II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
Desafios e perspectivas do SUS em tempo de crise
1. Desafios e perspectivas do SUS em
tempo de crise
Desafios e perspectivas do SUS em
tempo de crise
Eugênio Vilaça Mendes
2. Os grandes desafios do SUSOs grandes desafios do SUS
• O modelo de financiamento
• O modelo de atenção
• O modelo de gestão:
Gestão de oferta ou gestão da saúde da população
Gestão de recursos e gestão da clínica
O federalismo sanitário
3. O modelo de financiamento do SUS O modelo de financiamento do SUS
4. País Gasto total
em saúde %
PIB
Gasto
público em
saúde % PIB
Gasto
público
como % do
gasto total
em saúde
Gasto público
em saúde per
capita
US PPP
Brasil 9,6 4,5 47,5 659
Argentina 6,8 4,7 69,3 1.074
Chile 7,3 3,4 47,7 768
Costa Rica 10,1 7,5 74,7 1.088
Cuba 8,6 8,1 94,2 381
Panamá 7,2 10,1 68,6 892
Uruguai 8,6 5,5 64,5 1.028
Canadá 10,9 7,6 70,1 3.229
Estados Unidos 17,0 7,9 47,0 4.153
França 11,6 8,9 77,4 3.259
Holanda 12,7 10,1 79,6 4.295
Itália 9,2 7,1 77,3 2.438
Suécia 8,2 7,7 81,3 1.615
Reino Unido 9,3 7,8 84,0 2.716
Gastos em saúde em países selecionados
2012
Gastos em saúde em países selecionados
2012
Fonte: World Health Organization. World health statistics, 2015. Geneva, WHO, 2015
5. Gasto em saúde em percentual do orçamento
público total no Brasil e em países
selecionados - 2012
Gasto em saúde em percentual do orçamento
público total no Brasil e em países
selecionados - 2012
PAÍS GASTO EM SAÚDE EM PERCENTUAL
DO ORÇAMENTO PÚBLICO
Brasil 7,9
Argentina 22,5
Chile 14,9
Costa Rica 27,7
Cuba 11,5
Panamá 12,7
Uruguai 19,3
Canadá 18,5
Estados Unidos 20,0
França 15,8
Holanda 20,0
Itália 14,0
Portugal 13,4
Reino Unido 16,2
Fonte: World Health Organization. World health statistics, 2015. Geneva, WHO, 2015
6. ENTE
FEDERATIVO
PERCENTUAL DO GASTO
PÚBLICO EM SAÚDE
União 42,5%
Estados 26,5%
Municípios 31,0%
Total 100,0%
Percentual do gasto público em saúde
segundo entes federativos Brasil, 2014
Percentual do gasto público em saúde
segundo entes federativos Brasil, 2014
Fonte: Levi ML, Mendes A. Gasto total em saúde no Brasil. Campinas, IDISA, 2015.
No período de 2007 a 2014 os gastos em saúde dos municípios
cresceram 71,6%;; os dos estados cresceram 49,4% e os da
União cresceram 40,9%
7. A flexibilização das transferências de
recursos federais
A flexibilização das transferências de
recursos federais
• As transferências federais são feitas com excesso de
normatividade expressa num número excessivo de portarias
ministeriais que, além disso, são extremamente minudentes
• As transferências federais são feitas em seis blocos de
financiamento, o que gera rigidez na aplicação dos recursos
• Esses excessos de normatividade e rigidez tem implicações na
eficiência no uso dos recursos transferidos aos estados e
municípios
• No marco de um novo federalismo sanitário, deve-se buscar:
Diminuir o número de portarias ministeriais e seu detalhismo deixando
espaços de reinterpretações para que estados e municípios adequem as
normas gerais às suas realidades singulares
Mudar a Portaria nº 204/2007, reduzindo os seis blocos de financiamento
para dois blocos: recursos de custeio e recursos de investimento
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
8. Conclusões sobre o financiamento
do SUS
Conclusões sobre o financiamento
do SUS
• O gasto total em saúde no Brasil (9,5% do PIB) é adequado segundo os
padrões internacionais;; o gasto público em saúde no Brasil (4,5% do PIB) é
muito baixo segundo os padrões internacionais;; o percentual de gasto público
em saúde relativo ao gasto total em saúde (47,5%) é muito baixo e incompatível
com a proposta constitucional de instituição de um sistema público universal;;
e o gasto público em saúde per capita do Brasil é muito baixo segundo
padrões internacionais porque os percentuais alocados para a saúde em
relação aos orçamentos totais dos governos são muito baixos
• A composição relativa dos gastos públicos em saúde gera distorções no
federalismo sanitário, gravando fortemente os entes estaduais e municipais
• Estimativas mostram que o gasto per capita do SUS, em 2014, foi de R$
1.066,00 e que o gasto per capita da saúde suplementar foi de R$ 2.507,00,
quase duas vezes e meia maior. Quem paga essa conta?
• A EC nº 86/2015 não soluciona o problema do subfinanciamento do SUS
• É imperativo aumentar o gasto público federal em saúde, de forma gradativa
• É preciso continuar a mobilização pela aprovação da PEC 01-A/2015
• É preciso repensar o federalismo sanitário brasileiro, na sua dimensão fiscal, à
luz de uma reforma tributária
9. O modelo de atenção do SUS:
de sistemas fragmentado para redes de
atenção à saúde
O modelo de atenção do SUS:
de sistemas fragmentado para redes de
atenção à saúde
10. A situação de saúde no BrasilA situação de saúde no Brasil
GRUPO I
GRUPO II
GRUPO III
A transição demográfica
A transição epidemiológica
Grupo 1: 23,6% doenças
infecciosas e causas
maternas e perinatais
Grupo 2: 66,2% doenças
crônicas
Grupo 3: 10,2% causas
externas
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2015.
11. O problema dos sistemas fragmentados
de atenção à saúde
O problema dos sistemas fragmentados
de atenção à saúde
FONTE:
MENDES
(2009)
A incoerência entre uma situação de saúde que combina
transição demográfica acelerada e tripla carga de doença, com
forte predominância de condições crônicas, e um sistema
fragmentado de saúde que opera de forma episódica e reativa
e que é voltado principalmente para a atenção às condições
agudas e às agudizações das condições crônicas
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
12. O controle do diabetesO controle do diabetes
No Brasil
• Apenas 10% dos portadores de
diabetes tipo 1 apresentaram
níveis glicêmicos controlados
• Apenas 27% dos portadores de
diabetes tipo 2 apresentaram
níveis glicêmicos controlados
• 45% dos portadores de diabetes
apresentaram sinais de
retinopatias
• 44% dos portadores de diabetes
apresentaram neuropatias
• 16% dos portadores de diabetes
apresentaram alterações renais
• Gasto per capita/ano em saúde:
US$ 1.540,00,00
Nos Estados Unidos
• 17,9 milhões de portadores de
diabetes, 5,7% milhões sem
diagnóstico (32%)
• Apenas 37% dos portadores de
diabetes apresentaram níveis
glicêmicos controlados
• 35% dos portadores de diabetes
apresentaram sinais de
retinopatias
• 58% dos portadores de diabetes
apresentaram doenças
cardiovasculares
• 30% a 70% dos portadores de
diabetes apresentaram
neuropatias
• 15% dos portadores de diabetes
submeteram-se a amputações
• Gasto per capita/ano em saúde:
US$ 8.845,00
Fontes:
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
World Health Organization. World health statistics, 2015. Geneva, WHO, 2015
13. A solução do problema: a organização do
modelo de atenção à saúde do SUS em
redes
A solução do problema: a organização do
modelo de atenção à saúde do SUS em
redes
A situação de tripla carga de doença com predomínio
relativo forte de condições crônicas exige um sistema
integrado de saúde que opera de forma contínua e proativa
e voltado equilibradamente para a atenção às condições
agudas e crônicas: as redes de atenção à saúde
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
14. A instituição de mecanismos de
governança regionais das redes de
atenção à saúde
A instituição de mecanismos de
governança regionais das redes de
atenção à saúde
• As regiões de saúde como um foco central no novo
federalismo sanitário
• As regiões de saúde como espaços privilegiados da
governança do SUS
• Um conceito contemporâneo de governança em redes
aplicado ao SUS
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
15. O modelo de gestão do SUSO modelo de gestão do SUS
16. As mudanças no modelo de gestão do
SUS
As mudanças no modelo de gestão do
SUS
• Essas mudanças visam a melhorar a gestão e a aumentar
a eficiência e a qualidade do sistema
• Do modelo de gestão da oferta para o modelo de gestão
da saúde da população
• O equilíbrio entre a gestão dos recursos e a gestão da
clínica
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
17. As características dos modelos de atenção
da oferta e da saúde da população
As características dos modelos de atenção
da oferta e da saúde da população
• Opera com indivíduos não
estratificados por riscos
• É um sistema estruturado para
responder demandas de indivíduos
isoladamente
• Opera com parâmetros construídos a
partir de séries históricas
• Os parâmetros são construídos com a
premissa da manutenção dos
modelos de atenção e de gestão
tradicionais
• Não opera com determinantes sociais
da saúde
• Enfrenta o desequilíbrio entre oferta e
demanda dos serviços com um viés
de aumento da oferta
• Opera com a população vinculada a
uma rede de atenção à saúde
estratificada por riscos
• É um modelo que se responsabiliza,
sanitária e economicamente, por uma
população a ele vinculada na atenção
primária à saúde
• Opera com parâmetros construídos a
partir das necessidades da população
• Os parâmetros são construídos com a
premissa da incorporação de novos
modelos de atenção e de gestão
• Opera com determinantes sociais da
saúde
• Enfrenta o desequilíbrio entre oferta e
demanda dos serviços buscando
racionalizar a demanda, racionalizar a
oferta e, se necessário, aumentar a
oferta
Gestão da oferta Gestão da saúde da população
Fontes:
Stoto MA. Population health in the Affordable Care Act era. Washington, Academy Health, 2013.
Mendes EV. A construção social da atenção primária à saúde. Brasília, CONASS, 2015.
18. O equilíbrio entre a gestão de recursos e
a gestão da clínica
O equilíbrio entre a gestão de recursos e
a gestão da clínica
• Há evidências que as ações de gestão da clínica
contribuem relativamente mais para a eficiência dos
sistemas de atenção à saúde que as ações no campo das
gestão dos recursos
• Há evidências de que o resultado ótimo é obtido quando
se combinam esses dois tipos de ações
• No SUS há um desequilíbrio entre a gestão de recursos e
a gestão da clínica, sendo imprescindível ampliar a
utilização das tecnologias de gestão dos cuidados
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
19. Os custos indevidos da atenção à saúde
nos Estados Unidos - 2009
Os custos indevidos da atenção à saúde
nos Estados Unidos - 2009
Fonte: Institute of Medicine. Value in health care: accounting for cost, quality, safety, outcomes and innovation.
Workshop summary. Washington, The National Academies Press, 2010
20. As tecnologias de gestão da clínicaAs tecnologias de gestão da clínica
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
21. A melhoria da eficiência e da qualidade
no SUS
A melhoria da eficiência e da qualidade
no SUS
• Há grandes gargalos de eficiência que não podem ser
respondidos sem um incremento dos recursos financeiros.
Por exemplo, os problemas de eficiência de escala nos
serviços de saúde
• As dificuldades de financiamento não devem paralisar as
ações dos gestores do SUS em busca de maior eficiência e
qualidade dos serviços
• Há espaços significativos de melhoria da eficiência e da
qualidade dos serviços que podem ser trabalhados sem o
aporte de recursos substantivos
• Esses ganhos de eficiência e qualidade são feitos, em geral,
com a utilização de mudanças no software do sistema por
meio de tecnologias leves, especialmente de gerenciamento
de processos
Fonte: Mendes EV. O acesso aos serviços de saúde. Brasília, CONASS, 2016.
22. O equilíbrio entre a gestão de recursos
e a gestão da clínica
O equilíbrio entre a gestão de recursos
e a gestão da clínica
• Ações no campo da gestão de recursos humanos,
materiais e financeiros
• Ações no campo da gestão da clínica
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
23. As ações no campo da gestão dos
recursos
As ações no campo da gestão dos
recursos
• Ações na gestão de pessoas
• Ações no planejamento
• Ações na logística
• Ações na gestão orçamentária
• Ações na gestão financeira
Fonte: Santos RJ. Comunicação pessoal. 2015.
24. As ações no campo da gestão da clínicaAs ações no campo da gestão da clínica
• Na atenção hospitalar
• Na atenção ambulatorial especializada
• Nas filas do SUS
• Na assistência farmacêutica
• Na atenção primária à saúde
25. A eficiência dos hospitais no BrasilA eficiência dos hospitais no Brasil
• Os hospitais brasileiros utilizam, em média, 50% mais
funcionários por leito do que os hospitais da OCDE
• A taxa de ocupação média dos hospitais do SUS gira em torno
de 37%
• A maioria dos hospitais é opera com baixa eficiência: escore
médio de 0,34 em relação ao valor máximo de 1,0. Ou seja, o
hospital médio brasileiro produz 1/3 do que poderia produzir
com os recursos que já dispõem
• O valor médio das taxas de cirurgia é de 0,6 cirurgia por sala
por dia, muito baixa quando comparada com padrões
internacionais
Fonte: LaForgia G, Couttolenc B. Desempenho hospitalar no Brasil: em busca da excelência. Belo Horizonte,
IBEDESS, 2009
26. Um exemplo de aumento da eficiência
hospitalar utilizando tecnologias leves de
gestão dos fluxos de pacientes
Um exemplo de aumento da eficiência
hospitalar utilizando tecnologias leves de
gestão dos fluxos de pacientes
Suposto: Taxa de permanência de 5,2 dias e de taxa de ocupação de 85%
No complexo Albert Einstein o incremento das saídas e a redução da taxa de
permanência significou um incremento virtual de 60 leitos, uma economia de
investimentos de 60 milhões de reais
Fontes:
Laselva C. Gestão de fluxos de paciente internado e seus impactos: qualidade, segurança e
sustentabilidade. Ouro Preto, ISMP Brasil, 2014.
Cerondoglo Neto M. O hospital na construção do sistema de saúde: perspectivas e desafios. Belo Horizonte,
Seminário Sistema de Saúde de excelência, ANAHP, 2015
27. A eficiência da atenção ambulatorial
especializada
A eficiência da atenção ambulatorial
especializada
• O modelo tradicional de atenção ambulatorial especializada praticado no SUS
tem baixo impacto na estabilização das condições crônicas. Apenas 27% das
pessoas com diabetes tipo 2 atendidas têm sua glicemia controlada
• Há evidências de que a falta de estabilização do diabetes leva complicações
desta doença que levam a maiores custos da atenção
• Uma subpopulação de pessoas com hemoglobina glicada de 11% custa 35%
mais ao sistema de atenção à saúde que uma subpopulação com o valor médio
igual ou menor que 7%
• Experiências desenvolvidas internacional e nacionalmente indicam que um
novo modelo de atenção ambulatorial especializada, integrado em rede com a
atenção primária à saúde e organizado segundo os modelos de atenção às
condições crônicas tem grande impacto na estabilização das doenças e não
custa mais caro que o modelo tradicional
Fontes:
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
Zucoloto SBP, Martins FRD. Atendimento no MACC no CISAMUSEP. Maringá, CISAMUSEP, 2015.
28. As filas nos sistemas de atenção à
saúde
As filas nos sistemas de atenção à
saúde
• São manifestações fenomênicas de uma descoordenação da atenção
à saúde (sistema fragmentado) e do modelo de gestão da oferta
• Refletem desequilíbrios entre a demanda e a oferta dos serviços de
saúde
• Em geral, há uma tendência a sobrevalorizar os problemas e as
soluções do lado da oferta
• As pessoas são registradas em listas de espera, mas, em geral, sem
obediência aos princípios do risco (ordem de inclusão) e da
transparência
• Muitas vezes resultam de baixa inteligência regulatória que pressupõe
que todas as demandas por serviços, desde que solicitadas, se
justificam e devem ser atendidas
• As filas, juntamente com a imposição de cotas às unidades
demandantes, podem atuar como um mecanismos perverso de ajuste
entre oferta e demanda
Fonte: Mendes EV. O acesso aos serviços de saúde. Brasília, CONASS, 2016
29. OFERTA
ANÁLISE
DA
OFERTA:
• Por
tipo
de
demanda:
consultas,exames
e
internaçoes
• Por
unidade
de
atenção
especializada
• Por
médico
especialista
• Análise
das
pessoas
hiperutilizadoras de
serviços
na
atenção
especializada
• Quantificação
da
oferta
por
capacidade
instalada
RACIONALIZAÇÃO
DA
OFERTA:
Normalização
dos
processos:
• Protocolos
clínicos
das
condições
crônicas
por
estratos
de
risco
Normalização
das
habilidades:
• Programa
de
educação
permanente
Programação
da
demanda:
• Planilha
de
programação
segundo
risco
dimensionada
na
APS
Mecanismos
de
supervisão
direta:
• Supervisão
local
Dispositivos
de
enlaçamento:
• Regionalização
da
atenção
especializada
• Matriciamento vertical
de
especialistas
e
generalistas:
trabalho
conjunto,
segunda
opinião
e
compartilhamento
de
plano
de
cuidado
• Contactos telefônicos
• Correio
eletrônico
• Relatório
padronizado
de
contrarreferência
Mecanismos
de
substituição:
• Substituição
de
competências:
do
especialista
para
o
clínico
e
a
equipe
interdisciplinar
• Substituição
tecnológica:
a
atenção
contínua,
a
atenção
compartilhada
a
grupo,
a
atenção
por
pares
e
os
grupos
operativos
• Eliminação
do
efeito
velcro
Investimentos
para
aumento
da
oferta
de
atenção
especializada
LOGÍSTICA
ANÁLISE
DA
LOGÍSTICA:
• Análise
situacional
dos
sistemas
logísticos
relativos
a
tecnologias
de
informação
nas
relações
entre
a
atenção
primária
à
saúde
e
a
atenção
especializada
• Análise
situacional
do
transporte
sanitário
RACIONALIZAÇÃO
DA
LOGÍSTICA:
• Infovia da
central
de
regulação
• Prontuário
eletrônico
integrado
• Sistema
de
transporte
sanitário
DEMANDA
ANÁLISE
DA
DEMANDA:
• Por
tipo
de
demanda:
consulta
,exame
e
internação
• Por
unidade
de
APS
• Por
médico
para
perfilização e
identificação
de
outliers
• Análise
do
absenteísmo
por
UBS
e
por
região
• Análise
das
pessoas
hiperutilizadoras de
serviços
na
APS
• Quantificação
da
demanda
RACIONALIZAÇÃO
DA
DEMANDA:
Normalização
dos
processos:
• Protocolos
clínicos
das
condições
crônicas
por
estratos
de
risco
• Protocolos
clínicos
das
pessoas
hiperutilizadoras
Normalização
de
habilidades:
• Programa
de
educação
permanente
Programação
da
demanda:
• Planilha
de
programação
segundo
risco
Mecanismos
de
supervisão
direta:
• Supervisão
local,
supervisão
regional
e
supervisão
central
Dispositivos
de
enlaçamento:
• Matriciamento horizontal
entre
especialistas
da
APS
• Segunda
opinião
à
distância
• Contactos telefônicos
• Correio
eletrônico
entre
profissionais
e
com
as
pessoas
usuárias
• Relatório
padronizado
de
referência
Ações
de
controle
do
absenteísmo
• Contato
pré-‐atendimento
• Contato
pós
ausência
ao
atendimento
Adensamento
tecnológico
da
APS
Prevenção
quaternária
Elaboração
de
lista
de
espera
Matriz
para
análise
e
intervenção
nas
filas
do
SUS
Matriz
para
análise
e
intervenção
nas
filas
do
SUS
Fonte: Mendes EV. O acesso aos serviços de saúde. Brasília, CONASS, 2016
30. Alguns casos de enfrentamento das filas
no SUS
Alguns casos de enfrentamento das filas
no SUS
• Em Sobral, Ceará:
1.500 pessoas na fila para cirurgia ortopédica
apenas 450 delas (30%) eram indicações que se enquadravam em protocolos
clínicos
• Na Região Metropolitana de Curitiba
Um estudo amostral de 600 indicações para cirurgia ortopédica mostrou que
apenas 35% delas eram indicações que se enquadravam em protocolos
clínicos
• Em Londrina, Paraná
A introdução de um fisioterapeuta numa unidade de atenção primária à saúde
reduziu em mais de 50% as demandas por consultas especializadas com
ortopedistas
Fontes:
Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. Comunicação pessoal, 2014
ISGH. Comunicação pessoal, 2014
Secretaria de Estado de Saúde do Paraná, 2ª Região de Saúde. Comunicação pessoal, 2014
Secretaria Municipal de Saúde de Londrina. Comunicação pessoal, 2014
31. Os componentes do sistema de
assistência farmacêutica
Os componentes do sistema de
assistência farmacêutica
• Os ciclos logísticos
A seleção
A programação
A aquisição
A distribuição
• A farmácia clínica
A prescrição do medicamento
O formulário terapêutico
A dispensação dos medicamentos
A adesão aos tratamentos
A conciliação de medicamentos
A farmacovigilância
• Os subsistemas de apoio
A farmacoepidemiologia
A farmacoeconomia
Fontes:
Marin N et al. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro, Organização Pan-Americana da
Saúde, 2003
Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. Brasília, Secretaria de Políticas de Saúde, 6ª ed., 2002
32. As prescrições inadequadas de
medicamentos na atenção ambulatorial
em Fortaleza, Ceará
As prescrições inadequadas de
medicamentos na atenção ambulatorial
em Fortaleza, Ceará
• O problema
36 medicamentos prescritos correspondem a 75% dos gastos
em assistência farmacêutica
Há uma baixa associação entre os medicamentos prescritos e a
situação epidemiológica
• As intervenções
Elaboração de protocolos para a prescrição de medicamentos
com base em evidências científicas
Capacitação dos profissionais de saúde para a prescrição
adequada com base nos protocolos elaborados
Fonte: Sampaio M. A assistência farmacêutica na Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. Fortaleza,
Célula de Assistência Farmacêutica da SMS de Fortaleza, 2015.
33. A importância da atenção primária à
saúde para a organização da atenção
ambulatorial especializada
A importância da atenção primária à
saúde para a organização da atenção
ambulatorial especializada
O problema:
75% das pessoas que utilizam os centros de especialidades
médicas tradicionais não se beneficiam dos cuidados ali
ofertador, gerando custos altos e baixa qualidade
As intervenções na atenção primária à saúde:
As evidências produzidas pelo modelo da
pirâmide de riscos demonstram que a
organização racional da atenção ambulatorial
especializada depende da estratificação de risco
da população usuária das redes de atenção à
saúde na atenção primária à saúde
Fonte: Departmentof Health. Supporting people with long-term conditions: a NHS and social care model
to support local innovation and integration. Leeds, Long Term Conditions Team Primary Care/Department
of Health, 2005
34. Fonte: Macinko J, Dourado I, Aquino R, Bonolo PF, Lima-Costa MF, Medina MG et al. Major expansion of primary
care in Brazil linked to decline in unnecessary hospitalization. Health Affairs.12:2149-2160, 2010.
Taxas de internação por 10 mil habitantes, por
causas - Brasil, 1999 a 2006
Taxas de internação por 10 mil habitantes, por
causas - Brasil, 1999 a 2006
As
internações
por
condições
sensíveis
à
APS
vêm
caindo
mais
que
as
outras
causas,
mas
representaram,
em
2006,
25%
do
total
A
melhoria
da
atenção
primária
à
saúde
tem
um
potencial
de
evitar
até
25%
das
internações
hospitalares
no
Brasil
35. Uma reflexão final:Uma reflexão final:
“O SUS não é um problema sem
solução, mas uma solução com
problemas”
Fonte: CONASS. SUS: avanços e desafios. Brasília, CONASS, 2006.