissional
Como se processa o Empoderamento do Enfermeiro?
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
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22. Numa perspetiva profissional:
Teoria estrutural
ênfase nas condições oferecidas pelo
ambiente organizacional.
Poder formal
Poder informal
Oportunidade
Informação
Suporte
Recursos
Teoria psicológica
baseado nas crenças psicológicas do
individuo.
Sentido
Competência
Autodeterminação
Impacto
2. Empoderamento Profissional
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23. Numa perspetiva profissional:
Teoria estrutural
ênfase nas condições oferecidas pelo
ambiente organizacional.
Poder formal
Poder informal
Oportunidade
Informação
Suporte
Recursos
Teoria psicológica
baseado nas crenças psicológicas do
individuo.
Sentido
Competência
Autodeterminação
Impacto
2. Empoderamento Profissional
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
22
Poder dentro da organização resulta de
sistemas formais (que permitem arbitrio
e são visiveis e centrais na organização) e
informais possibilitando o acesso a
estruturas promotoras do
empoderamento. Deverão ser criadas as
condições para que o profissional tenha
acesso à informação, suporte e
recursos necessários para o
desempenho profissional, assim como as
oportunidades para aprender e
crescer.
24. Numa perspetiva profissional:
Teoria estrutural
ênfase nas condições oferecidas pelo
ambiente organizacional.
Poder formal
Poder informal
Oportunidade
Informação
Suporte
Recursos
Teoria psicológica
baseado nas crenças psicológicas do
individuo.
Sentido
Competência
Autodeterminação
Impacto
2. Empoderamento Profissional
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Sentido – ajuste entre as necessidades
de trabalho e as caraterísticas individuais
Competência – desempenho das
funções com habilidade e perícia
Autodeterminação – capacidade de
escolha de inicio e continuidade das ações,
refletindo autonomia
Impacto – modo como se influenciam as
decisões administrativas e estratégicas ou
os resultados
25. UM ESTUDO
“ P e d r a s n o c a m i n h o ? G u a r d o t o d a s , u m d i a v o u
c o n s t r u i r u m c a s t e l o . . .” ( F e r n a n d o P e s s o a )
Introdução | Enquadramento | Um estudo | Resultados | Conclusão| Limitações | Sugestões
26.
27. 3. Um estudo
Estudo quantitativo e transversal (Ribeiro, 1999), metodológico,
dado que visa “estabelecer e verificar a fidelidade e validade de novos
instrumentos de medida” (Fortin, 2009, p.254)
População: Enfermeiros de um Hospital Escola da região norte de
Portugal.
Amostra: técnica de amostragem probabilística e estratificada. O
valor da amostra encontrou-se de acordo com as recomendações de
Dillman, Smyth & Christian (2009).
Empoderamento Profissional em
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28. 3. Um estudo
Em 2011: 891 enfermeiros, pelo que:
intervalo de confiança de 95%
percentagem de resposta esperada
de 50/50
margem de erro de 5%
estimamos uma amostra de 268
enfermeiros.
Incluímos: os participantes que
desempenhassem funções nos serviços
de internamento, cuidados intensivos,
bloco operatório e urgência e os que
aceitassem participar no estudo.
Excluímos: os enfermeiros da Unidade
de Cuidados Intensivos Pediátricos.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
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29. 3. Um estudo
Estratificação da amostra: de acordo com as orientações de Collins, Onwugbuzie e Jiao
(2006)
Empoderamento Profissional em
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28
Departamento enfermeiros (nº) valor percentual (relativo à amostra)
Urgência 90 10,1%
Bloco Operatório 133 14,9%
DSNOS 92 10,3%
Medicina 231 25,9%
Ortofisiatria 75 8,4%
ACIE 102 11,5%
Infância e Adolescência 48 5,4%
Cirurgia 105 11,8%
Transplantação 15 1,7%
Tabela 1: total de Enfermeiros por departamento e valor percentual relativo à amostra (após critérios de inclusão e exclusão)
30. 3. Um estudo
PEI
4 dimensões: Sentido, Competência,
Autodeterminação e Impacto.
16 itens - 1 (discordo plenamente) e 7
(concordo plenamente), sendo o valor
intermédio (4) considerado neutro.
CWEQ-II
19 itens: oportunidade (3 itens),
informação (3 itens), suporte (3 itens),
recursos (3 itens), poder formal (3
itens) e poder informal (4 itens).
Escala extra, de 2 itens: destinada a
propósitos de validação
Valores das escalas variam 1 - 5, para
um valor total entre 6 e 30
Empoderamento Profissional em
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31. 3. Um estudo
Empoderamento Profissional em
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1. Preparação
• Obtenção de
permissão
• Envolvimento dos
autores
2. Tradução
• Duas traduções para a
língua alvo (T1 e T2)
3. Síntese
• Sintese das duas versões
obtidas (T1 e T2)
• Análise e resolução das
discrepâncias
4. Retrotradução
•Tradução sobre a versão
obtida no passo anterior;
• Criação de duas versões
(RT1 e RT2)
5. Revisão por comissão
de peritos
6. Pré-teste
• N = 32
Equivalência linguística
Equivalência concetual
32. 3. Um estudo
Obtenção de autorizações
Envio de mensagens de correio eletrónico para os
Enfermeiros-Chefe
Primeira ida ao serviço para entrega dos instrumentos e
esclarecimento de dúvidas
Segunda ida ao Serviço (periodicidade acordada com o
Enfermeiro-Chefe)
Idas aos serviços sempre que solicitado
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33. 3. Um estudo
• Principios ético-legais
– Autorizações
– Confidencialidade
– Informação
• Fornecimento dos contatos
• Divulgação dos resultados após 1ª divulgação científica
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34. RESULTADOS
“Todos os homens, por natureza, desejam saber” (Aristóteles)
Introdução | Enquadramento | Um estudo | Resultados | Conclusão| Limitações | Sugestões
35. 4. Resultados
Sexo: Feminino – 66%
Média de idades: 26-30 – 141 participantes; 31-35 – 62; 36-40 – 34
Estado civil: Solteiro – 51%; Casado/União de facto – 45%
Habilitação Académica: Licenciatura – 98%
Habilitação profissional: CPLEE – 28%; sem qualquer curso – 54%
Tempo de exercício profissional (anos): 0-5 – 89; 6-10 – 84
Tempo de exercício profissional no serviço (anos): 0-5 – 142; 6-10 – 71
Categoria profissional: Enfermeiro-especialista – 11%; Enfermeiro-chefe – 2%
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36. 4. Resultados
Empoderamento Profissional em
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Urgência
10%
Bloco Operatório
7%
Doencas do
sistema nervoso e
orgaos dos
sentidos
12%
Medicina
29%Ortofisiatria
4%
Anestesiologia,
Cuidados
Intensivos e
Emergência
18%
Infância e
Adolescência
4%
Cirurgia
14%
Transplantação
2%
• Gráfico 1: Distribuição dos Enfermeiros por Departamentos
37. 4. Resultados
Empoderamento Profissional em
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36
Dimensão Q. r α α da dimensão
Sentido
2 0,682 0,875
0,8685 0,776 0,793
13 0,806 0,760
Competência
1 0,531 0,792
0,78011 0,637 0,689
15 0,707 0,601
Autodeterminação
3 0,446 0,665
0,6887 0,627 0,444
10 0,451 0,668
Impacto
4 0,608 0,802
0,8156 0,670 0,741
14 0,725 0,683
α total = 0,824
Legenda:
Q. – Questão;
r – correlação item/total;
α – alfa de cronbach se o
item for excluído;
α da dimensão –
coeficiente de Cronbach
da dimensão
Tabela 2: Medidas de tendência central e dispersão, correlação item/total e consistência interna do PEI
38. 4. Resultados
37
Legenda:
Q. – Questão;
r – correlação item/total;
α – alfa de cronbach se o
item for excluído;
α da dimensão –
coeficiente de Cronbach
da dimensão
Dimensão Q. r α α da dimensão
Oportunidade 1 0,589 0,610
0,8542 0,575 0,598
3 0,530 0,500
Informação 1 0,568 0,540
0,8592 0,570 0,733
3 0,507 0,654
Apoio 1 0,695 0,705
0,8892 0,598 0,709
3 0,637 0,632
Recursos 1 0,561 0,447
0,7972 0,607 0,538
3 0,651 0,547
Poder Formal 1 0,637 0,578
0,8112 0,567 0,510
3 0,670 0,555
Poder Informal 1 0,413 0,269
0,678
2 0,382 0,296
3 0,507 0,433
4 0,439 0,342
α total = 0,911
Tabela 3: Medidas de tendência central e dispersão, correlação item/total e consistência interna do CWEQ-II
39. 4. Resultados
38
Sentido Autodeterminação Impato Competência Total
Sentido 0,275* 0,173** 0,594* 0,696
Autodeterminação 0,499* 0,315* 0,751
Impato 0,203* 0,700
Competência 0,696
Tabela 4: Correlação de Pearson entre as diferentes dimensões do PEI Legenda: *p<0,001 , ** p=0.03
Opo. Inf. Apo. Rec. P. For. P. Inf. Total
Oportunidade 0,370** 0,398** 0,437** 0,508** 0,415** 0,721**
Informação 0,425** 0,429** 0,392** 0,411** 0,660**
Apoio 0,553** 0,579** 0,415** 0,760**
Recursos 0,621** 0,437** 0,772**
Poder Formal 0,415** 0,693**
Poder Informal 0,754**
Tabela 5: Correlação de Pearson entre as diferentes dimensões do CWEQ-II Legenda: *p<0,001 , ** p=0.03
41. 4. Resultados
40
Legenda:
H2 – Coeficiente
de
comunalidade;
Χ2 – Qui-
quadrado;
gl – graus de
liberdade
H2
Factores
1 2 3 4 5 6
Oportunidade 2 0,777 0,827
Oportunidade 1 0,766 0,813
Oportunidade 3 0,733 0,809
Apoio 2 0,879 0,887
Apoio 3 0,788 0,800
Apoio 1 0,815 0,781
Informação 2 0,860 0,881
Informação 3 0,787 0,854
Informação 1 0,684 0,733
Recursos 2 0,765 0,807
Recursos 3 0,693 0,713
Recursos 1 0,626 0,659
Poder Informal 4 0,702 0,747
Poder Informal 3 0,662 0,719
Poder Informal 2 0,634 0,687
Poder Informal 1 0,582 0,367 0,405 0,419
Poder Formal 1 0,758 0,694
Poder Formal 2 0,692 0,494 0,595
Poder Formal 3 0,653 0,565
% Variância Explicada
13,727 13,440 13,292 13,086 10,582 8,798
72,925
Teste de Kaiser-Meyer-Olkin 0,881
Teste de Esfericidade de Bartlett Χ2 = 2940,5; gl = 171; valor de prova = 0,000
Tabela7:AnálisefactorialdoCWEQ-IIpelométododecondensaçãoemcomponentes
principais.Soluçãoapósrotaçãovarimax
42. 4. Resultados
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
41
Laschinger: os 2 itens de Empoderamento global destinam-se apenas a fornecer
evidencia sobre a validade do construto, através da correlação entre este valor e o valor
total da escala.
Comprova-se que existe uma correlação moderada (ρ=0,672; p<0,001) entre esta
escala e o valor total do CWEQ-II.
45. CONCLUSÃO
“O Poder é Produtivo” (Graça Carapinheiro)
Introdução | Enquadramento | Um estudo | Resultados | Conclusão| Limitações | Sugestões
46. 5. Conclusão
Importância:
• inexistência, na nossa realidade, de instrumentos capazes de mensurar o
Empoderamento profissional.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
45
Criação de instrumentos válidos e adaptados culturalmente para a
população portuguesa, com recurso, respetivamente, às versões adaptadas do
PEI e do CWEQ-II.
47. 5. Conclusão
Estudo factorial do PEI determinou 4 factores e o do CWEQ-II determinou 6 factores;
As cargas factoriais e coeficientes de comunalidades permitiram inferir a adequação do
estudo factorial realizado. Estes resultados foram corroborados pelos valores de coeficientes
de correlações do teste Kaiser-Meyer-Olkin e pelo teste de esfericidade de Bartlett, que
foram considerados favoráveis.
Índice de Cronbach: escalas internamente consistentes;
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
46
48. 5. Conclusão
Versão obtida: validade psicométrica e adequação à amostra estudada,
garantindo o seu uso futuro em novas pesquisas;
Empoderamento Profissional em
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47
49. Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
48
Empoderamento
estrutural
percepção moderada
•maior pontuação média na
dimensão Oportunidade;
•maior relevo no Poder Informal.
Empoderamento
Psicológico
moderadamente elevada
•Dados demográficos
•menor valor percentual de
enfermeiras;
•menor média de idades;
•menor tempo médio de
experiência profissional.
5. Conclusão
50. 5. Conclusão
Populações estudadas têm
características próprias
Empoderamento depende das
condições oferecidas pela
organização
Esta depende das condições do
meio em que está inserida
(Kanter, 1993)
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
49
52. 5. Conclusão
• A nível hospitalar:
– Empoderamento estrutural: 17,35 - 19,60
– > Oportunidade: ao contrário do apontado por Cai e Zhou (2009); Ning et al. (2009) e Li,
Chen e Kuo (2008)
– > Poder informal
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
51
53. 5. Conclusão
• Quando a população são gestores:
– > Informação (Dalamo, 1998; McBurney, 1997; Goodwin, 1996; Stevens, 1996;
Laschinger & Shamian, 1994; Haugh, 1992)
• Lautizi, Laschinger & Ravazzolo (2010): > Recursos
Empoderamento Profissional em
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52
54. 5. Conclusão
• Stewart et al. (2009):
– Elevada perceção de Empoderamento: Enfermeiras de Prática Avançada do
estado do Connecticut (EUA), com pelo menos um ano de experiência no papel, com
maioria de idades situada no intervalo de 41-50 anos, obtendo uma taxa de resposta de
16%.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
53
55. 5. Conclusão
• Sexo feminino:
– Estudos consultados: ligeiramente superior à realidade portuguesa
– Neste estudo: inferior (66% vs 81,3%)
• Média de idades:
– Estudos consultados: ligeiramente superior à realidade portuguesa
– Neste estudo: ligeiramente inferior
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
54
56. 5. Conclusão
• McDonald et al. (2010):
– Profissionais de diferentes áreas (hospitalares e não hospitalares): sem relação
estatisticamente significativa entre os dados demográficos e a perceção de autonomia
– Dados refutados por Ahmad e Oranye (2010), Ning et al. (2009) e Zumerhly, Joyce e
Fitzpatrick (2009).
– Ning et al. (2009): os Enfermeiros mais velhos tinham mais baixa perceção de
empoderamento.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
55
57. 5. Conclusão
• Fitzpatrick et at. (2010):
– Enfermeiros de Cuidados Intensivos: certificação poderá significar maior perceção de
empoderamento.
• Zumerhly, Joyce e Fitzpatrick (2009); Cai et al. (2011):
– É preditor de empoderamento o nível educacional
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
56
58. 5. Conclusão
Com este estudo, desenvolvemos instrumentos capazes de avaliar a percepção
de Empoderamento em Enfermagem, para a realidade em estudo. Da sua aplicação,
poderá ser possível desenvolver planos de ação que vão de encontro às
necessidades encontradas ou ao fortalecimento dos pontos fortes.
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
57
Ganhos para o profissional, cliente e disciplina.
59.
60. LIMITAÇÕES E SUGESTÕES
“O presente estaria cheio de todos os futuros, se já o passado não
projetasse sobre ele uma história. Mas, infelizmente, um único passado
propõe um único futuro - projeta-o diante de nós como um ponto infinito
sobre o espaço.” (André Gide)
Introdução | Enquadramento | Um estudo | Resultados | Conclusão| Limitações | Sugestões
61. 6. Limitações
• Spreitzer (1996) e Laschinger et al. (2001): existem outros factores influenciadores de
Empoderamento, que não constam destas escalas;
• Devido a algumas limitações (tempo e fundos) estudo realizado apenas numa
unidade hospitalar;
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
60
62. 6. Limitações
• Apesar do anonimato do questionário, alguns Enfermeiros mostraram-se relutantes no
seu preenchimento, acreditando que poderiam ser identificados.
• Transversalidade do estudo não permite fazer inferências sobre a relação entre
factores da estrutura social e o Empoderamento;
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
61
63. 7. Sugestões
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
62
• a satisfação profissional;
• o comprometimento organizacional e profissional;
• a qualidade dos cuidados;
• os resultados organizacionais.
Relacionar com:
• teste da eficácia de uma (ou mais) intervenção(ões).
Estudos experimentais:
• enfermeiros recém-licenciados (Laschinger et al., 2001);
• acompanhamento do mesmo grupo de enfermeiros, em diferentes períodos.
Estudo longitudinal:
64. 7. Sugestões
Empoderamento Profissional em
Enfermagem | Abílio Cardoso Teixeira
63
• isoladamente ou comparativamente
Aplicação a outros profissionais de saúde:
Aplicação ao cliente
Estudos multicêntricos.
Influência dos traços de personalidade.
72. Referências Bibliográficas
Adamson, B., Kenny, D., & Wilson-Barnett, J. (1995). The impact of perceived medical dominance on the workplace satisfaction of Australian and British nurses. Journal of advanced nursing, 21(1),
172-83.
Aiken, L., Clarke, S., Sloane, D., Sochalski, J., & Silber, J. (2002). Hospital nurse staffing and patient mortality, nurse burnout, and job dissatisfaction. JAMA: the journal of the American Medical
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78. Não basta dirigir-se ao rio com a
intenção de pescar peixes; é
preciso levar também a rede.
Utopia? Numa fase de alguma maturação profissional e pessoal, decidi enveredar por este caminho
No entanto, é possível medir poder/ empoderamento?
Dado não encontrarmos instrumentos capazes de mensurar Empoderamento, torna-se importante desenvover este estudo.
Para se prosseguir com qualquer investigação, torna-se necessário a elaboração de objetivos que norteiam a mesma. Assim pretendeu-se:
1. História da Enfermagem está ligada à história do feminino (Morais, 2008); Estereótipos: imagem do homem (valor positivo) e da mulher (valor negativo) (Fletcher, 2007) Sistema de Saúde não é neutro; Mulheres treinadas e não treinadas sentido de dever; Tradicionalmente: Enfermeira como auxiliar do médico. Médico como patriarca.
Mulher não socializada para exercer poder (Manojlovich, 2007)
2. “Enfermagem construiu o seu processo de autonomização como uma «especialização» da Medicina, numa perspetiva interdisciplinar, integradora e evolutiva” (Amendoeira, 2004, p. 14). Importante que o Enfermeiro pense a Enfermagem a partir da prestação de cuidados, tendo que haver um compromisso intrínseco entre os modelos teóricos e os Enfermeiros da prática, resultando na interiorização da sua função (Luz, 2005). Diferenciação de outras profissões de saúde.
3. 1988: criação do curso superior de Enfermagem; 1990: Inclusão da Enfermagem no Ensino Superior Politécnico
4. Autonomia do Enfermeiro.
CWEQ-II: desenvolvido por Laschinger et al. (2001), a partir do trabalho de Chandler (1986).
Estados Unidos, Canadá, China, Reino Unido (comparação com a população da Malásia), Alemanha (amostras dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Escócia e Inglaterra) e Itália.
A atitude do individuo depende meramente das condições oferecidas pela organização (Kanter, 1993).
Manojlovich e Laschinger (2002): forte relação entre as estruturas psicológicas e estruturais
Empoderamento estrutural engloba elementos que poderão facilitar o Empoderamento psicológico (Spreitzer, 2007; Spreitzer & Doneson, 2005)
A teoria estrutural, com enfoque na organização, não descreve as reações do individuo às condições oferecidas pela organização, que é explicada pela teoria psicológica.
Poder dentro da organização resulta de sistemas formais (que permitem arbitrio e são visiveis e centrais na organização) e informais possibilitando o acesso a estruturas promotoras do empoderamento. Deverão ser criadas as condições para que o profissional tenha acesso à informação, suporte e recursos necessários para o desempenho profissional, assim como as oportunidades para aprender e crescer.
Sentido – ajuste entre as necessidades de trabalho e as caraterísticas individuais
Competência – desempenho das funções com habilidade e perícia
Autodeterminação – capacidade de escolha de inicio e continuidade das ações, refletindo autonomia
Impacto – modo como se influenciam as decisões administrativas e estratégicas ou os resultados
Enfermeiras: 67% (Lautizi, Laschinger & Ravazzolo; 2009) e 100% (Laschinger, Purdy & Almost; 2007).
Laschinger et al. (2001): 53% dos participantes eram enfermeiras.
Estudos na China
Ordem dos Enfermeiros (2012): 81% de enfermeiras
Mede se os diversos itens que se propõe a medir o mesmo construto geral, produzem resultados semelhantes.
De acordo com Spreitzer (2011), aquando do envio do instrumento de colheita de dados, pela aplicação do instrumento em mais de 50 estudos, resultou uma média de validade estimada para as diferentes dimensões de 0,80. Os valores das questões 2 e 1, apesar de apresentarem um valor de coeficiente alfa de Cronbach superior ao valor da dimensão, optamos pela sua manutenção pela sua importância para o construto na sua globalidade.
No CWEQ-II, de acordo com McDonald et al. (2010), o coeficiente alfa de Cronbach varia entre: 0,78-0,93 (CWEQ-II total), 0,75-0,85 (Oportunidade), 0,80-0,95 (Informação), 0,72-0,89 (Suporte), 0,71-0,88 (Recursos), 0,61-0,83 (Poder Formal) e 0,63-0,80 (Poder Informal). Os dados obtidos, em consonância com estes estudos, garantem a consistência interna desta escala.
A tabela 4 apresenta os coeficientes da correlação de Pearson entre as quatro subescalas. A correlação é estatisticamente significativa, variando entre 0.173 e 0.594, devendo adiantar-se que: 1) Sentido e Competência estão moderadamente correlacionados, bem como Autodeterminação e Impacto e, ainda, Autodeterminação e Competência; 2) Sentido e Autodeterminação e Sentido e Impacto estão fracamente correlacionados, assim como Impacto e Competência.
A tabela 5 apresenta os coeficientes da correlação de Pearson entre as diferentes subescalas. A correlação é estatisticamente significativa, variando entre 0,370 e 0,621, adiantando-se que as escalas estão moderadamente correlacionadas entre si.
Nas tabelas 6 e 7, podem-se conferir os coeficientes de comunalidades, calculados após extração dos factores, com valores acima dos 0.5, assumindo covariâncias significativas. Os factores foram extraídos segundo o critério de Kaiser. Todavia, a escolha dos principais componentes, que justificam a maior parte da variação, foi determinada por aqueles com autovalores superiores a 1. Os itens que apresentaram cargas fatoriais superiores a 0,30 em mais de um factor foram incluídos naquele de maior carga.
Resultado de KMO (0-1) demonstra boa relação entre as variáveis e uma boa adequação da amostra
Nas tabelas 6 e 7, podem-se conferir os coeficientes de comunalidades, calculados após extração dos factores, com valores acima dos 0.5, assumindo covariâncias significativas. Os factores foram extraídos segundo o critério de Kaiser. Todavia, a escolha dos principais componentes, que justificam a maior parte da variação, foi determinada por aqueles com autovalores superiores a 1. Os itens que apresentaram cargas fatoriais superiores a 0,30 em mais de um factor foram incluídos naquele de maior carga.
Resultado de KMO (0-1) demonstra boa relação entre as variáveis e uma boa adequação da amostra
A realidade muda
Ponto 4: explica a taxa de adesão
Ponto 4: explica a taxa de adesão
Dando resposta aos objetivos norteadores deste estudo, com a tradução e adaptação para a população portuguesa do CWEQ-II e do PEI, pensamos ter contribuído, por meio da produção de ferramentas válidas, para a identificação da percepção de Empoderamento profissional (de acordo com as teorias estrutural e psicológica) do Enfermeiro e na identificação de campos de atuação a nível organizacional e individual. De acordo com os procedimentos técnicos e estatísticos efetuados, podemos inferir que: